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SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia

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Sobre Almas e Pilhas<br />

NO NO ESCURINHO ESCURINHO ESCURINHO DO DO CINEMA<br />

CINEMA<br />

(Jan./2004)<br />

Existem basicamente dois tipos de pessoas que vão ao cinema: as<br />

que querem, contrariando todos os princípios da lógica, ver um filme, e as que<br />

fazem de tudo para atrapalhá-las!<br />

Nada contra os tradicionais assovios e gritos, quando as luzes se<br />

apagam; nem contra os casais de namorados que aproveitam o “escurinho do<br />

cinema” para trocar beijos apaixonados, incógnitos, mas discretos. O<br />

problema é com os que transformam esses ambientes de entretenimento<br />

público em palco para sua má-educação, falta de civilidade e babaquice.<br />

As salas de hoje são bem mais confortáveis que as de dez anos atrás. O<br />

som beira a perfeição. É quase como fizéssemos parte do ambiente do filme.<br />

Os sistemas digitais brevemente estarão disponíveis, ampliando a qualidade e<br />

dando total liberdade para a obtenção de efeitos visuais e sonoros livres de<br />

ruídos e chiados, sem distorção ou perda de foco.<br />

As poltronas são confortáveis, o ângulo de visão elimina o incômodo<br />

do vizinho da frente com complexo de limpador de pára-brisa. Já existem<br />

cinemas, sobretudo em parques de entretenimento, que possuem assentos que<br />

se movimentam, sincronizados com a ação que se passa na tela.<br />

Daqui a pouco poderemos pedir cachê e nome nos letreiros de tão<br />

interativo que o cinema está se tornando!<br />

Só que todo esse primor técnico ainda não conseguiu eliminar o ruído<br />

da pipoca comida de boca aberta, as sinfonias dos celulares, as bolsadas na<br />

cabeça, os solavancos das poltronas provocados por cruzadas de perna de<br />

longo percurso, pelo apoio de pés em busca do conforto individual pleno ou<br />

pelos namorados mais empolgados, que beiram as “vias de fato”.<br />

Invejoso? Não!<br />

Ranzinza? Tampouco!<br />

Experimentem fazer isso no teatro, numa peça do Antonio Fagundes...<br />

Também existem os que vão em grandes grupos e passam o tempo<br />

todo “zoando” e, até, brigando uns com os outros, sem tomar conhecimento<br />

do direito dos demais estarem ali para fazer o objetivo principal dos cinemas:<br />

ver filmes! Curioso é que sempre tem um ou dois que já viram o filme e ficam<br />

comentando, em voz alta, a próxima cena, o filme anterior do ator, as<br />

preferências pessoais, o que vão fazer depois da sessão, ou, literalmente,<br />

agindo como se estivessem numa roda de bate-papo. E pagam para isso!<br />

Adilson Luiz Gonçalves 107

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