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SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia

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Sobre Almas e Pilhas<br />

O mesmo raciocínio vale para a Terra, em relação ao sistema solar; para este,<br />

em relação à Via Láctea e para esta, em relação ao universo. Somos, todos,<br />

parte dessa incomensurável "multiplicação celular"!<br />

Mas ao ver o filme futurista e compará-lo com o presente veio à mente<br />

a dúvida: somos células sãs ou cancerosas, nesse organismo? Pior: será que<br />

somos vírus?<br />

Enquanto os povos eram nômades e dispersos não éramos risco ao<br />

equilíbrio do meio ambiente: a fauna e a flora se reciclavam. O surgimento<br />

das aglomerações urbanas representou o início de problemas, posteriormente<br />

agravados pelo extrativismo vegetal e mineral, e pela industrialização,<br />

desenfreados. Ainda não conseguimos equacioná-los, quanto mais solucionálos.<br />

O resultado é que continuamos caminhando, a passos largos e rápidos,<br />

para uma situação já imaginada pelos ficcionistas científicos e futurólogos: o<br />

colapso ambiental!<br />

A preocupação dos cientistas e ambientalistas já identificou origens e<br />

soluções, mas a visão de curto prazo de nossos governantes e a ganância de<br />

empresários insiste em postergar as providências que evitariam esse epílogo,<br />

ignorando que essa contagem regressiva não se faz mais em séculos, mas em<br />

décadas ou anos.<br />

Os sinais são claros: extinção de espécies, exaustão de recursos<br />

minerais, desertificação, distúrbios climáticos... Todos são como tumores, que<br />

caminham rapidamente para a metástase e a falência do organismo.<br />

A humanidade aprendeu a superar os obstáculos da natureza, mas<br />

ainda não conseguiu conter seu próprio instinto selvagem. Sofre as<br />

conseqüências de seus atos, mas não aprende com seus erros. Testa limites<br />

onde não deveria fazê-lo. Finge que não vê, ou que não é responsável pelos<br />

resultados. Mas a responsabilidade é de todos e ninguém está imune às<br />

conseqüências!<br />

Fanáticos, alarmistas e mistificadores vibram, pois este terreno<br />

progressivamente árido e doente é fértil aos seus propósitos. Mas, se devemos<br />

zelar pela alma, também precisamos zelar pelo corpo. Para tanto: espírito e<br />

corpo, ser humano e Terra, o universo e Deus devem estar em comunhão e<br />

equilíbrio, perfeito e natural. E num organismo são os tecidos tendem a<br />

regenerar-se mais rapidamente!<br />

Controlar a poluição ambiental, racionalizar, pesquisar e diversificar<br />

formas de produção sustentada de energia e alimentos são necessidades reais e<br />

imediatas, muito mais prementes e indispensáveis do que os lucros fáceis e<br />

abundantes dos mercados de supérfluos e conflitos bélicos forjados.<br />

Adilson Luiz Gonçalves 76

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