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Untitled - Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana

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240<br />

R.B.S.H. 5(2):1994<br />

cional..), no relacionamento sexual (diferenças <strong>de</strong> preferências e comportamentos<br />

individualizados não repartidos ....), <strong>de</strong> objeto <strong>de</strong> escolha sexual<br />

(homossexualida<strong>de</strong> egodistônica e não reconhecida; parafilias), probl<strong>em</strong>áticas<br />

intrapsíquicas (sentimentos <strong>de</strong> menos valia, traumatismos <strong>em</strong>ocionais<br />

passados, condições incestuosas, psicopatologias, psicoses, psicopatias<br />

e sociopatias...): todas estas condições po<strong>de</strong>rão produzir um probl<strong>em</strong>a<br />

da or<strong>de</strong>m sexual.<br />

Reconhecer estas condições é <strong>de</strong> importância pois o tratamento psicológico<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> se saber o que se irá tratar. Assim sendo, não adianta<br />

mandar um paciente para tratamento psicológico, se ainda não se conhece<br />

o que será tratado, se po<strong>de</strong>rá ser tratado psicoterapeuticamente. Um<br />

paciente s<strong>em</strong> causas orgânicas po<strong>de</strong> não ter, ao menos facilmente, diagnosticada<br />

alguma causa psicológica imediata e tratável. Se o paciente é<br />

encaminhado para a psicoterapia com a idéia <strong>de</strong> que se curará “rapidamente”,<br />

pois não t<strong>em</strong> nada orgânico, e a terapia sexual t<strong>em</strong> muitos bons<br />

resultados <strong>em</strong> pouco t<strong>em</strong>po, sentir-se-á enganado se vier a <strong>de</strong>scobrir que<br />

“seu caso” é “diferente”, <strong>de</strong>morará mais t<strong>em</strong>po... Sentindo-se assim, será o<br />

caminho mais curto para não aceitar a psicoterapia, ou abandoná-la logo<br />

<strong>em</strong> seguida com suas frustrações por fantasias que lhe foram implantadas!<br />

Assim é como v<strong>em</strong>os muitos pacientes com encaminhamentos ina<strong>de</strong>quados<br />

e <strong>de</strong>sencontrados pela falta <strong>de</strong> base para a indicação psicoterápica.<br />

A a<strong>de</strong>quada avaliação psicológica <strong>de</strong>verá indicar qual abordag<strong>em</strong><br />

técnica <strong>em</strong> psicoterapia será utilizada. Um prognóstico po<strong>de</strong>rá ser obtido<br />

com esta avaliação, facilitando a discussão sobre o quanto <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>ve<br />

o paciente esperar que dure seu tratamento.<br />

Se a avaliação psicológica não for feita anteriormente à indicação<br />

do tratamento psicológico, <strong>de</strong>verá ser efetuada ao se receber o paciente, o<br />

que colocará contradições importantes entre a indicação e a futura atuação<br />

do psicoterapeuta. Nestes casos ter<strong>em</strong>os “casos difíceis” ou “mais difíceis”<br />

<strong>de</strong> ser<strong>em</strong> tratados pela psicoterapia, pois a dissonância cognitiva que se<br />

forma impedirá o paciente <strong>de</strong> se tratar e ser tratado a<strong>de</strong>quadamente pelo<br />

psicoterapeuta. São os pacientes que abandonam os tratamentos, pois já<br />

entram nele com uma crença errônea, a qual não será satisfeita com o tratamento<br />

que receberá. Eis a importância da avaliação psicológica prévia<br />

permitir a a<strong>de</strong>quada indicação da psicoterapia e do psicoterapeuta, permitir<br />

que o paciente encontre coerência na indicação e sentir que po<strong>de</strong>rá confiar<br />

no tratamento que receberá. Ao médico que venha a indicar a psicoterapia<br />

v<strong>em</strong> o favorecimento <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r fazê-lo com crédito, com bases científicas<br />

e com continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação integrada.<br />

Obviamente sab<strong>em</strong>os que outros mo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong>m e virão a ser<br />

<strong>de</strong>senvolvidos <strong>de</strong> acordo com necessida<strong>de</strong>s regionais e profissionais, mas<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos a intensida<strong>de</strong> e a profundida<strong>de</strong> qualitativa <strong>de</strong>sta proposta ora<br />

apresentada.

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