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Acta da Reunião de Câmara de 11 de - Câmara Municipal do Porto

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52.ªREUNIÃO<br />

PRIVADA<br />

DA CÂMARA MUNICIPAL DO<br />

PORTO, REALIZADA EM <strong>11</strong> DE<br />

SETEMBRO DE 2007, ÀS<br />

10.00HORAS<br />

PRESENTES: O Senhor Presi<strong>de</strong>nte, Rui Fernan<strong>do</strong> <strong>da</strong> Silva Rio que presidiu, o<br />

Senhor Vice-Presi<strong>de</strong>nte Álvaro António Magalhães Ferrão Castello-Branco e os<br />

Senhores Verea<strong>do</strong>res Lino Joaquim Ferreira, Vladimiro Mota Car<strong>do</strong>so Feliz,<br />

Matil<strong>de</strong> Augusta Monteiro <strong>da</strong> Rocha Alves, Manuel Moreira <strong>de</strong> Sampaio Pimen-<br />

tel Leitão, Gonçalo Nuno <strong>de</strong> Sousa Mayan Gonçalves, Francisco José Pereira<br />

<strong>de</strong> Assis Miran<strong>da</strong>, Manuel Francisco Pizarro <strong>de</strong> Sampaio e Castro, Palmira <strong>do</strong>s<br />

Santos Mace<strong>do</strong>, Miguel von Hafe Cunha Pérez, Ana Maria Silva Pereira e Rui<br />

Pedro <strong>de</strong> Araújo Sá.<br />

Secretariou a reunião a Senhora Chefe <strong>da</strong> Divisão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

Secretaria<strong>do</strong> e Apoio Administrativo, Raquel Maia.<br />

PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>u início à reunião.<br />

Tomou a palavra o Senhor Verea<strong>do</strong>r Miguel von Hafe, o qual soli-<br />

citou um ponto <strong>da</strong> situação relativamente à entra<strong>da</strong> em funcionamento <strong>da</strong><br />

“Casa <strong>do</strong> Cinema Manoel <strong>de</strong> Oliveira” e “Casa Oficina António Carneiro”. Per-<br />

guntou ain<strong>da</strong> sobre a utilização <strong>do</strong>s ateliers <strong>da</strong> La<strong>da</strong>.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro referin<strong>do</strong>-se ao Programa “Por-<br />

to Feliz”, lamentou que não tivesse havi<strong>do</strong> uma avaliação externa ao Programa.<br />

Questionou se já havia consenso com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong>


Nevogil<strong>de</strong> relativamente à UOPG`Nun Álvares.<br />

estuário <strong>do</strong> Douro.<br />

Pediu informação sobre o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição <strong>da</strong>s praias e <strong>do</strong><br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá agra<strong>de</strong>ceu à Senhora Dra. Filomena<br />

Filinto pela colaboração e aju<strong>da</strong> prestimosa que <strong>de</strong>ra, ao longo <strong>do</strong>s vários<br />

anos, nas reuniões <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong>.<br />

Lamentou que não tivesse si<strong>do</strong> agen<strong>da</strong><strong>da</strong> a proposta sobre a ques-<br />

tão <strong>da</strong> animação nocturna, reiteran<strong>do</strong> o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> agen<strong>da</strong>mento.<br />

Chamou a atenção para o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Jardim <strong>do</strong> Marquês <strong>do</strong> Pombal.<br />

Abor<strong>do</strong>u a questão <strong>da</strong> área <strong>de</strong> impermeabilização <strong>do</strong> Parque <strong>da</strong><br />

Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> sua conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o que está previsto <strong>do</strong> PDM.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Gonçalo Gonçalves referin<strong>do</strong>-se à Casa<br />

Cinema Manuel <strong>de</strong> Oliveira disse que construção foi inicia<strong>da</strong> sem estar formali-<br />

za<strong>do</strong> o acor<strong>do</strong> com o cineasta, e que até hoje ain<strong>da</strong> não se conseguiu. Por<br />

isso, e para se evitar a sua van<strong>da</strong>lização e <strong>de</strong>terioração, <strong>de</strong>cidiu-se instalar no<br />

edifício, temporariamente, serviços camarários.<br />

Referiu ain<strong>da</strong> que o Museu <strong>da</strong> Indústria vai ser instala<strong>do</strong> num edifício<br />

arren<strong>da</strong><strong>do</strong> na zona industrial <strong>de</strong> Ramal<strong>de</strong>. Esclareceu que o Museu é geri<strong>do</strong><br />

pela Associação <strong>do</strong> Museu <strong>da</strong> Indústria, <strong>da</strong> qual a <strong>Câmara</strong> é um <strong>do</strong>s associa-<br />

<strong>do</strong>s.<br />

Referiu que havia um acor<strong>do</strong> firma<strong>do</strong> com a Associação Nacional <strong>de</strong><br />

Treina<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Futebol, nos termos <strong>do</strong> qual a <strong>Câmara</strong> assumiu a obrigação <strong>de</strong><br />

lhes entregar um edifício renova<strong>do</strong> na Ribeira, carecen<strong>do</strong> o mesmo <strong>de</strong> obras no<br />

valor <strong>de</strong> trezentos mil euros. Para se evitar isso, foram-lhes cedi<strong>do</strong>s os Ateliers<br />

<strong>da</strong> La<strong>da</strong>, manten<strong>do</strong> a <strong>Câmara</strong> o direito <strong>de</strong> utilizar uma <strong>da</strong>s salas multiusos,<br />

durante o perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> contrato.<br />

Referiu que a Casa Oficina António Carneiro está muito <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>,<br />

mas que só se <strong>de</strong>ve avançar com a sua recuperação quan<strong>do</strong> houver uma <strong>de</strong>ci-<br />

são sobre a utilização <strong>de</strong>finitiva. Acrescentou que estão a trabalhar com a Rei-<br />

toria <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e com a Junta <strong>de</strong> freguesia <strong>do</strong> Bonfim, no senti-<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong> utilizar o espaço para exposições <strong>de</strong> finalistas <strong>de</strong> Belas Artes.<br />

2


A Senhora Verea<strong>do</strong>ra Palmira Mace<strong>do</strong> perguntou se as propostas<br />

apresenta<strong>da</strong>s para instalar o Museu <strong>da</strong> Industria em edifícios <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> eram<br />

inviáveis e se a transição para um edifício arren<strong>da</strong><strong>do</strong> era uma situação transitó-<br />

ria.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Gonçalo Gonçalves disse que só se lembrava<br />

<strong>de</strong> terem proposto o Mata<strong>do</strong>uro, adiantan<strong>do</strong> que a sua a<strong>da</strong>ptação, seria inviá-<br />

vel aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao investimento necessário.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Lino Ferreira informou que não há nenhum<br />

<strong>de</strong>sentendimento entre a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Nevogil<strong>de</strong> e a <strong>Câmara</strong> Munici-<br />

pal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> quanto à UOPG`Nun Álvares. Disse que há um conflito <strong>de</strong> interes-<br />

ses entre aqueles que não querem avançar com a Aveni<strong>da</strong> e os proprietários<br />

<strong>do</strong>s terrenos envolvi<strong>do</strong>s, que querem avançar com os projectos que têm e que<br />

estão impedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> o fazer há trinta anos. Afirmou que está na disposição <strong>de</strong><br />

alargar o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> discussão pública.<br />

Quanto ao prédio em construção <strong>da</strong> VCI/A4, disse que consultou o<br />

projecto e que o mesmo está conforme. Informou o Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá<br />

que po<strong>de</strong>rá consultar processos urbanísticos sempre que enten<strong>de</strong>r.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Francisco Assis referin<strong>do</strong>-se à UOPG n.º 1,<br />

disse que, no âmbito <strong>da</strong> discussão pública, po<strong>de</strong>rá haver contributos susceptí-<br />

veis <strong>de</strong> ser incluí<strong>do</strong>s no projecto. Acrescentou que a perspectiva <strong>do</strong>s Verea<strong>do</strong>-<br />

res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> acautelar o interesse público, não confli-<br />

tua em na<strong>da</strong> com o que foi apresenta<strong>do</strong>. No essencial, o Urbanista é compe-<br />

tente, a solução preconiza<strong>da</strong> é correcta, o mo<strong>de</strong>lo segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

PDM é o mais justo e o único que permite dirimir conflitos.<br />

Socialista.<br />

Proposta <strong>de</strong> Moção sobre a RTP apresenta<strong>da</strong> pelo Parti<strong>do</strong><br />

«Os verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista na <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> abor<strong>da</strong>ram<br />

por diversas vezes a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma posição firme <strong>do</strong> município no senti-<br />

3


<strong>do</strong> <strong>de</strong> se opor a qualquer diminuição <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou relevância <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong><br />

Produção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>da</strong> RTP.<br />

Nesse senti<strong>do</strong> os verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> PS concor<strong>da</strong>ram que o presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> fosse man<strong>da</strong>ta<strong>do</strong>, em nome <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o executivo, para solici-<br />

tar os competentes esclarecimentos aos responsáveis <strong>da</strong>quela empresa públi-<br />

ca.<br />

Finalmente, por ofício não <strong>da</strong>ta<strong>do</strong>, distribuí<strong>do</strong> para ser abor<strong>da</strong><strong>do</strong> na reunião <strong>da</strong><br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2007, a administração <strong>da</strong> RTP con-<br />

firma o pior <strong>do</strong>s cenários:<br />

“RTP-N<br />

Passará a ser apoia<strong>da</strong> em estúdio virtual em Lisboa<br />

- A produção <strong>da</strong> noite será sedia<strong>da</strong> em Lisboa, <strong>de</strong> forma a torna-la mais eficien-<br />

te, (…)<br />

Talk-Show<br />

Está em estu<strong>do</strong> a passagem para Lisboa <strong>do</strong> “Portugal no Coração”, (…)”<br />

Face a esta situação a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> manifesta:<br />

1. A sua total oposição às alterações programa<strong>da</strong>s no funcionamento <strong>do</strong><br />

Centro <strong>de</strong> Produção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>da</strong> RTP, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente a supressão <strong>do</strong>s noti-<br />

ciários <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> tar<strong>de</strong> / noite <strong>da</strong> RTP-N, que são os que têm maior relevo e<br />

audiência.<br />

2. O seu apelo à Junta Metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e às mais diversas enti<strong>da</strong>-<br />

<strong>de</strong>s <strong>da</strong> região para que se pronunciem no mesmo senti<strong>do</strong>, exigin<strong>do</strong> que o con-<br />

ceito <strong>de</strong> serviço público presta<strong>do</strong> pela RTP envolva uma efectiva <strong>de</strong>scentraliza-<br />

ção <strong>da</strong> sua produção informativa e programática.»<br />

4


O Senhor Verea<strong>do</strong>r Francisco Assis disse que o problema maior,<br />

na sua opinião, consiste na não emissão <strong>de</strong> programas informativos a partir <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong>. Propôs que a moção fosse aprova<strong>da</strong> e que se iniciassem diligências na<br />

luta em <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Produção <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>da</strong> RTP, envolven<strong>do</strong> algumas<br />

pessoas naquele processo.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse que tinha fala<strong>do</strong> com o Dr. Almerin<strong>do</strong><br />

Marques, Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> RTP e com o Ministro <strong>da</strong> Tutela também. O Senhor<br />

Ministro disse que não podia intervir em alguns aspectos, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente, no<br />

facto <strong>do</strong>s programas serem emiti<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ou <strong>de</strong> Lisboa. Manifestou<br />

acor<strong>do</strong> quanto à moção, apesar <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que não se irá conseguir adiantar<br />

muito.<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Proposta <strong>de</strong> Recomen<strong>da</strong>ção relativamente ao Hospital <strong>de</strong> São<br />

João e à construção <strong>da</strong> Bragaparques.<br />

«1. Por proposta <strong>do</strong>s verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista foi aprova<strong>da</strong> por unani-<br />

mi<strong>da</strong><strong>de</strong> um <strong>do</strong>cumento segun<strong>do</strong> o qual “a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> reuni<strong>da</strong><br />

em 8 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007 recomen<strong>da</strong> aos senhores verea<strong>do</strong>res com os Pelouros<br />

<strong>do</strong> Urbanismo e <strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Económicas:<br />

1. Que seja produzi<strong>do</strong> um relatório com to<strong>da</strong> a tramitação <strong>do</strong> processo nos ser-<br />

viços <strong>do</strong> município.<br />

2. Que esse relatório seja presente à vereação no prazo máximo <strong>de</strong> trinta dias.”<br />

2. Em Junho o <strong>do</strong>cumento foi presente à reunião <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, apenas<br />

no que diz respeito às questões <strong>de</strong> natureza urbanística. Logo os verea<strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista, em conjunto com o verea<strong>do</strong>r <strong>da</strong> CDU, solicitaram acesso<br />

5


ao processo, prontamente facilita<strong>do</strong> pelo Senhor Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Urba-<br />

nismo.<br />

3. Da informação presta<strong>da</strong> pela <strong>Câmara</strong>, anteriormente referi<strong>da</strong> e <strong>da</strong> consulta<br />

<strong>do</strong> processo resultam o conjunto <strong>de</strong> factos que a seguir se enumeram.<br />

Em Abril <strong>de</strong> 2002 a Bragaparques iniciou a construção <strong>do</strong> empreendimento jun-<br />

to ao Hospital <strong>de</strong> S. João. Com uma área total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 40 mil metros qua-<br />

dra<strong>do</strong>s, o imóvel abarca hotel, centro comercial e parque <strong>de</strong> estacionamento.<br />

Em Junho <strong>de</strong> 2003, os serviços <strong>de</strong> urbanismo <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

consi<strong>de</strong>ram que esse empreendimento não po<strong>de</strong> prosseguir sem emissão <strong>da</strong><br />

correspon<strong>de</strong>nte licença e, para sedimentar essa posição, solicitam um parecer<br />

jurídico.<br />

O parecer, <strong>da</strong> autoria <strong>do</strong> jurista Rui Pedro Monteiro, está registra<strong>do</strong> como sen-<br />

<strong>do</strong> entregue em 1 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003. O seu conteú<strong>do</strong> é taxativo: a obra<br />

necessita <strong>de</strong> licenciamento.<br />

No entanto, na posse <strong>do</strong> parecer que tinham solicita<strong>do</strong>, os serviços <strong>de</strong> urba-<br />

nismo <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>de</strong>moram até ao dia 13 <strong>de</strong> Novembro<br />

para fazer <strong>de</strong>slocar um perito até ao Hospital <strong>de</strong> S. João.<br />

Na participação então elabora<strong>da</strong> é feita uma “proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão: embargo <strong>da</strong><br />

obra”.<br />

Mas o embargo só vem a acontecer no dia 26 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2004, 4 meses e<br />

meio após a proposta.<br />

A Bragaparques interpôs uma providência cautelar contra o embargo, que foi<br />

julga<strong>da</strong> improce<strong>de</strong>nte no dia 13 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2004. Mas o verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro<br />

<strong>da</strong> altura, arquitecto Ricar<strong>do</strong> Figueire<strong>do</strong>, limita o seu <strong>de</strong>spacho a um “vi junte-<br />

se ao processo”.<br />

É inequívoco que entre Setembro <strong>de</strong> 2003 e Março <strong>de</strong> 2004 a imobiliária em<br />

causa po<strong>de</strong> concluir a obra, tornan<strong>do</strong> o esforço posterior <strong>de</strong> embargo inútil.<br />

Mas, mais ain<strong>da</strong>, no processo está registra<strong>do</strong> que o parque <strong>de</strong> estacionamento<br />

e os restantes equipamentos funcionam sem a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> vistoria <strong>do</strong> Batalhão<br />

<strong>de</strong> Sapa<strong>do</strong>res Bombeiros. E, logicamente, sem as licenças <strong>de</strong> funcionamento<br />

legalmente obrigatórias.<br />

4. Esta tramitação processual parece, em qualquer plano <strong>de</strong> análise, absoluta-<br />

mente irregular e susceptível <strong>de</strong> configurar uma situação <strong>de</strong> favorecimento <strong>de</strong><br />

6


uma empresa em concreto, dispensa<strong>da</strong> <strong>de</strong> cumprir os normativos legais, mes-<br />

mo quan<strong>do</strong> a evidência <strong>de</strong>sses normativos se encontra formalmente expressa.<br />

Face a este conjunto <strong>de</strong> informações a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, reuni<strong>da</strong> em<br />

<strong>11</strong> <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2007 <strong>de</strong>libera:<br />

Recomen<strong>da</strong>r a realização <strong>de</strong> uma sindicância ao comportamento <strong>do</strong>s Serviços<br />

<strong>de</strong> Urbanismo e <strong>do</strong>s Serviços <strong>de</strong> Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Económicas <strong>do</strong> município, bem<br />

como à actuação <strong>do</strong>s seus responsáveis, no que diz respeito ao processo Bra-<br />

gaparques / Hospital <strong>de</strong> S. João / CMP.»<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Lino Ferreira referiu que, em seu enten<strong>de</strong>r, os<br />

factos <strong>de</strong>ram-se <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à <strong>de</strong>sorganização burocrática, salientan<strong>do</strong> que actual-<br />

mente existe um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong>s processos organiza<strong>do</strong>. Acrescentou<br />

que o processo já foi sindica<strong>do</strong> por <strong>do</strong>is Verea<strong>do</strong>res que <strong>de</strong>têm os Pelouros<br />

<strong>da</strong>s Activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Económicas e <strong>do</strong> Urbanismo e por <strong>do</strong>is Verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong>s Parti-<br />

<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Oposição. Se, ain<strong>da</strong> assim, os Senhores Verea<strong>do</strong>res suspeitam <strong>de</strong><br />

favorecimento <strong>da</strong> Bragaparques <strong>de</strong>viam participar ao Ministério Público.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro disse que a sua dúvi<strong>da</strong> se<br />

prendia com o facto <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> ter <strong>de</strong>mora<strong>do</strong> sete meses a proce<strong>de</strong>r ao<br />

embargo, questionan<strong>do</strong> se esse era um procedimento normal em situações<br />

idênticas.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que há algo susceptível <strong>de</strong> indi-<br />

ciar um favorecimento, no entanto, não sabe se se tratou <strong>de</strong> um acto <strong>de</strong>libera-<br />

<strong>do</strong> ou <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> <strong>de</strong>sorganização. Enten<strong>de</strong>, por isso, que <strong>de</strong>ve haver um<br />

esclarecimento, mediante uma averiguação <strong>do</strong>s factos através <strong>de</strong> uma Sindi-<br />

cância ou através <strong>do</strong> Ministério Público.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Sampaio Pimentel subscreveu a posi-<br />

ção <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r Lino Ferreira, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> enviar ao Ministério Públi-<br />

co os pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> esclarecimento e <strong>de</strong> investigação.<br />

7


O Senhor Verea<strong>do</strong>r Francisco Assis disse que acolhia a sugestão<br />

<strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r Lino Ferreira, no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> participarem ao Ministério<br />

Público. Acolheu também a sugestão <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá, no senti<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> própria <strong>Câmara</strong> no seu to<strong>do</strong>, tomar uma <strong>de</strong>cisão nesse senti<strong>do</strong>.<br />

Retira<strong>da</strong>.<br />

PERÍODO DA ORDEM DO DIA.<br />

1. Aprovação <strong>da</strong>s <strong>Acta</strong>s <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Maio, 5 e 19 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2007.<br />

<strong>Acta</strong> <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 2 abstenções.<br />

<strong>Acta</strong> <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2007.<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

<strong>Acta</strong> <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2007.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 2 abstenções.<br />

2. Proposta para que se ratifique a proposta <strong>de</strong> alteração para a con-<br />

cessão <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s e limpeza pública. REG.<br />

I/133651/07<br />

«Em 03 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2007, foi aprova<strong>da</strong> a proposta n.º I/92948/07, que se ane-<br />

xa e na qual se <strong>de</strong>libera “…apresentar à Assembleia <strong>Municipal</strong> um pedi<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> autorização para concessionar, por concurso público, a recolha <strong>de</strong><br />

resíduos sóli<strong>do</strong>s e limpeza pública no Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, nos termos <strong>do</strong><br />

Programa <strong>de</strong> Concurso, Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos…”.<br />

8


Em 23 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2007, na reunião <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>, foi apresenta<strong>da</strong><br />

uma alteração à proposta supra referi<strong>da</strong>, conforme anexo.<br />

Assim, e a fim <strong>de</strong> <strong>da</strong>r cumprimento ao <strong>de</strong>libera<strong>do</strong> pela Assembleia <strong>Municipal</strong>,<br />

proponho a ratificação <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> Proposta <strong>de</strong> alteração.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO<br />

A presente proposta para que a Assembleia <strong>Municipal</strong> autorize a abertura <strong>de</strong><br />

um Concurso Público para a Concessão <strong>da</strong> Recolha <strong>de</strong> Resíduos Sóli<strong>do</strong>s e<br />

Limpeza Pública no Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> integra o Programa <strong>de</strong> Concurso, o<br />

Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos e <strong>de</strong>mais <strong>do</strong>cumentos anexos.<br />

Estes <strong>do</strong>cumentos foram amplamente discuti<strong>do</strong>s, quer no âmbito <strong>do</strong> Executivo<br />

<strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, quer por diversas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s recebi<strong>da</strong>s no Pelouro <strong>do</strong><br />

Ambiente.<br />

A concessão que ora se propõe preten<strong>de</strong> exclusivamente melhorar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> serviço presta<strong>do</strong> aos munícipes, e reduzir os custos que lhe estão associa-<br />

<strong>do</strong>s, não comprometen<strong>do</strong> <strong>de</strong> nenhuma forma os direitos, regalias e vínculo jurí-<br />

dico-público <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res afectos a este serviço.<br />

A segurança e estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes trabalha<strong>do</strong>res foram preocupações essen-<br />

ciais que nortearam a elaboração <strong>de</strong>sta Proposta, ten<strong>do</strong> por isso si<strong>do</strong> encon-<br />

tra<strong>da</strong> uma solução que permite a cabal manutenção <strong>do</strong> seu estatuto.<br />

To<strong>do</strong> este processo foi e é absolutamente transparente, fican<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os inte-<br />

ressa<strong>do</strong>s a ganhar se alguns aspectos já absolutamente assegura<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ponto<br />

<strong>de</strong> vista estritamente jurídico forem torna<strong>do</strong>s mais claros, <strong>de</strong> forma a que não<br />

restem quaisquer dúvi<strong>da</strong>s sobre os contornos <strong>da</strong>s Concessões propostas.<br />

PROPONHO QUE:<br />

9


O artigo 45° <strong>do</strong> Capítulo 8 - PESSOAL <strong>do</strong> Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos passe a ter a<br />

seguinte re<strong>da</strong>cção:<br />

1. Mantém-se.<br />

"Artigo 45° Estrutura <strong>de</strong> Pessoal<br />

2 Os Concessionários requisitarão obrigatoriamente à CMP os funcionários que<br />

se encontram já adstritos aos trabalhos presentemente <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo<br />

Conce<strong>de</strong>nte, conforme <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no Anexo X, em que se indicam as categorias,<br />

os valores médios <strong>da</strong> massa salarial e <strong>de</strong> antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

3. Caberá ao Conce<strong>de</strong>nte, consulta<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res, proce<strong>de</strong>r à i<strong>de</strong>n-<br />

tificação <strong>do</strong>s funcionários, que constará <strong>do</strong>s Contratos <strong>de</strong> Concessão.<br />

4. O mapa constante <strong>do</strong> Anexo X reflecte a situação actualmente existente e<br />

<strong>de</strong>verá, nessa medi<strong>da</strong>, ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> pelos Concorrentes a título indicativo,<br />

pelo facto <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong>le constantes vir a sofrer alterações com o<br />

<strong>de</strong>curso <strong>do</strong> tempo que me<strong>de</strong>ia o patenteamento <strong>da</strong>s peças <strong>de</strong> concurso e a<br />

<strong>da</strong>ta <strong>de</strong> assinatura <strong>do</strong>s Contratos <strong>de</strong> Concessão.<br />

5. O pessoal a ser obrigatoriamente requisita<strong>do</strong> pelos Concessionários ao abri-<br />

go <strong>do</strong> número anterior possui e manterá com a CMP uma relação laboral no<br />

mesmo vínculo jurídico-público, fican<strong>do</strong> os Concessionários obriga<strong>do</strong>s a man-<br />

ter e a respeitar integralmente to<strong>do</strong>s direitos legais e contratuais que assistem<br />

a esse pessoal ao abrigo <strong>do</strong> vínculo laboral existente, nos termos legais e regu-<br />

lamentares aplicáveis.<br />

6. Para efeitos <strong>do</strong> disposto nos números anteriores, os Concessionários<br />

obrigam-se a respeitar e a cumprir o seguinte:<br />

a) Suportar, aplicar e cumprir nos termos <strong>da</strong> legislação aplicável à<br />

Administração Local, sem qualquer redução, os direitos e regalias <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> C<br />

<strong>de</strong>sempenhar funções nos Concessionários;<br />

10


) Antigui<strong>da</strong><strong>de</strong> na carreira e categoria <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res que actualmente<br />

pertencem e que manterão vinculo público ao Quadro <strong>da</strong> CMP;<br />

c) Pagar mensalmente a retribuição e to<strong>do</strong>s os suplementos e prémios<br />

que os trabalha<strong>do</strong>res já <strong>de</strong>têm, incluin<strong>do</strong> subsídio <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> Natal,<br />

bem como respeitar as <strong>da</strong>tas <strong>de</strong> pagamento que vigorarem para os trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> CMP<br />

d) Garantir, como mínimo, os aumentos salariais anuais que se verifica-<br />

rem para a Administração Pública;<br />

e) Garantir o regime <strong>de</strong> férias actualmente existente e a que ca<strong>da</strong> traba-<br />

lha<strong>do</strong>r tem direito nos termos <strong>da</strong> legislação aplicável;<br />

f) Garantir a aplicação <strong>da</strong> Avaliação <strong>de</strong> Desempenho (SIADAP) que vigora<br />

para os trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Administração Local, por forma a consoli<strong>da</strong>r o<br />

direito à carreira e nela progredirem;<br />

g) Garantir a antigui<strong>da</strong><strong>de</strong>, na carreira e categoria no caso <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong><br />

vínculo laboral;<br />

h) Manutenção <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r disciplinar na esfera <strong>da</strong> CMP, nomea<strong>da</strong>mente no<br />

que concerne a penas <strong>de</strong> expulsão, <strong>de</strong>missão ou aposentação compulsi-<br />

va, e ao abrigo <strong>do</strong> Estatuto Disciplinar para os trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Administração Pública;<br />

i) Garantir e manter no mínimo a protecção social <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

(ADSE, CGA, CCD, Casa <strong>do</strong> Pessoal, etc.) a to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> CMP a <strong>de</strong>sempenh<br />

funções nos Concessionários;<br />

j) Manutenção <strong>do</strong> vínculo público, sen<strong>do</strong> apenas possível modificá-lo com<br />

o acor<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r;<br />

k) Garantir o Regulamento <strong>de</strong> Férias e Licenças aplicável aos trabalha<strong>do</strong>-<br />

res <strong>da</strong> Administração Local;<br />

<strong>11</strong>


) Garantir que os trabalha<strong>do</strong>res a <strong>de</strong>sempenhar funções nos Concessio-<br />

nários manterão como local <strong>de</strong> trabalho o concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, nos termos <strong>do</strong> número<br />

10 <strong>do</strong> presente Artigo;<br />

m) Garantir e cumprir a legislação aplicável à Administração Local no que<br />

concerne a horários <strong>de</strong> trabalho (35 horas semanais).<br />

7. Anterior número 6.<br />

8. Anterior número 7.<br />

9. Os Concessionários serão ain<strong>da</strong> responsáveis pelos encargos resultantes <strong>da</strong><br />

requisição ao seu serviço <strong>do</strong>s funcionários <strong>da</strong> CMP ao abrigo <strong>do</strong> n.º. 2 <strong>do</strong> pre-<br />

sente Artigo, nomea<strong>da</strong>mente ao nível <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> retribuição e <strong>de</strong> <strong>de</strong>mais<br />

prestações resultantes <strong>da</strong> relação laboral.<br />

10. Anterior número 9.<br />

<strong>11</strong>. Anterior número 10.<br />

12. Anterior número <strong>11</strong>.<br />

13. Compete à CMP a instrução <strong>de</strong> processos disciplinares e a aplicação <strong>da</strong>s<br />

respectivas penas, a suspensão preventiva e as <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>finitivas<br />

respeitantes ao processo disciplinar, reservan<strong>do</strong>-se também o direito <strong>de</strong> proce-<br />

<strong>de</strong>r disciplinarmente contra qualquer funcionário requisita<strong>do</strong> nos termos <strong>do</strong><br />

résente artigo, mesmo que se encontre ao serviço <strong>do</strong>s Concessionários,<br />

sempre que este viole um <strong>do</strong>s seus <strong>de</strong>veres gerais ou especiais a que se<br />

encontra vincula<strong>do</strong> e tal violação conten<strong>da</strong>, a qualquer título e directa ou indi-<br />

rectamente, com os interesses <strong>da</strong> CMP.<br />

14. Sem prejuízo <strong>da</strong> reserva <strong>de</strong> competência disciplinar que assiste à CMP em<br />

qualquer caso, o Conce<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong>rá fazer uma participação aos Concessioná-<br />

rios, sempre que qualquer pessoal ao seu serviço, em regime <strong>de</strong> requisição ou<br />

12


não, <strong>de</strong>srespeite os agentes <strong>do</strong> Conce<strong>de</strong>nte, os seus colabora<strong>do</strong>res ou quais-<br />

quer intervenientes, incluin<strong>do</strong> os munícipes, ou que haja indisciplina<strong>da</strong>mente no<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s seus <strong>de</strong>veres. A participação <strong>de</strong>verá ser fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> e<br />

efectua<strong>da</strong> por escrito, caso os Concessionários assim o exijam.<br />

15.Anterior número 14.»<br />

___________0__________<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro elogiou o Senhor Vice-<br />

Presi<strong>de</strong>nte e a maioria <strong>do</strong> Executivo, pela forma aberta com que aceitou nego-<br />

ciar com os parceiros, nomea<strong>da</strong>mente os representantes <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res.<br />

Salientou que na reunião <strong>do</strong> dia 3 <strong>de</strong> Julho, os Senhores Verea<strong>do</strong>res referiram-<br />

se ao esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> “imundice” que assola a Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> aos fins-<strong>de</strong>-semana. Era notá-<br />

vel que os Verea<strong>do</strong>res <strong>da</strong> maioria <strong>do</strong> Executivo, após uma notícia <strong>de</strong> jornal e<br />

após uma visita à Rua <strong>de</strong> Santa Catarina, verificassem que a Rua estava to<strong>da</strong><br />

suja. Acrescentou que o problema <strong>da</strong> limpeza não era apenas <strong>da</strong> Baixa <strong>do</strong> Por-<br />

to. Disse que há uma <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> recolha <strong>do</strong> lixo nos últimos <strong>do</strong>is<br />

anos. Enten<strong>de</strong> que há um problema <strong>de</strong> organização <strong>do</strong>s Serviços.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que o seu voto contra tinha a ver<br />

com sua discordância relativamente à concessão. Solicitou novamente os<br />

estu<strong>do</strong>s económico-financeiros que justificaram a concessão e os estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes, referi<strong>do</strong>s na Assembleia <strong>Municipal</strong>. Insurgiu-<br />

se contra o que foi dito relativamente aos trabalha<strong>do</strong>res <strong>da</strong> limpeza, salientan-<br />

<strong>do</strong> que as críticas <strong>de</strong>viam ser direcciona<strong>da</strong>s para quem suja e não para quem<br />

limpa.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 1 voto contra <strong>da</strong> CDU.<br />

3. Proposta para que o Executivo <strong>de</strong>libere e proponha à Assembleia<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar to<strong>do</strong>s os mecanismos legais ten<strong>de</strong>ntes à<br />

extinção e liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> Zona<br />

Histórica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (FDZHP) e nomeação <strong>de</strong> um Conselho <strong>de</strong> Admi-<br />

13


nistração. REG. I/133841/07<br />

«Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

1. A “Fun<strong>da</strong>ção para o Desenvolvimento <strong>da</strong> Zona Histórica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>” (FDZHP)<br />

foi inicialmente instituí<strong>da</strong> com o fim único <strong>de</strong> corporizar e assegurar a realiza-<br />

ção <strong>de</strong> um “Programa Integra<strong>do</strong> <strong>de</strong> Reabilitação Urbana” que articulasse a<br />

componente <strong>de</strong> reabilitação física e a <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social, no senti<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

promoção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> centro histórico <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e respecti-<br />

va população.<br />

2. O referi<strong>do</strong> “Programa” tinha a duração <strong>de</strong> quatro anos, inserin<strong>do</strong>-se num pro-<br />

jecto experimental mais vasto, integra<strong>do</strong> no “Programa Europeu <strong>de</strong> Luta Contra<br />

a Pobreza”.<br />

3. Foi a corporização <strong>de</strong>ste projecto que esteve, pois, na génese <strong>da</strong> constitui-<br />

ção <strong>da</strong> FDZHP, já que a União Europeia exigia, como requisito para a disponi-<br />

bilização <strong>do</strong>s fun<strong>do</strong>s comunitários, um suporte jurídico segun<strong>do</strong> uma <strong>da</strong>s for-<br />

mas previstas no direito interno <strong>de</strong> qualquer Esta<strong>do</strong>-Membro.<br />

4. Uma vez finaliza<strong>do</strong> o projecto para cuja execução fora instituí<strong>da</strong>, em virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ter <strong>de</strong>corri<strong>do</strong> o respectivo prazo <strong>de</strong> duração, a FDZHP podia ter si<strong>do</strong> extinta.<br />

5. A opção que então foi toma<strong>da</strong> apontou, to<strong>da</strong>via, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> se celebrar<br />

um novo Protocolo entre as mesmas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s originárias, que permitisse não<br />

só a continuação <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> intervenção social e <strong>de</strong> reabilitação urbana,<br />

como o seu alargamento às freguesias <strong>da</strong> Vitória e <strong>de</strong> Miragaia.<br />

6. Tal aconteceu em Novembro <strong>de</strong> 1995, ten<strong>do</strong> este Protocolo produzi<strong>do</strong> efei-<br />

tos a partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1995 e vigora<strong>do</strong> até 31 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1999.<br />

7. Em Setembro <strong>de</strong> 1999, foi esse protocolo prorroga<strong>do</strong>, na sua vigência, até<br />

finais <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2000.<br />

14


8. Levantou-se nessa ocasião novamente a questão <strong>da</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou não,<br />

<strong>da</strong> FDZHP, atenta a falta <strong>de</strong> objecto e a incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> ao longo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z anos para conseguir reunir os meios próprios que lhe assegurassem a<br />

necessária autonomia financeira.<br />

9. Uma vez mais, porém, foi <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong> celebrar um novo Protocolo que permitis-<br />

se à FDZHP sobreviver, continuan<strong>do</strong> a cumprir a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> para que fora insti-<br />

tuí<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong> que com a ressalva expressa <strong>de</strong> que a FDZHP procuraria, <strong>de</strong> for-<br />

ma gradual, mobilizar o apoio e financiamento por parte <strong>de</strong> outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />

ten<strong>do</strong> em vista a maximização <strong>da</strong> sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção e diversifica-<br />

ção <strong>da</strong>s suas fontes <strong>de</strong> financiamento.<br />

10. Este Protocolo foi celebra<strong>do</strong> em 28 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2001, pelo prazo <strong>de</strong> quatro<br />

anos, mas os respectivos efeitos foram reporta<strong>do</strong>s a 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2001.<br />

<strong>11</strong>. A FDZHP tem si<strong>do</strong>, até à presente <strong>da</strong>ta, fun<strong>da</strong>mentalmente apoia<strong>da</strong> em<br />

termos financeiros pelo Governo e pelo Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, sem o que não<br />

teria si<strong>do</strong> possível <strong>de</strong>senvolver qualquer operação <strong>de</strong> reabilitação, quer no<br />

<strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> recuperação urbanística, quer no âmbito <strong>da</strong> intervenção social.<br />

12. Os subsídios, directos e indirectos, continuaram, até aos dias <strong>de</strong> hoje, a<br />

constituir a gran<strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> financiamento <strong>da</strong> FDZHP.<br />

13. A instituição não foi, portanto, capaz, ao longo <strong>do</strong>s seus <strong>de</strong>zassete anos <strong>de</strong><br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> conseguir formas autónomas <strong>de</strong> auto sustentação, que lhe per-<br />

mitam fazer face à finali<strong>da</strong><strong>de</strong> para que foi instituí<strong>da</strong> (<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> área<br />

<strong>da</strong> reabilitação e a vertente social que lhe está associa<strong>da</strong>). Antes continua na<br />

completa <strong>de</strong>pendência financeira <strong>do</strong>s seus principais fun<strong>da</strong><strong>do</strong>res (Ministério<br />

com a Tutela <strong>da</strong> Segurança Social e Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>), <strong>da</strong><strong>do</strong> que não possui<br />

uma dinâmica <strong>de</strong> autonomia e liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção, permanecen<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>s externas.<br />

14. Por outro la<strong>do</strong>, perante a situação <strong>de</strong> óbvia incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> instituição para<br />

garantir uma dinâmica consistente <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong> na sua área <strong>de</strong><br />

15


intervenção, a partir <strong>de</strong> 2003 a CMP iniciou o processo negocial com o po<strong>de</strong>r<br />

central, no senti<strong>do</strong> <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong> capaz <strong>de</strong> assumir, <strong>de</strong> forma<br />

integra<strong>da</strong>, o processo <strong>de</strong> reabilitação <strong>do</strong> edifica<strong>do</strong> no casco urbano <strong>da</strong> Baixa e<br />

<strong>do</strong> Centro Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

15. Assim, em Novembro <strong>de</strong> 2004 as negociações referi<strong>da</strong>s levaram o Municí-<br />

pio <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e o então Instituto Nacional <strong>de</strong> Habitação (INH) à criação <strong>da</strong> “<strong>Porto</strong><br />

Vivo, SRU – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Reabilitação Urbana SA”, cujo capital social foi<br />

reparti<strong>do</strong> entre as duas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sen<strong>do</strong> 40% titula<strong>do</strong> pelo Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

e os restantes 60% <strong>de</strong>ti<strong>do</strong> pelo então INH.<br />

16. Com a criação <strong>da</strong> “<strong>Porto</strong> Vivo – SRU”, então patrocina<strong>da</strong> pelo Senhor Pre-<br />

si<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> República, Dr. Jorge Sampaio, o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> passou a estar<br />

<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um instrumento eficaz <strong>de</strong> intervenção no âmbito <strong>da</strong> realização <strong>de</strong><br />

obras <strong>de</strong> reabilitação urbana, agora <strong>de</strong> uma forma directa, acentuan<strong>do</strong>-se a<br />

partir <strong>de</strong>sse momento uma progressiva <strong>de</strong>sactivação <strong>da</strong> FDZHP no <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong><br />

reabilitação urbana, ao ponto <strong>de</strong> se po<strong>de</strong>r concluir que, nos últimos anos, a sua<br />

activi<strong>da</strong><strong>de</strong> se tem confina<strong>do</strong> a uma residual intervenção social a nível local.<br />

17. Praticamente em simultâneo, o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> alargou o âmbito <strong>de</strong><br />

intervenção na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> “Fun<strong>da</strong>ção para o Desenvolvimento Social <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> –<br />

<strong>Porto</strong> Social”, ten<strong>do</strong> em vista, nomea<strong>da</strong>mente, a concretização <strong>de</strong> um vasto<br />

programa <strong>de</strong> acção social na luta contra a toxico<strong>de</strong>pendência e outras formas<br />

<strong>de</strong> exclusão social em to<strong>do</strong> o território urbano.<br />

18. Acresce que, no mesmo território, um vasto leque <strong>de</strong> IPSS continua a<br />

<strong>de</strong>senvolver e a afirmar a sua acção, junto <strong>de</strong> uma população em contínua per-<br />

<strong>da</strong> – menos 35% entre 1991 e 2001.<br />

19. Torna-se, por isso, imperioso evitar a sobreposição <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s a actuar<br />

na mesma área <strong>de</strong> intervenção e com os mesmos fins, sob pena <strong>de</strong> se estar a<br />

duplicar a aplicação <strong>de</strong> recursos financeiros, humanos, equipamentos, etc..<br />

16


20. Paralelamente, a FDZHP encontra-se impossibilita<strong>da</strong> <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r aos<br />

seus compromissos por falta <strong>de</strong> receitas, como atrás se evi<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> forma<br />

clara.<br />

21. O Protocolo celebra<strong>do</strong> no ano <strong>de</strong> 2001 caducou em 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2005,<br />

não ten<strong>do</strong> nem o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, nem o Ministério <strong>da</strong> Segurança Social<br />

outorga<strong>do</strong> novo acor<strong>do</strong> para continuar a apoiar a FDZHP, pelas razões já rele-<br />

va<strong>da</strong>s, e nomea<strong>da</strong>mente porque, a partir <strong>de</strong> então, ambas as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s (Minis-<br />

tério e Município) têm manifesta<strong>do</strong> a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> reorientar a sua acção no sen-<br />

ti<strong>do</strong> <strong>de</strong> passarem a intervir directamente na área <strong>de</strong> actuação <strong>da</strong> FDZHP, utili-<br />

zan<strong>do</strong> para o efeito outras instituições públicas e priva<strong>da</strong>s.<br />

22. O Conselho Geral <strong>da</strong> FDZHP, <strong>de</strong>liberou, EM 25 <strong>de</strong> Julho, propor aos fun-<br />

<strong>da</strong><strong>do</strong>res, (Ministério e Município), a extinção e liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> referi<strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção.<br />

Assim, atentos os consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>s acima expostos e a actual situação <strong>da</strong><br />

FDZHP,<br />

PROPONHO:<br />

1) Que a CMP aprove formalmente a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à extinção <strong>da</strong> FDZH,<br />

toman<strong>do</strong>-se to<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s que, sob ponto <strong>de</strong> vista legal e estatutário, sejam<br />

necessárias à concretização <strong>de</strong> tal <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente a submissão a<br />

S. Exca. o Ministro <strong>do</strong> Trabalho e <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

extinção <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção;<br />

2) Que a manutenção em funcionamento na Zona Histórica <strong>da</strong>s valências<br />

sociais actualmente acompanha<strong>da</strong>s pela FDZHP seja assegura<strong>da</strong> através <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong>s <strong>de</strong> gestão e/ou cooperação a estabelecer com a Segurança Social;<br />

3) Que, sen<strong>do</strong> aprova<strong>da</strong> a extinção <strong>da</strong> FDZHP por S. Exca. o Ministro <strong>do</strong> Tra-<br />

balho e <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> Social, seja nomea<strong>do</strong> um Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

composto por 3 membros com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r à liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>-<br />

ção, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o Presi<strong>de</strong>nte ser escolhi<strong>do</strong> por consenso entre o Ministério <strong>do</strong><br />

17


Trabalho e <strong>da</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> Social e a CMP e os vogais nomea<strong>do</strong>s pela Segu-<br />

rança Social e pela CMP.»<br />

____________0___________<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro informou que o Parti<strong>do</strong> Socia-<br />

lista iria votar contra a proposta e entregaria uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> voto. Adiantou<br />

que a argumentação apresenta<strong>da</strong> para a extinção <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção assenta em<br />

<strong>do</strong>is motivos: um <strong>de</strong> natureza financeira atinente à falta <strong>de</strong> receitas próprias<br />

que lhe permitissem manter a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong>, outra pelo facto <strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s<br />

seus fins estarem agora engloba<strong>do</strong>s no objecto <strong>da</strong> SRU – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Reabi-<br />

litação Urbana. Disse que estava em <strong>de</strong>sacor<strong>do</strong> com as duas linhas <strong>de</strong> abor-<br />

<strong>da</strong>gem. Por um la<strong>do</strong>, enten<strong>de</strong> que uma Fun<strong>da</strong>ção que <strong>de</strong>sempenha um serviço<br />

<strong>de</strong> natureza pública, <strong>de</strong> reabilitação com fins sociais, numa área dirigi<strong>da</strong> para<br />

uma população em gran<strong>de</strong> medi<strong>da</strong> insolvente, e que terá sempre esse proble-<br />

ma <strong>de</strong>verá ser apoia<strong>da</strong> pelos po<strong>de</strong>res públicos, e pelo facto <strong>de</strong> não se po<strong>de</strong>r<br />

tornar solvente não a tornava num instrumento inútil. Enten<strong>de</strong> que a Fun<strong>da</strong>ção<br />

tinha inúmeras vantagens, envolven<strong>do</strong> instituições <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, as Juntas <strong>de</strong><br />

Freguesia e outros parceiros associativos, o que permitia conjugar uma inter-<br />

venção na Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> com o conjunto <strong>do</strong>s parceiros e canalizar fun<strong>do</strong>s públi-<br />

cos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> para o esforço <strong>de</strong> reabilitação <strong>do</strong> Centro Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Por<br />

outro la<strong>do</strong>, conheceu a SRU e sabia que se colocavam enormes dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

no realojamento <strong>da</strong>s pessoas que moram no Centro Histórico. Enten<strong>de</strong> que o<br />

esforço <strong>de</strong> recuperação, reabilitação com recurso à iniciativa priva<strong>da</strong>, é neces-<br />

sário mas não suficiente e não respon<strong>de</strong> a to<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sen<strong>do</strong><br />

necessário financiamento público.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que iria votar contra aquela pro-<br />

posta, por que tem algumas imprecisões. Referiu que o Dr. Arlin<strong>do</strong> Cunha disse<br />

que a SRU não foi feita para intervir no Centro Histórico, ten<strong>do</strong> em conta as<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intervenção, as tipologias <strong>da</strong>s habitações e o facto <strong>da</strong>s ruas<br />

serem extremamente estreitas. A proposta não faz referência a um Protocolo<br />

assina<strong>do</strong> em 13 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2005, com um prazo para além <strong>de</strong> 2007, entre a<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e o Ministério <strong>da</strong> Família, na altura ain<strong>da</strong> <strong>do</strong> Gover-<br />

18


no <strong>de</strong> Pedro Santana Lopes o qual estabeleceu um plano <strong>de</strong> acção. Questio-<br />

nou o facto <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção ter adquiri<strong>do</strong> prédios municipais na Zona Histórica<br />

coloca<strong>do</strong>s em Hasta Pública, se não fazia reabilitação na Zona Histórica. Disse<br />

que gostaria <strong>de</strong> saber to<strong>da</strong>s as remunerações que são auferi<strong>da</strong>s pelos repre-<br />

sentantes <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, nas diversas instituições. Tinha si<strong>do</strong> informa-<br />

<strong>do</strong>, que as senhas <strong>de</strong> presença em reuniões <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção para o Desenvolvi-<br />

mento <strong>da</strong> Zona Histórica eram <strong>de</strong> 200 ou 250 . O Ministério teria que tomar<br />

uma <strong>de</strong>cisão para extinguir a Fun<strong>da</strong>ção. Finalmente questionou como seria<br />

protegi<strong>da</strong> a posição <strong>do</strong>s funcionários <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção. Disse ain<strong>da</strong> que queria<br />

saber se a proposta tinha que ir à Assembleia <strong>Municipal</strong>.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte respon<strong>de</strong>u que a proposta teria que ir à<br />

Assembleia <strong>Municipal</strong>, tal como referia a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Trabalhos.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 6 votos contra <strong>do</strong> PS e <strong>da</strong> CDU.<br />

“DECLARAÇÃO DE VOTO DO PARTIDO SOCIALISTA<br />

A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> fun<strong>da</strong>menta a sua proposta <strong>de</strong> dissolução <strong>da</strong><br />

Fun<strong>da</strong>ção para o Desenvolvimento <strong>da</strong> Zona Histórica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (FDZHP) em<br />

duas or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> razões:<br />

1. Na incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção assegurar a sua autonomia financeira;<br />

2. Na falta <strong>de</strong> objecto para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção, sobretu<strong>do</strong> após a<br />

constituição <strong>da</strong> SRU <strong>Porto</strong> Vivo.<br />

No enten<strong>de</strong>r <strong>do</strong>s verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista nenhuma <strong>da</strong>s razões está<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> e, como os factos facilmente comprovam, a<br />

<strong>de</strong>cisão assume natureza política, sedimentan<strong>do</strong> uma opção <strong>da</strong> maioria<br />

PSD/PP que governa a <strong>Câmara</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> auto-isolamento <strong>do</strong> município.<br />

De facto, a questão <strong>do</strong> financiamento <strong>da</strong> FDZHP é, em última análise, uma fal-<br />

sa questão. A Fun<strong>da</strong>ção foi cria<strong>da</strong> para <strong>de</strong>senvolver fins <strong>de</strong> interesse público,<br />

articulan<strong>do</strong> a reabilitação física <strong>do</strong> Centro Histórico <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> com o seu <strong>de</strong>sen-<br />

19


volvimento social. Em face <strong>do</strong>s seus fins públicos parece natural que a <strong>do</strong>tação<br />

orçamental fosse assegura<strong>da</strong> quer pelo município, quer pelo Esta<strong>do</strong> português.<br />

A FDZHP é uma instituição capaz <strong>de</strong> canalizar verbas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> português<br />

para o <strong>Porto</strong>, operação orçamental que o PS tem sempre consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> essen-<br />

cial ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> recuperação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Acresce que a Fun<strong>da</strong>ção per<strong>de</strong>u oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso aos fun<strong>do</strong>s comuni-<br />

tários <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a opções e omissões <strong>do</strong> seu Conselho <strong>de</strong> Administração, maiori-<br />

tariamente nomea<strong>do</strong> pela actual maioria <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>. Parece<br />

óbvio que se tratou <strong>de</strong> uma acção premedita<strong>da</strong>.<br />

Se estes são os factos em ralação ao financiamento, o que se passa relativa-<br />

mente ao objecto é ain<strong>da</strong> mais significativo.<br />

A maioria PSD/PP persiste, ca<strong>da</strong> vez mais sozinha, em acreditar que a reabili-<br />

tação <strong>da</strong> baixa <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> seu Centro Histórico será possível apenas pela<br />

via <strong>do</strong> investimento imobiliário. Mas os factos e a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> no terreno <strong>de</strong>smen-<br />

tem em absoluto essa visão neo-liberal.<br />

Muitos <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> reabilitação <strong>do</strong>s quarteirões, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente no Bair-<br />

ro <strong>da</strong> Sé, estão a chegar à fase em que será necessário promover o realoja-<br />

mento – temporário ou <strong>de</strong>finitivo – <strong>de</strong> famílias que habitam algumas casas.<br />

Algumas <strong>de</strong>ssas famílias vivem com recursos muito escassos e são absoluta-<br />

mente insolventes, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que nunca terão meios para ter sucesso no<br />

merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> aluguer <strong>de</strong> habitações pós-intervenção.<br />

Resulta aqui claro que o objecto <strong>da</strong> FDZHP mantém absoluta actuali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

utili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na nossa visão, partilha<strong>da</strong> aliás por muitos <strong>do</strong>s técnicos liga<strong>do</strong>s à<br />

SRU, ela seria mesmo o instrumento necessário para <strong>da</strong>r conteú<strong>do</strong> solidário ao<br />

processo <strong>de</strong> reabilitação urbana. Usan<strong>do</strong> o seu património e o know how acu-<br />

mula<strong>do</strong> pelos seus técnicos, a Fun<strong>da</strong>ção po<strong>de</strong>ria criar espaços <strong>de</strong> realojamento<br />

temporário e/ou <strong>de</strong>finitivo para as famílias com menores recursos, envolven<strong>do</strong><br />

a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e os diversos actores sociais.<br />

20


A Fun<strong>da</strong>ção só será inútil se o que estiver na mente <strong>da</strong> maioria PSD/PP que<br />

governa a <strong>Câmara</strong> for <strong>de</strong>salojar os mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> mais fracos recursos para<br />

fora <strong>do</strong> Centro Histórico, como aliás as pessoas <strong>do</strong> Bairro <strong>da</strong> Sé começam a<br />

temer.<br />

Merece ain<strong>da</strong> referência o facto <strong>de</strong> a FDZHP constituir um interface <strong>de</strong> diferen-<br />

tes reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo a CMP e o Esta<strong>do</strong> (através <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Seguran-<br />

ça Social), mas também as Juntas <strong>de</strong> Freguesia <strong>do</strong> Centro Histórico e as insti-<br />

tuições <strong>de</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> social. Essa é uma visão integra<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> construção <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong>, que o PS valoriza e que a actual maioria <strong>de</strong>spreza,<br />

por autismo político e porque tem <strong>da</strong>s políticas sociais uma visão meramente<br />

assistencialista, que exclui a participação <strong>do</strong>s excluí<strong>do</strong>s.<br />

Desmonta<strong>do</strong>s os argumentos <strong>da</strong> maioria PSD/PP, os verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

Socialista cumprirão a sua obrigação para com a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e para com os mora-<br />

<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Centro Histórico votan<strong>do</strong> contra a proposta <strong>de</strong> dissolução.<br />

Os verea<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Socialista manter-se-ão vigilantes no acompanha-<br />

mento <strong>da</strong> evolução futura <strong>de</strong>ste processo, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente:<br />

1. Na garantia <strong>de</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> intervenção<br />

social e <strong>de</strong> equipamentos actualmente geri<strong>do</strong>s ou apoia<strong>do</strong>s pela FDZHP.<br />

2. No acompanhamento <strong>da</strong> gestão <strong>do</strong> património <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção, quer o que<br />

está habita<strong>do</strong>, quer o que está ao serviço <strong>da</strong>s causas sociais, quer o que<br />

está <strong>de</strong>voluto ou em <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção, pugnan<strong>do</strong> pela sua utilização rigorosa<br />

e transparente, ao serviço <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res carencia<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Centro Histó-<br />

rico.<br />

3. Na rigorosa avaliação <strong>da</strong> gestão <strong>do</strong>s últimos anos <strong>da</strong> FDZHP.”<br />

4. Proposta para que se rectifique a proposta n.º 786969/05 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Julho<br />

<strong>de</strong> 2005, relativa à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> ADICAIS - Investimentos Imobiliários, SA<br />

21


REG. I/133474/07<br />

«1. Na sequência <strong>da</strong> hasta pública realiza<strong>da</strong> a 24 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2001, o Municí-<br />

pio <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> ven<strong>de</strong>u à ADICAIS – Investimentos Imobiliários, S.A., por escritura<br />

pública celebra<strong>da</strong> a 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2001, o lote n.º 1 <strong>do</strong> loteamento titula-<br />

<strong>do</strong> pelo Alvará n.º 8/00.<br />

2. Nos termos <strong>de</strong> tal escritura, o Município estava obriga<strong>do</strong> a transferir a posse<br />

<strong>do</strong> lote objecto <strong>de</strong> alienação até 31 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2002, no entanto, a efectiva<br />

entrega <strong>do</strong> lote à ADICAIS apenas ocorreu a 22/01/2004.<br />

3. Mais suce<strong>de</strong> que, por força <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> sua compatibilização com o<br />

projecto <strong>do</strong> Arquitecto Rem Koolhaas para a Casa <strong>da</strong> Música, o projecto urba-<br />

nístico que havia si<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> em hasta pública para o lote n.º 1 teve que ser<br />

objecto <strong>de</strong> alterações que, sem mais, significariam uma diminuição <strong>da</strong> capaci-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> construtiva prevista nas peças <strong>do</strong> concurso <strong>de</strong> adjudicação <strong>do</strong> lote.<br />

4. Perante estes factos, e os direitos in<strong>de</strong>mnizatórios por força <strong>de</strong>les constituí-<br />

<strong>do</strong>s na esfera jurídica <strong>da</strong> ADICAIS, o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> celebrou com esta<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, a 2 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2005, um Acor<strong>do</strong> extra-judicial aprova<strong>do</strong> em<br />

reunião <strong>do</strong> Executivo <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2005 e <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> 25<br />

<strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2005 (cuja cópia aqui se junta como Anexo A).<br />

5. Conforme resulta <strong>do</strong> seu preâmbulo, o referi<strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> visava ressarcir os<br />

<strong>da</strong>nos resultantes para a ADICAIS <strong>do</strong>s atrasos na entrega <strong>do</strong> lote adquiri<strong>do</strong> em<br />

hasta pública e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reformulação <strong>do</strong> projecto inicial, através <strong>da</strong><br />

criação <strong>da</strong>s condições necessárias à viabilização <strong>de</strong> uma nova solução urba-<br />

nística.<br />

6. Aquela solução urbanística, que constituía, assim, pressuposto fun<strong>da</strong>mental<br />

<strong>da</strong> celebração <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>, e que se encontrava concretiza<strong>da</strong> na<br />

Memória Descritiva e na planta que integrava o próprio Acor<strong>do</strong>, traduzia-se,<br />

entre outros, numa alteração ao loteamento inicial, consubstancia<strong>da</strong> na anexa-<br />

ção ao lote n.º 1:<br />

22


a) <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área <strong>do</strong> lote n.º 2 e<br />

b) <strong>de</strong> 300 m 2 <strong>do</strong> lote n.º 3.<br />

7. Suce<strong>de</strong>, porém que, não obstante a anexação ao lote n.º 1 <strong>de</strong> to<strong>da</strong> esta área<br />

constar expressamente <strong>da</strong> planta que serviu <strong>de</strong> suporte ao Acor<strong>do</strong> celebra<strong>do</strong>,<br />

certo é que, por lapso, na sua parte escrita, apenas se convencionou a aliena-<br />

ção à ADICAIS <strong>do</strong> lote n.º 2 <strong>do</strong> loteamento titula<strong>do</strong> pelo Alvará n.º 8/00, não se<br />

referin<strong>do</strong> expressamente a inerente alienação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> 300m 2 <strong>do</strong> lote n.º 3.<br />

8. Não obstante tal facto, resulta inequívoco, quer <strong>da</strong>s peças <strong>de</strong>senha<strong>da</strong>s que<br />

acompanham o Acor<strong>do</strong>, quer <strong>da</strong> sua constante referência à nova solução urba-<br />

nística como pressuposto <strong>de</strong> sua celebração, que era intenção <strong>do</strong> Município<br />

integrar no objecto <strong>de</strong>ste Acor<strong>do</strong> a área <strong>de</strong> 300m 2 aqui em apreço.<br />

9. Em face <strong>do</strong> exposto, impõe-se corrigir tal erro na <strong>de</strong>claração <strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> –<br />

manifesto na contradição entre as peças escritas e <strong>de</strong>senha<strong>da</strong>s <strong>do</strong> presente<br />

Acor<strong>do</strong> - <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a que seja possível formalizar o acto translativo <strong>do</strong> direito <strong>de</strong><br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s 300m 2 <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> para a ADICAIS.<br />

10. Verifican<strong>do</strong>-se que, em cumprimento <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> extra-judicial supra referi-<br />

<strong>do</strong>, foi já <strong>de</strong>feri<strong>da</strong> a alteração ao loteamento aqui em apreço necessária para a<br />

concretização <strong>da</strong> solução urbanística acor<strong>da</strong><strong>da</strong> e emiti<strong>do</strong> o respectivo averba-<br />

mento ao alvará <strong>de</strong> loteamento, a área objecto <strong>da</strong> presente proposta não se<br />

encontra já integra<strong>da</strong> no <strong>do</strong>mínio público municipal.<br />

Assim sen<strong>do</strong>,<br />

Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>libere:<br />

PROPONHO:<br />

1. Corrigir o erro na <strong>de</strong>claração <strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> constante <strong>da</strong> sua <strong>de</strong>liberação<br />

<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2005 (proposta n.º 786969/05):<br />

23


a) esclarecen<strong>do</strong> que aquela <strong>de</strong>liberação integrava a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

alienação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> 300 m 2 , i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> a vermelho na planta que aqui<br />

se junta como Anexo B, à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> ADICAIS – Investimentos Imobiliá-<br />

rios, S.A., para integração no Lote n.º 1 <strong>do</strong> loteamento titula<strong>do</strong> pelo Alva-<br />

rá n.º 8/00;<br />

b) <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> que a cláusula n.º 3 <strong>do</strong> Acor<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong> através<br />

<strong>da</strong>quela <strong>de</strong>liberação passa a ter a seguinte re<strong>da</strong>cção: “O Município obri-<br />

ga-se a alienar à ‘ADICAIS’ e esta aceita receber, ten<strong>do</strong> em vista a nova<br />

solução urbanística e a título <strong>de</strong> <strong>da</strong>ção em cumprimento <strong>da</strong> in<strong>de</strong>mniza-<br />

ção referi<strong>da</strong> na cláusula anterior:<br />

3.1. o Lote n.º 2 <strong>do</strong> Alvará <strong>de</strong> Loteamento n.º 8/00, sito à<br />

Rua <strong>do</strong>s Vanzeleres, <strong>de</strong>scrito na Segun<strong>da</strong> Conservatória <strong>do</strong><br />

Registo Predial <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> sob a ficha n.º <strong>11</strong>26/20010903 e inscrito<br />

na matriz predial urbana <strong>da</strong> Freguesia <strong>de</strong> Ce<strong>do</strong>feita sob o artigo<br />

<strong>11</strong>546 e<br />

3.2. a área <strong>de</strong> 300m 2 <strong>do</strong> Lote n.º 3 <strong>do</strong> mesmo Alvará <strong>de</strong><br />

Loteamento, nos termos <strong>da</strong> planta em anexo, cuja <strong>de</strong>safecta-<br />

ção <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio público ocorrerá por efeito <strong>do</strong> <strong>de</strong>ferimento <strong>da</strong><br />

operação urbanística <strong>de</strong> alteração àquela operação <strong>de</strong> lotea-<br />

mento.”<br />

2. Submeter à Assembleia <strong>Municipal</strong> a presente proposta <strong>de</strong> rectificação<br />

<strong>da</strong> sua <strong>de</strong>liberação <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2005, nos mesmos termos supra-<br />

<strong>de</strong>scritos.»<br />

_________0_________<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que estava em causa uma área <strong>de</strong> 300<br />

m2, e que não se tinha apercebi<strong>do</strong> disso na proposta anteriormente aprova<strong>da</strong>.<br />

Disse que a ADICAIS tinha direito a uma in<strong>de</strong>mnização <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

<strong>11</strong>.000.000,00 e aceitou reduzi-la para 2.700.000,00 que correspon<strong>de</strong>m à<br />

avaliação <strong>do</strong> lote n.º 2. Disse que aquela questão altera o processo.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro disse que o Parti<strong>do</strong> Socialista<br />

24


se iria abster. Salientou que os 300 m2 se <strong>de</strong>stinavam a espaço público e não<br />

a construção.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse que podia chamar alguém <strong>do</strong> Patrimó-<br />

nio ou a Dr.ª Manuela Gomes, a fim <strong>de</strong> esclarecer a questão. Propôs que se<br />

votasse a proposta, no entanto, se o Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá enten<strong>de</strong>sse,<br />

po<strong>de</strong>ria adiá-la.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 5 abstenções <strong>do</strong> PS e 1 voto contra <strong>da</strong> CDU.<br />

5. Proposta <strong>de</strong> rectificação <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> no capital<br />

social <strong>da</strong> APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, sen<strong>do</strong> esta<br />

participação reduzi<strong>da</strong> <strong>de</strong> 35,90% para 34,90% <strong>do</strong> capital social, conforme<br />

por lapso foi aprova<strong>do</strong>. REG. I/131538/07<br />

«Em reunião <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Maio <strong>do</strong> corrente ano, foi aprova<strong>da</strong> pela <strong>Câmara</strong> Munici-<br />

pal a Proposta nº. 65477/07, que se anexa e constitui parte integrante <strong>da</strong> pre-<br />

sente Proposta, na qual se propunha a redução <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> na Apor - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A., para 35,90 %<br />

<strong>do</strong> capital social, por forma a excluir esta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Regime Jurídico <strong>do</strong><br />

Sector Empresarial Local, aprova<strong>do</strong> pela Lei nº. 53-F/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezem-<br />

bro, e submetê-la às disposições <strong>do</strong> Código <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Comerciais, con-<br />

si<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e objecto social <strong>de</strong>sta socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

seriam melhor prossegui<strong>do</strong>s.<br />

Por mero lapso <strong>de</strong> escrita, foi aprova<strong>da</strong> a redução <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> para os 35,90% <strong>do</strong> capital social, quan<strong>do</strong> se pretendia aprovar a redu-<br />

ção para 34,90% <strong>da</strong>quele capital.<br />

Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a que o erro na percentagem <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

na Apor - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A., correspon<strong>de</strong> a um mero<br />

erro material na expressão <strong>do</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>do</strong> órgão <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, que on<strong>de</strong><br />

disse 35,90% pretendia dizer 34,90% <strong>do</strong> capital social, erro este passível <strong>de</strong><br />

25


ectificação nos termos <strong>do</strong> artigo 148º <strong>do</strong> Código <strong>do</strong> Procedimento Administra-<br />

tivo (CPA).<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a referi<strong>da</strong> proposta foi submeti<strong>da</strong> a aprovação <strong>da</strong> Assem-<br />

bleia <strong>Municipal</strong>, que <strong>de</strong>liberou aprová-la já com os valores percentuais rectifi-<br />

ca<strong>do</strong>s, sob condição <strong>de</strong> a mesma ser ratifica<strong>da</strong> pelo executivo camarário na<br />

primeira reunião que ocorresse após a sua aprovação.<br />

PROPONHO QUE:<br />

Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>libere rectificar, nos termos e para os efeitos <strong>do</strong><br />

disposto artigo 148º. <strong>do</strong> Código <strong>do</strong> Procedimento Administrativo (CPA), o valor<br />

percentual <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> no capital social <strong>da</strong> Apor -<br />

Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A., sen<strong>do</strong> esta participação reduzi<strong>da</strong><br />

para 34,90% <strong>do</strong> capital social e não para 35,90, conforme por lapso, foi apro-<br />

va<strong>do</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

PROPOSTA DE ALTERAÇÂO<br />

A APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, foi constituí<strong>da</strong> por escri-<br />

tura lavra<strong>da</strong> no Notário Privativo <strong>de</strong>sta <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, em 10 <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> 1997, ten<strong>do</strong> lhe si<strong>do</strong> fixa<strong>do</strong> como objecto social a mo<strong>de</strong>rnização <strong>da</strong> base<br />

económica <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, incluin<strong>do</strong> a qualificação urbana, através <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi-<br />

mento <strong>de</strong> acções <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a contribuir para a introdução <strong>de</strong> factores <strong>de</strong> cor-<br />

recção no teci<strong>do</strong> social, económico e cultural <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, assumin<strong>do</strong> o papel <strong>de</strong><br />

agente dinamiza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> novas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s económicas na Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>;<br />

A APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, configura uma socie<strong>da</strong>-<br />

<strong>de</strong> anónima <strong>de</strong> capitais mistos, maioritariamente públicos, cuja activi<strong>da</strong><strong>de</strong> se<br />

rege em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com as suas disposições estatutárias e, subsidiariamen-<br />

te, pelo Código <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Comerciais;<br />

26


o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>de</strong>tém a maioria <strong>do</strong> capital social <strong>da</strong> APOR - Agência para<br />

a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA - 57,94% - assim como possui, por força <strong>do</strong> nº. 7<br />

<strong>do</strong> artigo 10.° <strong>do</strong>s Estatutos <strong>da</strong>quela socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma influência <strong>do</strong>minante,<br />

nomea<strong>da</strong>mente no que se refere à obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as <strong>de</strong>liberações relativas<br />

à transmissão <strong>de</strong> acções, alteração <strong>do</strong> contrato <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, dissolução,<br />

fusão, cisão e transformação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rem <strong>do</strong> seu voto favorável.<br />

o Novo Regime Jurídico <strong>do</strong> Sector Empresarial Local foi aprova<strong>do</strong> pela Lei nº.<br />

53F/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro, ten<strong>do</strong> entra<strong>do</strong> em vigor a 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2007;<br />

Nos termos <strong>do</strong> artigo 3.° <strong>de</strong>ste Regime Jurídico, são empresas municipais as<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s constituí<strong>da</strong>s nos termos <strong>da</strong> lei comercial, nas quais os municípios<br />

possam exercer, <strong>de</strong> forma directa ou indirecta, uma influência <strong>do</strong>minante em<br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terem a maioria <strong>do</strong> capital ou <strong>do</strong>s direitos <strong>de</strong> voto, ou ain<strong>da</strong>, <strong>de</strong>cor-<br />

rente <strong>de</strong> possuírem o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>signar ou <strong>de</strong>stituir a maioria <strong>do</strong>s membros <strong>do</strong><br />

órgão <strong>de</strong> administração ou <strong>de</strong> fiscalização;<br />

Por força <strong>de</strong>sta disposição legal <strong>do</strong> Novo Regime Jurídico, a APOR - Agência<br />

para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, passa a integrar, automaticamente, o Sec-<br />

tor Empresarial Local;<br />

Sen<strong>do</strong>-lhe aplicáveis <strong>de</strong> imediato to<strong>da</strong>s as normas constantes <strong>do</strong> Regime Jurí-<br />

dico <strong>de</strong>ste Sector que não <strong>de</strong>pen<strong>da</strong>m <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação <strong>do</strong>s estatutos, a<strong>da</strong>ptação<br />

esta que <strong>de</strong>ve estar concluí<strong>da</strong> no prazo máximo <strong>de</strong> <strong>do</strong>is anos após a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong><br />

publicação <strong>do</strong> diploma, ou seja, até 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2008;<br />

Assim transitam <strong>de</strong> imediato para a esfera <strong>de</strong> competências <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> Muni-<br />

cipal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, por força <strong>do</strong> Novo Regime Jurídico <strong>do</strong> Sector Empresarial Local,<br />

a função accionista e as orientações estratégicas <strong>da</strong> APOR - Agência para a<br />

Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, entre outras matérias;<br />

Há interesse em que a APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, se<br />

reja pelas disposições <strong>do</strong> Código <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Comerciais, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong><br />

a sua activi<strong>da</strong><strong>de</strong> em consonância com as regras constantes <strong>de</strong>ste regime.<br />

27


Para que tal suce<strong>da</strong>, o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> tem, por um la<strong>do</strong>, <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter<br />

a maioria <strong>do</strong> capital social <strong>da</strong> APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>,<br />

SA, e, por outro la<strong>do</strong>, per<strong>de</strong>r a influência <strong>do</strong>minante que lhe <strong>de</strong>corre <strong>da</strong> actual<br />

re<strong>da</strong>cção <strong>do</strong> nº. 7 <strong>do</strong> artigo 10º. <strong>do</strong>s seus Estatutos, que faz <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>do</strong> seu<br />

voto favorável to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>liberações respeitantes à transmissão <strong>de</strong> acções,<br />

alteração <strong>do</strong> contrato <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, dissolução, fusão, cisão e transformação<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

O interesse público municipal não é coloca<strong>do</strong> em causa, caso seja <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> a<br />

alienação <strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s acções <strong>de</strong>ti<strong>da</strong>s pelo Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> no capital social<br />

<strong>da</strong> APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, que envolva a diminui-<br />

ção <strong>da</strong> sua participação nesta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> comercial, e, consequentemente, lhe<br />

retire a influência <strong>do</strong>minante sobre esta;<br />

Muito pelo contrário, tal interesse será fortaleci<strong>do</strong>, na medi<strong>da</strong> em que a activi-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pela APOR - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA,<br />

será, atenta a sua natureza e objecto social, melhor prossegui<strong>da</strong>, caso esta<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> se reja pelas disposições <strong>do</strong> Código <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Comerciais;<br />

O artigo 43.° <strong>do</strong> Novo Regime Jurídico <strong>do</strong> Sector Empresarial Local estatui que<br />

a alienação <strong>da</strong> totali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong> parte <strong>do</strong> capital social é <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> pela<br />

assembleia municipal, sob proposta <strong>da</strong> respectiva câmara municipal;<br />

O artigo 44.° <strong>do</strong> mesmo diploma, estipula que a transformação <strong>da</strong>s empresas<br />

municipais locais em empresas <strong>de</strong>ve ser precedi<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>liberação <strong>do</strong>s órgãos<br />

competentes para a sua criação, nos termos <strong>da</strong> presente lei, que são, como<br />

<strong>de</strong>corre <strong>do</strong> seu artigo 8. °, a assembleia municipal, sob proposta <strong>da</strong> câmara<br />

municipal.<br />

PROPONHO:<br />

1. Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> <strong>de</strong>libere, nos termos e para os efeitos <strong>do</strong><br />

disposto no artigo 43.° e <strong>do</strong> nº 3 <strong>do</strong> artigo 44.° <strong>da</strong> Lei nº. 53-F/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />

28


Dezembro, aprovar a redução <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> no capital<br />

social <strong>da</strong> APOR -Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, SA, <strong>de</strong> 57,94% para<br />

35,90 % <strong>do</strong> capital social, através <strong>da</strong> alienação <strong>da</strong>s suas acções a um outro<br />

accionista ou a um terceiro e subsequente alteração <strong>do</strong> n.º. 10 <strong>do</strong> artigo 7.° <strong>do</strong>s<br />

seus Estatutos, que passará a ter a re<strong>da</strong>cção constante <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento em<br />

anexo;<br />

2. Que se submeta a presente <strong>de</strong>liberação à aprovação <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>,<br />

nos termos artigo 43.° <strong>da</strong> Lei n.º. 53-F/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro, conjuga<strong>do</strong><br />

com o disposto na alínea I) <strong>do</strong> nº. 2 <strong>do</strong> artigo 53°, <strong>da</strong> Lei nº. 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong><br />

Setembro, na sua actual re<strong>da</strong>cção.<br />

Artigo 10º.<br />

1. (….)<br />

2. (...)<br />

3. (….)<br />

4. (…)<br />

5. (…)<br />

6. (….)<br />

7. As <strong>de</strong>liberações relativas à prestação <strong>de</strong> consentimento à transmissão <strong>de</strong><br />

acções, alteração <strong>do</strong> contrato <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, dissolução, fusão, cisão e trans-<br />

formação <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>do</strong> voto favorável <strong>do</strong>s accionistas represen-<br />

tativos <strong>de</strong> <strong>do</strong>is terços <strong>do</strong>s votos emiti<strong>do</strong>s.<br />

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O PONTO DA ORDEM DE TRABA-<br />

LHOS REFERENTE AO CAPITAL SOCIAL DA APOR<br />

O executivo municipal aprovou em reunião <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Maio <strong>do</strong> corrente ano, a<br />

Proposta nº 65477/07, na qual se propunha a redução <strong>da</strong> participação <strong>do</strong><br />

Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> na Apor - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A., para<br />

35,90 % <strong>do</strong> capital social, por forma a excluir esta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Regime Jurídi-<br />

co <strong>do</strong> Sector Empresarial Local, aprova<strong>do</strong> pela Lei nº. 53F/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong><br />

Dezembro, e submetê-la às disposições <strong>do</strong> Código <strong>da</strong>s Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s Comer-<br />

ciais, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> e objecto social <strong>de</strong>sta socie-<br />

29


<strong>da</strong><strong>de</strong> seriam melhor prossegui<strong>do</strong>s.<br />

Por mero lapso <strong>de</strong> escrita, foi aprova<strong>da</strong> a redução <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> para os 35,90% <strong>do</strong> capital social, quan<strong>do</strong> se pretendia aprovar a redu-<br />

ção para 34,90% <strong>da</strong>quele capital.<br />

Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a que o erro na percentagem <strong>da</strong> participação <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

na Apor - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A., correspon<strong>de</strong> a um mero<br />

erro material na expressão <strong>do</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>do</strong> órgão <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, que on<strong>de</strong><br />

disse 35,90% pretendia dizer 34,90% <strong>do</strong> capital social, erro este passível <strong>de</strong><br />

rectificação nos termos <strong>do</strong> artigo 148.° <strong>do</strong> Código <strong>do</strong> Procedimento Administra-<br />

tivo CCPA),<br />

ENTENDO QUE:<br />

A Assembleia <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>ve aprovar a proposta <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> capital, já com<br />

os valores <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente rectifica<strong>do</strong>s, ou seja, a redução <strong>da</strong> participação <strong>do</strong><br />

Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> na Apor - Agência para a Mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, S.A. <strong>de</strong><br />

57.94% para 34,90% <strong>do</strong> capital social, através <strong>da</strong> alienação <strong>da</strong>s suas acções a<br />

um outro accionista ou a um terceiro, sob condição <strong>de</strong> a mesma ser rectifica<strong>da</strong><br />

pelo executivo camarário na primeira reunião que ocorra após a presente ses-<br />

são.»<br />

___________0_________<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse que o objectivo <strong>da</strong> proposta era o <strong>de</strong> rectifi-<br />

car uma proposta anterior que continha um erro.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 1 voto contra <strong>da</strong> CDU.<br />

6. 1ª. Revisão Orçamental e Gran<strong>de</strong>s Opções <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> 2007 <strong>da</strong> CMP.<br />

REG. 93656/07<br />

30


«De acor<strong>do</strong> com o Pocal aprova<strong>do</strong> pelo D. L. n.º 54-A/99 <strong>de</strong> 22.02, as modifi-<br />

cações aos <strong>do</strong>cumentos previsionais po<strong>de</strong>m ser aprova<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> altera-<br />

ções ou revisões. A inscrição <strong>do</strong> sal<strong>do</strong> orçamental apura<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> ano<br />

anterior só po<strong>de</strong> ser feita após a aprovação <strong>da</strong>s contas <strong>de</strong>sse ano e usan<strong>do</strong> a<br />

figura <strong>de</strong> revisão.<br />

A revisão po<strong>de</strong> ter como contraparti<strong>da</strong>s:<br />

1. O sal<strong>do</strong> apura<strong>do</strong> no final <strong>do</strong> ano anterior;<br />

2. O excesso <strong>de</strong> cobrança em relação à totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s receitas previstas<br />

no orçamento;<br />

3. Outras receitas que as autarquias estejam autoriza<strong>da</strong>s a arreca<strong>da</strong>r.<br />

Assim,<br />

PROPONHO:<br />

1. Que se aprovem os <strong>do</strong>cumentos em anexo, referentes à 1ª Revisão<br />

ao Orçamento, ao Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos e às Activi<strong>da</strong>-<br />

<strong>de</strong>s Mais Relevantes para o ano <strong>de</strong> 2007, que fazem parte integrante<br />

<strong>de</strong>sta proposta;<br />

2. Que os <strong>do</strong>cumentos, referi<strong>do</strong>s no número anterior, para efeitos <strong>do</strong><br />

disposto na alínea b), <strong>do</strong> nº 2, <strong>do</strong> art. 53º, e ain<strong>da</strong> alínea c), <strong>do</strong> nº 2,<br />

<strong>do</strong> art. 64º, <strong>da</strong> Lei nº 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, altera<strong>da</strong> e republi-<br />

ca<strong>da</strong> pela Lei 5-A/2002, <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Janeiro, sejam envia<strong>do</strong>s, segui<strong>da</strong>-<br />

mente, à Assembleia <strong>Municipal</strong>.<br />

3. Que se aprove a a<strong>de</strong>n<strong>da</strong> ao contrato-programa celebra<strong>do</strong> com a Por-<br />

to Lazer, em anexo, <strong>da</strong><strong>do</strong> o reforço <strong>da</strong>s transferências para aquela<br />

empresa e com o propósito <strong>do</strong> integral e pontual cumprimento <strong>do</strong>s<br />

objectivos programa<strong>do</strong>s e como tais constantes quer <strong>da</strong> cláusula 1ª,<br />

quer <strong>do</strong> anexo ao respectivo contrato.<br />

4. Que se aprove a a<strong>de</strong>n<strong>da</strong> ao protocolo <strong>de</strong> colaboração celebra<strong>do</strong> com<br />

a Fun<strong>da</strong>ção <strong>Porto</strong> Social, em anexo, <strong>da</strong><strong>do</strong> o reforço <strong>da</strong>s transferên-<br />

cias para aquela Fun<strong>da</strong>ção por força <strong>da</strong> <strong>de</strong>núncia <strong>do</strong> protocolo ope-<br />

ra<strong>da</strong> pelo Instituto <strong>da</strong> Droga e <strong>da</strong> Toxico<strong>de</strong>pendência.»<br />

31


_________0___________<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro disse que o Parti<strong>do</strong> Socialista<br />

iria votar contra a proposta pela coerência com a posição global <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

Socialista sobre o Orçamento e Contas e ain<strong>da</strong> porque lhes parecia que os<br />

pressupostos sobre os quais assenta a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s rectificações propos-<br />

tas eram perfeitamente discutíveis, nomea<strong>da</strong>mente a extinção <strong>do</strong> Programa<br />

“<strong>Porto</strong> Feliz”. Acrescentou que não tinham si<strong>do</strong> esgota<strong>da</strong>s as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>,<br />

com vantagem para a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, se obter financiamento <strong>do</strong><br />

IDT, pelo menos para a parte <strong>de</strong>corri<strong>da</strong> <strong>do</strong> Programa.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte esclareceu que o custo não <strong>de</strong>corria <strong>do</strong><br />

encerramento <strong>do</strong> “<strong>Porto</strong> Feliz”, mas sim <strong>do</strong> não encerramento <strong>do</strong> “<strong>Porto</strong> Feliz”,<br />

logo em Novembro <strong>de</strong> 2006.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que o acréscimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas<br />

para encargos com instalações, no valor <strong>de</strong> 367.000,00 , o acréscimo <strong>de</strong> orça-<br />

mento na rubrica vigilância e segurança <strong>de</strong> 483.000,00 , lhe parecem exage-<br />

ra<strong>da</strong>s. Verificou que os projectos <strong>do</strong> Senhor Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong> Ambiente<br />

estão atrasa<strong>do</strong>s e por esse motivo per<strong>de</strong>m verbas. A concessão <strong>do</strong>s espaços<br />

ver<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s bairros, tem uma diminuição <strong>de</strong> 250.000,00 e o renting <strong>de</strong> viaturas<br />

tem uma diminuição <strong>de</strong> 170.000,00 . Registou, com agra<strong>do</strong>, o reforço <strong>do</strong>s con-<br />

sumíveis <strong>da</strong>s viaturas, o que significa que objectivamente estava subdimensio-<br />

na<strong>do</strong> estava a causar uma série <strong>de</strong> problemas com paragem <strong>de</strong> equipamentos.<br />

Questionou o patrocínio concedi<strong>do</strong> para o Gran<strong>de</strong> Prémio não <strong>de</strong>via ter si<strong>do</strong><br />

aprova<strong>do</strong> pelo Executivo <strong>Municipal</strong>.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 6 votos contra <strong>do</strong> PS e CDU.<br />

7. Proposta <strong>de</strong> <strong>da</strong>ção em pagamento <strong>do</strong>s bens imóveis sitos ao longo<br />

na.<br />

<strong>da</strong>s Esca<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s Guin<strong>da</strong>is - Casa <strong>da</strong> Música. REG. I/133973/07<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que algumas casas estão em ruí-<br />

32


Informou que, nos SMAS, havia litígios com a <strong>Porto</strong> 2001, pelo que<br />

se <strong>de</strong>via aproveitar para resolver também essa situação.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte esclareceu que ia saber se o litígio estava ou<br />

não ultrapassa<strong>do</strong> e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir essa questão na proposta.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro disse que <strong>de</strong>via ser apresenta-<br />

<strong>da</strong> uma avaliação para apurar os valores em causa.<br />

Adia<strong>da</strong>, para a próxima reunião.<br />

8. Proposta para que seja proposto à Assembleia <strong>Municipal</strong> a nomeação <strong>da</strong><br />

BDO - bdc & Associa<strong>do</strong>s - Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas,<br />

Ldª, como auditora externa às contas <strong>do</strong> Município. REG. I/<strong>11</strong>4577/07<br />

«Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

1. A nova Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais, aprova<strong>da</strong> pela Lei n.º 2/2007, <strong>de</strong> 15/01,<br />

<strong>de</strong>termina no seu art. 48.º que as contas anuais <strong>do</strong>s municípios que <strong>de</strong>te-<br />

nham capital em fun<strong>da</strong>ções ou em enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> sector empresarial local<br />

<strong>de</strong>vem ser verifica<strong>da</strong>s por auditor externo;<br />

2. Nos termos <strong>do</strong> n.º 2 <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> art. 48.º o auditor externo é nomea<strong>do</strong> por<br />

<strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>, sob proposta <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, <strong>de</strong> entre os<br />

revisores oficiais <strong>de</strong> contas ou socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> revisores oficiais <strong>de</strong> contas;<br />

3. A nova Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais, aprova<strong>da</strong> pela Lei n.º 2/2007, <strong>de</strong> 15/01,<br />

através <strong>do</strong> n.º 2 <strong>do</strong> art. 47.º, obriga ain<strong>da</strong> a que as contas <strong>do</strong>s municípios<br />

que <strong>de</strong>tenham participações no capital <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> sector empresarial<br />

local sejam remeti<strong>da</strong>s ao órgão <strong>de</strong>liberativo para apreciação juntamente<br />

com a certificação legal <strong>da</strong>s contas e o parecer sobre as mesmas apresen-<br />

ta<strong>do</strong>s pelo revisor oficial <strong>de</strong> contas ou socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> revisores oficiais <strong>de</strong><br />

contas<br />

33


4. Por uma questão <strong>de</strong> economia processual, maior transparência e racionali-<br />

zação <strong>do</strong>s recursos, e atento o valor estima<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa, foi autoriza<strong>da</strong>,<br />

por <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2007, a abertura <strong>de</strong> um procedimento por<br />

negociação sem publicação prévia <strong>de</strong> anúncio para a prestação <strong>de</strong> serviços<br />

<strong>de</strong> auditoria externa e certificação legal <strong>da</strong>s contas;<br />

5. O procedimento <strong>de</strong>correu <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o estabeleci<strong>do</strong> nas disposições<br />

legais aplicáveis;<br />

6. Como resulta <strong>do</strong> Relatório <strong>de</strong> Apreciação <strong>da</strong>s Propostas, emiti<strong>do</strong> em 6 <strong>de</strong><br />

Julho <strong>de</strong> 2007 pela Comissão <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> para o efeito, cuja cópia se anexa,<br />

a proposta economicamente mais vantajosa foi a apresenta<strong>da</strong> pelo concor-<br />

rente, BDO – bdc & Associa<strong>do</strong>s – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Con-<br />

tas, L<strong>da</strong>., inscrita na Or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas sob o núme-<br />

ro 193, pelo valor <strong>de</strong> 33 000,00 (IVA excluí<strong>do</strong>) por ano;<br />

PROPONHO:<br />

1. Que seja proposta à Assembleia <strong>Municipal</strong> a nomeação <strong>da</strong> BDO – bdc &<br />

Associa<strong>do</strong>s – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, L<strong>da</strong>., como audi-<br />

tora externa às contas <strong>do</strong> Município, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> assim cumprimento ao disposto<br />

no n.º 2 <strong>do</strong> art. 48.º <strong>da</strong> nova Lei <strong>da</strong>s Finanças Locais, aprova<strong>da</strong> pela Lei n.º<br />

2/2007, <strong>de</strong> 15/01.<br />

Da presente proposta faz parte integrante o Relatório <strong>de</strong> Análise <strong>da</strong>s Propos-<br />

tas, Relatório Final, a proposta <strong>da</strong> BDO – bdc & Associa<strong>do</strong>s – Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Revisores Oficiais <strong>de</strong> Contas, L<strong>da</strong> e a minuta <strong>do</strong> contrato a celebrar com a<br />

adjudicatária. »<br />

______________0__________<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que o valor que a empresa propu-<br />

nha à <strong>Câmara</strong> para fazer a auditoria é inferior ao valor que propôs na altura aos<br />

34


SMAS e que temia que a mesma não aprofun<strong>da</strong>sse a auditoria, pelo que não<br />

lhe <strong>da</strong>va segurança.<br />

Aprova<strong>da</strong>, com 1 abstenção <strong>da</strong> CDU.<br />

9. Proposta para que se autorize a abertura <strong>de</strong> um Concurso Público para<br />

fornecimento <strong>de</strong> refeições em refeitórios escolares. REG. I/96878/07<br />

«Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

1. É competência <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, no âmbito <strong>do</strong> apoio a activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> interesse municipal <strong>de</strong>liberar em matéria <strong>de</strong> acção social escolar,<br />

<strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente no que respeita a alimentação, alojamento e atribuição<br />

<strong>de</strong> auxílios económicos a estu<strong>da</strong>ntes, nos termos <strong>do</strong> art. 64º, n.º 4 al. d)<br />

<strong>do</strong> Decreto – Lei n.º 169/99 <strong>de</strong> 18/09, com as alterações introduzi<strong>da</strong>s<br />

pela Lei n.º 5-A/2002 <strong>de</strong> <strong>11</strong>/01;<br />

2. A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> não dispõe <strong>de</strong> meios técnicos e humanos<br />

próprios para executar directamente as suas competências nesse <strong>do</strong>mí-<br />

nio e, por isso, se torna imperioso proce<strong>de</strong>r à adjudicação <strong>da</strong> prestação<br />

<strong>de</strong> serviços com terceiros para fornecer as refeições às crianças nos<br />

refeitórios escolares;<br />

3. Atento o valor estima<strong>do</strong> para a prestação <strong>do</strong>s serviços em causa, 5 138<br />

464,50 , IVA excluí<strong>do</strong>, o procedimento legal a a<strong>do</strong>ptar para adjudicação<br />

<strong>de</strong>ve ser, nos termos <strong>do</strong>s artigos 78º e 80º <strong>do</strong> Decreto – Lei n.º 197/99, <strong>de</strong><br />

8 <strong>de</strong> Junho, o concurso público;<br />

4. O encargo orçamental <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa se repercutirá em mais <strong>de</strong> um ano<br />

económico, que não é o ano <strong>da</strong> realização <strong>do</strong> procedimento, e não está<br />

previsto em plano ou programa plurianual legalmente aprova<strong>do</strong>;<br />

35


PROPONHO:<br />

1. Que nos termos <strong>do</strong> n.º 1 e <strong>do</strong> n.º 6 <strong>do</strong> art.º 22.º <strong>do</strong> Decreto-Lei n.º<br />

197/99, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> Junho, e <strong>da</strong> alínea r) <strong>do</strong> n.º 1 <strong>do</strong> art.º 53.º <strong>da</strong> Lei n.º 169/99<br />

<strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, com as alterações introduzi<strong>da</strong>s pela Lei n.º 5-A/2002,<br />

<strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Janeiro, esta proposta seja submeti<strong>da</strong> à Assembleia <strong>Municipal</strong><br />

para a autorização <strong>da</strong> abertura <strong>do</strong> procedimento e aprovação <strong>da</strong> respectiva<br />

repartição <strong>do</strong> encargo que se estima em 1 657 246, 50 (IVA excluí<strong>do</strong>)<br />

para 2008, 1 723 936,50 (IVA excluí<strong>do</strong>) para 2009 e 1 757 281,50 (IVA<br />

excluí<strong>do</strong>) para 2010.<br />

2. Que seja autoriza<strong>da</strong> a abertura <strong>de</strong> um Concurso Público para forneci-<br />

mento <strong>de</strong> refeições em refeitórios escolares.<br />

3. Que seja aprova<strong>do</strong> o Programa <strong>de</strong> Concurso e o Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos<br />

<strong>do</strong> referi<strong>do</strong> concurso, em anexo.<br />

4. Que se nomeiem para integrar o Júri <strong>do</strong> Concurso, os seguintes elemen-<br />

tos:<br />

Dra. Maria Manuela Rezen<strong>de</strong> Pereira, Directora <strong>do</strong> Departamento Munici-<br />

pal <strong>de</strong> Educação e Juventu<strong>de</strong>, que presidirá;<br />

Dra. Maria <strong>do</strong> Rosário Fernan<strong>de</strong>s, Chefe <strong>da</strong> Divisão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Com-<br />

pras, substituta <strong>da</strong> presi<strong>de</strong>nte;<br />

Dra. Rute Azeve<strong>do</strong>, Técnica Superior Economista;<br />

Dra. Luísa Meireles, Técnica Superior Consultora Jurídica;<br />

Dra. Tânia Franco, Nutricionista;<br />

Dra. Branca Soares <strong>da</strong> Costa, Chefe <strong>da</strong> Divisão <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação,<br />

como suplente;<br />

Dra. Maria João Santos, Técnica Superior <strong>de</strong> Gestão, como suplente.<br />

36


5. Que se <strong>de</strong>legue no Júri <strong>do</strong> Concurso, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, a competência para pro-<br />

ce<strong>de</strong>r à audiência prévia.<br />

Da presente proposta fazem parte integrante o Programa <strong>de</strong> Concurso, o<br />

Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Encargos e as Minutas <strong>do</strong>s Anúncios para publicação futura.»<br />

_________0__________<br />

A Senhora Verea<strong>do</strong>ra Ana Maria Pereira disse que há 3000 refei-<br />

ções transporta<strong>da</strong>s e apenas 2000 confecciona<strong>da</strong>s nos refeitórios <strong>da</strong>s escolas.<br />

Acha que a <strong>Câmara</strong> <strong>de</strong>ve fazer um esforço significativo no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> confec-<br />

cionar as refeições nas escolas.<br />

Elogiou o Senhor Verea<strong>do</strong>r Vladimiro Feliz, por acompanhar o<br />

Governo na colocação <strong>de</strong> quadros interactivos nas escolas <strong>do</strong> primeiro ciclo.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Vladimiro Feliz agra<strong>de</strong>ceu o elogio presta<strong>do</strong> e<br />

disse que só pô<strong>de</strong> anunciar agora, porque o Governo <strong>de</strong>morou um ano e meio<br />

a aprovar a candi<strong>da</strong>tura. Orgulhava-se <strong>da</strong> proposta que apresentava, por não<br />

se tratar apenas <strong>da</strong> entrega <strong>de</strong> quadros interactivos, mas por ser também, um<br />

projecto sustenta<strong>do</strong>, que prevê a formação <strong>de</strong> professores, e o <strong>de</strong>senvolvimen-<br />

to <strong>de</strong> uma plataforma para a produção e partilha <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s pela comuni<strong>da</strong>-<br />

<strong>de</strong> escolar.<br />

Relativamente às cantinas, referiu que não era líqui<strong>do</strong> que as refei-<br />

ções confecciona<strong>da</strong>s no local sejam melhores que as refeições transporta<strong>da</strong>s.<br />

Acrescentou que estão a construir cantinas nas escolas <strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> condições<br />

para isso, e citou o exemplo <strong>da</strong> Escola <strong>do</strong> Covêlo.<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

10. Proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação n.º 27/07 <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> terreno <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio<br />

público municipal, sita à Rua <strong>de</strong> Roriz, com a área global aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 6<br />

m2, ten<strong>do</strong> em vista a sua cedência ao proprietário <strong>do</strong> prédio confinante a<br />

Poente, para <strong>da</strong>r cumprimento ao alinhamento <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para o local, pelo<br />

valor global <strong>de</strong> 681,24 . REG. I/109906/07<br />

37


«Uma parcela <strong>de</strong> terreno municipal sita à Rua <strong>de</strong> Roriz, <strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> servir ao respectivo fim <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, pelo que po<strong>de</strong> promover-se a<br />

sua <strong>de</strong>safectação.<br />

Para o efeito, foram publica<strong>do</strong>s os editais preconiza<strong>do</strong>s pela Direcção Geral <strong>da</strong><br />

Administração Local, cujo prazo já terminou sem qualquer reclamação, pelo<br />

que não há inconveniente na <strong>de</strong>safectação referi<strong>da</strong>.<br />

PROPONHO:<br />

Assim,<br />

1 - Que se aprove o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação n.º 27/07, por mim rubrica-<br />

<strong>do</strong>, que vai junto a esta proposta e <strong>de</strong>la faz parte integrante;<br />

2 - Que nos termos <strong>do</strong> disposto no artigo 64.º, n.º 6, alínea a), <strong>da</strong> Lei n.º<br />

169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, altera<strong>da</strong> pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 2002, rectifica<strong>da</strong> pela Declaração <strong>de</strong> Rectificação n.º 9/2002,<br />

<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Março, se submeta a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>,<br />

para os efeitos previstos na alínea b), <strong>do</strong> n.º 4, <strong>do</strong> artigo 53.º, <strong>da</strong>quele<br />

diploma legal, a presente proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong><br />

terreno <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio público municipal, sita à Rua <strong>de</strong> Roriz, freguesia <strong>de</strong><br />

Al<strong>do</strong>ar, <strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>limita<strong>da</strong> a carmim na planta anexa, com a área<br />

global aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 6 m2, a confrontar <strong>do</strong> Norte com Prédio nº 18 <strong>da</strong><br />

Rua <strong>de</strong> Meine<strong>do</strong>, <strong>do</strong> Sul e Nascente com a Rua <strong>de</strong> Roriz e a Poente com<br />

António José Almei<strong>da</strong> <strong>de</strong> Sousa Ribeiro, ten<strong>do</strong> em vista a sua cedência<br />

ao proprietário <strong>do</strong> prédio confinante a Poente, para <strong>da</strong>r cumprimento ao<br />

alinhamento <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para o local (Lic. 180/96) e pelo valor global <strong>de</strong><br />

681,24 (seiscentos e oitenta e um euros e vinte e quatro cêntimos).<br />

Faz parte integrante <strong>de</strong>sta proposta uma planta.»<br />

38


Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

________0_________<br />

<strong>11</strong>. Proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação n.º 24/07 <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> terreno municipal,<br />

sita à Travessa <strong>de</strong> Passos, com a área global aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 101,50 m2,<br />

ten<strong>do</strong> em vista a sua cedência ao proprietário <strong>do</strong> prédio confinante a Sul,<br />

para ampliação <strong>do</strong> respectivo logra<strong>do</strong>uro, em cumprimento <strong>do</strong> projecto<br />

n.º 25066/06/CMP, aprova<strong>do</strong> para o local, pelo valor global <strong>de</strong> 15.225,00 .<br />

REG. I/<strong>11</strong>0441/07<br />

«Uma parcela <strong>de</strong> terreno municipal sita à Travessa <strong>de</strong> Passos, <strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> servir ao respectivo fim <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, pelo que po<strong>de</strong> promo-<br />

ver-se a sua <strong>de</strong>safectação.<br />

Para o efeito, foram publica<strong>do</strong>s os editais preconiza<strong>do</strong>s pela Direcção Geral <strong>da</strong><br />

Administração Local, cujo prazo já terminou sem qualquer reclamação, pelo<br />

que não há inconveniente na <strong>de</strong>safectação referi<strong>da</strong>.<br />

PROPONHO:<br />

Assim,<br />

1 - Que se aprove o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação n.º 24/07, por mim rubrica-<br />

<strong>do</strong>, que vai junto a esta proposta e <strong>de</strong>la faz parte integrante;<br />

2 - Que nos termos <strong>do</strong> disposto no artigo 64.º, n.º 6, alínea a), <strong>da</strong> Lei n.º<br />

169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, altera<strong>da</strong> pela Lei n.º 5-A/2002, <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 2002, rectifica<strong>da</strong> pela Declaração <strong>de</strong> Rectificação n.º 9/2002,<br />

<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Março, se submeta a <strong>de</strong>liberação <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>,<br />

para os efeitos previstos na alínea b), <strong>do</strong> n.º 4, <strong>do</strong> artigo 53.º, <strong>da</strong>quele<br />

diploma legal, a presente proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>safectação <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong><br />

terreno <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio público municipal, sita à Travessa <strong>de</strong> Passos, fregue-<br />

sia <strong>de</strong> Al<strong>do</strong>ar, <strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>limita<strong>da</strong> a carmim na planta anexa, com a<br />

39


área global aproxima<strong>da</strong> <strong>de</strong> 101,50 m2, a confrontar <strong>do</strong> Norte e Poente<br />

com a Travessa <strong>de</strong> Passos, <strong>do</strong> Sul com Jorge Manuel Albuquerque <strong>da</strong><br />

Costa Lima e <strong>do</strong> Nascente com Escola Garcia <strong>de</strong> Orta, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

sua cedência ao proprietário <strong>do</strong> prédio, confinante a Sul, para ampliação<br />

<strong>do</strong> respectivo logra<strong>do</strong>uro, em cumprimento <strong>do</strong> projecto n.º 25066/06/CMP,<br />

aprova<strong>do</strong> para o local, pelo valor global <strong>de</strong> 15.225,00 (quinze mil e<br />

duzentos e vinte e cinco euros).<br />

Faz parte integrante <strong>de</strong>sta proposta uma planta.»<br />

________0_________<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

12. Proposta para que se aprove o plano <strong>de</strong> Acção <strong>do</strong> Contrato Local <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Social <strong>do</strong> Bairro <strong>de</strong> Al<strong>do</strong>ar e zonas envolventes. REG.<br />

I/133061/07<br />

«Na sequência <strong>da</strong> publicação <strong>da</strong> Portaria nº396/2007, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> Abril, que apro-<br />

vou o Programa <strong>de</strong> Contratos Locais <strong>de</strong> Desenvolvimento Social (CLDS) e que<br />

constituí um novo instrumento no quadro <strong>do</strong> Plano Nacional <strong>de</strong> Acção para a<br />

Inclusão, foi transferi<strong>da</strong> para as <strong>Câmara</strong>s Municipais a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aprovação <strong>do</strong>s Planos <strong>de</strong> Acção <strong>do</strong>s CLDS, elabora<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong> estruturas<br />

<strong>de</strong> parceria e instrumentos <strong>de</strong> planeamento <strong>da</strong> re<strong>de</strong> social, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> consulta-<br />

<strong>do</strong>s os Conselhos Locais <strong>de</strong> Acção Social.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que os CLDS visam, <strong>de</strong> forma multissectorial e integra<strong>da</strong>, pro-<br />

mover a inclusão social <strong>do</strong>s ci<strong>da</strong>dãos através <strong>de</strong> acções a executar em parce-<br />

ria, <strong>de</strong> forma a combater a pobreza persistente e a exclusão social em territó-<br />

rios <strong>de</strong>primi<strong>do</strong>s, o nº2 <strong>da</strong> norma II <strong>do</strong> Regulamento <strong>do</strong> Programa CLDS apro-<br />

va<strong>do</strong> e anexa<strong>do</strong> à cita<strong>da</strong> Portaria, <strong>de</strong>terminou que no primeiro ano <strong>da</strong> sua<br />

vigência, os CLDS fossem territorialmente implementa<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> experiên-<br />

cias piloto.<br />

40


Pelo que, e, ao abrigo <strong>do</strong> nº2 <strong>da</strong> norma IV <strong>do</strong> Regulamento, foi <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

por Despacho nº8848/2007, <strong>de</strong> Sua Excelência o Secretário <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />

Segurança Social, publica<strong>do</strong> no D.R. nº 94, 2ª série, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2007,<br />

que fosse abrangi<strong>do</strong> pelo Programa CLDS, o Contrato Local <strong>de</strong> Desenvolvi-<br />

mento Social <strong>do</strong> Bairro <strong>de</strong> Al<strong>do</strong>ar e Zonas Envolventes, <strong>do</strong> qual veio a resultar<br />

a celebração <strong>de</strong> Protocolo <strong>de</strong> Compromisso entre o ISS, I.P., o Município <strong>do</strong><br />

<strong>Porto</strong> e a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra local <strong>da</strong> parceria, por forma a assegurar a<br />

elaboração <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Acção.<br />

Assim, o referi<strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Acção foi submeti<strong>do</strong> pelo núcleo executivo a parecer<br />

<strong>do</strong> CLASP, nos termos <strong>do</strong> que dispõe o nº9 <strong>da</strong> norma X <strong>do</strong> Regulamento, ten-<br />

<strong>do</strong> si<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong> em sessão plenária <strong>do</strong> CLASP, em reunião extraordinária<br />

realiza<strong>da</strong> em 28.06.2007.<br />

De acor<strong>do</strong> com o preconiza<strong>do</strong> no nº1 <strong>da</strong> norma XI <strong>do</strong> Regulamento, o Plano <strong>de</strong><br />

Acção é agora submeti<strong>do</strong> a ratificação <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, median-<br />

te a verificação <strong>da</strong> pertinência <strong>da</strong> intervenção aos objectivos <strong>do</strong> Programa<br />

CLDS, <strong>da</strong> coerência entre o diagnóstico social, objectivos, metas, acções pro-<br />

postas e recursos a afectar ao CLDS, bem como <strong>do</strong> cumprimento <strong>da</strong>s regras<br />

estabeleci<strong>da</strong>s no cita<strong>do</strong> Regulamento.<br />

Ain<strong>da</strong> que não seja possível a apreciação <strong>do</strong> presente Plano <strong>de</strong> Acção no que<br />

se refere, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente, à sua coerência com o diagnóstico social, em virtu-<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> um projecto piloto e por ter si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>a<strong>do</strong> em momento<br />

anterior à própria criação <strong>do</strong> Conselho Local <strong>de</strong> Acção Social <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, é <strong>de</strong>se-<br />

jável que o mesmo <strong>de</strong>corra nos prazos previstos e a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à sua natureza<br />

<strong>de</strong> experiência piloto, <strong>da</strong><strong>da</strong> a importância que lhe foi reconheci<strong>da</strong> para efeitos<br />

<strong>de</strong> selecção por território, ten<strong>do</strong> em conta os âmbitos geográficos <strong>da</strong> interven-<br />

ção a realizar em território crítico <strong>da</strong> área metropolitana <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />

Proponho:<br />

Por to<strong>do</strong> o exposto e com os fun<strong>da</strong>mentos acima <strong>de</strong>scritos e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o<br />

disposto no nº1 <strong>da</strong> norma XI <strong>do</strong> aludi<strong>do</strong> Regulamento, proponho que o Executi-<br />

vo <strong>Municipal</strong> aprove o Plano <strong>de</strong> Acção <strong>do</strong> Contrato Local <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

41


Social <strong>do</strong> Bairro <strong>de</strong> Al<strong>do</strong>ar e zonas envolventes e que constitui parte integrante<br />

<strong>da</strong> presente Proposta, ten<strong>do</strong> em vista a sua integração na Candi<strong>da</strong>tura a apre-<br />

sentar ao ISS, I.P. pela enti<strong>da</strong><strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra local <strong>da</strong> parceria e a formaliza-<br />

ção <strong>do</strong> CLDS.»<br />

________0_________<br />

A Senhora Verea<strong>do</strong>ra Palmira Mace<strong>do</strong> disse que já tinham levan-<br />

ta<strong>do</strong> a questão na altura em que o contrato foi assina<strong>do</strong>, embora concor<strong>da</strong>s-<br />

sem com to<strong>da</strong> a filosofia subjacente àqueles projectos-piloto e à forma <strong>de</strong> inter-<br />

vir nas zonas carencia<strong>da</strong>s. Disse que se estava a aprovar um plano <strong>de</strong> activi-<br />

<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> algo que não conheciam e que pensam não cumprir to<strong>do</strong>s os precei-<br />

tos a que está obriga<strong>do</strong>. O Parti<strong>do</strong> Socialista votaria a favor a proposta, mas<br />

gostaria <strong>de</strong> ter acompanha<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início.<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Rui Sá disse que iria votar a favor a proposta.<br />

Na sua opinião, o <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong>monstra que, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista social, estavam<br />

muito aquém <strong>do</strong> que já <strong>de</strong>via ter aconteci<strong>do</strong>, <strong>da</strong> caracterização <strong>do</strong> diagnóstico<br />

<strong>da</strong> situação e <strong>da</strong> preparação <strong>da</strong>s intervenções. Aqueles projectos só tinham<br />

interesse se fossem articula<strong>do</strong>s com a componente <strong>de</strong> reabilitação física.<br />

A Senhora Verea<strong>do</strong>ra Matil<strong>de</strong> Alves disse que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

teve um papel fun<strong>da</strong>mental, nomea<strong>da</strong>mente no diagnóstico social <strong>de</strong> Al<strong>do</strong>ar,<br />

que a Empresa <strong>Municipal</strong> forneceu, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o levantamento que fez.<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

13. Relatório <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Administração e Contas <strong>do</strong> 1º. semestre <strong>de</strong><br />

2007, <strong>da</strong> Empresa <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Obras Públicas, E.M. REG.<br />

I/133632/07<br />

Adia<strong>do</strong>, para a próxima reunião.<br />

14. Relatório <strong>do</strong> Conselho <strong>de</strong> Administração e Contas <strong>do</strong> 1º. semestre <strong>de</strong><br />

42


2007, <strong>da</strong> Empresa <strong>Municipal</strong> Domussocial E.M. REG. I/133196/07<br />

Adia<strong>do</strong>, para a próxima reunião.<br />

15. Proposta para que se aprove as listas <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos a Juiz Social para o<br />

Tribunal <strong>de</strong> Família e Menores <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> REG. I/130272/07<br />

«A figura <strong>de</strong> Juiz Social foi constituí<strong>da</strong> em 1978, através <strong>do</strong> Decreto-Lei<br />

n.º156/78, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho e tem como objectivo trazer a opinião pública até<br />

aos tribunais e levar os tribunais até à opinião pública, <strong>de</strong> forma a sensibilizar<br />

os juízes <strong>de</strong> direito relativamente aos valores sociais <strong>do</strong>minantes e por outro<br />

la<strong>do</strong> permitir por parte <strong>do</strong>s ci<strong>da</strong>dãos a formação <strong>de</strong> uma opinião sobre a admi-<br />

nistração <strong>da</strong> justiça e o reforço <strong>do</strong> sentimento <strong>de</strong> legali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Os Juízes Sociais intervêm nos processos relativos à Lei <strong>de</strong> Protecção <strong>de</strong><br />

Crianças e Jovens em Perigo (Lei n.º 147/99, <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Setembro) e à Lei Tutelar<br />

Educativa (Lei n.º 166/99, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro). A sua nomeação faz-se por<br />

perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 2 anos, com início em 1 <strong>de</strong> Outubro. Porém, os cessantes man-<br />

têm-se em exercício até à toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> posse <strong>do</strong>s que os irão substituir.<br />

De acor<strong>do</strong> com o Decreto-lei nº 156/78 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho, a organização <strong>da</strong>s<br />

candi<strong>da</strong>turas <strong>de</strong> Juízes Sociais, para o Tribunal <strong>de</strong> Menores, compete à Câma-<br />

ra <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> município <strong>da</strong> se<strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tribunal.<br />

Dan<strong>do</strong> cumprimento à Lei, proce<strong>de</strong>u-se à elaboração <strong>da</strong> lista <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos<br />

para o biénio 2007/2009, que se anexa, num total <strong>de</strong> cento e vinte para o Muni-<br />

cípio <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (quarenta efectivos, quarenta suplentes e quarenta <strong>de</strong> reserva),<br />

para efeitos <strong>de</strong> votação na Assembleia <strong>Municipal</strong> e posterior envio ao Conselho<br />

Superior <strong>de</strong> Magistratura e ao Ministério <strong>da</strong> Justiça.<br />

Conforme os procedimentos para a preparação <strong>da</strong>s listas <strong>do</strong>s juízes sociais<br />

para o Tribunal <strong>de</strong> Família e Menores <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> foi feito um primeiro contacto<br />

telefónico com os 120 juízes em exercício para se auscultar a opinião sobre o<br />

exercício <strong>de</strong>sta função, bem como averiguar as suas pretensões <strong>de</strong> permane-<br />

cerem no cargo <strong>de</strong> juiz social.<br />

43


Destes contactos telefónicos realiza<strong>do</strong>s durante o mês <strong>de</strong> Maio, a maioria <strong>do</strong>s<br />

juízes em exercício manifestaram interesse em continuar a <strong>de</strong>sempenhar esta<br />

função. Assim foram envia<strong>do</strong>s ofícios a estes candi<strong>da</strong>tos a solicitar, mais uma<br />

vez, o preenchimento <strong>da</strong> respectiva ficha <strong>de</strong> inscrição e o envio <strong>da</strong> fotocópia <strong>do</strong><br />

Bilhete <strong>de</strong> I<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Paralelamente, foi divulga<strong>do</strong> através <strong>de</strong> ofício e e-mail a enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e pessoas<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> a informar <strong>da</strong> abertura <strong>de</strong> inscrições para a função <strong>de</strong> Juiz<br />

Social para o biénio 2007-2009.<br />

Até ao dia 28 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2007 foram recepciona<strong>da</strong>s nesta Direcção cento e<br />

quarenta e nove inscrições, sen<strong>do</strong> que sessenta e nove (<strong>de</strong>stas inscrições)<br />

representam as reinscrições <strong>do</strong>s juízes que integraram a lista <strong>de</strong> 2005-2007.<br />

Posto isto, proce<strong>de</strong>u-se à selecção <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos efectivos, suplentes e<br />

reserva, com base nos seguintes critérios:<br />

1º Preferência a candi<strong>da</strong>tos, que nunca tenham exerci<strong>do</strong> esta função;<br />

2º Equi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sexos (artg.35, nº 2);<br />

3º Priori<strong>da</strong><strong>de</strong> às propostas institucionais;<br />

4º Diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> Institucional e profissional;<br />

5º Data <strong>de</strong> entrega <strong>da</strong>s propostas;<br />

6º Motivações e experiência pessoal e/ou profissional, em situações similares.<br />

Finalmente, foram constituí<strong>da</strong>s as listas e or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s alfabeticamente os candi-<br />

<strong>da</strong>tos<br />

Proponho:<br />

Que, nos termos <strong>do</strong> disposto no art. 33º <strong>do</strong> Decreto Lei n.º 156/78, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong><br />

Junho, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> aprove a lista <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos a Juiz Social para o<br />

Tribunal <strong>de</strong> Família e Menores <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, em anexo à presente proposta e que<br />

44


<strong>de</strong>la fez parte integrante, e a submeta a aprovação <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong><br />

nos termos <strong>do</strong> disposto <strong>do</strong> art. 36.º <strong>do</strong> Decreto Lei n.º 156/78, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Junho.»<br />

________0_________<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

16. Proposta para que se celebre um protocolo com a Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong><br />

Lor<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> Ouro. REG. I/<strong>11</strong>6209/07<br />

«Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

• As Freguesias, em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> sua proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> às populações, são<br />

conhece<strong>do</strong>ras <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais, pelo que po<strong>de</strong>m introduzir<br />

melhorias na gestão e conservação <strong>de</strong> alguns equipamentos, como é o<br />

caso <strong>da</strong>s instalações sanitárias, balneários, lava<strong>do</strong>uros e merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

levante.<br />

• Assim, é uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> boa gestão a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências <strong>de</strong>s-<br />

te âmbito nas Freguesias, acompanha<strong>da</strong> <strong>do</strong>s correspon<strong>de</strong>ntes meios<br />

financeiros, técnicos e humanos.<br />

• O Quadro <strong>de</strong> Competências e Regime Jurídico <strong>de</strong> Funcionamento <strong>do</strong>s<br />

Órgãos <strong>do</strong>s Municípios e <strong>da</strong>s Freguesias prevê a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> compe-<br />

tências <strong>da</strong>s <strong>Câmara</strong>s Municipais nas Juntas <strong>de</strong> Freguesia interessa<strong>da</strong>s,<br />

sob autorização <strong>da</strong> Assembleia <strong>Municipal</strong>, mediante a celebração <strong>de</strong><br />

protocolos, on<strong>de</strong> figurem to<strong>do</strong>s os direitos e obrigações <strong>de</strong> ambas as<br />

partes, bem como os meios financeiros, técnicos e humanos.<br />

PROPONHO:<br />

Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, nos termos <strong>da</strong>s disposições conjuga<strong>da</strong>s <strong>do</strong> artigo 15º<br />

<strong>da</strong> Lei 159/99, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> Setembro, e <strong>do</strong> artigo 66º <strong>da</strong> Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong><br />

Setembro, na sua actual re<strong>da</strong>cção, aprove o Protocolo a celebrar com a Fre-<br />

guesia <strong>de</strong> Lor<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> Ouro.»<br />

45


Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que:<br />

________0_________<br />

PROTOCOLO<br />

A <strong>de</strong>scentralização <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res efectua-se mediante a transferência <strong>de</strong> atribui-<br />

ções e competências para as autarquias locais, ten<strong>do</strong> por finali<strong>da</strong><strong>de</strong> assegurar<br />

o reforço <strong>da</strong> coesão nacional e <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> inter-regional e promover a<br />

eficiência e a eficácia <strong>da</strong> gestão pública asseguran<strong>do</strong> os direitos <strong>do</strong>s adminis-<br />

tra<strong>do</strong>s.<br />

A <strong>de</strong>scentralização administrativa assegura a concretização <strong>do</strong> princípio <strong>da</strong><br />

subsidiarie<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> as atribuições e competências serem exerci<strong>da</strong>s pelo<br />

nível <strong>da</strong> administração melhor coloca<strong>do</strong> para as prosseguir com racionali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

eficácia e proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> aos ci<strong>da</strong>dãos.<br />

As Juntas <strong>de</strong> Freguesia, em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> sua proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> às populações, são<br />

conhece<strong>do</strong>ras <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s locais, nomea<strong>da</strong>mente no <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> gestão<br />

<strong>da</strong>s instalações sanitárias, balneários, lava<strong>do</strong>uros e merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> levante.<br />

Nos termos <strong>da</strong>s disposições conjuga<strong>da</strong>s <strong>do</strong> artigo 15º <strong>da</strong> Lei 159/99, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />

Setembro, e <strong>do</strong> artigo 66º <strong>da</strong> Lei n.º 169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, na sua actual<br />

re<strong>da</strong>cção;<br />

É celebra<strong>do</strong> entre<br />

O Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, pessoa colectiva <strong>de</strong> direito público n.º 501 306 099,<br />

com se<strong>de</strong> e paços <strong>do</strong> Concelho na Praça General Humberto Delga<strong>do</strong>, repre-<br />

senta<strong>do</strong> neste acto pelo Senhor Vice-Presi<strong>de</strong>nte e Verea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Pelouro <strong>do</strong><br />

Ambiente <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, Álvaro Castello-Branco, <strong>do</strong>ravante<br />

<strong>de</strong>signa<strong>do</strong> por Primeiro Outorgante<br />

E<br />

46


A Freguesia <strong>de</strong> Lor<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> Ouro, com se<strong>de</strong> na Rua <strong>de</strong> Serralves, n.º 8, 4150-<br />

701 <strong>Porto</strong>, pessoa colectiva n.º 507 459 318, representa<strong>da</strong> neste acto pelo<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Junta <strong>de</strong> Freguesia, Senhor Dr. Alberto Nuno Bragança Assun-<br />

ção Araújo Lima, <strong>do</strong>ravante <strong>de</strong>signa<strong>da</strong> por Segun<strong>da</strong> Outorgante,<br />

O presente protocolo que se regerá nos termos <strong>da</strong>s cláusulas seguintes:<br />

Cláusula Primeira<br />

(Objecto)<br />

O presente protocolo tem por objecto a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> competências <strong>do</strong> primeiro<br />

outorgante na segun<strong>da</strong> outorgante, para a realização <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão<br />

e conservação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is mictórios e um merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> levante, situa<strong>do</strong>s na respec-<br />

tiva circunscrição <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> outorgante, e <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s no qua-<br />

dro e plantas anexos que fazem parte integrante <strong>do</strong> presente protocolo.<br />

Cláusula Segun<strong>da</strong><br />

Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> vigência<br />

1 – O presente protocolo entra em vigor na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> sua assinatura e vigorará<br />

durante a gerência <strong>de</strong> 2007.<br />

2 – O presente protocolo é automaticamente prorrogável, por perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um<br />

ano, caso não seja <strong>de</strong>nuncia<strong>do</strong> por qualquer <strong>da</strong>s partes, por escrito, mediante<br />

expedição <strong>de</strong> carta regista<strong>da</strong> com aviso <strong>de</strong> recepção, com uma antecedência<br />

mínima <strong>de</strong> <strong>do</strong>is meses.<br />

Cláusula Terceira<br />

Obrigações<br />

1 – O Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> obriga-se a disponibilizar os meios humanos e os<br />

recursos técnicos e financeiros necessários ao exercício <strong>da</strong>s competências<br />

aqui <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s, que a seguir se discriminam:<br />

a) Transferir para a segun<strong>da</strong> outorgante uma verba anual, em duodécimos, no<br />

montante <strong>de</strong> 2.898,19 relativa às <strong>de</strong>spesas correntes necessárias à gestão<br />

<strong>do</strong>s referi<strong>do</strong>s equipamentos;<br />

47


) Proce<strong>de</strong>r à reparação <strong>da</strong>s instalações em causa, cujo montante seja supe-<br />

rior a 500 .<br />

2 – A segun<strong>da</strong> outorgante obriga-se a:<br />

a) Utilizar as instalações apenas para o fim para ao qual foram cedi<strong>da</strong>s, salvo<br />

com autorização prévia e expressa <strong>do</strong> primeiro outorgante;<br />

b) Proce<strong>de</strong>r ao pagamento <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> funcionamento, <strong>de</strong>signa-<br />

<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> energia eléctrica, água, gás, telefone, segurança, vigilância, limpe-<br />

za e seguros, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia <strong>da</strong> entrega <strong>da</strong>s chaves pelo primeiro outorgante, até<br />

ao dia <strong>da</strong> entrega <strong>da</strong>s mesmas, pela segun<strong>da</strong> outorgante;<br />

c) Fazer uso pru<strong>de</strong>nte e cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>do</strong>s locais objecto <strong>do</strong> presente protocolo;<br />

d) Proce<strong>de</strong>r à manutenção <strong>da</strong>s instalações em causa, e às reparações cujo<br />

montante seja inferior a 500 ;<br />

e) Permitir o acesso <strong>do</strong> local, com vista, à verificação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conserva-<br />

ção, ao primeiro outorgante ou seu representante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, avisa<strong>da</strong> com<br />

antecedência <strong>de</strong>, pelo menos, 8 (oito) dias;<br />

f) Criar, nos termos <strong>do</strong> regime geral <strong>de</strong> taxas e <strong>de</strong>mais legislação aplicável, um<br />

regulamento que habilite à liqui<strong>da</strong>ção e cobrança <strong>da</strong>s taxas que se mostrem<br />

<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s, pelo exercício <strong>da</strong>s competências <strong>de</strong>lega<strong>da</strong>s por via <strong>de</strong>ste instrumento.<br />

h) Emitir licenças <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong>s espaços comerciais <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s, nos<br />

termos <strong>do</strong> Regulamento Geral <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s Municipais.<br />

Cláusula Quarta<br />

Comparticipação financeira<br />

A comparticipação financeira a atribuir pelo primeiro outorgante à segun<strong>da</strong><br />

outorgante menciona<strong>da</strong> no n.º 1 <strong>da</strong> antece<strong>de</strong>nte cláusula terceira, encontra-se<br />

prevista nas Gran<strong>de</strong>s Opções <strong>do</strong> Plano e no Orçamento <strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />

para o ano económico <strong>de</strong> 2007 (rubrica 02 / 0405010201).<br />

Cláusula Quinta<br />

Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> vigência <strong>do</strong> presente protocolo, a segun<strong>da</strong> outorgante é<br />

responsável pela segurança <strong>de</strong> pessoas e bens.<br />

Cláusula Sexta<br />

48


Acompanhamento e fiscalização<br />

O acompanhamento e controlo <strong>do</strong> presente protocolo são feitos pelo primeiro<br />

outorgante assistin<strong>do</strong>-lhe o direito <strong>de</strong>, por si ou por terceiros, fiscalizar a sua<br />

execução.<br />

Cláusula Sétima<br />

Incumprimento e rescisão <strong>do</strong> protocolo<br />

1 – O incumprimento <strong>da</strong>s obrigações emergentes <strong>do</strong> presente protocolo ou<br />

<strong>de</strong>svio <strong>do</strong>s seus objectivos, pela segun<strong>da</strong> outorgante, constitui justa causa <strong>de</strong><br />

rescisão <strong>do</strong> mesmo, implican<strong>do</strong> a <strong>de</strong>volução <strong>do</strong>s valores recebi<strong>do</strong>s nos termos<br />

<strong>da</strong> alínea a) <strong>do</strong> número 1 <strong>da</strong> cláusula terceira, e ain<strong>da</strong> não aplica<strong>do</strong>s.<br />

2 – Se por motivos <strong>de</strong> justifica<strong>do</strong> interesse público, o primeiro outorgante<br />

necessitar <strong>da</strong>s instalações cedi<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>rá resolver o presente protocolo<br />

mediante notificação, sem que isso confira qualquer direito <strong>de</strong> in<strong>de</strong>mnização à<br />

segun<strong>da</strong> outorgante.<br />

3 – Na situação prevista no número anterior, a segun<strong>da</strong> outorgante obriga-se a<br />

entregar ao primeiro outorgante as instalações cedi<strong>da</strong>s, no prazo <strong>de</strong> 30 dias a<br />

contar <strong>da</strong>quela notificação.<br />

<strong>Porto</strong>, __ <strong>de</strong> _______________ <strong>de</strong> 2007.<br />

Pelo primeiro outorgante:<br />

Pela segun<strong>da</strong> outorgante:<br />

QUADRO ANEXO<br />

EQUIPAMENTOS LOCALIZAÇÃO<br />

Merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> Aleixo Anexo I<br />

Mictório <strong>do</strong> Ouro Anexo II<br />

Mictório <strong>do</strong> Calém Anexo III<br />

49


______________________<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

17. Proposta para que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> reconheça a utili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

pública <strong>da</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> pela "Liga <strong>do</strong>s Amigos <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong><br />

S. João, EPE". REG. I/<strong>11</strong>7313/07<br />

«A Liga <strong>do</strong>s Amigos <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João, EPE, associação sem fins lucrati-<br />

vos, com se<strong>de</strong> na Rua Alame<strong>da</strong> Professor Doutor Hernâni Monteiro, concelho<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, veio requerer à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> a emissão <strong>de</strong> parecer fun-<br />

<strong>da</strong>menta<strong>do</strong> sobre a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública <strong>do</strong>s fins por ela prossegui<strong>do</strong>s, ao abrigo<br />

<strong>do</strong> n.º 2, <strong>do</strong> artigo 5.º, <strong>do</strong> Decreto – Lei n.º 460/77, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Novembro.<br />

O reconhecimento <strong>da</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública visa incentivar o associativismo <strong>do</strong>tan<strong>do</strong><br />

as colectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> alguns meios para a valorização e expansão <strong>da</strong> sua acti-<br />

vi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Esse reconhecimento <strong>de</strong>ve ser conferi<strong>do</strong>, caso a caso, pela Administração a<br />

pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> interessa<strong>do</strong>.<br />

O Decreto – Lei n.º 460/77, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Novembro, estabelece <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s requi-<br />

sitos para o reconhecimento <strong>da</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública <strong>da</strong>s Associações ou Fun<strong>da</strong>-<br />

ções:<br />

- Não limitarem o seu quadro <strong>de</strong> associa<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> beneficiários a estrangeiros,<br />

ou através <strong>de</strong> qualquer critério contrário ao <strong>do</strong> n.º 2, <strong>do</strong> artigo 13.º <strong>da</strong> Constitui-<br />

ção;<br />

- Terem consciência <strong>da</strong> sua utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, fomentarem-na e <strong>de</strong>senvolverem-<br />

na, cooperan<strong>do</strong> com a Administração na realização <strong>do</strong>s seus fins;<br />

- As associações que funcionem primariamente em benefício <strong>do</strong>s associa<strong>do</strong>s<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>clara<strong>da</strong>s <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública se pela sua própria existência<br />

fomentarem relevantemente activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse geral e reunirem os requi-<br />

50


sitos previstos nos números anteriores ou se prosseguirem os fins consigna<strong>do</strong>s<br />

no art.º 416 <strong>do</strong> Código Administrativo.<br />

No caso em apreço, a “A Liga <strong>do</strong>s Amigos <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João, EPE”, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com o artigo 2 <strong>do</strong>s seus estatutos, tem como “Missão, valores e fins”<br />

contribuir para :<br />

- A Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e ética social;<br />

- A Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>dicação para com os <strong>do</strong>entes;<br />

- A Gratidão para com os associa<strong>do</strong>s, benfeitores e mecenas;<br />

- A Cooperação para com o Hospital;<br />

- A In<strong>de</strong>pendência, transparência e operacionali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

- Complementar e enriquecer a missão <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João e ser factor posi-<br />

tivo <strong>da</strong> sua projecção social;<br />

- Contribuir para que o Hospital <strong>de</strong> S João seja, ca<strong>da</strong> vez mais, uma instituição<br />

humaniza<strong>da</strong>, eficiente e <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> grau <strong>de</strong> credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

I<strong>de</strong>ntificar necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria e propor soluções que sejam exequíveis,<br />

relativamente a eventuais ina<strong>de</strong>quações, <strong>de</strong>ficiências, negligências, <strong>de</strong>saten-<br />

ções, lacunas, estrangulamentos, protelamentos, ou quais quer outras formas<br />

<strong>de</strong> actuação ou omissão que possam afectar o bom funcionamento <strong>do</strong> Hospital<br />

<strong>de</strong> S João e o bem estar <strong>do</strong>s <strong>do</strong>entes;<br />

- Cultivar laços e criar formas <strong>de</strong> fraterni<strong>da</strong><strong>de</strong> e soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> entre <strong>do</strong>entes,<br />

seus familiares, pessoas e instituições <strong>do</strong>s seus locais <strong>de</strong> residência;<br />

- Colaborar com to<strong>da</strong>s as pessoas singulares e colectivas que possam confluir<br />

com os fins <strong>da</strong> liga;<br />

- Organizar conferências, <strong>de</strong>bates, acções <strong>de</strong> sensibilização, acções <strong>de</strong> forma-<br />

ção, publicações e outras iniciativas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que em directa relação comos fins<br />

<strong>da</strong> liga;<br />

- Conce<strong>de</strong>r ou intermediar bolsas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, prémios ou comparticipações,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que em directa relação com os fins <strong>da</strong> Liga;<br />

51


- Motivar os associa<strong>do</strong>s, proporcionar-lhes razões <strong>de</strong> participação, prestar-lhes<br />

to<strong>da</strong> a informação sobre as activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s associativas e <strong>de</strong>monstrar-lhes, em<br />

to<strong>da</strong>s as circunstâncias, eleva<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ração;<br />

- Cumprir requisitos <strong>de</strong> rigor e ver<strong>da</strong><strong>de</strong> na gestão <strong>da</strong> Liga;<br />

- A Liga está especialmente vocaciona<strong>da</strong> para os <strong>do</strong>entes porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>fi-<br />

ciência e <strong>do</strong>entes <strong>de</strong> primeira e terceira i<strong>da</strong><strong>de</strong>s que evi<strong>de</strong>nciem mais carência<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social, material e afectiva, e outros acompanhamentos, <strong>de</strong>ntro e fora<br />

<strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João, <strong>de</strong>vam merecer mais atenção e mais cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> Liga;<br />

- A Liga po<strong>de</strong> estabelecer protocolos <strong>de</strong> cooperação com enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s públicas e<br />

priva<strong>da</strong>s;<br />

- A Liga é aconfessional e apolítica.<br />

A Liga <strong>do</strong>s Amigos <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João, EPE, não está constituí<strong>da</strong> há mais<br />

<strong>de</strong> cinco anos, mas encontra-se dispensa<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste requisito nos termos <strong>do</strong> n.º 2<br />

<strong>do</strong> art. 1 conjuga<strong>do</strong> com o n.º 1 <strong>do</strong> art. 4, ambos consigna<strong>do</strong>s no Decreto – Lei<br />

n.º 460/77, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Novembro.<br />

Nestes termos, enten<strong>de</strong>-se que a Liga <strong>do</strong>s Amigos <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João, EPE,<br />

reúne os requisitos necessários para que seja emiti<strong>do</strong> parecer positivo para<br />

efeitos <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública, tanto mais que não<br />

limita o seu quadro <strong>de</strong> associa<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> beneficiários a estrangeiros ou através<br />

<strong>de</strong> qualquer critério contrário ao <strong>do</strong> n.º 2, <strong>do</strong> artigo 13.º <strong>da</strong> Constituição <strong>da</strong><br />

República Portuguesa, conforme se conclui pela <strong>de</strong>claração emiti<strong>da</strong> pela<br />

requerente.<br />

Em face <strong>do</strong> exposto,<br />

PROPONHO:<br />

Que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> emita parecer favorável no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra-<br />

<strong>da</strong> a “Liga <strong>do</strong>s Amigos <strong>do</strong> Hospital <strong>de</strong> S João, EPE”, com se<strong>de</strong> na Rua Alame-<br />

52


<strong>da</strong> Professor Doutor Hernâni Monteiro, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, porta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Cartão<br />

<strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Pessoa Colectiva n.º 507971582 como pessoa colectiva <strong>de</strong><br />

utili<strong>da</strong><strong>de</strong> pública nos termos conjuga<strong>do</strong>s e para os efeitos <strong>do</strong> disposto no n.º 2<br />

<strong>do</strong> art.º 1 e no n.º 2, <strong>do</strong> artigo 5.º, ambos preceitua<strong>do</strong>s no Decreto – Lei n.º<br />

460/77, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Novembro.»<br />

________0_________<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, emitir parecer favorável.<br />

18. Proposta <strong>de</strong> cooperação entre o Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e o Município <strong>do</strong><br />

Canchungo para apoio ao projecto <strong>de</strong> "Informar para Prevenir na Saú<strong>de</strong><br />

Oral". REG. 96864/07<br />

«Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que os Municípios po<strong>de</strong>m participar em acções <strong>de</strong> cooperação<br />

<strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong>, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>mente com a Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Países <strong>de</strong> Língua Portu-<br />

guesa, no âmbito <strong>da</strong> al. f), <strong>do</strong> N.º 4, <strong>do</strong> art. 64.º, Secção II, Capítulo IV <strong>da</strong> Lei N.º<br />

169/99, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro, altera<strong>da</strong> pela Lei 5-A/2002, <strong>de</strong> <strong>11</strong> <strong>de</strong> Janeiro;<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o Protocolo celebra<strong>do</strong> entre as ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e <strong>do</strong> Canchungo<br />

com o objectivo <strong>de</strong> fomentar a cooperação entre elas e assim contribuir para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento local nas áreas social, educativa, cultural e <strong>de</strong>sportiva;<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que no Quadro <strong>de</strong> Referência Estratégico para as Relações Inter-<br />

nacionais, apresenta<strong>do</strong> ao Executivo <strong>Municipal</strong>, em 20 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2005, foi<br />

estabeleci<strong>do</strong> como plataforma <strong>de</strong> operacionalização a Bolsa <strong>de</strong> Cooperação que<br />

prevê a promoção <strong>de</strong> iniciativas concerta<strong>da</strong>s no espaço <strong>da</strong> lusofonia, potencian<strong>do</strong><br />

a sua vertente Saú<strong>de</strong> Pública & Ambiente;<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a Associação <strong>do</strong>s Médicos Dentistas “Mun<strong>do</strong> a Sorrir”, apoia<strong>da</strong><br />

pelas Associação “Guineense <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> Social” e “Associação <strong>de</strong> Amiza<strong>de</strong><br />

Portugal – Bissau”, promove uma campanha <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Oral na Guiné-Bissau com<br />

extensão à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Canchungo, no âmbito <strong>do</strong> projecto “Briga<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

Oral”, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005 e que esta iniciativa <strong>de</strong>corre com sucesso e com gran<strong>de</strong> a<strong>de</strong>-<br />

53


são <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> médica e população local contribuin<strong>do</strong> para a melhoria <strong>da</strong><br />

educação e sensibilização bem como para o diagnostico e tratamento <strong>de</strong> patolo-<br />

gias buco-<strong>de</strong>ntárias;<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a Associação <strong>do</strong>s Médicos Dentistas “Mun<strong>do</strong> a Sorrir”, apoia<strong>da</strong><br />

pelas Associação “Guineense <strong>de</strong> Soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong><strong>de</strong> Social” e “Associação <strong>de</strong> Amiza<strong>de</strong><br />

Portugal – Bissau”, promoverá mais uma campanha <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Oral para Guiné-<br />

Bissau, no presente ano e propôs a esta <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> a sua extensão à<br />

ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Canchungo no âmbito <strong>do</strong> projecto “Informar para Prevenir na Saú<strong>de</strong><br />

Oral”.<br />

PROPONHO:<br />

Que, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> se associe a esta iniciativa, apoian<strong>do</strong> a aquisi-<br />

ção <strong>de</strong> material até um montante máximo <strong>de</strong> 500 (quinhentos euros).<br />

Da presente proposta fazem parte integrante: 1) pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> apoio, 2) apresentação<br />

<strong>do</strong> projecto a <strong>de</strong>senvolver em 2007, 3) cópia <strong>do</strong> relatório <strong>da</strong> acção <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong><br />

em 2006, 4) cópia <strong>do</strong> Protocolo <strong>de</strong> Cooperação entre o município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e o<br />

município <strong>do</strong> Canchungo, 5) lista <strong>de</strong> material.»<br />

________0_________<br />

O Senhor Verea<strong>do</strong>r Manuel Pizarro disse que o Parti<strong>do</strong> Socialista iria<br />

votar a favor. Acha que a proposta configura um subsídio.<br />

O Senhor Presi<strong>de</strong>nte disse que se tratava <strong>de</strong> um pagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spe-<br />

sas até ao montante <strong>de</strong> 500,00 .<br />

Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Votação <strong>da</strong> minuta <strong>da</strong> acta.<br />

54


Aprova<strong>da</strong>, por unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Em anexo à presente acta fica arquiva<strong>da</strong> a gravação em disco com-<br />

pacto (CD-rom áudio) respeitante a esta reunião.<br />

mos <strong>da</strong> lei.<br />

A presente acta <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> li<strong>da</strong> e aprova<strong>da</strong> vai ser assina<strong>da</strong> nos ter-<br />

O PRESIDENTE,<br />

55

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