SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia
SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia
SOBRE ALMAS E PILHAS - VERSÃO DIGITAL - Revista Engenharia
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Sobre Almas e Pilhas<br />
AMAR AMAR É É PRECISO<br />
PRECISO<br />
(Fev./2003)<br />
Engenheiros adoram compreender o motivo e o sentido das<br />
coisas para, depois sintetizá-las e sistematizá-las.<br />
Seria possível fazer isso com o amor?<br />
Vejamos:<br />
Hipótese 1: O amor é Matemática?<br />
Se for estaremos criando uma nova escola, que subverte todas as<br />
certezas lógicas de Descartes e outros, pois, dentre outras coisas, como<br />
podemos justificar a soma abstrata de dois seres, que resulta um único... ou<br />
três... ou mais, mas que nunca deve resultar dois?<br />
Hipótese 2: O amor é Física?<br />
Mas como justificar a união de corpos e almas que, quando ocorre, não<br />
conseguimos diferenciar onde começa um e termina o outro, contradizendo a<br />
máxima de que não podem ocupar o mesmo espaço, ao mesmo tempo?<br />
Hipótese 3: O amor é Estatística e Probabilidade?<br />
Pode não ser, mas sua existência correspondida é diretamente<br />
proporcional à felicidade, à paz e a tudo que nos é caro e desejado. O amor<br />
também está sujeito a arranjos, combinações e permutas. Mas se os objetivos<br />
não forem comuns serão meras manipulações de dados, que não se sustentam<br />
com o tempo.<br />
Hipótese 4: O amor é Química?<br />
Nesse caso, há alguma coerência, pois átomos se juntam para formar<br />
substâncias e substâncias se unem para formar misturas.<br />
Eureca! O amor é um amálgama, tanto no sentido químico como no<br />
sentido humano!<br />
Ele pode despertar o oculto e domesticar o revolto, mas, como todo o<br />
amálgama, precisamos cuidar para que a mistura não se desfaça e perca suas<br />
propriedades mágicas. Temos que controlar sua dosagem e mantê-lo em<br />
constante movimento até encontrar a proporção ideal, para que um elemento<br />
não anule as propriedades do outro ou a mistura desande. É como leite e<br />
chocolate: quando encontramos a proporção ideal, todos que provam gostam e<br />
repassam a receita de pais para filhos, de filhos para netos e até à eternidade,<br />
cada um ensinando, adaptando e dando seu toque pessoal à fórmula básica,<br />
natural e universal.<br />
Adilson Luiz Gonçalves 67