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Untitled - Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana

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R.B.S.H. 5(2):1994<br />

A ENTREVISTA PSICOLÓGICA DAS<br />

DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS<br />

233<br />

Objetivando manter o foco das atenções nas questões sexuais e suas<br />

causas psicológicas, e <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po menor possível, não se po<strong>de</strong> propor uma<br />

entrevista aberta e/ou s<strong>em</strong> parâmetros <strong>de</strong>finidos ou s<strong>em</strong> direcionamento do<br />

psicólogo. Assim somente po<strong>de</strong>mos propor uma entrevista psicológica<br />

estruturada e focalizada na sexualida<strong>de</strong>.<br />

A entrevista psicológica estruturada diferencia-se <strong>de</strong> qualquer outra<br />

por estar <strong>de</strong>terminada por um objetivo, neste caso a pesquisa referente às disfunções<br />

sexuais. Deve ser então diretiva e orientada por teorias e fatos concernentes<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma sexualida<strong>de</strong> sadia e satisfatória (13).<br />

Em nosso caso, <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong>os e estruturamos a entrevista psicológica<br />

através das causas para disfunções sexuais <strong>de</strong>lineadas por Kaplan<br />

(12, 13) pesquisamos, então, durante uma entrevista <strong>de</strong> duração <strong>de</strong> 40 a 50<br />

minutos, os seguintes pontos junto ao paciente:<br />

a) <strong>de</strong>senvolvimento psicossexual na infância e adolescência:<br />

existência e integração <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e jogos ligados à sexualida<strong>de</strong>,<br />

curiosida<strong>de</strong> sexual, liberda<strong>de</strong> para a expressão da sexualida<strong>de</strong><br />

no ambiente familiar e fora <strong>de</strong>le;<br />

b) a ativida<strong>de</strong> masturbatória na adolescência e na vida atual,<br />

especificamente quanto à motivação e existência <strong>de</strong> sentimentos<br />

negativos e culpa relacionados a esta prática utilização <strong>de</strong> fantasias<br />

sexuais (associadas a experiências anteriores ou variações<br />

e inovações);<br />

c) <strong>de</strong>senvolvimento afetivo-social adolescente (namoro: extensão,<br />

aprofundamento afetivo, importância e ocorrência <strong>de</strong> intimida<strong>de</strong>s<br />

e existência <strong>de</strong> relações sexuais);<br />

d) iniciação sexual: a<strong>de</strong>quação, vivência positiva e integração das<br />

primeiras relações sexuais; ocorrência <strong>de</strong> disfunções sexuais;<br />

e) casamento: histórico <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação conjugal e sexual, especialmente<br />

no período imediatamente anterior ao aparecimento da<br />

disfunção e atualmente; convivência com outras pessoas na<br />

casa, <strong>em</strong> especial parentes; modos através dos quais o casal conduz<br />

orientação dos filhos e a intromissão <strong>de</strong>stes na intimida<strong>de</strong><br />

do casal; hierarquia e relacionamento <strong>de</strong> gênero no casal;<br />

f) fases sexuais, segundo o conceito trifásico <strong>de</strong> Kaplan (13), na<br />

pesquisa <strong>de</strong> disfunções e probl<strong>em</strong>as da sexualida<strong>de</strong> (60, 61):<br />

- <strong>de</strong>sejo sexual: manutenção e a<strong>de</strong>quação no casal; diminuição<br />

ou aumento do <strong>de</strong>sejo; <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> objeto (homossexualida<strong>de</strong>);<br />

parafilias (34); associação com probl<strong>em</strong>as nas outras fases<br />

sexuais (43 );

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