Legado Social do Pan 2.indd - Observatório de Favelas
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Oeste I (37%), Zona Norte e Centro (24%) e<br />
Zona Oeste II (7,4%).<br />
volume 2<br />
Outro da<strong>do</strong> relevante diz respeito à<br />
localização on<strong>de</strong> os mora<strong>do</strong>res das comu-<br />
nida<strong>de</strong>s estudadas buscam atendimento<br />
médico. Mais uma vez são as comunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>do</strong> eixo Zona Oeste I as mais prejudicadas,<br />
on<strong>de</strong> 25, % <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s disseram pre-<br />
cisar se <strong>de</strong>slocar para bairros distantes para<br />
obter serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. No eixo Oeste II,<br />
esse percentual foi <strong>de</strong> 16%; no Zona Norte<br />
e Centro, 11,2%; e no Zona Sul, 2,6%.<br />
Os representantes comunitários <strong>do</strong><br />
eixo Oeste I, em suas respostas, ressaltaram<br />
que o aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> e a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s servi-<br />
ços evitariam o <strong>de</strong>slocamento para bairros<br />
distantes em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>:<br />
“A comunida<strong>de</strong> tem que se <strong>de</strong>slocar para<br />
encontrar serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>”; “a procura é<br />
em bairros distantes, pois na comunida<strong>de</strong> tem<br />
apenas o básico, clínica geral e ginecologia”;<br />
“até mesmo em bairros próximos existe a<br />
<strong>de</strong>mora para ser atendi<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> assim, faz-<br />
se necessário implantar postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 24<br />
horas, que atendam a comunida<strong>de</strong> e bairros<br />
adjacentes”; “necessitamos da abertura <strong>de</strong><br />
mais módulos <strong>do</strong> PSF”; “é até satisfatório<br />
pelo PSF o atendimento, mas os postos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> são caóticos e nunca aten<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>-<br />
manda, faltam remédios e médicos, a infra-<br />
estrutura está comprometida”.<br />
No eixo Zona Oeste II, os comentários<br />
priorizam a implantação/ampliação <strong>do</strong>s pro-<br />
Diagnóstico <strong>Social</strong> e Esportivo <strong>de</strong> 53 <strong>Favelas</strong> Cariocas 47<br />
gramas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e tratam da má qualida<strong>de</strong> e<br />
da distância <strong>do</strong>s postos <strong>de</strong> atendimento:<br />
“A comunida<strong>de</strong> precisa <strong>de</strong> posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><br />
algum <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> existentes, já que<br />
os mora<strong>do</strong>res têm que se <strong>de</strong>slocar para Vargem<br />
Gran<strong>de</strong> ou para a Barra para serem atendi<strong>do</strong>s”;<br />
“é preciso implantar o PSF”; “faltam postos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> que funcionem, pois os que tem além <strong>de</strong><br />
serem distantes não funcionam direito”; “faltam<br />
pediatras, ginecologistas, obstetrícia, ortopedia,<br />
remédios e equipamentos técnicos”; “o acom-<br />
panhamento médico é em bairro próximo, mas<br />
por não haver certas especialida<strong>de</strong>s vamos para<br />
bairros distantes”; “a espera para ser atendi<strong>do</strong> é<br />
um absur<strong>do</strong>, além disso tem que madrugar na fila,<br />
e o tratamento humano é ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>”.<br />
Os comentários no eixo Zona Norte<br />
e Centro mostram a gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda por<br />
serviços/programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> preventivos<br />
<strong>de</strong>ntro das comunida<strong>de</strong>s, uma vez que nes-<br />
se eixo se encontram gran<strong>de</strong>s conjuntos <strong>de</strong><br />
favelas, e os mora<strong>do</strong>res ficam limita<strong>do</strong>s aos<br />
hospitais próximos, muitas vezes <strong>de</strong> difícil<br />
acesso e incapazes <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda:<br />
“Precisa <strong>de</strong> atendimento médico em todas as áreas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>.<br />
Por exemplo, os i<strong>do</strong>sos são atendi<strong>do</strong>s em hospitais<br />
distantes”; “precisamos <strong>de</strong> postos médicos, <strong>de</strong><br />
preferência 24 horas”; “<strong>de</strong>ve ser amplia<strong>do</strong> o PSF<br />
em nossa comunida<strong>de</strong>”;“mais especialida<strong>de</strong>s como<br />
ginecologia, pediatria, urologia, <strong>de</strong>ntistas”; “na<br />
comunida<strong>de</strong> não há serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as vezes os<br />
mora<strong>do</strong>res se arriscam in<strong>do</strong> para comunida<strong>de</strong>s<br />
1 O programa Agente Comunitário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> é uma estratégia para reestruturar o PSF (Programa Saú<strong>de</strong> da Família), cria<strong>do</strong> para<br />
garantir o acesso a serviços e fortalecer vínculos comunitários. O objetivo <strong>do</strong> projeto <strong>do</strong> agente comunitário é oferecer os seviços<br />
em visitas <strong>do</strong>miciliares.