SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia
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Sobre Almas e Pilhas<br />
DIV DIVINOS DIV INOS E HUMANOS DONS<br />
(Jul./2004)<br />
Cada um de nós nasce com, no mínimo, um dom!<br />
A moderna psicologia atribui a eles o nome, muito próprio, de<br />
“inteligências”. Só que há muito mais tempo eles já eram considerados<br />
presentes do Criador. Sendo assim, todos são inteligentes de alguma forma,<br />
por mercê de Deus, e essa inteligência é a base para o desenvolvimento dessas<br />
aptidões.<br />
Como rejeitar um presentão desses?<br />
Na verdade, o dom é como uma pedra bruta, que precisa ser lavrada e<br />
lapidada para realçar sua beleza e pureza natural. Só que em vez de auxiliar<br />
nesse processo de identificação, incentivo e desenvolvimento a sociedade<br />
prefere “lançar pérolas aos porcos”, garantindo as melhores oportunidades a<br />
quem não tem, necessariamente, méritos, mas tem poder aquisitivo. Assim,<br />
em vez de grandes artistas e cientistas formamos profissionais elitistas,<br />
burocráticos e insossos sob um verniz artificial de competência e erudição.<br />
O problema é que nem todos estão preparados para identificar esses<br />
dons e se os identificam não sabem o que fazer para desenvolver ou auxiliar<br />
no seu desenvolvimento. Mesmo nas famílias, um talento ou potencial acaba<br />
sepultado por dificuldades financeiras ou frustrações paternas, sintetizadas na<br />
sentença sumária e desanimadora do: “Isso não leva a nada!”.<br />
Não é muito diferente na escola. Aliás, uma das deficiências que os<br />
sistemas educacionais lutam para superar é a tendência de educar para a<br />
mediocridade, ou seja: em vez de incentivar e auxiliar no desenvolvimento<br />
das habilidades naturais dos alunos, os padrões adotados os conduzem à<br />
obrigatoriedade de dedicar mais tempo as suas deficiências, o que uniformiza<br />
desempenhos e elimina “discrepâncias”, para o bem ou para o mal. Para<br />
piorar, parece existirem mais professores interessados em limitarem os alunos<br />
ao que conhecem do que em serem ponte ou abrirem caminho para que eles<br />
avancem. Parecem mais preocupados com o próprio ego do que com sua<br />
sagrada missão, Ou será, apenas, simples e corrosiva inveja?<br />
Só que nós não somos limite para nada e é de uma mesquinhez<br />
imperdoável distribuir freios e arreios, por medo ou incompetência de<br />
acompanhar. Na verdade, também somos exemplos, em certa medida, dessa<br />
sagração da mediocridade.<br />
Adilson Luiz Gonçalves 82