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SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia

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Sobre Almas e Pilhas<br />

Existem casos piores, em que confundem essa humanidade e altruísmo<br />

com fraqueza ou falta de ambição, da qual mal-intencionados tiram proveito,<br />

sem qualquer compromisso ou escrúpulo.<br />

Não é à toa que existem tantos santos. Eles são obras dos erros da<br />

humanidade!<br />

Mas apenas uma pequena parte deles é conhecida. Os já conhecidos<br />

eram humanos como nós. Foram, geralmente, mártires, que sofreram pelas<br />

mãos dos que se sentiram incomodados, ameaçados ou atraídos de forma<br />

torpe pela sedução angelical de suas obras. Para atribuir-lhes a santidade<br />

formal foi preciso de um longo processo, que inclui a comprovação de curas e<br />

eventos miraculosos.<br />

Entretanto, às vezes basta olhar ao redor para constatar a presença de<br />

novos e genuínos anjos entre nós, que com uma simples palavra ou toque<br />

sincero são capazes de operar milagres anônimos e conduzir-nos aos<br />

caminhos do bem-estar e do bem-ser. E tudo isso sem exigir nada em troca!<br />

Na verdade, nós também temos essa capacidade, pois cada um de nós<br />

recebeu um ramal dessa linha direta com Deus. A forma com que conduzimos<br />

ou somos conduzidos na vida é que faz com que ele seja cortado ou<br />

esqueçamos o número. Assim, quando vem o chamado: ou estamos ocupados<br />

demais para atender ou preferimos ouvir "mensagens eletrônicas" dos<br />

bloqueadores.<br />

Os que sabem atender são pessoas especiais, que não vêem nada de<br />

especial nisso e muitas vezes sofrem além da conta com os males do mundo.<br />

Preocupam-se tanto com o sofrimento dos outros, que esquecem ou têm receio<br />

de pedir ajuda para solucionar os seus próprios. Ironicamente, a vida quase<br />

sempre ainda os testa, negando-lhes o bem que proporcionam aos outros e<br />

colocando em seus caminhos pessoas que lhes negam um mínimo de<br />

reciprocidade.<br />

Esses santos do cotidiano não se consideram diferentes e são<br />

naturalmente bons. Nem sempre são conhecidos ou reconhecidos, mas sua<br />

presença sempre ilumina e transforma o ambiente. Provavelmente não terão<br />

seus nomes perpetuados em logradouros ou prédios públicos, mas têm uma<br />

infinita capacidade de amar e de renunciar em favor dos que amam ou mesmo<br />

dos que sequer conhecessem. Ensinam-nos, assim, uma vez mais, o que é o<br />

verdadeiro amor!<br />

O que diremos das pessoas que tiram proveito malicioso dessa<br />

bondade, pureza e denodo?<br />

Em respeito à singeleza desses verdadeiros anjos, e sob risco de, por<br />

ser humano, ser igualmente culpado, manter-me-ei calado!<br />

Adilson Luiz Gonçalves 130

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