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Untitled - Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana

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R.B.S.H. 5(2):1994<br />

1 - Local <strong>de</strong> Estudo<br />

METODOLOGIA<br />

197<br />

O PROAZE encontra-se implantado <strong>em</strong> todas as escolas <strong>de</strong> 1° grau<br />

da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino <strong>em</strong> Ribeirão Preto, cont<strong>em</strong>plando a faixa etária<br />

<strong>de</strong> crianças que freqüentam a escola. O Programa é <strong>de</strong>senvolvido por uma<br />

equipe multidisciplinar, tanto <strong>em</strong> nível <strong>de</strong> escola, como <strong>de</strong> Ambulatório <strong>de</strong><br />

Referência <strong>de</strong> Escolar, objetivando uma integração, <strong>de</strong>sses profissionais<br />

com as ativida<strong>de</strong>s dos locais <strong>em</strong> que atuam.<br />

Em 1991 estimou-se uma população <strong>de</strong> 430.805 habitantes para o<br />

município, sendo que <strong>de</strong>stes 80.266 correspondiam ao grupo etário <strong>de</strong> 5 a<br />

14 anos. A cida<strong>de</strong> com 91 escolas e o contingente <strong>de</strong> alunos atendidos pelo<br />

PROAZE estava <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 74.235 do pré e 1º grau.<br />

Dentre as diversas ativida<strong>de</strong>s executadas pelos profissionais, uma<br />

refere-se ao “Programado Adolescente”, que é <strong>de</strong>senvolvido através da formação<br />

<strong>de</strong> grupos com os alunos que freqüentam as escolas. Muitas vezes<br />

t<strong>em</strong> ocorrido a formação <strong>de</strong>sses grupos a partir da solicitação dos professores,<br />

uma vez que os mesmos quando abordados sobre sexualida<strong>de</strong>, têm<br />

dificulda<strong>de</strong> para discuti-la aos adolescentes. Outras vezes os grupos se formam<br />

espontaneamente ou a partir da sugestão dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

que atuam junto às escolas.<br />

As reuniões eram marcadas s<strong>em</strong>analmente, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das<br />

necessida<strong>de</strong>s do grupo e disponibilida<strong>de</strong> dos profissionais po<strong>de</strong>riam ocorrer<br />

mais <strong>de</strong> uma reunião da s<strong>em</strong>ana. Em algumas escolas por probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

espaço físico, os adolescentes se reuniram <strong>em</strong> locais da comunida<strong>de</strong> como<br />

por ex<strong>em</strong>plo, o Centro Comunitário. Nos finais <strong>de</strong> ano são programados<br />

“Encontros” dos grupos <strong>de</strong> adolescentes, que se reún<strong>em</strong> durante todo o dia<br />

com ativida<strong>de</strong>s programadas junto aos profissionais. Esses “Encontros”<br />

t<strong>em</strong> favorecido a divulgação do trabalho e a formação <strong>de</strong> novos grupos,<br />

b<strong>em</strong> como, o preparo e atualização dos profissionais através <strong>de</strong> cursos<br />

específicos da área para trabalhar com essa faixa etária.<br />

A metodologia que v<strong>em</strong> sendo <strong>de</strong>senvolvida com esses grupos é a<br />

metodologia participativa. Como já mencionamos anteriormente, enten<strong>de</strong>mos<br />

a ação educativa, como um projeto amplo e que visa alcançar resultados<br />

através <strong>de</strong> processo participativo <strong>de</strong> criação e produção, centrando no<br />

adolescente. As ações educativas se processam <strong>em</strong> grupo, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m<br />

articular o sentir, o pensar e o fazer <strong>de</strong> cada um com o outro, até chegar ao<br />

sentir, pensar e fazer do grupo - o produto.

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