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Untitled - Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana

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238<br />

R.B.S.H. 5(2):1994<br />

aceitação dos tratamentos conhecidos (55, 56, 58), especialmente os tratamentos<br />

psicológicos, pois, com a restauração da função sexual através da<br />

psicoterapia, não corr<strong>em</strong>os o risco presente pela irreversibilida<strong>de</strong> causada<br />

pela <strong>de</strong>struição dos tecidos nas cirurgias (18). Este ponto é <strong>de</strong> importância,<br />

pois a veiculação através da medicina, e mesmo na imprensa leiga, das<br />

próteses <strong>de</strong> silicone como soluções finais e totais, mesmo <strong>em</strong> pacientes<br />

com disfunções <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> psicológica tornar-se-á <strong>de</strong>sastrosa para este tipo<br />

<strong>de</strong> paciente, caso venha a se arrepen<strong>de</strong>r da opção imposta. Deve-se procurar<br />

perceber a motivação do paciente para os diversos tipos <strong>de</strong> tratamento<br />

possíveis: psicoterapia (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> psicanálise e formas específicas <strong>de</strong> terapia<br />

sexual, incluindo terapia <strong>de</strong> casal), cirurgias restauradoras (as já abandonadas<br />

cirurgias arteriais e cavernosoplastias), implantação <strong>de</strong> próteses penianas<br />

<strong>de</strong> silicone (rígidas, s<strong>em</strong>i-rígidas, infláveis ou articuladas), medicamentosa,<br />

ou vários <strong>de</strong>stes métodos <strong>em</strong> associação. Estes dados são <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> importância na indicação <strong>de</strong> uma conduta terapêutica a<strong>de</strong>quada.<br />

Torna-se função da avaliação psicológica o reconhecimento <strong>de</strong> estados<br />

<strong>em</strong>ocionais, sejam primários ou secundários à disfunção sexual e outras<br />

variáveis intervenientes, que possam interferir no futuro tratamento.<br />

Para a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação) <strong>de</strong> prótese peniana, a avaliação psicológica<br />

po<strong>de</strong> contribuir para se verificar se o paciente <strong>em</strong> questão po<strong>de</strong> se<br />

tornar recipiente <strong>de</strong>ssa prótese s<strong>em</strong> prejuízos <strong>em</strong>ocionais-afetivos e se terá<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento psicológico pós-cirúrgico.<br />

A abordag<strong>em</strong> psicológica do hom<strong>em</strong> eretivamente disfuncional<br />

torna-se completa quando se po<strong>de</strong> trazer a parceira sexual (esposa, namorada,<br />

noiva, amante, ou seja, a pessoa com qu<strong>em</strong> o paciente mantém suas<br />

relações sexuais com mais constância, e com qu<strong>em</strong> geralmente apresenta o<br />

probl<strong>em</strong>a sexual do qual se queixa). Devido às condições culturais vigentes<br />

<strong>em</strong> nosso meio, o hom<strong>em</strong> brasileiro não aceita facilmente a participação <strong>de</strong><br />

sua parceira sexual ao se queixar <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as e dificulda<strong>de</strong>s que o<br />

aflig<strong>em</strong> sexualmente. No entanto, refer<strong>em</strong> estar procurando tratamento por<br />

indicação, orientação, solicitação ou, mais drasticamente, por exigência <strong>de</strong><br />

sua parceira sexual (Rodrigues Jr.; Andra<strong>de</strong> e Costa, 1988). Apesar da geral<br />

discordância quanto à presença da parceira sexual, representando altos<br />

níveis <strong>de</strong> resistência, culpa ou tensão quanto a esta presença (64), o<br />

prognóstico torna-se mais positivo quando a parceira participa da fase<br />

diagnóstica. A participação <strong>de</strong>sta parceira aumenta ,o número das informações<br />

objetivas e torna mais clara a importância da dificulda<strong>de</strong> sexual<br />

para a dinâmica do relacionamento conjugal, a qual provavelmente seria<br />

modificada através do tratamento a ser indicado. Sendo aceita a presença<br />

da parceira sexual, propomos uma sessão conjunta <strong>de</strong> breves 10 a 20 minutos<br />

para que percebamos a dinâmica do casal, <strong>em</strong> si e <strong>em</strong> relação à dificulda<strong>de</strong><br />

sexual queixada. A entrevista prossegue separadamente com esta<br />

parceira, objetivando comparar a história da disfunção àquela apresentada

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