140 R.B.S.H. 5(2):1994 Em termos terapêuticos, há toda uma expectativa <strong>de</strong> busca quando um casal idoso procura a terapia sexual. Feita a checag<strong>em</strong> orgânica, a terapia <strong>de</strong>verá se voltar para a história passada do par, que po<strong>de</strong> ter sido calcada numa atrofia mútua, <strong>em</strong> lugar do crescimento mútuo. E a partir daí, velhos pares que realmente atingiram o limite da habituação, quando não seja da saciação completa. Neste caso, nada há mais a fazer, enquanto que naqueles que se “habituaram”, talvez ainda dê para <strong>de</strong>spertar alguma coisa que está gasta pelo uso. E quase como falto- <strong>de</strong> fibras musculares que não respon<strong>de</strong>m ao estímulo com a presteza <strong>de</strong> antes. Em casos como estes a terapia po<strong>de</strong>rá apresentar altenativas novas, com enfoques <strong>em</strong> sensações ainda não exploradas. Diríamos que, daí a gratificação dos pares é quase certa, <strong>em</strong>bora não seja duradoura, pois, cedo ou tar<strong>de</strong>, o ciclo do cansaço sensorial se instalará. Porém, há um terceiro enfoque. E quando <strong>de</strong>scobrimos que, por trás <strong>de</strong> uma aparente “habituação”, se percebe um <strong>de</strong>sencontro momentâneo <strong>de</strong> expectativas. São casais que se amam, e que por isso mesmo “não estão perdidos, irias <strong>de</strong>sencontrados...”. A terapia focalizará então a capacida<strong>de</strong> criativa do amor que, sendo inesgotável, é possível <strong>de</strong> se transformar continuamente. O apelo a uma comunicação mais franca, on<strong>de</strong> se ouve e se é ouvido, por certo fará <strong>de</strong>scobrir potencialida<strong>de</strong>s até então ignoradas. É evi<strong>de</strong>nte que esta “mágica” terapêutica, por assim dizer, necessita da cooperação do par. Quando apenas um se propõe a encontrar caminhos, po<strong>de</strong>rá vê-los bloqueados pelo outro, o que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre se dá por falta <strong>de</strong> amor, mas sim por um fenômeno <strong>de</strong> conformismo ou <strong>de</strong> acomodação. Tirar esse parceiro do marasmo, da inércia, talvez seja o ponto crucial da terapia, afim <strong>de</strong> que mais tar<strong>de</strong> ele perceba que, somente <strong>de</strong> mãos dadas o com arrojo, é que o amor fará o milagre das mil e uma canções, <strong>em</strong>bora a pauta e as notas musicais sejam s<strong>em</strong>pre as mesmas. De tudo isso, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os concluir que a maior e mais segura terapia sexual para pessoas idosas, repousa, primeiramente, no esclarecimento das modificações biológicas a que os indivíduos estão sujeitos com o correr dos anos. Os novos valores sexuais, um erotismo mais difuso, afastando o tabu do sexo-genital como única forma <strong>de</strong> prazer. Não quer<strong>em</strong>os dizer que o sexo genital <strong>de</strong>va ser <strong>de</strong>sprezado ou jogado a um segundo plano. Não. A beleza e a primazia da união total é s<strong>em</strong>pre excelente. O que preten<strong>de</strong>mos acrescentar, e é o que t<strong>em</strong>os feito a nossos pacientes, é <strong>de</strong>spertá-los para a não fixação <strong>em</strong> uma única forma <strong>de</strong> prazer. Se não há condições para uma boa genitalida<strong>de</strong> s<strong>em</strong>anal, que ela seja quinzenal, mensal, ou até mais... Contudo, existirão s<strong>em</strong>pre alternativas diárias para o toque, as caricias, massagens ou relaxantes, jantares juntos, perfumes ou músicas curtidos num clima <strong>de</strong> amor e <strong>de</strong> carinho. Neste sentido, os treinos <strong>de</strong> assertivida<strong>de</strong> verbal e geral. Neste sentido, os treinos <strong>de</strong> assertivida<strong>de</strong> verbal e geral, levam o indivíduo a enten<strong>de</strong>r o valor <strong>de</strong>ssa comunicação íntima com o outro e consigo mesmo, quer seja através <strong>de</strong> palavras, <strong>de</strong> gestos, do tato e
R.B.S.H. 5(2):1994 <strong>de</strong> outros órgãos dos sentidos, A comunicação surge como forma mais bela e dinâmica <strong>de</strong> manifestar o Amor, ativando a criativida<strong>de</strong> dos amantes, que po<strong>de</strong>rão continuar crescendo com o correr dos anos, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>ixar se <strong>de</strong>finhar na esterilida<strong>de</strong> estática do silêncio a dois, ou a incrível solidão que isola e que con<strong>de</strong>na. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 141 1. BBAVVOIR, Simone. A velhice. 2. BROMLEY, B. A psicologia do envelhecimento humano. 3. CAVALCANTI, R. O sexo no climatério e na velhice. 4. CHANG, J. O taoismo do amor. 5. MASTCRS & JOHNSON. A resposta sexual humana. 6. MC CARTHY, B. O que você (ainda) não sabe sobre sexualida<strong>de</strong> masculina. 7. SEARS, R. e FELDMAN, S. As sete ida<strong>de</strong>s do hom<strong>em</strong>. 8. STEPHAN e RICHARDS. Rejuvenescimento sexual.
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