15.04.2013 Views

- 0037 - ESTADO DO MARANHÃO POLÍCIA MILITAR DO ...

- 0037 - ESTADO DO MARANHÃO POLÍCIA MILITAR DO ...

- 0037 - ESTADO DO MARANHÃO POLÍCIA MILITAR DO ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

- <strong>0037</strong> -<br />

<strong>ESTA<strong>DO</strong></strong> <strong>DO</strong> <strong>MARANHÃO</strong><br />

<strong>POLÍCIA</strong> <strong>MILITAR</strong> <strong>DO</strong> <strong>MARANHÃO</strong><br />

COMAN<strong>DO</strong>-GERAL<br />

São Luís-MA, 06 de janeiro de 2006<br />

BOLETIM GERAL N° 005<br />

CONFERE: _______________________________<br />

PARA CONHECIMENTO DA <strong>POLÍCIA</strong> <strong>MILITAR</strong> E DEVIDA<br />

EXECUÇÃO, PUBLICO O SEGUINTE:<br />

1ª PARTE - SERVIÇOS DIÁRIOS<br />

ESCALA DE SERVIÇO PARA O DIA 07 DE JANEIRO DE 2006 (SÁBA<strong>DO</strong>)<br />

I - SERVIÇO INTERNO<br />

Superior de Dia: Maj QOPM Rosário Júnior .................................................................... P M /5<br />

Oficial Médico (Sobreaviso); Maj QOS Hélio; Oficial Dentista (Sobreaviso) (Manhã): Ten<br />

QOS Fernanda; (Tarde e Noite): Ten QOS Scheylla ........................................................... DAL<br />

Fiscal de Dia ao QCG: (1º QTU) Cap QOPM Jaldemir, DP; (2º QTU) Ten QOPM Leno<br />

.................................................................................................................................................CPI<br />

Gda do QCG: (1º Giro) 1º Sgt nº 75/90 Reinaldo; Cb nº 474/93 Wellington; Sd nº 618/87<br />

Eraldo, 279/92 R. Silva, 997/93 Paulo, 218/82 Mendonça, 1232/93 Davilson e 224/94 Luz; (2º<br />

Giro) Sargento de Dia ao QCG: 1º Sgt nº 751/87 Moreno; Cb nº 145/78 Nelson; Sd nº 966/93<br />

Elizeu, 16/2002 Figueiira, 368/2002 Robson, 348/89 J. Santos, 384/89 Assunção e 264/90 S.<br />

Aires ............................................................................................................................. CCG/AjG<br />

Graduado ao Presídio: Subten Das Neves ................................................................... CCG/AjG<br />

Faxina do QCG: (1º Giro) Sd nº 710/89 C. Castro ...................................................... CCG/AjG<br />

Ginásio da PMMA: Sd nº 1091/93 Sena ..................................................................... CCG/AjG<br />

Motorista do Cmt-Geral: Sd Charles .................................................................................. B P A<br />

Corneteiro de Dia: a cargo .............................................................................................BM/AjG<br />

Permanente de Dia à BM/AjG: Sd nº 668/89 Meireles ................................................. BM/AjG<br />

Motorista da Ajudância-Geral: Sd nº 263/83 César .................................................... CCG/AjG<br />

Gda da DAL: 2º Sgt nº 06/80 Melo; Cb nº 687/93 Raposo e Sd nº 585/92 Rêmulo<br />

............................................................................................................................................ D A L<br />

Cassineiro-Geral: Sd nº 665/87 Edval ............................................................................... D A L<br />

Eletricista de Dia ao QCG: Cb nº 281/81 Miguel ............................................................. D A L<br />

Motorista da Ambulância: Sd n° 688/93 Furtado .............................................................. D A L<br />

Serviço de Dia ao CSM/COM: Sd nº 241/94 Eider .......................................................... D A L


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0038 -<br />

Motorista da PARATI: Cb n° 137/81 Saraiva ................................................................... D A L<br />

Motorista do GOL: Cb n° 574/92 Ronaldsa ...................................................................... D A L<br />

Aprovisionamento: 1° Sgt n° 103/83 Cloves ..................................................................... D A L<br />

II - SERVIÇO EXTERNO:<br />

Gda da Resd do Cmt Geral: (24 hs) Sd nº 459/89 Moreno e Sd n° 714/89 C. Leite<br />

........................................................................................................................................CCG/AjG<br />

ESCALA DE SERVIÇO PARA O DIA 08 DE JANEIRO DE 2006 (<strong>DO</strong>MINGO)<br />

I - SERVIÇO INTERNO<br />

Superior de Dia: Ten Cel QOPM Castelo Branco .............................................................CIOPS<br />

Oficial Médico (Sobreaviso); Cap QOS Cavalcante; Oficial Dentista (Sobreaviso) (Manhã):<br />

Maj QOS Odilon; (Tarde e Noite): Cap QOS Omar ........................................................... DAL<br />

Fiscal de Dia ao QCG: (1º QTU) Ten QOPM J. Alves, DAL; (2º QTU) Ten QOPM Carvalho<br />

................................................................................................................................................DAL<br />

Gda do QCG: (1º Giro) 2° Sgt n° 442/82 Livramento; Cb n° 539/92 Marcone; Sd nº 146/84<br />

Campos, 1241/93 Ragnar, 367/02 Conrado, 59/94 Emerson, 306/94 S. Ferreira e 495/94<br />

Sand’s; (2º Giro) 1º Sgt nº 75/90 Reinaldo; Cb nº 474/93 Wellington; Sd nº 618/87 Eraldo,<br />

279/92 R. Silva, 997/93 Paulo, 693/92 Pedro, 816/93 Hailton e 413/2001 Péricles ... CCG/AjG<br />

Reforço da Guarda: Sd nº 218/84 William e Sd n° 878/87 Marques .......................... CCG/AjG<br />

Faxina do QCG: (1º Giro) Sd nº 710/89 C. Castro; (2º Giro) Sd nº 420/89<br />

Benito............................................................................................................................ CCG/AjG<br />

Graduado ao Presídio: 1° Sgt n° 158/90 Moura .......................................................... CCG/AjG<br />

Ginásio da PMMA: Sd nº 139/94 Juscelino e 1091/93 Sena....................................... CCG/AjG<br />

Motorista do Cmt-Geral: 1° Sgt PM Rildo.......................................................................... B P A<br />

Corneteiro de Dia: a cargo ..............................................................................................BM/AjG<br />

Permanente de Dia à BM/AjG: Sd nº 1107/93 Castro Filho .......................................... BM/AjG<br />

Motorista da Ajudância-Geral: Sd nº 366/02 Esmeraldo............................................. CCG/AjG<br />

Gda da DAL: 2º Sgt nº 137/79 Diniz; Cb nº 110/78 Vieira e Sd nº 283/90 Kalil<br />

............................................................................................................................................. D A L<br />

Cassineiro-Geral: Sd nº 544/2001 Nunes ........................................................................... D A L<br />

Eletricista de Dia ao QCG: Cb nº 556/93 M. Sousa.......................................................... D A L<br />

Motorista da Ambulância: Sd n° 207/2002 Lisboa ............................................................ D A L<br />

Serviço de Dia ao CSM/COM (Sobreaviso): 3° Sgt nº 319/84 Josias ................................. D A L<br />

Motorista da PARATI (Sobreaviso): Cb n° 137/81 Saraiva ................................................. D A L<br />

Motorista do GOL (Sobreaviso): Sd n° 177/86 S. Silva ....................................................... D A L


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

II - SERVIÇO EXTERNO:<br />

- 0039 -<br />

Gda da Resd do Cmt Geral: (24 hs) Sd nº 722/89 Lula e 176/90 Carvalho<br />

........................................................................................................................................CCG/AjG<br />

ESCALA DE SERVIÇO PARA O DIA 09 DE JANEIRO DE 2006 (SEGUNDA-FEIRA)<br />

I - SERVIÇO INTERNO<br />

Superior de Dia: Maj QOPM Beltrão ................................................................................ P M /1<br />

Oficial Médico (Sobreaviso); Cap QOS Fernando; Oficial Dentista (Sobreaviso) Ten QOS<br />

Fernanda; (Manhã): Maj QOS Odilon, Cap QOS Bitencourt e Ten QOS Scheylla; (Tarde): Ten<br />

Fernanda, Cap QOS Osmar e Ten QOS Marinez ................................................................ DAL<br />

Fiscal de Dia ao QCG: (1º QTU) Cap QCOPM Ferreira, AJG; (2º QTU) Ten QOPM Paulo<br />

Ramos .................................................................................................................................. DAL<br />

Gda do QCG: (1º Giro) 2° Sgt n° 170/90 Josemar; Cb n° 09/82 Caldas; Sd nº 91/84 Pinheiro,<br />

780/87 Garcês, 448/89 Newton, 1232/93 Davilson, 21/94 Lauriene e 84/94 N. Santos; (2º<br />

Giro) 3° Sgt n° 805/87 Melo; Cb n° 52/90 Socorro; Sd nº 146/84 Campos, 1241/93 Ragnar,<br />

367/02 Conrado, 448/89 Newton, 971/93 Cláudio e 205/2002 Raniere ...................... CCG/AjG<br />

Reforço da Guarda: Sd nº 218/84 William e Sd n° 878/87 Marques .......................... CCG/AjG<br />

Faxina do QCG: (1º Giro) Sd nº 420/89 Benito; (2º Giro) Sd nº 710/89 C.<br />

Castro............................................................................................................................ CCG/AjG<br />

Ginásio da PMMA: Sd nº 139/94 Juscelino e 1091/93 Sena ...................................... CCG/AjG<br />

Motorista do Cmt-Geral: Sd PM Charles............................................................................ B P A<br />

Corneteiro de Dia: Cb n° 339/94 Silveira .......................................................................BM/AjG<br />

Permanente de Dia à BM/AjG: Sd nº 696/89 Ribeiro ................................................... BM/AjG<br />

Motorista da Ajudância-Geral: Sd nº 366/2002 Esmeraldo ........................................ CCG/AjG<br />

Gda da DAL: 2º Sgt nº 423/80 Aristides; Sds n° 273/84 Joel e 331/89 Israel<br />

............................................................................................................................................. D A L<br />

Cassineiro-Geral: Sd nº 373/94 S. Rocha........................................................................... D A L<br />

Eletricista de Dia ao QCG: Cb nº 596/81 Aragão.............................................................. D A L<br />

Motorista da Ambulância: Cb n° 03/94 S. Vieira .............................................................. D A L<br />

Serviço de Dia ao CSM/COM: 1° Sgt nº 322/84 Pachêco................................................. D A L<br />

Motorista da PARATI: Cb n° 137/81 Saraiva ................................................................... D A L<br />

Motorista do GOL: Cb n° 574/92 Ronaldsa ...................................................................... D A L<br />

Aprovisionamento: Cb n° 262/84 Alfredo.......................................................................... D A L<br />

II - SERVIÇO EXTERNO:<br />

Gda da Resd do Cmt Geral: (24 hs) Sd nº 10/86 Moraes e 83/89 Catharino<br />

........................................................................................................................................CCG/AjG


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

I - ASSUNTOS GERAIS<br />

Sem alteração<br />

- 0040 -<br />

2ª PARTE – INSTRUÇÃO<br />

Sem alteração<br />

3ª PARTE – ASSUNTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS<br />

II - ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS<br />

CONSELHO DE DISCIPLINA – RELATÓRIO – TRANSCRIÇÃO<br />

1. Dos Acusados<br />

O Soldado PM nº 137/94 Luís Carlos Gomes, CPF nº, RG nº 13.369-PMMA,<br />

natural de São Luís – MA, casado, nascido em 02/09/1969, filho de Walter Paulo Gomes e<br />

Maria do Socorro Alves Gomes, residente e domiciliado na Alameda Balsas nº 23, Jardim<br />

Tropical, São José de Ribamar - MA.<br />

O Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior, CPF nº, RG nº 13108<br />

- PMMA, natural de São Luís – MA, casado, nascido em 14/08/1973, filho de Arnaldo<br />

Mendes Nunes e Maria do Espírito Santo Freitas Nunes, residente e domiciliado na rua<br />

Juncante, nº 18 Apto 02, Areinha, São Luís - MA.<br />

a) Dos Fatos<br />

Conforme folhas de nº 03 dos Autos, os policiais militares, em epigrafe, são<br />

acusados de terem agredido fisicamente, inclusive com a utilização de arma de fogo, e de<br />

tentarem extorquir a quantia de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) do Sr. Simões<br />

Albertino de Moura e do Sr. José Hilton Barbosa da Silva, na Avenida Brasil, localizada no<br />

bairro do Coroadinho, no dia 04 de maio de 2005, por volta das 23:00 h, motivo pelo qual<br />

foram autuados em flagrante delito no 16º DP.<br />

b) Da Acusação<br />

Por terem sido incursos nas alíneas “b” e “c” , inciso I do Art. 2º da lei 3700 de<br />

26 de novembro de 1975, tendo dessa forma em tese, tido conduta irregular e praticado atos<br />

que afetam a honra pessoal, o pundonor policial-militar e o decoro da classe.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

c) Do Defensor<br />

- 0041 -<br />

Encarregou-se da defesa dos acusados, conforme procuração de folha(s) 142, o<br />

Dr. Sérgio Roberto Pereira da Silva – OAB/MA nº 3.110, com escritório profissional à Rua 04<br />

Qd 31, casa 28, Conjunto Cohatrac II, São Luís/MA; que acompanhou o processo tendo<br />

participado de todas as sessões do Conselho, bem como após tomar ciência das acusações,<br />

apresentou as razões de defesa prévia, oportunidade que indicou as testemunhas de defesa,<br />

tendo finalmente apresentado as alegações finais, abdicando da defesa oral.<br />

d) Dos Prazos<br />

Em 05 de outubro de 2005, recebemos a Portaria nº 011/2005-DP3-CD, de 28 de<br />

setembro de 2005, do Ilmo.sr. Cel QOPM William Romão, Comandante Geral da PMMA,<br />

dando início ao Processo Administrativo, conforme folha(s) 03.<br />

Devido aos motivos consignados no Ofício de folha(s) 246, este Conselho de<br />

Disciplina, solicitou antes do seu término, prorrogação de prazo, para conclusão dos trabalhos<br />

de acordo com o parágrafo único do Art. 11 da lei nº 3.700/75, tendo sido concedido,<br />

conforme Portaria nº 016/2005-DP/3- CD - PRORR. DE PRAZO, de 14 de novembro de 2005,<br />

de folha(s) 308.<br />

Conforme folha(s) 162, dos Autos, o Defensor dos acusados apresentou as<br />

defesas prévias dos acusados, no prazo regulamentado pela Lei nº 3.700/75, bem como<br />

apresentou as alegações finais da defesa, conforme folha(s) 967 a 990.<br />

Em virtude do requerimento feito através de ofício à M.M. Drª Juíza Titular do<br />

Fórum de Paço do Lumiar – MA, solicitando a quebra do sigilo telefônico entre a vítima<br />

Simões Albertino de Moura e o acusado Sd PM nº 137/94 Luís Carlos Gomes, fato este<br />

argüido pelo Defensor dos acusados, O Conselho de Disciplina teve que aguardar a decisão da<br />

meritíssima Juíza do Fórum de Paço do Lumiar – MA, decisão esta que somente foi dado<br />

ciência a este Presidente no dia 25 de novembro de 2005, conforme folha(s) 351, tendo,<br />

portanto extrapolado o prazo para a conclusão do respectivo processo administrativo.<br />

2. DILIGÊNCIAS E PROVAS COLHIDAS<br />

a) Diligências<br />

O Conselho de Disciplina iniciou os seus trabalhos na sala “Dr. Raimundo Soares Cutrim”,<br />

localizada no Prédio da Corregedoria do Sistema Estadual de Segurança Pública, na Secretaria<br />

de Estado de Segurança Pública, situada na Avenida dos Franceses, s/nº, Outeiro da Cruz, a<br />

fim de apurar a acusação feita aos policiais em epígrafe, onde passou a tomar as seguintes<br />

providências:


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0042 -<br />

1) Expedição de ofício ao Comandante do 9º Batalhão de Policia Militar (BPM),<br />

solicitando a apresentação do acusado, Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes<br />

Júnior, bem como a remessa de cópias dos Boletins que publicaram suas punições, cópias da<br />

Ficha Individual, certidão de assentamentos atualizada, cópias das CTD(s) ou FATD(s)<br />

relativas às punições por ele sofridas e ainda cópia de qualquer processo administrativo que o<br />

mesmo tenha respondido, conforme folha(s) 100;<br />

2) Expedição de ofício ao Comandante do Batalhão de Missões Especiais<br />

(BME), solicitando a apresentação do acusado, Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes,<br />

bem como a remessa de cópias dos Boletins que publicaram suas punições, cópias da Ficha<br />

Individual, certidão de assentamentos atualizada, cópias das CTD(s) ou FATD(s) relativas às<br />

punições por ele sofridas e ainda cópia de qualquer processo administrativo que o mesmo<br />

tenha respondido, conforme folha(s) 101;<br />

3) Expedição de ofício para o acusado, Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo<br />

Mendes Nunes Júnior, tendo como teor a citação do mesmo para se fazer presente ao Conselho<br />

de Disciplina, acompanhado de seu advogado devidamente constituído e inscrito na OAB,<br />

conforme folha(s) 102;<br />

4) Expedição de ofício para o acusado, Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos<br />

Gomes, tendo como teor a citação do mesmo para se fazer presente ao Conselho de Disciplina,<br />

acompanhado de seu advogado devidamente constituído e inscrito na OAB, conforme folha(s)<br />

103;<br />

5) Expedição de ofício para o acusado, Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo<br />

Mendes Nunes Júnior, tendo como assunto o Libelo Acusatório, conforme folha(s) 123 e 124;<br />

6) Expedição de ofício para o acusado, Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos<br />

Gomes, tendo como assunto o Libelo Acusatório, conforme folha(s) 125 e 126;<br />

7) Expedição de ofício ao Sr. Simões Albertino de Moura, Ofendido, solicitando<br />

sua apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido no presente processo administrativo,<br />

conforme folha(s) 130;<br />

8) Expedição de ofício ao Sr. José Hilton Barbosa da Silva, solicitando sua<br />

apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no presente processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 131;<br />

9) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para comparecer<br />

as inquirições das testemunhas acima citadas, conforme folha(s) 132;<br />

10) Expedição de ofício ao Sr. Marcos José de Moraes Afonso Júnior, Delegado<br />

Superintendente de Polícia Civil da Capital, a fim de fazer a apresentação do Sr. José Hilton<br />

Barbosa da Silva que se encontrava preso na Delegacia do Maiobão, conforme folha(s) 138;<br />

11) Expedição de ofício ao Sr. Simões Albertino de Moura, Ofendido,<br />

solicitando novamente sua apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido no presente<br />

processo administrativo, conforme folha(s) 139;<br />

12) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições das testemunhas acima citadas, conforme folha(s) 140;<br />

13) Expedição de ofício ao Sr. Major QOPM Marco Antônio Alves da Silva,<br />

Cmt do 1º BPM, solicitando a apresentação dos policiais militares: 1º Ten QOPM Antônio<br />

Mendes Leal Júnior; Cabo PM Jorge Luís Corrêa Rodrigues; Sd PM Robson Baeta Sardinha e


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0043 -<br />

Sd PM Carlos Augusto Sousa a fim de serem inquiridos como testemunhas no Conselho de<br />

Disciplina, conforme folha(s) 160;<br />

14) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições das testemunhas acima citadas, conforme folha(s) 161;<br />

15) Expedição de ofício ao Sr. Major QOPM Marco Antônio Alves da Silva,<br />

Cmt do 1º BPM, solicitando a apresentação dos policiais militares: Cabo PM Jorge Luís<br />

Corrêa Rodrigues; Sd PM Robson Baeta Sardinha e Sd PM Carlos Augusto Sousa a fim de<br />

serem inquiridos como testemunhas no Conselho de Disciplina, em razão do não<br />

comparecimento na data citada anteriormente, conforme folha(s) 177;<br />

16) Expedição de ofício ao Sr. Luís Carlos Campos Silva, cunhado do ofendido,<br />

solicitando sua apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no<br />

presente processo administrativo, conforme folha(s) 178;<br />

17) Expedição de ofício ao Sr. Marcos José de Moraes Afonso Júnior, Delegado<br />

Superintendente de Polícia Civil da Capital, solicitando o comparecimento da Delegada Drª<br />

Lissandra de Fátima Rocha Levy, a fim de ser inquirida como Testemunha no presente<br />

Processo administrativo, conforme folha(s) 179;<br />

18) Expedição de ofício ao Sr. Marcelo David Costa Santos, solicitando sua<br />

apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no presente processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 180;<br />

19) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições das testemunhas acima citadas, conforme folha(s) 181;<br />

20) Expedição de ofício ao M.M. Drª Juíza Titular do Fórum de Paço do Lumiar<br />

– MA, solicitando certidão negativa dos acusados, bem como cópias de quaisquer processos<br />

que os mesmos responderam ou estejam respondendo naquele fórum, conforme folha(s) 182;<br />

21) Expedição de ofício ao Sr. Major QOPM Samuel Castelo Branco Júnior,<br />

Chefe do COPOM/CIOPS, solicitando a apresentação do Capitão QOPM Frank Carlos<br />

Pinheiro de Oliveira a fim de ser inquirido como testemunha no Conselho de Disciplina,<br />

conforme folha(s) 200;<br />

22) Expedição de ofício ao Sr. Luís Carlos Campos Silva, cunhado do ofendido,<br />

solicitando sua apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no<br />

presente processo administrativo, em virtude do seu não comparecimento na data citada<br />

anteriormente, conforme folha(s) 201;<br />

23) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições das testemunhas acima citadas, conforme folha(s) 202;<br />

24) Expedição de ofício ao Diretor do Fórum Desembargador Sarney Costa,<br />

solicitando certidão negativa dos acusados, bem como cópias de quaisquer processos que os<br />

mesmos responderam ou estejam respondendo naquele fórum, conforme folha(s) 203;<br />

25) Expedição de ofício ao Sr. Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira,<br />

Cmt do 9º BPM, solicitando a apresentação do Capitão QOPM Antônio Carlos Sodré, a fim<br />

de que seja inquirido com testemunha, conforme folha(s) 219;<br />

26) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições das testemunhas acima citadas, conforme folha(s) 220;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0044 -<br />

27) Expedição de ofício ao Sr. Major QOPM Samuel Castelo Branco Júnior,<br />

Chefe do COPOM/CIOPS, solicitando cópias das escalas de serviço do Coordenador de<br />

Operações do CIOPS entre os dias 03 e 06 de maio de 2005, conforme folha(s) 229;<br />

28) Expedição de ofício ao Sr. Simões Albertino de Moura, Ofendido,<br />

solicitando sua apresentação neste Conselho, a fim de ser reinquirido no presente processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 230;<br />

29) Expedição de ofício ao Sr. Jorginaldo Campos Silva, cunhado do ofendido,<br />

solicitando sua apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no<br />

presente processo administrativo, conforme folha(s) 231;<br />

30) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições acima citadas, conforme folha(s) 232;<br />

31) Expedição de ofício ao Sr. Marcos José de Moraes Afonso Júnior, Delegado<br />

Superintendente de Polícia Civil da Capital, solicitando o comparecimento da Delegada Drª<br />

Lissandra de Fátima Rocha Levy,em virtude de seu não comparecimento na data<br />

anteriormente solicitada a fim de ser inquirida como Testemunha no presente Processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 245;<br />

32) Expedição de ofício ao Ilmo. Sr. Cel QOPM William Romão, Comandante<br />

da PMMA, solicitando prorrogação de prazo para a conclusão dos trabalhos do presente<br />

Conselho de Disciplina, conforme folha(s) 246;<br />

33) Expedição de ofício ao Sr. Jorginaldo Campos Silva, cunhado do ofendido,<br />

solicitando sua apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no<br />

presente processo administrativo, em virtude de não ter comparecido para a audiência marcada<br />

anteriormente, conforme folha(s) 247;<br />

34) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições acima citadas, conforme folha(s) 248;<br />

35) Expedição de ofício ao M.M. Drª Juíza Titular do Fórum de Paço do Lumiar<br />

–MA, solicitando a quebra do sigilo telefônico entre a vítima Simões Albertino de Moura e o<br />

acusado Sd PM nº 137/94 Luís Carlos Gomes, conforme folha(s) 270 a 273;<br />

36) Expedição de ofício a Srª. Mary lucy Araújo Oliveira, solicitando sua<br />

apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirida como Testemunha no presente processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 274;<br />

37) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições acima citadas, conforme folha(s) 275;<br />

38) Expedição de ofício ao Sr. Marcos José de Moraes Afonso Júnior, Delegado<br />

Superintendente de Polícia Civil da Capital, solicitando o comparecimento da Delegada Drª<br />

Lissandra de Fátima Rocha Levy,em virtude de seu não comparecimento nas datas<br />

anteriormente solicitadas, a fim de ser inquirida como Testemunha no presente Processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 276;<br />

39) Expedição de ofício ao Sr. Edílson Sousa Santos, solicitando sua<br />

apresentação neste Conselho, a fim de ser inquirido como Testemunha no presente processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 277;<br />

40) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer as inquirições acima citadas, conforme folha(s) 278;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0045 -<br />

41) Expedição de ofício ao Sr. José Hilton Barbosa da Silva, solicitando sua<br />

apresentação neste Conselho, a fim de ser reinquirido como Testemunha no presente processo<br />

administrativo, conforme folha(s) 297;<br />

42) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer a inquirição acima citada, conforme folha(s) 298;<br />

43) Expedição de ofício ao Comandante do Batalhão de Missões Especiais<br />

(BME), solicitando a apresentação do 1º Ten QOPM Alysson Cristiano Máximo Diniz, a fim<br />

de ser inquirido como Testemunha no conselho de Disciplina, conforme folha(s) 305;<br />

44) Expedição de ofício ao Sr. Ten Cel QOPM Francisco Melo da Silva, Cmt do<br />

CPM, solicitando o comparecimento do Sr. Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira,<br />

Cmt do 9º BPM, a fim de que seja inquirido com testemunha, conforme folha(s) 306;<br />

45) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o para<br />

comparecer a inquirição acima citada, conforme folha(s) 307;<br />

46) Expedição de ofício ao M.M. Drº José Joaquim Figueiredo dos Anjos, Juiz<br />

Titular da 2ª Vara Criminal, solicitando cópia do processo nº 9698/2004, que o acusado<br />

Soldado PM nº 503/94 Arnaldo Mendes Nunes Júnior, responde por prática de crime previsto<br />

no Código Penal Brasileiro, conforme folha(s) 321;<br />

47) Expedição de ofício ao M.M. Dr° Raimundo Moraes Bogéa, Juiz Titular da<br />

8ª Vara Criminal, solicitando cópias dos processos nº 11561/2002 e 11567/2002, que o<br />

acusado Soldado PM nº 503/94 Arnaldo Mendes Nunes Júnior, responde por prática de crime<br />

previsto no Código Penal Brasileiro, conforme folha(s) 322;<br />

48) Expedição de ofício ao Sr. Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira,<br />

Cmt do 9º BPM, solicitando a apresentação do Soldado PM Nerval Rodrigues da Silva, a fim<br />

de que seja inquirido com testemunha, conforme folha(s) 323;<br />

49) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, informando do indeferimento<br />

do pedido de quebra de sigilo telefônico pela Drª Jerusa de Castro Duarte Mendes, Juíza de<br />

Direito Substituta do Fórum de Paço do Lumiar, conforme folha(s) 963;<br />

50) Expedição de ofício ao Defensor dos acusados, notificando-o de que em<br />

estrita obediência ao princípio do contraditório e da ampla defesa, determinado pela<br />

Constituição Federal, em seu Art. 5º, inciso LV, dispõe do prazo de 05 (cinco) dias, a partir do<br />

oficio, para apresentar SUAS ALEGAÇÕES FINAIS DE DEFESA POR ESCRITO, conforme<br />

folha(s) 967 a 990.<br />

b) Provas Testemunhais<br />

1) O Sr. Simões Albertino de Moura, foi ouvido como Ofendido, conforme<br />

folha(s) 148 a 155;<br />

2) O Sr. José Hilton Barbosa da Silva, foi inquirido como Testemunha, conforme<br />

folha(s) 143 a 147;<br />

3) Os policiais militares: 1º Ten QOPM Antônio Mendes Leal Júnior; Cabo PM<br />

Jorge Luís Corrêa Rodrigues; Sd PM Robson Baeta Sardinha e Sd PM Carlos Augusto Sousa<br />

foram inquiridos como testemunhas no Conselho de Disciplina, conforme folha(s) 165 a 169;<br />

(ilegível); 170 a 177; 187 a 190, respectivamente;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0046 -<br />

4) O Sr. Luís Carlos Campos Silva, cunhado do ofendido, foi inquirido como<br />

Testemunha no presente processo administrativo, conforme folha(s) 210 a 214;<br />

5) O Sr. Marcelo David Costa Santos, foi inquirido como Testemunha, conforme<br />

folha (s) 192 a 195;<br />

6) O Capitão QOPM Frank Carlos Pinheiro de Oliveira foi inquirido como<br />

testemunha no Conselho de Disciplina, conforme folha (s) 205 a 209;<br />

7) O Capitão QOPM Antônio Carlos Sodré, foi inquirido com testemunha,<br />

conforme folha (s) 221 a 224;<br />

8) O Sr. Simões Albertino de Moura, Ofendido, foi reinquirido no presente<br />

processo administrativo, conforme folha (s) 235 a 240;<br />

9) O Sr. Jorginaldo Campos Silva, cunhado do ofendido, foi inquirido como<br />

Testemunha, conforme folha (s) 261 a 265;<br />

10) A Delegada Drª Lissandra de Fátima Rocha Levy, foi inquirida como<br />

Testemunha no presente Processo administrativo, conforme folha(s) 287 a 289;<br />

11) A Srª. Mary lucy Araújo Oliveira, foi inquirida como Testemunha, conforme<br />

folha (s) 278 a 281;<br />

12) O Sr. Edílson Sousa Santos, foi inquirido como Testemunha no presente<br />

processo administrativo, conforme folha(s) 290 a 292;<br />

13) O Sr. José Hilton Barbosa da Silva, foi reinquirido como Testemunha no<br />

presente processo administrativo, conforme folha(s) 299 a 303;<br />

14) O 1º Ten QOPM Alysson Cristiano Máximo Diniz, foi inquirido como<br />

Testemunha no conselho de Disciplina, conforme folha (s) 309 a 311;<br />

15) O Sr. Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira, Cmt do 9º BPM, foi<br />

inquirido com testemunha, conforme folha (s) 312 a 316;<br />

16) O Soldado PM Nerval Rodrigues da Silva, foi inquirido com testemunha,<br />

conforme folha (s) 330 a 332;<br />

c) Provas Testemunhais arroladas pela defesa<br />

01) A Sra. Irene da Silva Nunes, prestou depoimento como testemunha arrolada<br />

pelo Defensor dos Acusados, conforme folha(s) 334 a 337;<br />

02) A Srª. Maria Antônia Nunes Ferreira, prestou depoimento como testemunha<br />

arrolada pelo Defensor dos Acusados, conforme folha(s) 338 a 340.<br />

03) O Sr. Herberth Roberto Serra, prestou depoimento como testemunha<br />

arrolada pelo Defensor do Acusados, conforme folha(s) 342 a 344.<br />

04) O Sr. Isaías Sousa dos Santos, prestou depoimento como testemunha<br />

arrolada pelo Defensor do Acusados, conforme folha(s) 345 a 347.<br />

d) Provas Documentais<br />

1) Cópia da Sindicância instaurada pela Portaria nº 030/2005 – DP/3 – Sind<br />

datada de 11 de maio de 2005, conforme folha(s) 04 a 91;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0047 -<br />

2) Cópia do Processo nº 259/05 da Comarca de Paço do Lumiar, de folha(s) 755<br />

a 959,onde constam peças importantes como por Auto de Exame de Corpo de Delito realizado<br />

na vítima Simões Albertino de Moura, conforme folha(s) 923;<br />

3) Cópia da escala de serviço de Coordenador das Operações do CIOPS do mês<br />

de maio de 2005, conforme folha(s) 233 a 234;<br />

4) Cópia de Ficha Individual, Histórico Policial Militar, Assentamentos e CTDs<br />

ou FATDs, pertencentes ao acusado, Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes, conforme<br />

folha(s) 106 a 114;<br />

5) Cópia de Ficha Individual, Histórico Policial Militar, Assentamentos e CTDs<br />

ou FATDs, pertencentes ao acusado, Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior,<br />

conforme folha(s) 249 a 258;<br />

6) Certidão de antecedentes criminais dos acusados, oriundo do Cartório de<br />

Distribuição do Fôro da Comarca de São Luís, conforme folha(s) 285 a 286;<br />

7) Cópia do Processo crime de nº 11561/2002, oriundo do Cartório da 8ª Vara<br />

Criminal da Comarca de São Luís-MA, que responde o acusado Soldado PM nº 503/94 –<br />

Arnaldo Mendes Nunes Júnior, por prática de crime previsto no Art. 288, acrescido do Art.<br />

180, na forma do Artigo 69 do CPB, conforme folha(s) 353 a 546;<br />

8) pia do Processo crime de nº 9698/2004, oriundo do Cartório da 2ª Vara<br />

Criminal da Comarca de São Luís-MA, que responde o acusado Soldado PM nº 503/94 –<br />

Arnaldo Mendes Nunes Júnior, por prática de crime previsto no Art. 180, §§ 1º e 2º, além de<br />

ter cometido o delito de prevaricação previsto no Art. 319 do CPB, conforme folha(s) 548 a<br />

753;<br />

9) Desistência do pedido de acareação, feito pelo Defensor dos Acusados,<br />

conforme folha(s) 329;<br />

10) Cópia da decisão do pedido de quebra de sigilo telefônico entre o Soldado<br />

Pm Luís Carlos Gomes e da vítima Simões Albertino de Moura, conforme folha(s) 351<br />

oriundo da Comarca de Paço do Lumiar.<br />

e) Análise das Acusações<br />

e.1) Da Acusação:<br />

Pelo fato de haverem sido acusados de agredirem fisicamente, inclusive com a<br />

utilização de arma de fogo, e de tentarem extorquir a quantia de R$ 1.500,00 (hum mil e<br />

quinhentos reais) do Senhor Simões Albertino de Moura e do Senhor José Hilton Barbosa da<br />

Silva, na Avenida Brasil, localizada no Bairro do Coroadinho, no dia 04 de maio de 2005 por<br />

volta das 23:00 h, motivo pelo qual foram autuados em flagrante delito no 16º DP, na Vila<br />

Embratel. Sendo, portanto incursos nas alíneas “b” e “c”, do inciso I, do Art. 2º, da Lei nº<br />

3.700, 26 de novembro 1975, tendo dessa forma, em tese, tido conduta irregular e praticado<br />

atos que afetam a honra pessoal, pundonor militar e o decoro da classe.<br />

Para analisarmos as acusações que foram imputadas aos acusados de terem tido<br />

conduta irregular e praticado atos que afetem a honra pessoal, pundonor militar e o decoro da


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0048 -<br />

classe, usaremos a seguinte metodologia: analisaremos a conduta dos mesmos diante da<br />

ocorrência que originou o presente processo administrativo e então de posse desta primeira<br />

análise partiremos para a verificação da conduta ética e moral dos acusados para com a<br />

Instituição, oportunidade que julgaremos o cometimento por parte dos mesmos de atos que<br />

tenham afetado a honra pessoal, pundonor militar e o decoro da classe.<br />

1.1) Da tentativa de extorsão dos acusados Soldado PM nº 137/94 – Luís<br />

Carlos Gomes e Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior ao Sr. Simões<br />

Albertino de Moura:<br />

Para tentarmos esclarecer tal fato necessitamos comprovar ou refutar as<br />

hipóteses a seguir:<br />

1ª hipótese: Se houve emprego de violência ou grave ameaça por parte do<br />

acusados constrangendo a vítima Simões Albertino de Moura para a cobrança de algo que lhes<br />

era indevido, isto é, a Vítima Simões Albertino de Moura não possuía dívida alguma com<br />

qualquer dos acusados;<br />

depoimentos:<br />

Para analisarmos a primeira hipótese, recorreremos aos seguintes<br />

O DEPOIMENTO DA VÍTIMA SIMÕES ALBERTINO DE MOURA de<br />

folha(s) 148 a 155 este alega que: “... recebeu um telefonema por volta das 23:00 h, do Sr. José<br />

Hilton para que comparecesse de forma urgente em sua borracharia, para que pudessem acertar<br />

um débito contraído com o mesmo, tendo o ofendido se deslocado até a borracharia e ao<br />

chegar, em seu veículo, um Fiat pálio, 4(quatro) portas, tipo táxi, de cor branca, observou o Sr.<br />

José Hilton sendo agredido pelos acusados; Que se aproximou e perguntou ao Sr. José Hilton o<br />

que estava acontecendo, tendo este respondido que por estar naquela situação, não podia fazer<br />

nada; Que o SD PM Arnaldo perguntou ao Sr. José Hilton se era esse o safado que estava lhe<br />

devendo, referindo-se ao ofendido; Que o Sr. José Hilton respondeu que sim, tendo o ofendido<br />

dito que não devia nada para eles, momento em que os acusados partiram para cima do<br />

ofendido, ambos com arma na mão, sendo que o SD PM Arnaldo empunhava uma Pistola e o<br />

SD PM Luis Carlos um revólver; (...) Que os acusados ao observarem que o Sr. José Hilton<br />

não se encontrava mais no local, os mesmos disseram que quem daria conta de efetuar o<br />

pagamento da dívida era o ofendido; Que o ofendido disse que não tinha dinheiro nenhum para<br />

pagar a dívida, tendo o SD PM Arnaldo se aproximado, e encostado à arma que possuía uma<br />

pistola, na barriga do mesmo e o SD PM Luis Carlos, com a sua arma apontada em direção do<br />

rosto do ofendido, ambos dizendo que iriam atirar se o mesmo não desse conta do dinheiro;<br />

QUE O OFENDI<strong>DO</strong> AO OBSERVAR QUE OS ACUSA<strong>DO</strong>S O AMEAÇAVA, RESOLVEU<br />

DIZER AOS MESMOS QUE POSSUÍA EM CASA A QUANTIA DE R$ 1.500,00 (HUM<br />

MIL E QUINHENTOS REAIS), tendo os acusados dito ao ofendido que iriam buscar com o<br />

mesmo até a sua residência no bairro do Coroadinho; (...) Perguntado ao Ofendido se conhecia<br />

os acusados ainda que de vista, respondeu que não(...) Que o ofendido ao tentar sair daquela


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0049 -<br />

situação, foi pego na região do pescoço, por um dos Acusados, o SD PM Luis Carlos, que com<br />

a arma em punho, um revólver, jogou o ofendido à parede apontando o referido armamento<br />

em direção ao seu rosto; Que nesse momento se aproximou o acusado, o SD PM Arnaldo, e<br />

lhe desferiu uma coronhada na região da cabeça do lado direito...;<br />

Vejamos um trecho do DEPOIMENTO <strong>DO</strong> 1º TEN PM LEAL, conforme<br />

folha(s) 166 “... que nesse momento a testemunha questionou aos acusados se estes estavam<br />

armados, o que foi respondido pelos mesmos que sim, simultaneamente a testemunha os<br />

apalpou na região da cintura, tomando a arma de um dos acusados que a testemunha não<br />

recorda, momento que o outro já fez a entrega de sua arma; QUE SIMULTÂNEO A TODA<br />

ESSA AÇÃO, A VÍTIMA SAIU <strong>DO</strong> INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA<br />

ENSANGÜENTADA COM FERIMENTO NA CABEÇA, INDICAN<strong>DO</strong> QUE OS<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S SERIAM AS PESSOAS QUE ESTAVAM TENTAN<strong>DO</strong> EXTORQUI-LA O<br />

VALOR DE APROXIMADAMENTE R$ 1.000,00 (HUM MIL REAIS)...”;<br />

No DEPOIMENTO DA DELEGADA LISSANDRA QUE PRESIDIU O<br />

FLAGRANTE: “... Que antes de autuar os acusados em Flagrante tratou de conversar com os<br />

mesmos, com a vítima e com os policiais que os conduziram; Que diante da alegação de um<br />

dos acusados de que a vítima lhe devia uma certa quantia em dinheiro, permitiu que o referido<br />

acusado comprovasse de alguma forma que realmente essa dívida existia, no entanto diante da<br />

impossibilidade de comprovação por parte do acusado, de que realmente existia uma dívida<br />

prévia com a vítima, não apresentando documentos ou algo que realmente comprovasse, não<br />

sabendo inclusive informar o endereço da vítima, concluiu que se tratava realmente de<br />

extorsão, tendo para isso providenciado a autuação em flagrante; Que se algum dos acusados<br />

tivesse apresentado QUALQUER PROVA AINDA QUE TESTEMUNHAL DE QUE<br />

REALMENTE HAVIA UMA DÍVIDA POR PARTE DA VÍTIMA COM ALGUM <strong>DO</strong>S<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S, TERIA SI<strong>DO</strong> DILIGENCIA<strong>DO</strong> E AO INVÉS DA PRISÃO EM<br />

FLAGRANTE SERIA SOMENTE LAVRA<strong>DO</strong> O TERMO CIRCUNSTANCIA<strong>DO</strong> DE<br />

OCORRÊNCIA (TCO)...”, conforme folha(s) 287 a 289”;<br />

Observa-se no depoimento da Vítima Simões Albertino de Moura que esta<br />

informa que não devia dinheiro algum aos acusados, que SEQUER OS CONHECIA, AINDA<br />

QUE DE VISTA, que devia sim, uma quantia em dinheiro, mas que seria para o Sr. José<br />

Hilton, que resolveu dizer que POSSUÍA EM CASA A QUANTIA DE R$ 1.500,00 (HUM<br />

MIL E QUINHENTOS REAIS), por observar que os acusados o ameaçavam. Verifica-se<br />

ainda que a vítima informa que fora ameaçada pelo acusado, SD PM Luis Carlos e agredida<br />

pelo acusado Sd PM Arnaldo com uma coronhada de arma de fogo em sua cabeça. Constata-se<br />

de acordo com o depoimento da Vítima, favorecido pelos depoimentos do 1º Ten PM Leal e da<br />

Delegada Lissandra a possibilidade de configuração da conduta delituosa de tentativa de<br />

extorsão, o que para esclarecermos discorreremos a seguir;<br />

Compararemos os depoimentos acima, principalmente o da vítima Simões,<br />

com as seguintes alegações:


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0050 -<br />

O QUE ALEGA O ACUSA<strong>DO</strong> – Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos<br />

Gomes, em seu DEPOIMENTO NO CONSELHO DE DISCIPLINA, a respeito das acusações<br />

que lhe foram imputadas:<br />

a) a respeito da tentativa de extorsão este nega tal acusação, alegando que na<br />

realidade se tratava de uma cobrança de uma dívida, na qual a vítima Simões Albertino de<br />

Moura havia contraído com a sua pessoa para a compra de uma motocicleta, conforme se vê<br />

em seu depoimento de folha(s) 115 quando lhe foi Perguntado como se deu o fato; este<br />

Respondeu que por volta da 18:00h do dia 04 de maio de 2005, quando se encontrava em sua<br />

residência, no bairro Jardim Tropical, EFETUOU UMA LIGAÇÃO TELEFÔNICA <strong>DO</strong> SEU<br />

APARELHO CELULAR PARA O SR. SIMÕES NO INTUITO DE COBRAR UMA DÍVIDA<br />

CONTRAÍDA DESTE COM O ACUSA<strong>DO</strong>, NO VALOR DE R$ 1.500,00 (HUM MIL E<br />

QUINHENTOS REAIS) REFERENTE A UM EMPRÉSTIMO PARA QUE O SR. SIMÕES<br />

COMPRASSE UMA MOTOCICLETA; Que após o contato telefônico o Sr. Simões marcou<br />

com o acusado, às 21:00h, para se encontrarem em um barzinho próximo a uma borracharia na<br />

estrada de São José de Ribamar (MA 201), em frente ao conjunto maiobão(...) Perguntado ao<br />

acusado se havia alguma testemunha ou algum recibo comprobatório do referido empréstimo,<br />

respondeu que não; Perguntado ao acusado porque não tomou precauções no sentido de<br />

formalizar o empréstimo através de uma testemunha ou recibo, respondeu que devido ao laço<br />

forte de amizade existente entre ambos...”<br />

Vejamos agora o que disse o acusado Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos<br />

Gomes em seu DEPOIMENTO NA DELEGACIA POR OCASIÃO <strong>DO</strong> FLAGRANTE<br />

DELITO, conforme folha(s) 12:”... Que hoje por volta das 20:00 h do dia 04 de maio de 2005;<br />

que há, dois meses a vítima lhe ofereceu uma moto pela quantia de que, há dois meses a vítima<br />

lhe ofereceu uma moto pela quantia de R$ 5.000.00 (cinco mil reais), que lhe respondeu que<br />

não tinha condições de pagar; QUE HÁ UM MÊS EMPRESTOU A QUANTIA DE R$<br />

1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS), pois lhe prometera de pagar o mesmo com<br />

quinze dias e que o empréstimo tem como testemunha o policial NERVAL, lotado no 9° BPM;<br />

Que o prazo já havia expirado e ligou para o mesmo; Que este estava no Maiobão; Que, a<br />

vitima marcou encontro em uma borracharia no bairro do Maiobão...”<br />

Colaborando com a alegação do acusado Soldado PM nº 137/94 – Luís<br />

Carlos Gomes, vejamos o que diz o outro acusado SOLDA<strong>DO</strong> PM Nº 503/94 – ARNAL<strong>DO</strong><br />

MENDES NUNES JÚNIOR a respeito de tal fato em seu DEPOIMENTO NO CONSELHO<br />

DE DISCIPLINA:<br />

“... Quando lhe foi Perguntado como se deu o fato; Respondeu que em uma<br />

certa ocasião cuja a data o acusado não recorda, QUAN<strong>DO</strong> SE ENCONTRAVA PRÓXIMO<br />

À SUA RESIDÊNCIA, RECEBEU UM TELEFONEMA <strong>DO</strong> SEU COMPANHEIRO DE<br />

FARDA, O SD PM L. CARLOS, <strong>DO</strong> BME, PEDIN<strong>DO</strong> AO ACUSA<strong>DO</strong> QUE O<br />

ACOMPANHASSE ATÉ O MAIOBÃO PARA SE ENCONTRAREM COM UM RAPAZ


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0051 -<br />

QUE LHE DEVIA A QUANTIA DE R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS) A<br />

CERCA DE 03 (TRÊS) MESES(...)<br />

Vejamos agora o que disse o acusado SOLDA<strong>DO</strong> PM Nº 503/94 –<br />

ARNAL<strong>DO</strong> MENDES NUNES JÚNIOR a respeito de tal fato em seu DEPOIMENTO NA<br />

DELEGACIA POR OCASIÃO <strong>DO</strong> FLAGRANTE DELITO:<br />

“... Que, hoje por volta das 21:30 h estava próximo de sua casa, quando<br />

RECEBEU UM TELEFONEMA DE SEU COLEGA LUÍS CARLOS, DIZEN<strong>DO</strong> QUE<br />

TINHA EMPR<strong>ESTA<strong>DO</strong></strong> A QUANTIA DE 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS)<br />

HÁ UM MÊS ATRÁS PARA O SR. SIMÕES E ESTE SEMPRE FICAVA ENROLAN<strong>DO</strong><br />

PARA PAGAR E HOJE MARCOU COM A VÍTIMA NO BAIRRO <strong>DO</strong> MAIOBÃO e<br />

precisava da companhia do comunicante para ir cobra esta dívida ...”<br />

de tal fato:<br />

Vejamos ainda o que diz algumas pessoas envolvidas no processo a respeito<br />

A OUTRA SUPOSTA VÍTIMA JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA<br />

em sua inquirição neste CONSELHO DE DISCIPLINA: “... Que nesse momento o SD PM<br />

Luís Carlos questionou a testemunha se tinha algum contato com o Simões, onde esta<br />

respondeu que por haver vendido 02 (duas) camisas e ter feito um negócio comercial, venda de<br />

pneus, com o mesmo, tinha uma Nota Promissória com o telefone e o nome de Simões,<br />

“Alemão”, ocasião que o SD PM Luís Carlos pediu o telefone de Simões à testemunha, tendo<br />

esta lhe fornecido; Que a testemunha observou quando o SD PM Luís Carlos ligou do aparelho<br />

telefônico celular que portava, para o Sr. Simões, agradecendo à testemunha pelo<br />

fornecimento do número do telefone acenando positivamente como se tivesse dado certo o<br />

contato com o Simões; (...) Que em seguida, a testemunha voltou para próximo ao bar e<br />

passados cerca de 10min, observou a chegada do Sr. Simões em um táxi de cor branca, cuja<br />

marca a testemunha não sabe informar; QUE OBSERVOU AINDA QUAN<strong>DO</strong> O SR.<br />

SIMÕES DESCEU <strong>DO</strong> CARRO E CUMPRIMENTOU O SD PM LUÍS CARLOS COM UM<br />

APERTO DE MÃO, em frente a borracharia; QUE EM SEGUIDA, APÓS OBSERVAR QUE<br />

O SD PM LUÍS CARLOS E O SR. SIMÕES SE CONHECIAM RETORNOU PARA O BAR<br />

E VOLTOU A INGERIR BEBIDA ALCOÓLICA; Que passados cerca de 5min, já observou o<br />

táxi que o Sr. Simões havia chegado se ausentando do local.<br />

O que disse a OUTRA SUPOSTA VÍTIMA JOSÉ HILTON BARBOSA<br />

DA SILVA em sua REINQUIRIÇÃO NESTE CONSELHO DE DISCIPLINA: quando lhe<br />

questionado onde se encontrava na ocasião da chegada de Simões, respondeu que se<br />

encontrava em pé em frente ao bar, conversando com alguns amigos cujos nomes não sabe<br />

informar; Perguntado a testemunha onde se encontravam os acusados no momento da chegada<br />

de Simões, respondeu que ao lado da borracharia; PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE<br />

OBSERVOU A CHEGADA DE SIMÕES, RESPONDEU QUE SIM; (...) PERGUNTA<strong>DO</strong> A<br />

TESTEMUNHA EM QUE LOCAL SIMÕES CUMPRIMENTOU OS ACUSA<strong>DO</strong>S,


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0052 -<br />

RESPONDEU QUE NO MESMO LOCAL ONDE OS ACUSA<strong>DO</strong>S JÁ SE<br />

ENCONTRAVAM; Perguntado a testemunha se quem estivesse no interior do veículo onde<br />

este foi estacionado, se dava para visualizar a conversa de Simões com os acusados, respondeu<br />

que não, somente se descer do veículo; PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE OBSERVOU<br />

A CONVERSA ENTRE SIMÕES E OS ACUSA<strong>DO</strong>S INTEIRAMENTE, ISTO É, SE<br />

OBSERVOU ELES SE DESLOCAREM PARA ALGUM OUTRO LOCAL, RESPONDEU<br />

QUE SOMENTE OBSERVOU O MOMENTO DA CHEGADA DE SIMÕES ONDE ESTE<br />

CUMPRIMENTOU A PESSOA <strong>DO</strong> ACUSA<strong>DO</strong> SD PM LUÍS CARLOS COM UM<br />

APERTO DE MÃO E UMA LEVE BATIDA NO OMBRO, TEN<strong>DO</strong> SE RETIRA<strong>DO</strong> APÓS<br />

OBSERVAR QUE SIMÕES PROVAVELMENTE O CONHECIA, tendo a testemunha se<br />

retirado para o interior do bar;<br />

Verifica-se nos depoimentos acima que a testemunha José Hilton Barbosa<br />

da Silva, suposta vítima de extorsão contradiz a outra vítima Simões Albertino de Moura, em<br />

vários pontos a respeito do fato desta análise, dentre estes, a afirmação de que quem efetuou a<br />

ligação para este último foi o acusado Soldado PM L. Carlos do seu próprio aparelho<br />

telefônico celular; um outro ponto que a testemunha José Hilton Barbosa da Silva contradiz a<br />

vítima Simões Albertino de Moura é quando esta disse que não conhecia os acusados ainda<br />

que de vista, porém o Sr. José Hilton deixa a entender em seu depoimento que a Vítima<br />

Simões e o acusado Soldado PM L. Carlos já se conheciam, devido, inclusive, a forma como<br />

se cumprimentaram amigavelmente, isto é, com um aperto de mão e uma leve batida no ombro<br />

por ocasião de sua chegada no Maiobão.<br />

Este último ponto também foi reforçado no depoimento da testemunha de<br />

defesa dos acusados a Srª Irene da Silva Nunes, conforme folha(s) 335, vejamos um trecho:<br />

“...Perguntado a Testemunha se já viu a pessoa do Sr. Simões Albertino de Moura, suposta<br />

vítima de extorsão e agressão por parte do acusado Sd PM Luís Carlos, antes do fato,<br />

respondeu que SIM, E QUE NÃO TEM CERTEZA, MAS QUE CERCA DE 02 (DUAS)<br />

VEZES QUAN<strong>DO</strong> ESTE FOI ATÉ A PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO PARA LANCHAR;<br />

ACRESCENTOU AINDA A TESTEMUNHA QUE ÀS VEZES EM QUE VIU O SR.<br />

SIMÕES NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO, MAIS PRECISAMENTE NA BARRACA AO<br />

LA<strong>DO</strong> DA SUA, OBSERVOU O ACUSA<strong>DO</strong> E O SR. SIMÕES CONVERSAN<strong>DO</strong> EM PÉ<br />

PRÓXIMO AO ESTACIONAMENTO; Perguntado a Testemunha quantas vezes viu o Sr.<br />

Simões, respondeu que 04(quatro) vezes, sendo que as 02 (duas) primeiras vezes, VIU O<br />

ACUSA<strong>DO</strong> SD PM LUÍS CARLOS CONVERSAN<strong>DO</strong> COM O SR. SIMÕES, ...”<br />

E ainda pela outra testemunha de defesa o Sr. Herberth Roberto Serra,<br />

quando cita em seu depoimento de folha(s) 343 como veremos um trecho “... Perguntado a<br />

testemunha como foi que conheceu o Simões, respondeu que o conheceu pelo fato de ter sido<br />

cliente da loja aproximadamente no mês de dezembro de 2004, quando compareceu para<br />

executar um serviço mecânico (regulagem da corrente) na moto que estava em seu poder, uma<br />

moto Honda twister CBX 250; Perguntado a testemunha quantas vezes teve contato com o Sr.<br />

Simões, respondeu que APROXIMADAMENTE UMAS 03 (TRÊS) VEZES, SEN<strong>DO</strong> QUE


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0053 -<br />

APÓS O PRIMEIRO CONTATO EM DEZEMBRO DE 2004, O MESMO FOI A LOJA EM<br />

COMPANHIA <strong>DO</strong> ACUSA<strong>DO</strong> SD PM LUÍS CARLOS E APÓS ALGUNS DIAS<br />

RETORNOU À LOJA INFORMAN<strong>DO</strong> À TESTEMUNHA QUE HAVIA EFETUA<strong>DO</strong> A<br />

PRISÃO DE DUAS PESSOAS...”;<br />

Um outro aspecto de contradição foi verificado no assunto relativo à dívida<br />

no valor de 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) que a vítima Simões teria com acusado L.<br />

Carlos se encontra, quando ela disse em seu depoimento que não possuía nenhum débito com<br />

o mesmo, que devia era ao Sr. José Hilton, de folha(s) 148, vejamos: “... que SEQUER OS<br />

CONHECIA, AINDA QUE DE VISTA, que devia sim, uma quantia em dinheiro, mas que<br />

seria para o Sr. José Hilton, que resolveu dizer que POSSUÍA EM CASA A QUANTIA DE<br />

R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS), por observar que os acusados o<br />

ameaçavam...”, porém um fato curioso foi verificado neste depoimento da vítima é o fato de<br />

esta poderia ter dito inúmeros outros valores, como por exemplo, 500 reais, 1000 reais, ou<br />

qualquer outro valor, porém a vítima Simões citou exatamente o valor da quantia alegada pelo<br />

acusado L. Carlos sobre a dívida contraída para a compra da motocicleta. Este aspecto foi<br />

reforçado pelo depoimento dos acusados na Delegacia por ocasião do flagrante como vimos<br />

acima, isto é, não teria dado tempo dos acusados criarem uma história fictícia sobre tal valor, e<br />

ainda sobre o motivo do empréstimo, isto é, de 1500 reais, para a compra da moto, sem terem<br />

aspectos de contradição entre eles. E ainda para confirmar a tese de que havia uma dívida entre<br />

a vítima Simões e o acusado L. Carlos vejamos os depoimentos a seguir do CABO PM J.<br />

LUÍS, conforme folha(s) 185 que fez a condução dos mesmos, no momento em que lhe foi<br />

questionado se chegou a ter contato com algum dos acusados sobre o que estava acontecendo,<br />

respondeu QUE SOMENTE OBSERVOU QUAN<strong>DO</strong> O ACUSA<strong>DO</strong>, O SD PM L. CARLOS,<br />

INFORMAR QUE HAVIA I<strong>DO</strong> AO LOCAL PARA COBRAR UMA DÍVIDA;<br />

Temos também depoimento <strong>DO</strong> SOLDA<strong>DO</strong> PM BAETA, um dos policiais<br />

que atendeu a ocorrência, conforme folha(s) 171: “... Que nesse momento a testemunha<br />

identificou que uma das pessoas que estava encostada no veículo táxi de cor branca, se tratava<br />

do Sd PM Arnaldo, momento que foi informado pelo Cb PM J. Luis de que a outra pessoa que<br />

estava próxima do veículo de cor branca se tratava também de um policial militar; Que em<br />

seguida a testemunha observou o momento em que o Ten Leal saiu de sua Viatura e abordou<br />

os acusados, perguntando o que estes faziam naquele local, TEN<strong>DO</strong> O ACUSA<strong>DO</strong> SD PM L.<br />

CARLOS DITO QUE ESTARIA NAQUELE LOCAL PARA RECEBER O DINHEIRO<br />

REFERENTE A UMA DÍVIDA DE UMA MOTO...”; acrescenta-se a isso que todos estes<br />

fatos foram no local da ocorrência, isto é, em frente à casa da vítima Simões, portanto antes da<br />

chegada no 16º DP, onde foi lavrado o flagrante.<br />

Diante das análises acima, este Conselho REFUTA A PRIMEIRA<br />

HIPÓTESE, devido se ter verificado algumas contradições da vítima Simões com várias<br />

testemunhas, inclusive com as declarações do Sr. José Hilton, pessoa a quem a vítima Simões<br />

havia indicado como sendo a outra vítima de extorsão, contradições estas que não foram<br />

dirimidas nem na Comarca de Paço do Lumiar, por conta da acareação, conforme folha(s) 952.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0054 -<br />

A partir do que foi exposto, os fatos levam este conselho a deduzir que<br />

existia uma dívida da vítima Simões Albertino de Moura para com a pessoa do Sd PM L.<br />

Carlos, e que supostamente seria relativa a um empréstimo para a compra de uma motocicleta,<br />

não tendo isto ficado claro para este Conselho por ausência de provas, conforme inclusive se<br />

vê no depoimento do Acusado L. Carlos quando disse que não possuía nenhum recibo<br />

comprobatório do referido empréstimo, e que não tomou precauções no sentido de formalizar<br />

o empréstimo através de uma testemunha ou recibo, devido ao laço forte de amizade existente<br />

entre ambos, tendo apontado como único álibi o Soldado PM Nerval do 9º BPM, conforme se<br />

vê no Auto de prisão em flagrante de folha(s) 12, fato este negado pelo Soldado PM Nerval,<br />

em seu depoimento neste Conselho de Disciplina de folha(s) 331; inclusive que desconhece o<br />

Sr. Simões fato este que foi contradito no depoimento do Sr. Herberth, conforme folha(s) 343;<br />

Diante de tantas contradições existe a possibilidade de uma dívida entre os<br />

dois, AINDA QUE PREENCHI<strong>DO</strong> PELA INFORMALIDADE, aspecto esse que foi<br />

comentado no depoimento da Delegada Lissandra quando disse que LAVROU O<br />

FLAGRANTE DEVI<strong>DO</strong> À ALEGAÇÃO DE UM <strong>DO</strong>S ACUSA<strong>DO</strong>S DE QUE A VÍTIMA<br />

LHE DEVIA CERTA QUANTIA EM DINHEIRO, NÃO COMPROVAN<strong>DO</strong> DE ALGUMA<br />

FORMA QUE REALMENTE ESSA DÍVIDA EXISTIA;<br />

1.2) Da agressão e ameaça cometida pelos acusados Soldado PM nº 137/94<br />

– Luís Carlos Gomes e Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior ao Sr. Simões<br />

Albertino de Moura e José Hilton Barbosa da Silva:<br />

2ª hipótese: Se houve emprego de violência ou grave ameaça por parte dos<br />

acusados constrangendo a vítima Simões Albertino de Moura para cobrança de uma dívida que<br />

este tinha com o acusado Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes.<br />

Para fazermos análise de tal hipótese recorreremos aos depoimentos que<br />

adiante se seguem:<br />

O DEPOIMENTO DA VÍTIMA SIMÕES ALBERTINO DE MOURA A<br />

RESPEITO <strong>DO</strong> FATO:<br />

“...Perguntado ao Ofendido como se deu o fato que originou o presente<br />

Conselho, respondeu que não se recorda da data, mas que no corrente ano, recebeu um<br />

telefonema por volta das 23:00h, do Sr. José Hilton para (...), OBSERVOU O SR. JOSÉ<br />

HILTON SEN<strong>DO</strong> AGREDI<strong>DO</strong> PELOS ACUSA<strong>DO</strong>S; (...) Que o SD PM Arnaldo perguntou<br />

ao Sr. José Hilton se era esse o safado que estava lhe devendo, referindo-se ao ofendido; Que o<br />

Sr. José Hilton respondeu que sim, tendo o ofendido dito que não devia nada para eles,<br />

MOMENTO EM QUE OS ACUSA<strong>DO</strong>S PARTIRAM PARA CIMA <strong>DO</strong> OFENDI<strong>DO</strong>,<br />

AMBOS COM ARMA NA MÃO, SEN<strong>DO</strong> QUE O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> EMPUNHAVA<br />

UMA PISTOLA E O SD PM LUIS CARLOS UM REVÓLVER; Que ao se aproximarem<br />

cercaram o ofendido e perguntaram ao Sr. José Hilton se o ofendido estava lhe devendo ou


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0055 -<br />

não; Que o Sr. José Hilton respondeu que não; QUE O OFENDI<strong>DO</strong> AO TENTAR SAIR<br />

DAQUELA SITUAÇÃO, FOI PEGO NA REGIÃO <strong>DO</strong> PESCOÇO, POR UM <strong>DO</strong>S<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S, O SD PM LUIS CARLOS, QUE COM A ARMA EM PUNHO, UM<br />

REVÓLVER, JOGOU O OFENDI<strong>DO</strong> À PAREDE APONTAN<strong>DO</strong> O REFERI<strong>DO</strong><br />

ARMAMENTO EM DIREÇÃO AO SEU ROSTO; QUE NESSE MOMENTO SE<br />

APROXIMOU O ACUSA<strong>DO</strong>, O SD PM ARNAL<strong>DO</strong>, E LHE DESFERIU UMA<br />

CORONHADA NA REGIÃO DA CABEÇA <strong>DO</strong> LA<strong>DO</strong> DIREITO, VIN<strong>DO</strong> A SANGRAR e<br />

puxando do bolso uma carteira de identidade, esfregou no rosto do ofendido, dizendo: “Eu sou<br />

é polícia pôrra!”; QUE O SR. JOSÉ HILTON APROVEITOU A OCASIÃO EM QUE OS<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S ESTAVAM COM O OFENDI<strong>DO</strong>, PARA CORRER, TEN<strong>DO</strong> TOMA<strong>DO</strong> UM<br />

RUMO NÃO IDENTIFICA<strong>DO</strong> PELO OFENDI<strong>DO</strong>; (...) Que o ofendido disse que não tinha<br />

dinheiro nenhum para pagar a dívida, TEN<strong>DO</strong> O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> SE APROXIMA<strong>DO</strong>, E<br />

ENCOSTA<strong>DO</strong> A ARMA QUE POSSUÍA, UMA PISTOLA, NA BARRIGA <strong>DO</strong> MESMO E<br />

O SD PM LUIS CARLOS, COM A SUA ARMA APONTADA EM DIREÇÃO <strong>DO</strong> ROSTO<br />

<strong>DO</strong> OFENDI<strong>DO</strong>, AMBOS DIZEN<strong>DO</strong> QUE IRIAM ATIRAR SE O MESMO NÃO DESSE<br />

CONTA <strong>DO</strong> DINHEIRO; QUE O OFENDI<strong>DO</strong> AO OBSERVAR QUE O ACUSA<strong>DO</strong> O<br />

AMEAÇAVA, RESOLVEU DIZER AOS MESMOS QUE POSSUÍA EM CASA A<br />

QUANTIA DE R$ 1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS), TEN<strong>DO</strong> OS<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S DITO AO OFENDI<strong>DO</strong> QUE IRIAM BUSCAR COM O MESMO ATÉ A SUA<br />

RESIDÊNCIA NO BAIRRO <strong>DO</strong> COROADINHO; Que o SD PM Arnaldo foi até um posto de<br />

lava jato no bairro do Maiobão, deixar sua moto, uma twister preta, enquanto o SD PM Luís<br />

Carlos acompanhou o ofendido no seu veículo sentando-se no banco traseiro, enquanto o<br />

ofendido dirigia; QUE O SD PM LUÍS CARLOS, COM A SUA ARMA APONTADA PARA<br />

O OFENDI<strong>DO</strong>, determinou a este que seguisse o SD PM Arnaldo, onde este ao deixar sua<br />

moto no posto de lava jato, adentrou ao veículo, ficando também no banco traseiro; QUE NO<br />

DESLOCAMENTO <strong>DO</strong> MAIOBÃO PARA O COROADINHO O OFENDI<strong>DO</strong> FORA<br />

AMEAÇA<strong>DO</strong> PELOS ACUSA<strong>DO</strong>S DE QUE SE CHEGASSE AO LOCAL E ESTE<br />

TENTASSE QUALQUER REAÇÃO, ELES O MATARIAM; Que ao chegar na residência do<br />

ofendido no Coroadinho, que na época residia com o seu sogro, o ofendido solicitou aos<br />

acusados que permanecessem do lado de fora da residência, para que não trouxessem nenhum<br />

constrangimento em sua residência, e ainda para que tivesse tempo de ligar para Polícia; Que o<br />

ofendido ao adentrar em sua residência ensangüentado, foi questionado pelos seus parentes, o<br />

seu sogro e seu cunhado, sobre que havia acontecido, tendo o ofendido dito que eram 02(dois)<br />

policiais que estavam querendo dinheiro, onde determinou que seu cunhado passasse o<br />

cadeado no portão e tentou ligar para Polícia; Que o ofendido após demorar um pouco, UM<br />

<strong>DO</strong>S ACUSA<strong>DO</strong>S BATEU NA JANELA DA FRENTE DA RESIDÊNCIA E PEDIN<strong>DO</strong> AO<br />

CUNHA<strong>DO</strong> <strong>DO</strong> OFENDI<strong>DO</strong> QUE ESTE OS DEIXASSEM ENTRAR E LHE DESSEM<br />

ÁGUA, o que foi negado pelo cunhado do ofendido;(...) Perguntado ao Ofendido se sabe<br />

informar qual era o motivo que os acusados agrediram o Sr. José Hilton, RESPONDEU QUE<br />

SOUBE NO DIA SEGUINTE ATRAVÉS DE JOSÉ HILTON QUE OS ACUSA<strong>DO</strong>S<br />

HAVIAM PASSA<strong>DO</strong> HORAS ANTES DESTE MANTER CONTATO COM O OFENDI<strong>DO</strong><br />

EM SUA RESIDÊNCIA E QUE JOSÉ HILTON HAVIA DITO QUE OS ACUSA<strong>DO</strong>S<br />

HAVIAM BATI<strong>DO</strong> EM SUA ESPOSA E O OBRIGARAM A DAR A QUANTIA DE R$


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0056 -<br />

600,00 (SEISCENTOS REAIS), ALEGAN<strong>DO</strong> QUE HAVIAM APREENDI<strong>DO</strong> DROGA NO<br />

INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA; Perguntado ao Ofendido se sabe o nome da esposa do<br />

Sr. José Hilton, respondeu que MARIA ANTÔNIA; (...) Perguntado ao Ofendido se chegou a<br />

entrar em vias de fato com o SD PM Arnaldo no momento em que chegou ao local,<br />

RESPONDEU QUE NÃO HOUVE NENHUMA REAÇÃO DA SUA PARTE, MAS QUE<br />

FORA AGREDI<strong>DO</strong> PELO MESMO COM UMA CORONHADA DE PISTOLA; (...)<br />

Perguntado ao Ofendido SE CHEGOU A FAZER EXAME DE CORPO DE DELITO DA<br />

LESÃO SOFRIDA, PROVOCADA PELA CORONHADA, RESPONDEU QUE SIM; (...)<br />

Perguntado ao Ofendido se a borracharia encontrava-se aberta ou fechada no momento do fato,<br />

respondeu que aberta; Perguntado ao Ofendido quem mais o presenciou ensangüentado,<br />

respondeu que além dos policiais militares, a Delegada que autuou os acusados e os seus<br />

parentes (sogro, cunhado, sobrinha e um jovem que atende por nome de Jessey);<br />

PERGUNTA<strong>DO</strong> AO OFENDI<strong>DO</strong> SE CONTRAIU UM EMPRÉSTIMO NO VALOR DE R$<br />

1.500,00 (HUM MIL E QUINHENTOS REAIS) JUNTO AO SD PM LUIS CARLOS PARA<br />

COMPRA DE UMA MOTOCICLETA, RESPONDEU QUE NÃO; (...) Perguntado ao<br />

Ofendido se ao chegar no dia seguinte na casa do Sr. José Hilton verificou se este ou a sua<br />

esposa apresentava algum sinal de lesão, respondeu QUE O SR. JOSÉ HILTON<br />

APARENTEMENTE NÃO APRESENTAVA PORÉM A ESPOSA <strong>DO</strong> MESMO<br />

ENCONTRAVA-SE COM O ROSTO INCHA<strong>DO</strong>, TEN<strong>DO</strong> ESTA DITO AO OFENDI<strong>DO</strong><br />

QUE HAVIA SOFRI<strong>DO</strong> UM TAPA POR PARTE DE UM <strong>DO</strong>S ACUSA<strong>DO</strong>S; (...)<br />

Perguntado ao Ofendido se no momento em que aconteceu a agressão por parte dos acusados<br />

ao Sr. José Hilton, MAIS ALGUÉM PRESENCIOU, RESPONDEU QUE 03 (TRÊS)<br />

MULHERES PRESENCIARAM O FATO, MAS QUE NÃO SABE QUEM SÃO; Perguntado<br />

ao Ofendido quando foi que o José Hilton disse ao ofendido que estava negando a verdade por<br />

medo de represálias por parte dos acusados, respondeu que durante o período em que os<br />

acusados se encontravam presos, RECEBEU AMEAÇAS DE PESSOAS APAISANAS QUE<br />

SE DIZIAM SER POLICIAIS, PARA QUE DEIXASSE DE ACUSAR POLICIAIS, SENÃO<br />

O JOSÉ HILTON IRIA MORRER...”;<br />

O DEPOIMENTO DA SENHORA MARY LUCY, ACOMPANHANTE<br />

DA VÍTIMA SIMÕES NO DIA <strong>DO</strong> FATO:<br />

“... Perguntado a Testemunha se já conhecia os acusados antes do dia do<br />

fato, respondeu que não, que nunca os tinha visto; (...) Perguntado a Testemunha se já<br />

conhecia o Sr. José Hilton respondeu que NÃO, QUE SOMENTE O VIU NO DIA <strong>DO</strong> FATO;<br />

Perguntado a Testemunha SE ESTAVA COM O SR. SIMÕES NO MOMENTO QUE<br />

ACONTECEU O FATO respondeu que SIM; Perguntado a Testemunha se presenciou todo o<br />

fato respondeu que QUASE TO<strong>DO</strong>; Perguntado a Testemunha como se deu o fato que<br />

originou o presente processo administrativo; respondeu que no dia do fato encontrava-se em<br />

companhia do Sr. Simões no bairro do Maiobão, que estavam na casa de uma amiga sua, por<br />

volta das 23:00 h, o Sr. Simões recebeu uma ligação de José Hilton e esse a convidou para<br />

irem até a presença deste pois teria que resolver um problema entre ambos; que chegaram em<br />

uma borracharia e a testemunha perguntou a Simões se este iria demorar, tendo Simões dito


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0057 -<br />

que não, que José Hilton provavelmente iria cobrá-lo em razão de uma dívida que tinha com<br />

ele, não informando que dívida seria esta, somente após o ocorrido, isto é, no dia seguinte, é<br />

que o Sr. Simões informou a mesma que se tratava de dívidas de roupa; QUE APÓS DESCER<br />

<strong>DO</strong> VEÍCULO SIMÕES FALOU DIRETAMENTE COM JOSÉ HILTON, NÃO TEN<strong>DO</strong> A<br />

TESTEMUNHA VISUALIZA<strong>DO</strong> OS ACUSA<strong>DO</strong>S, QUE NESSE MOMENTO BAIXOU A<br />

CABEÇA PARA MEXER EM SEU CELULAR E QUAN<strong>DO</strong> LEVANTOU A CABEÇA<br />

NOVAMENTE JÁ VIU SIMÕES E JOSÉ HILTON CONVERSAN<strong>DO</strong> E OS ACUSA<strong>DO</strong>S<br />

CHEGAN<strong>DO</strong> E JOSÉ HILTON APRESENTOU OS ACUSA<strong>DO</strong>S A SIMÕES. QUE NA<br />

SEQÜÊNCIA VIU O ACUSA<strong>DO</strong> ARNAL<strong>DO</strong> PEGAN<strong>DO</strong> NA CAMISA DE SIMÕES,<br />

PRÓXIMO AO PESCOÇO, E DESFERIN<strong>DO</strong> UMA CORONHADA COM UMA ARMA DE<br />

FOGO, NÃO SABEN<strong>DO</strong> PRECISAR O TIPO DA ARMA. (...) Perguntado a Testemunha a<br />

que distância encontrava-se do lugar onde José Hilton e Simões conversaram; respondeu QUE<br />

APROXIMADAMENTE UNS 5 METROS; PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA ONDE SE<br />

ENCONTRAVA JOSÉ HILTON QUAN<strong>DO</strong> SIMÕES CHEGOU EM SUA COMPANHIA;<br />

RESPONDEU QUE NA PORTA DA BORRACHARIA; (...) PERGUNTA<strong>DO</strong> A<br />

TESTEMUNHA O QUE LHE GARANTE QUE QUEM LIGOU PARA SIMÕES NO<br />

MOMENTO EM QUE ESTAVA EM SUA COMPANHIA, TENHA SI<strong>DO</strong> O JOSÉ HILTON;<br />

RESPONDEU QUE PELO FATO <strong>DO</strong> SIMÕES TER DITO NO MOMENTO EM QUE<br />

ATENDEU A LIGAÇÃO QUE SE TRATAVA DE JOSÉ HILTON E TEN<strong>DO</strong><br />

CONVIDA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA PARA IREM ATÉ A SUA PRESENÇA PARA<br />

RESOLVEREM UM PROBLEMINHA; Perguntado a Testemunha se chegou a perguntar a<br />

Simões que probleminha era; respondeu QUE O SIMÕES FALOU QUE SERIA<br />

COBRANÇA NÃO REVELAN<strong>DO</strong> NO MOMENTO DE QUE SE TRATAVA, SOMENTE<br />

FALAN<strong>DO</strong> NO DIA SEGUINTE. PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE OS ACUSA<strong>DO</strong>S<br />

CHEGARAM A EMPUNHAR AS ARMAS NO INTERIOR <strong>DO</strong> VEÍCULO; RESPONDEU<br />

QUE SIM, QUE QUAN<strong>DO</strong> ESTAVAM NO INTERIOR <strong>DO</strong> VEÍCULO NO TRAJETO ATÉ<br />

SUA RESIDÊNCIA OS ACUSA<strong>DO</strong>S ESTAVAM COM AS ARMAS EMPUNHADAS<br />

SOBRE AS PERNAS; PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE EM ALGUM MOMENTO<br />

NO TRAJETO ATÉ SUA RESIDÊNCIA OS ACUSA<strong>DO</strong>S CHEGARAM A AMEAÇÁ-LA<br />

OU AO SR. SIMÕES; RESPONDEU QUE NÃO; DADA A PALAVRA AO DEFENSOR<br />

<strong>DO</strong>S ACUSA<strong>DO</strong>S, ESTE PERGUNTOU A TESTEMUNHA, POR INTERMÉDIO <strong>DO</strong><br />

PRESIDENTE <strong>DO</strong> CONSELHO O SEGUINTE: SE NO INTERIOR <strong>DO</strong> VEÍCULO NO<br />

TRAJETO ATÉ A SUA RESIDÊNCIA, SE OS ACUSA<strong>DO</strong>S CHEGARAM A APONTAR<br />

AS ARMAS PARA A TESTEMUNHA OU PARA O SR. SIMÕES. RESPONDEU QUE<br />

NÃO; (...) Perguntado a testemunha SE A BORRACHARIA ESTAVA ABERTA NO<br />

MOMENTO <strong>DO</strong> FATO, RESPONDEU QUE NÃO, QUE ESTAVA FECHADA; (...)<br />

Perguntado a testemunha se sabe onde foi a lesão ocorrida em Simões, respondeu QUE NA<br />

CABEÇA, NO LA<strong>DO</strong> DIREITO NA PARTE POSTERIOR, EMBORA NÃO TENHA<br />

VISTO O FERIMENTO, QUE VIU APENAS O SANGUE ESCORRER...”;<br />

O DEPOIMENTO <strong>DO</strong> SR. JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA:


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0058 -<br />

“... Perguntado a testemunha se conhecia os acusados, presentes neste<br />

processo administrativo (SD PM ARNAL<strong>DO</strong> MENDES NUNES JÚNIOR e o SD PM LUIS<br />

CARLOS GOMES), respondeu que NÃO CONHECIA; Perguntado a testemunha como se deu<br />

o fato que originou a prisão dos acusados, respondeu que em uma certa data que a testemunha<br />

não recorda, do corrente ano, por volta das 20:30 h encontrava-se em um bar (KÁTIA<br />

DRINK`S) cujo proprietário é o Sr. Belfort, que fica próximo a sua borracharia, ingerindo<br />

bebidas alcóolicas, quando foi informado pelo EMPREGA<strong>DO</strong> DE SUA BORRACHARIA, O<br />

SR. ISAIAS, que havia 02(dois) rapazes (os acusados) chamando a testemunha, ocasião que<br />

esta foi até ao encontro dos acusados, onde um deles, o SD PM Luís Carlos Gomes, (...) Que<br />

nesse momento o SD PM Luís Carlos questionou a testemunha se tinha algum contato com o<br />

Simões, ONDE ESTA RESPONDEU QUE POR HAVER VENDI<strong>DO</strong> 02 (DUAS) CAMISAS<br />

E TER FEITO UM NEGÓCIO COMERCIAL, VENDA DE PNEUS, COM O MESMO,<br />

TINHA UMA NOTA PROMISSÓRIA COM O TELEFONE E O NOME DE SIMÕES,<br />

“ALEMÃO”, ocasião que o SD PM Luís Carlos pediu o telefone de Simões à testemunha,<br />

TEN<strong>DO</strong> ESTA LHE FORNECI<strong>DO</strong>; (...) observou a chegada do Sr. Simões em um táxi de cor<br />

branca, cuja marca a testemunha não sabe informar; QUE OBSERVOU AINDA QUAN<strong>DO</strong> O<br />

SR. SIMÕES DESCEU <strong>DO</strong> CARRO E CUMPRIMENTOU O SD PM LUÍS CARLOS COM<br />

UM APERTO DE MÃO, EM FRENTE À BORRACHARIA; Que em seguida, após observar<br />

que o SD PM Luís Carlos e o Sr. Simões se conheciam retornou para o bar e voltou a ingerir<br />

bebida alcóolica; Que passados cerca de 5min, já observou o táxi que o Sr. Simões havia<br />

chegado se ausentando do local; Que no dia seguinte tomou conhecimento através do<br />

empregado de sua borracharia, o Sr. Isaias, de que havia sido noticiado no jornal da televisão,<br />

o nome da testemunha, o nome da borracharia e a notícia de que 02 (dois) policiais tinham<br />

sido presos; (...) Perguntado a testemunha se chegou a observar alguma briga ou agressões<br />

múltiplas entre o Sr. Simões e um dos acusados, respondeu que não; (...) Perguntado a<br />

testemunha se a testemunha viu ou tomou conhecimento de que ALGUÉM HAVIA SAÍ<strong>DO</strong><br />

ENSANGÜENTA<strong>DO</strong> <strong>DO</strong> LOCAL, OU AINDA, SE NO LOCAL HAVIA RESQUÍCIOS OU<br />

MANCHAS DE SANGUE; respondeu QUE NÃO VIU, QUE NÃO TOMOU<br />

CONHECIMENTO E NÃO OBSERVOU ALGUMA MANCHA DE SANGUE...”;<br />

O termo de REINQUIRIÇÃO DA TESTEMUNHA JOSÉ HILTON<br />

BARBOSA DA SILVA: “... Perguntado a testemunha SE OBSERVOU A CONVERSA<br />

ENTRE SIMÕES E OS ACUSA<strong>DO</strong>S INTEIRAMENTE, ISTO É, SE OBSERVOU ELES SE<br />

DESLOCAREM PARA ALGUM OUTRO LOCAL, respondeu que SOMENTE OBSERVOU<br />

O MOMENTO DA CHEGADA DE SIMÕES ONDE ESTE CUMPRIMENTOU A PESSOA<br />

<strong>DO</strong> ACUSA<strong>DO</strong> SD PM LUÍS CARLOS COM UM APERTO DE MÃO E UMA LEVE<br />

BATIDA NO OMBRO, TEN<strong>DO</strong> SE RETIRA<strong>DO</strong> APÓS OBSERVAR QUE SIMÕES<br />

PROVAVELMENTE O CONHECIA, TEN<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE RETIRA<strong>DO</strong> PARA O<br />

INTERIOR <strong>DO</strong> BAR; Perguntado a testemunha SE SABE INFORMAR SE SIMÕES E OS<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S MUDARAM DE POSIÇÃO APÓS O CUMPRIMENTO INICIAL DA<br />

CONVERSA, RESPONDEU QUE NÃO OBSERVOU EM VIRTUDE DE TER<br />

ADENTRA<strong>DO</strong> AO BAR E QUE NA REALIDADE HAVIA FICA<strong>DO</strong> INICIALMENTE <strong>DO</strong><br />

LA<strong>DO</strong> DE FORA, NÃO PORQUE ESPERAVA SIMÕES, MAS DEVI<strong>DO</strong> ESTAR


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0059 -<br />

CONVERSAN<strong>DO</strong> COM OS COLEGAS NA PORTA <strong>DO</strong> BAR; Perguntado a testemunha se<br />

observou a saída dos acusados do local, respondeu que não; Perguntado a testemunha se<br />

observou a saída de Simões do local, respondeu que não;(...) Perguntado a testemunha SE<br />

CHEGOU A INFORMAR A SIMÕES DE QUE OS ACUSA<strong>DO</strong>S HAVIAM I<strong>DO</strong> HORAS<br />

ANTES <strong>DO</strong> FATO QUE ORIGINOU O PRESENTE CONSELHO, DIZEN<strong>DO</strong> AO MESMO<br />

QUE OS ACUSA<strong>DO</strong>S HAVIAM BATI<strong>DO</strong> EM SUA ESPOSA E OBRIGARA A DAR A<br />

QUANTIA DE R$ 600,00 (SEISCENTOS REAIS) ALEGAN<strong>DO</strong> QUE HAVIAM<br />

APREENDI<strong>DO</strong> DROGA NO INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA, respondeu que ISTO NÃO<br />

ACONTECEU, QUE NÃO FALOU NADA COM SIMÕES A ESSE RESPEITO; Perguntado<br />

a testemunha SE SABE INFORMAR SE SIMÕES CONHECE OU JÁ VIU SUA ESPOSA,<br />

respondeu que A TESTEMUNHA SABE INFORMAR QUE SIMÕES SOMENTE A VIU NO<br />

DIA EM QUE FOI LEVAR UNS PAPÉIS A MAN<strong>DO</strong> DE UM TENENTE PARA QUE A<br />

TESTEMUNHA ASSINASSE; (...) Perguntado a testemunha SE CHEGOU A INFORMAR A<br />

SIMÕES QUE ESTARIA NEGAN<strong>DO</strong> A VERDADE <strong>DO</strong> FATO QUE ORIGINOU O<br />

PRESENTE CONSELHO POR ME<strong>DO</strong> DE REPRESÁLIAS POR PARTE <strong>DO</strong>S<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S, respondeu que NÃO, QUE NUNCA FALOU ISSO A SIMÕES; Perguntado a<br />

testemunha SE CHEGOU A RECEBER AMEAÇAS DE PESSOAS À PAISANA QUE SE<br />

DIZIAM SER POLICIAIS DETERMINAN<strong>DO</strong> QUE ELE DEIXASSE DE FAZER<br />

ACUSAÇÕES AOS POLICIAIS QUE FIGURAM COMO ACUSA<strong>DO</strong>S, POIS MORRERIA,<br />

respondeu que NÃO, QUE NUNCA INFORMOU ISSO A SIMÕES E QUE NUNCA FOI<br />

NINGUÉM A SUA CASA SE PASSAN<strong>DO</strong> POR POLICIAIS COM TAL INTENÇÃO...”;<br />

Vejamos agora o que disse o ACUSA<strong>DO</strong> SOLDA<strong>DO</strong> PM Nº 137/94 –<br />

LUÍS CARLOS GOMES A RESPEITO DE TAIS FATOS:<br />

“... Perguntado ao acusado QUAIS AS ARMAS QUE PORTAVAM NO<br />

MOMENTO DA OCORRÊNCIA, respondeu que PORTAVA UM REVÓLVER CAL.38 mm,<br />

06(SEIS) TIROS, COR PRETA, DE MARCA TAURUS, COM 06(SEIS) MUNIÇÕES<br />

INTACTAS E O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> PORTAVA UMA PISTOLA CAL.380 mm, INOX,<br />

COM MUNIÇÃO NÃO SABEN<strong>DO</strong> INFORMAR A QUANTIDADE; Perguntado ao acusado<br />

SE CHEGOU A AGREDIR O SR. SIMÕES OU OBSERVOU O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> O<br />

AGREDIN<strong>DO</strong> COM CORONHADA, respondeu que NÃO AGREDIU E NEM OBSERVOU<br />

O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> AGREDIR O SR. SIMÕES COM CORONHADAS; Perguntado ao<br />

acusado porque não tomou as providências legais no sentido de acionar o Sr. Simões na Justiça<br />

para cobrar sobre a dívida contraída, respondeu que confiou na palavra do Sr. Simões e não<br />

achou necessidade de acioná-lo na Justiça; Perguntado ao acusado se chegou a registrar<br />

ocorrência em alguma Delegacia, respondeu que não achou necessário; Perguntado ao acusado<br />

SE CHEGOU A AGREDIR O SR. JOSÉ HILTON OU VIU O MESMO SER AGREDI<strong>DO</strong><br />

PELO SD PM ARNAL<strong>DO</strong>, respondeu que NÃO AGREDIU E NEM VIU O SR. JOSÉ<br />

HILTON SEN<strong>DO</strong> AGREDI<strong>DO</strong> PELO SD PM ARNAL<strong>DO</strong>...”;<br />

O que disse o acusado Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes<br />

Júnior a respeito de tais fatos:


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0060 -<br />

“...Perguntado ao acusado como se deu o fato; Respondeu que em uma certa<br />

ocasião (...) acusado se aproximou e questionou o Sr. Simões da seguinte forma: “Meu peixe,<br />

tu vais pagar o bolacha (L. Carlos) ou não vai”?”, no que o Sr. Simões respondeu da seguinte<br />

forma: “Baixinho, eu não fiz negócio contigo, vai-te à porra!”, PARTIN<strong>DO</strong> NA DIREÇÃO<br />

<strong>DO</strong> ACUSA<strong>DO</strong>, EMPURRAN<strong>DO</strong>-O, ATITUDE ESTA QUE FOI REPELIDA PELO<br />

ACUSA<strong>DO</strong> EMPURRAN<strong>DO</strong> O SR. SIMÕES; QUE APÓS ISSO O SD PM L. CARLOS<br />

APARTOU A CONFUSÃO; em seguida o Sr. Simões convidou o acusado e o Sd PM L.<br />

Carlos para irem até a sua residência no intuito de buscar o dinheiro para pagar a dívida; (...)<br />

PERGUNTA<strong>DO</strong> AO ACUSA<strong>DO</strong> SE CHEGOU A AGREDIR O SR. JOSÉ HILTON EM<br />

ALGUM MOMENTO, RESPONDEU QUE NÃO; PERGUNTA<strong>DO</strong> AO ACUSA<strong>DO</strong> SE<br />

CHEGOU A AGREDIR O SR. SIMÕES EM ALGUM MOMENTO, RESPONDEU QUE<br />

NÃO; PERGUNTA<strong>DO</strong> AO ACUSA<strong>DO</strong> SE CHEGOU A AMEAÇAR O SR. JOSÉ HILTON,<br />

RESPONDEU QUE NÃO; PERGUNTA<strong>DO</strong> AO ACUSA<strong>DO</strong> SE CHEGOU A AMEAÇAR O<br />

SR. SIMÕES, RESPONDEU QUE NÃO; Perguntado ao acusado qual a arma portava no dia<br />

do fato, respondeu QUE UMA PISTOLA CAL.380 mm, DE Nº 98111; Perguntado ao<br />

acusado se a arma é registrada, respondeu que sim, na Polícia federal, sendo adquirida no<br />

Comando Geral das mãos do Sd PM Sousa, barra 93, de Vitória do Mearim - MA, quando este<br />

se encontrava fazendo Junta Médica de Saúde em São Luís...”;<br />

Diante do que foi exposto acima este Conselho pôde constatar a existência<br />

de alguns fatos constantes na acusação conforme folha(s) 03 conseguindo inclusive comprovar<br />

sua veracidade a partir da análise dos depoimentos constantes nos autos.<br />

De posse da constatação de que os fatos existiram, conforme a 2ª hipótese,<br />

analisaremos separadamente a responsabilidade de cada um dos acusados no evento.<br />

A respeito das acusações de ameaça e agressão cometidas pelo acusado<br />

Soldado PM Luís Carlos Gomes ao Sr. José Hilton Barbosa da Silva e ao Sr. Simões Albertino<br />

de Moura:<br />

No depoimento do acusado Soldado PM Luís Carlos Gomes, este nega<br />

qualquer tipo de ameaça ou agressão cometida à pessoa do Sr. José Hilton Barbosa da Silva<br />

como também à pessoa do Sr. Simões Albertino de Moura, vejamos um trecho do seu<br />

depoimento: “... Perguntado ao acusado SE CHEGOU A AGREDIR O SR. SIMÕES OU<br />

OBSERVOU O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> O AGREDIN<strong>DO</strong> COM CORONHADA, respondeu que<br />

NÃO AGREDIU E NEM OBSERVOU O SD PM ARNAL<strong>DO</strong> AGREDIR O SR. SIMÕES<br />

COM CORONHADAS...”; a respeito das acusações de agressões e ameaças por parte do Sd<br />

PM Luís Carlos Gomes, à pessoa do Sr. José Hilton bem como a sua esposa Maria Antônia<br />

Nunes Ferreira, conforme folha(s) 152 antes do fato e no dia do fato, este Conselho pôde<br />

verificar que não existiram, pois tanto o Sr. José Hilton como sua esposa descartam qualquer<br />

tipo de agressão sofridas causadas pelo acusado L. Carlos, contrariando desta forma as<br />

alegações de ameaça e agressão constantes no depoimento da Vítima Simões e de sua<br />

acompanhante naquela situação a senhora Mary lucy.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0061 -<br />

Em relação às acusações de ameaça e agressão provocadas pelo ACUSA<strong>DO</strong><br />

SD PM LUÍS CARLOS GOMES À PESSOA <strong>DO</strong> SR. SIMÕES, estas não ficaram claras, em<br />

virtude de as testemunhas que poderiam comprovar tal informação da Vítima seriam José<br />

Hilton e a senhora Marylucy; tendo José Hilton em seu depoimento dito o seguinte: “...QUE<br />

OBSERVOU AINDA QUAN<strong>DO</strong> O SR. SIMÕES DESCEU <strong>DO</strong> CARRO E<br />

CUMPRIMENTOU O SD PM LUÍS CARLOS COM UM APERTO DE MÃO, EM FRENTE<br />

A BORRACHARIA; Que em seguida, após observar que o SD PM Luís Carlos e o Sr. Simões<br />

se conheciam retornou para o bar e voltou a ingerir bebida alcoólica ...”;<br />

A outra testemunha que poderia comprovar tal fato seria a Srª Mary lucy,<br />

acompanhante de Simões naquela ocasião e esta acrescentou o seguinte: “...QUE APÓS<br />

DESCER <strong>DO</strong> VEÍCULO SIMÕES FALOU DIRETAMENTE COM JOSÉ HILTON, NÃO<br />

TEN<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA VISUALIZA<strong>DO</strong> OS ACUSA<strong>DO</strong>S, QUE NESSE MOMENTO<br />

BAIXOU A CABEÇA PARA MEXER EM SEU CELULAR E QUAN<strong>DO</strong> LEVANTOU A<br />

CABEÇA NOVAMENTE JÁ VIU SIMÕES E JOSÉ HILTON CONVERSAN<strong>DO</strong> E OS<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S CHEGAN<strong>DO</strong> E JOSÉ HILTON APRESENTOU OS ACUSA<strong>DO</strong>S A SIMÕES.<br />

QUE NA SEQÜÊNCIA VIU O ACUSA<strong>DO</strong> ARNAL<strong>DO</strong> PEGAN<strong>DO</strong> NA CAMISA DE<br />

SIMÕES, PRÓXIMO AO PESCOÇO, E DESFERIN<strong>DO</strong> UMA CORONHADA COM UMA<br />

ARMA DE FOGO, NÃO SABEN<strong>DO</strong> PRECISAR O TIPO DA ARMA...”, verifica-se que em<br />

nenhum momento a testemunha cita o Sd PM L. Carlos, como tendo praticado algum tipo de<br />

ameaça ou agressão à pessoa do Sr. Simões. Um outro momento que o Sr. Simões cita como<br />

tendo sido ameaçado pelo Sd PM L. Carlos foi no deslocamento do Maiobão até a sua<br />

residência no Coroadinho, no interior do veículo, pálio de cor branca quatro portas, fato este<br />

que foi novamente negado no depoimento da sua acompanhante, quando afirma que o referido<br />

acusado somente empunhou sua arma colocando entre as pernas mas que em nenhum<br />

momento os ameaçou, vejamos:“...PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE OS ACUSA<strong>DO</strong>S<br />

CHEGARAM A EMPUNHAR AS ARMAS NO INTERIOR <strong>DO</strong> VEÍCULO; RESPONDEU<br />

QUE SIM, QUE QUAN<strong>DO</strong> ESTAVAM NO INTERIOR <strong>DO</strong> VEÍCULO NO TRAJETO ATÉ<br />

SUA RESIDÊNCIA OS ACUSA<strong>DO</strong>S ESTAVAM COM AS ARMAS EMPUNHADAS<br />

SOBRE AS PERNAS; PERGUNTA<strong>DO</strong> A TESTEMUNHA SE EM ALGUM MOMENTO<br />

NO TRAJETO ATÉ SUA RESIDÊNCIA OS ACUSA<strong>DO</strong>S CHEGARAM A AMEAÇÁ-LA<br />

OU AO SR. SIMÕES; RESPONDEU QUE NÃO...”; para reforçar ainda mais a tese de que<br />

não houve agressão ou ameaça por parte do acusado Sd PM L. Carlos à pessoa do Sr. Simões<br />

vejamos o que diz o Sr. Luís Carlos Campos Silva, cunhado deste último em seu depoimento:<br />

“... que ao observar que o Simões adentrou nervoso no interior de sua residência e com um<br />

sangramento, questionou a esse o que estava acontecendo, ocasião em que Simões foi em<br />

direção ao quarto da sobrinha da testemunha contando que não sabia por que os policiais<br />

estavam querendo dinheiro dele; Que NESTE ÍNTERIM O ACUSA<strong>DO</strong> SD PM L. CARLOS,<br />

SOLICITOU PARA O IRMÃO DA TESTEMUNHA (JORGE) QUE ESTE LHE DESSE<br />

ÁGUA, NO QUE FOI SERVI<strong>DO</strong>, AO MESMO TEMPO O OUTRO ACUSA<strong>DO</strong>, O SD PM<br />

ARNAL<strong>DO</strong>, arrodeou para a lateral da residência onde existe um outro portão, onde forçou o<br />

trinco da porta certificando-se de que esta estava fechada, em seguida retornando para próximo<br />

do veículo...”, observemos agora o depoimento do Sr. Jorginaldo, outro cunhado do Sr.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0062 -<br />

Simões, a respeito do fato e das acusações de ameaça cometidas pelo Acusado Sd PM Luís<br />

Carlos: “... Que nesse ínterim devido à demora do cunhado da testemunha, os acusados<br />

ficaram arrodeando a casa e ligando para Simões; QUE O ACUSA<strong>DO</strong> LUÍS CARLOS<br />

CHEGOU A LHE SOLICITAR ÁGUA E QUE A TESTEMUNHA QUAN<strong>DO</strong> ESTAVA NA<br />

IMINÊNCIA DE SERVI-LO, OBSERVOU A SOMBRA <strong>DO</strong> ACUSA<strong>DO</strong> LUÍS CARLOS<br />

COM A ARMA NA MÃO APONTADA PARA BAIXO, tendo a partir daí a testemunha<br />

desistido de lhe fornecer a água, pois para que isto acontecesse seria necessário abrir o<br />

portão...”. Verifica-se observando todos os depoimentos acima que as acusações de ameaça<br />

cometidas pelo Acusado Luís Carlos ao Sr. Simões, foram contraditas pelas testemunhas<br />

arroladas no processo, levando este Conselho a REFUTAR A HIPÓTESE DE AMEAÇA OU<br />

AGRESSÃO cometida pelo Acusado SOLDA<strong>DO</strong> PM LUÍS CARLOS CONTRA A PESSOA<br />

<strong>DO</strong> SR. SIMÕES ALBERTINO DE MOURA e contra A PESSOA <strong>DO</strong> SR. JOSÉ HILTON<br />

BARBOSA DA SILVA;<br />

Quanto à acusação de ameaça e agressão cometida pelo outro acusado Sd<br />

PM Arnaldo, este conselho passa a analisar a partir dos depoimentos abaixo, o seguinte:<br />

Que as acusações de ameaça e agressão à pessoa do Sr. José Hilton Barbosa<br />

da Silva, formuladas pelo Sr. Simões e cometidas pelo acusado Sd PM Arnaldo, a exemplo do<br />

Sd PM L. Carlos foram todas descartadas pela própria suposta vítima, isto é, pelo Sr. José<br />

Hilton Barbosa da Silva, não restando alternativa para este Conselho que não seja refutá-las.<br />

Porém quanto às acusações de agressão e ameaça cometidas pelo Soldado PM Arnaldo, à<br />

pessoa do Sr Simões Albertino de Moura, este Conselho pôde afirmar com base nas provas<br />

testemunhais e materiais que adiante se seguem, que elas realmente existiram.<br />

A respeito de tal fato este Conselho reuniu como prova material, o auto de<br />

exame de corpo de delito, a que foi submetido à vítima Simões, conforme folha(s) 923;<br />

Quanto às provas testemunhais, este Conselho reuniu os depoimentos a<br />

seguir:<br />

O DEPOIMENTO DA VÍTIMA SIMÕES ALBERTINO DE MOURA A<br />

RESPEITO <strong>DO</strong> FATO:<br />

“...Perguntado ao Ofendido como se deu o fato que originou o presente<br />

Conselho, respondeu que não se recorda da data (...) QUE NESSE MOMENTO SE<br />

APROXIMOU O ACUSA<strong>DO</strong>, O SD PM ARNAL<strong>DO</strong>, E LHE DESFERIU UMA<br />

CORONHADA NA REGIÃO DA CABEÇA <strong>DO</strong> LA<strong>DO</strong> DIREITO, VIN<strong>DO</strong> A SANGRAR e<br />

puxando do bolso uma carteira de identidade, esfregou no rosto do ofendido, dizendo: “Eu sou<br />

é polícia pôrra!”; QUE O SR. JOSÉ HILTON APROVEITOU A OCASIÃO EM QUE OS<br />

ACUSA<strong>DO</strong>S ESTAVAM COM O OFENDI<strong>DO</strong>, PARA CORRER, TEN<strong>DO</strong> TOMA<strong>DO</strong> UM<br />

RUMO NÃO IDENTIFICA<strong>DO</strong> PELO OFENDI<strong>DO</strong>...”;<br />

Vejamos agora o que disse o acusado Sd PM Arnaldo em sua defesa a<br />

respeito de tal fato:


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0063 -<br />

“...Perguntado ao acusado se chegou a agredir o Sr. José Hilton em algum<br />

momento, respondeu que não; Perguntado ao acusado se chegou a agredir o Sr. Simões em<br />

algum momento, respondeu que não; Perguntado ao acusado se chegou a ameaçar o Sr. José<br />

Hilton, respondeu que não; Perguntado ao acusado se chegou a ameaçar o Sr. Simões,<br />

respondeu que não; Perguntado ao acusado qual a arma portava no dia do fato, respondeu que<br />

uma Pistola cal.380 mm, de nº 98111...”;<br />

Verifica-se que o acusado em seu depoimento neste Conselho nega tal fato,<br />

no entanto, apresenta várias versões sobre o fato, por exemplo, NO AUTO DE PRISÃO EM<br />

FRAGRANTE o acusado diz que EMPURROU A VÍTIMA SIMÕES VIN<strong>DO</strong> ESTA A<br />

BATER COM A CABEÇA NO CHÃO, conforme folha(s) 13; NA SINDICÂNCIA que<br />

originou o presente processo administrativo, o acusado já afirma que houve agressão física de<br />

ambas as partes vindo À VÍTIMA A BATER A CABEÇA NA PAREDE, conforme folha(s)<br />

43; em seu DEPOIMENTO NA COMARCA DE PAÇO <strong>DO</strong> LUMIAR, conforme folha(s) 937<br />

o acusado já diz que trocou empurrões com a vítima Simões, mas que nenhum dos dois saiu<br />

ferido; após observarmos tais declarações conclui-se que o acusado faltou com a verdade, pois<br />

a agressão realmente existiu, fato este que é facilmente comprovado se visualizarmos o<br />

depoimento da senhora Mary Lucy: “... que após descer do veículo Simões falou diretamente<br />

com José Hilton, não tendo a testemunha visualizado os acusados, que nesse momento baixou<br />

a cabeça para mexer em seu celular e quando levantou a cabeça novamente já viu Simões e<br />

José Hilton conversando e os acusados chegando e José Hilton apresentou os acusados a<br />

Simões. QUE NA SEQÜÊNCIA VIU O ACUSA<strong>DO</strong> ARNAL<strong>DO</strong> PEGAN<strong>DO</strong> NA CAMISA<br />

DE SIMÕES, PRÓXIMO AO PESCOÇO, E DESFERIN<strong>DO</strong> UMA CORONHADA COM<br />

UMA ARMA DE FOGO, NÃO SABEN<strong>DO</strong> PRECISAR O TIPO DA ARMA...”;<br />

Vejamos ainda o que cita a testemunha Luís Carlos Campos Silva, cunhado<br />

da vítima Simões sobre o fato “...Perguntado a testemunha o que sabe informar a respeito da<br />

chegada do Sr. Simões Albertino no Coroadinho, respondeu que SE ENCONTRAVA NO<br />

INTERIOR DE SUA RESIDÊNCIA ASSISTIN<strong>DO</strong> PROGRAMA DE TELEVISÃO, TEN<strong>DO</strong><br />

O SEU CUNHA<strong>DO</strong> SIMÕES ADENTRA<strong>DO</strong> A SUA RESIDÊNCIA COM<br />

SANGRAMENTO NA CABEÇA E COM A CAMISA TAMBÉM MANCHADA EM<br />

VIRTUDE DESTE SANGRAMENTO, por volta de 00:00h, que após bater no portão, seu<br />

irmão Jorge, abriu o portão para a vítima, tendo a vítima adentrado e em seguida o seu irmão<br />

Jorge trancado o portão no cadeado, ocasião em que a testemunha observou os acusados que<br />

ficaram do lado de fora da residência próximo ao veículo que o Simões havia chegado (Fiat<br />

Pálio branco de 04 portas)...”;<br />

Vejamos ainda o que diz o outro cunhado da vítima o Sr. Jorginaldo<br />

Campos Silva sobre este fato “... QUE OBSERVOU QUAN<strong>DO</strong> O SEU CUNHA<strong>DO</strong> SIMÕES<br />

DESCEU <strong>DO</strong> VEÍCULO CITA<strong>DO</strong> ANTERIORMENTE, COM O ROSTO<br />

ENSANGÜENTA<strong>DO</strong>, SE DIRIGIN<strong>DO</strong> ATÉ O INTERIOR DA RESIDÊNCIA, determinando<br />

que a testemunha fechasse o portão e não deixasse os acusados entrarem, isto é, as pessoas que<br />

haviam chegado em sua companhia no referido veículo, tendo a testemunha fechado o portão<br />

no cadeado e o seu cunhado Simões se dirigido para o interior da residência.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0064 -<br />

Conclui-se após fazer à leitura do que foi acima exposto, que realmente<br />

houve a agressão física e que esta foi provocada pela ação de uma coronhada de arma de fogo<br />

(pistola), causada pelo Acusado Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior na<br />

pessoa do Sr. Simões Albertino de Moura;<br />

Após este Conselho ter analisado detalhadamente e separadamente as<br />

acusações constantes nos autos a respeito da conduta dos acusados na ocorrência, é necessário<br />

que se faça agora uma análise da conduta ética e moral dos acusados a partir de sua condição<br />

de policiais militares como forma de garantir a compatibilidade dos mesmos com a vida<br />

publica e consequentemente com o serviço policial militar, atividade que se deve exercer com<br />

sacerdócio e amor pela causa pública, é o que faremos a seguir:<br />

Para analisarmos as acusações constantes no processo sobre o Acusado<br />

Soldado PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes de ter tido conduta irregular e praticado atos que<br />

afetam a honra pessoal, pundonor militar e o decoro da classe, recorreremos as seguintes<br />

peças:<br />

Histórico da vida policial militar do acusado, de folha(s) 60 e 61, onde<br />

constam dois elogios; um referente à captura de dois elementos que estavam assaltando um<br />

ônibus e o outro referente à doação voluntária de sangue;<br />

Ficha individual, onde constam algumas punições, porém nenhuma que o<br />

incompatibilizasse com o serviço policial militar, conforme folha(s) 62;<br />

O documento (certidão negativa) oriundo do cartório de Distribuição do<br />

Fórum “Desembargador Sarney Costa”, que demonstra que o referido acusado não responde a<br />

qualquer processo que possa vir a denegrir sua imagem perante a sociedade ou ainda a própria<br />

Corporação, conforme folha(s) 286;<br />

Soma-se a isso a declaração do 1º Ten QOPM Alysson, que o comandou por<br />

cerca de 3 anos, informando o seguinte a respeito da conduta do acusado Sd PM L. Carlos:<br />

“... Perguntado a Testemunha se é o atual Comandante do Sd PM Luís<br />

Carlos, respondeu que sim; Perguntado a Testemunha quanto tempo convive<br />

profissionalmente com o Acusado Luís Carlos, respondeu que do ano de 2002 até a presente<br />

data e que o comanda desde o ano de 2003; Perguntado a Testemunha como analisa a conduta<br />

profissional do acusado Sd PM Luís Carlos, respondeu que PROFISSIONALMENTE NO<br />

PERÍO<strong>DO</strong> EM QUE CONVIVEU COM O ACUSA<strong>DO</strong>, INCLUSIVE SEN<strong>DO</strong> O SEU<br />

COMANDANTE, É UM POLICIAL QUE POSSUI UMA BOA CONDUTA, QUE CUMPRE<br />

COM AS SUAS OBRIGAÇÕES, NÃO CHEGA ATRASA<strong>DO</strong> PARA ATOS DE SERVIÇO,<br />

E NÃO PRESENCIOU NENHUMA FALTA DE SERVIÇO, QUE REVEN<strong>DO</strong> OS<br />

ASSENTAMENTOS <strong>DO</strong> REFERI<strong>DO</strong> POLICIAL, VERIFICOU QUE O MESMO POSSUI<br />

ALGUMAS PUNIÇÕES INCLUSIVE POR FALTA DE SERVIÇO, MAS QUE NÃO ERAM<br />

AINDA SOB O SEU COMAN<strong>DO</strong> (...) Perguntado a Testemunha se tomou conhecimento<br />

ainda que informalmente de algum envolvimento de extorsão ou algum outro delito, ou algo<br />

que pudesse macular a imagem da Instituição Polícia Militar, anterior ao fato que originou o<br />

presente Conselho, respondeu que NÃO, NEM INFORMALMENTE TOMOU<br />

CONHECIMENTO;(...) Perguntado a Testemunha se há algo a acrescentar sobre a conduta do<br />

referido policial, SD PM LUÍS CARLOS, diante da situação em que o mesmo se encontra e<br />

que possa contribuir para análise da conduta profissional ou ainda pessoal por parte deste


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0065 -<br />

conselho, respondeu que ANALISAN<strong>DO</strong> AS PUNIÇÕES DISCIPLINARES CONTIDAS NA<br />

FICHA INDIVIDUAL <strong>DO</strong> ACUSA<strong>DO</strong>, OBSERVA-SE QUE NENHUMA DELAS POSSUI<br />

ALGUMA LIGAÇÃO COM ALGO QUE POSSA MACULAR A IMAGEM DA<br />

INSTITUIÇÃO.<br />

Para analisarmos as acusações constantes no processo sobre o Acusado<br />

Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior de ter tido conduta irregular e<br />

praticado atos que afetam a honra pessoal, pundonor militar e o decoro da classe, recorreremos<br />

as seguintes peças:<br />

O Histórico da vida policial militar do acusado, de folha(s) 255, onde<br />

constam várias punições, dentre elas destaca-se uma em que consta uma abordagem feita de<br />

forma exarcebada, quando da abordagem ao menor Ramone Soares Martins, usando da força<br />

desnecessária, agredindo-o fisicamente; E outra punição na qual o acusado Arnaldo em uma<br />

outra abordagem ter trabalhado mal contribuindo para a reação dos abordados resultando em<br />

agressão ao Sr. Wellington Andréas Enéas;<br />

Ficha Individual, conforme folha(s) 257 a 258, onde constam várias<br />

punições;<br />

O documento (certidão negativa) oriundo do cartório de Distribuição do<br />

Fórum “Desembargador Sarney Costa”, que demonstra que o referido acusado responde aos<br />

processos 11567/2002, onde o mesmo fora autuado em flagrante, processo este que não pôde<br />

ser apensado aos autos deste Conselho, em virtude de encontra-se em poder do advogado do<br />

acusado desde 2003; processo 11561/2002 oriundo da 8ª Vara Criminal; processo nº<br />

9698/2004 oriundo da 2ª Vara Criminal, todos por prática de crimes capitulados no Código<br />

Penal Brasileiro, conforme folha(s) 285;<br />

Para analisarmos a conduta ética do acusado Soldado PM nº 503/94 –<br />

Arnaldo Mendes Nunes Júnior, este Conselho fez uso de alguns trechos do Processo de nº<br />

11561/2002 oriundo da 8ª Vara Criminal, onde consta que o mesmo fora denunciado<br />

juntamente com Fábio Antônio Mendonça Araújo; Antônio Carlos da Silva, vulgo (Xilado,<br />

Toinho ou Ninja); Abmael Fernandes dos Santos, vulgo (gago); Antônio Marcos Vieira<br />

Gomes, vulgo (Belarmino) e José Carlos Silva Quinto, vulgo (Carlinhos), POR FAZEREM<br />

PARTE DE UMA ASSOCIAÇÃO DELITIVA ESTÁVEL (FORMAÇÃO DE QUADRILHA)<br />

BEM DEFINIDA: A SUBTRAÇÃO, COMPRA E VENDA DE MOTOCICLETAS NESTE E<br />

NOS MUNICÍPIOS <strong>DO</strong> INTERIOR, conforme cópia da ação penal constante de folha(s) 354<br />

a 355; cabendo ao acusado Arnaldo, segundo consta no Auto de Prisão em Flagrante,<br />

“ESQUENTAR” A <strong>DO</strong>CUMENTAÇÃO DAS MOTOCICLETAS ROUBADAS, conforme<br />

folha(s) 360.<br />

Continuando a análise da conduta ética e moral, recorreremos ao processo<br />

nº 9698/2004, ONDE O ACUSA<strong>DO</strong> SD PM ARNAL<strong>DO</strong> FORA NOVAMENTE<br />

DENUNCIA<strong>DO</strong> POR PRÁTICA DE CRIME PREVISTO NO ARTIGO 180, § 1º E 2º, C/C<br />

ARTIGO 319, <strong>DO</strong> CPB, ISTO É, POR PRÁTICA DE CRIME DE RECEPTAÇÃO<br />

QUALIFICADA E AINDA PREVARICAÇÃO juntamente com Raimundo Oliveira dos<br />

Santos, vulgo (Suíta), Fábio Taveira dos Santos, Davi Pereira da Silva, Antônio Carlos da<br />

Silva Pereira, Abmael Fernandes dos Santos, vulgo (Gaguinho), Francisco das Chagas Sousa<br />

Dourado, vulgo (Espirro). Observamos também que se compararmos os dois processos crime,


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0066 -<br />

isto é, o 11561/2002 e 9698/2004, A PRESENÇA DE ELEMENTOS COMUNS, como é o<br />

caso de Antônio Carlos da Silva, vulgo (Xilado, Toinho ou Ninja) e Abmael Fernandes dos<br />

Santos, vulgo (gago), FORMAN<strong>DO</strong> DESTA FORMA UMA ASSOCIAÇÃO DELITIVA<br />

ESTÁVEL (FORMAÇÃO DE QUADRILHAS), PARA A PRÁTICA DE DELITOS;<br />

Soma-se a isso tudo as declarações dadas pelo seu Comandante o Ten Cel<br />

QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira quando este diz em seu depoimento: “... Perguntado a<br />

Testemunha como analisa a conduta profissional do acusado Sd PM Arnaldo, respondeu que<br />

como pessoa no convívio pessoal sempre se mostrou um cidadão reservado, introspectivo e até<br />

educado, porém no aspecto profissional o acusado TEM DEMONSTRA<strong>DO</strong> SER INDIGNO<br />

DE SER UM POLICIAL <strong>MILITAR</strong>, EM RAZÃO <strong>DO</strong>S PARÂMETROS QUE A<br />

INSTITUIÇÃO <strong>POLÍCIA</strong> <strong>MILITAR</strong> A<strong>DO</strong>TA PARA A CONDUTA ÉTICA; Perguntado a<br />

Testemunha se pode citar algumas atitudes que tenha chegado ao seu conhecimento por parte<br />

do acusado, que firam a conduta ética policial militar, respondeu que ao chegar em toda<br />

Unidade que trabalha, procura se certificar dos Policiais que integram o seu efetivo, tanto os<br />

que se sobressaem positivamente como negativamente, E QUE EM RELAÇÃO AO<br />

ACUSA<strong>DO</strong> SD PM ARNAL<strong>DO</strong>, AS INFORMAÇÕES SEMPRE FORAM NEGATIVAS,<br />

primeiramente oriundas do 8º BPM, Unidade que o acusado servia antes de ser transferido<br />

para o 9º BPM, bem como alguns comportamentos demonstrados no 9º BPM, como: um fato<br />

que foi noticiado pela imprensa escrita, falada e televisiva, dando conta que O ACUSA<strong>DO</strong><br />

EMPRESTARA UMA MOTOCICLETA DE SUA PROPRIEDADE E QUE FORA<br />

APREENDIDA COMO INSTRUMENTO DE CRIME EM PODER DE UM ASSALTANTE<br />

SEN<strong>DO</strong> UTILIZADA EM UM ASSALTO REALIZA<strong>DO</strong> NO BAIRRO <strong>DO</strong> SÃO<br />

CRISTÓVÃO...”;<br />

Partiremos agora para analisar a Defesa dos acusados confiada ao Senhor<br />

Sérgio Roberto Pereira da Silva, defensor dos Acusados, que procuraremos argumentá-las<br />

paulatinamente:<br />

f) Tese de Defesa<br />

Em suas razões iniciais de defesa o Defensor dos acusados, Dr. Sérgio Roberto<br />

Pereira da Silva – OAB/MA nº 3.110, argüiu o seguinte: “que não desejava exibir as suas<br />

linhas de defesa, porquanto desejoso de fazê-las somente na parte posterior da presente<br />

instrução, que ao presente momento se desenvolve, mas que aproveita o ensejo para arrolar seu<br />

corpo testemunhal,de folha(s) 163 que devidamente intimadas comparecerão ao Conselho de<br />

Disciplina para testemunharem o fato alavancado no presente processo administrativo, assim<br />

como requerer acareação entre os acusados e a suposta vítima Simões Albertino de Moura<br />

assim como deste com a testemunha José Hilton Barbosa da Silva devido a abundantes pontos<br />

de contradição em seus depoimentos, por entender ser de maior lucidez para um bom emprego<br />

de uma séria e honrosa justiça implementada ao presente caso e agregar a procuração aos<br />

autos, conforme folha(s) 142;<br />

O respeitável Defensor resolveu desistir das acareações solicitadas acima,<br />

conforme documento constante na folha(s) 329;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0067 -<br />

Em suas alegações finais, conforme folha(s) 967 a 990 o Defensor dos acusados,<br />

Dr. Sérgio Roberto Pereira da Silva - OAB/MA nº 3.110, vem perante este Conselho argüir o<br />

seguinte:<br />

ARGUMENTO 1 : (Defensor)<br />

Processo Administrativo:<br />

Presidente: Capitão QOPM JOSÉ HUMBERTO ALMEIDA COSTA<br />

Membro Relator: 1º Tenente QOPM RENATO ABRANTES CAMPOS<br />

Membro Escrivão: 2º Tenente QOPM JORGE ALMEIDA DE CARVALHO<br />

Indiciados: SD PMMA Luís Carlos Gomes e Arnaldo Mendes Nunes Júnior<br />

Tipificação: Artigo 2º, inc. I, letra “b”, da Lei 3700/75<br />

Advogado: Sérgio Roberto P. da Silva<br />

Por ter sido introduzido aos autos do presente processo administrativo, que apura<br />

gravame ou não funcional dos denunciados, dos documentos oriundos da 8ª Vara Criminal da<br />

Comarca de São Luís, processo crime 2073/2002, distribuição 011561/2002; Processo crime<br />

5878/2004, Distribuição 009698/2004, de tramitação da 2ª Vara Criminal da Comarca de São<br />

Luís/Ma., processo 38/2005, feito da Comarca de Paço do Lumiar/Ma, e outros, datada de 25<br />

de novembro de 2005, por ordem do Sr. Presidente da Comissão Processante, SEM<br />

DESTINAR CONHECIMENTO À DEFESA, PARA SE MANIFESTAR SOBRE OS<br />

MESMOS, O QUE DESENCADEIA UMA GRANDE SURPRESA, E PREJUDICA DE<br />

MO<strong>DO</strong> PROFUN<strong>DO</strong> O DIREITO DE DEFESA <strong>DO</strong>S ACUSA<strong>DO</strong>S, AMPARA<strong>DO</strong> PELO<br />

PRINCÍPIO <strong>DO</strong> CONTRADITÓRIO, BUSCA-SE, ATRAVÉS <strong>DO</strong> PRESENTE PLEITO<br />

SUFRAGAR A PRELIMINAR DE ANULAÇÃO ABSOLUTA DE TO<strong>DO</strong> O PROCESSO;<br />

A defesa se sente aviltada em seu sagrado direito, POR DESCONHECER O<br />

CONTEÚ<strong>DO</strong> <strong>DO</strong>S <strong>DO</strong>CUMENTOS, QUE DE FORMA CLANDESTINA BATEU A<br />

PORTA <strong>DO</strong> PRESENTE PROCESSO E INGRESSOU, SEM QUE FOSSE DA<strong>DO</strong> A<br />

MÍNIMA OPORTUNIDADE DE FALAR SOBRE OS MESMOS, OU SEJA, DESDIZER <strong>DO</strong><br />

SEU CONTEÚ<strong>DO</strong>, PREJUDICAN<strong>DO</strong> DE FORMA BRUTAL A DEFESA DE MEUS<br />

CLIENTES;<br />

O direito de igualdade entre as partes se encontra de forma abrupta agredido,<br />

afrontado, e, QUE POR TAL RAZÃO, NÃO TER POSSIBILITA<strong>DO</strong> O SEU COMBATE,<br />

pularam a cerca do presente processo administrativo, com a devida vênia, é de se conhecer a<br />

anulação “ab nitio” do processo, por manifesta ilegalidade do mesmo desatender preceito<br />

constitucional neste tocante;<br />

O princípio Constitucional que garante aos réus plena defesa, não pode sofrer<br />

qualquer restrição, universal que é;<br />

Assim sendo invoca-se em esteio de preliminar, de acordo com o artigo 564, IV,<br />

da Lei Instrumental Penal, desta Nação e sua Carta Magna, que trata da mesma matéria, por se<br />

constituir preterição, ou seja, omissão de formalidade essencial, que se declare, sob forma de<br />

se incorrer em injustiça, a ANULAÇÃO do presente processo administrativo, por afrontar lei<br />

federal, como aqui exposto, por ser de direito e princípio de justiça;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0068 -<br />

CONTRA ARGUMENTO 1 : (Conselho de Disciplina)<br />

Este Conselho vem contra argumentar as primeiras declarações feitas pelo do<br />

Ilustre Defensor Dr. Sérgio Roberto Pereira da Silva, no início de suas alegações finais de<br />

Defesa, por entendê-las que estão recheadas de falhas e inobservâncias a respeito do presente<br />

processo administrativo:<br />

Inicialmente temos que esclarecer que a tipificação colocada pelo Defensor em<br />

sua Defesa está equivocada, pois o mesmo tipificou de forma incompleta, colocando somente<br />

os acusados como incidindo na letra “b”, inc. I, do Artgo 2º da Lei 3700/75, conforme folha(s)<br />

967, demonstrando uma inobservância na Portaria que foi anexada na citação de seus<br />

constituintes, conforme folha(s) 102 e 103;<br />

Esclarece este Conselho que a tipificação correta está contida nas letras “b” e<br />

“c”, conforme teve ciência através da citação que foi remetida os acusados na(s) folha(s) 102 e<br />

103, no Libelo acusatório de folha(s) 123 e 125,e ainda em todos os documentos em cujos os<br />

ofícios (notificações) lhe foram remetidos para se fazer presente nas oitivas deste Conselho;<br />

Um outro aspecto importante abordado pelo Defensor foi quando, requereu<br />

ANULAÇÃO <strong>DO</strong> CONSELHO DE DISCIPLINA alegando que foi ferido o Contraditório,<br />

isto é, que desconhecia o conteúdo dos processos de nº 295/05 oriundo da Comarca de Paço do<br />

Lumiar; 11561/2002 oriundo da 8ª Vara criminal e 9698/2004 oriundo da 2ª vara Criminal; a<br />

nosso ver mais uma inobservância do Doutor Sérgio Roberto, pois no ofício de nº 057 de 28 de<br />

novembro de 2005, recebido pelo Defensor no dia 29 de novembro de 2005, que remeteu os<br />

autos do processo para suas razões finais de defesa, conforme folha 964 e 965, estava anexado<br />

todos os documentos, reunidos por este Conselho, inclusive os documentos citados (processo<br />

nº 295/05 oriundo da Comarca de Paço do Lumiar; 11561/2002 oriundo da 8ª Vara criminal e<br />

9698/2004 oriundo da 2ª vara Criminal); atitude esta procedida como forma de garantir os<br />

princípios do contraditório e da ampla defesa; para que dessa forma o Defensor não viesse a<br />

alegar o que alegou, tendo sido garantido portanto os princípios constitucionais acima citados;<br />

Frisamos ainda que os processos nº 295/05 oriundo da Comarca de Paço do<br />

Lumiar; 11561/2002 oriundo da 8ª Vara criminal e 9698/2004 oriundo da 2ª vara Criminal,<br />

não servirão como fundamento para instrução e sim, para o julgamento da conduta do Acusado<br />

Arnaldo, pois o mesmo dentre outras acusações foi acusado de ter tido conduta irregular e<br />

praticar atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe, logo como<br />

poderemos julgar sem analisar sua conduta ética?<br />

Vemos tal argumento do Defensor como uma forma de fugir da clareza dos<br />

autos e da verdade, recorramos ao Senso Comum quando se diz “QUE CONTRA FATOS<br />

NÃO HÁ ARGUMENTO”, em tais fatos ficam provados que a conduta moral do SD PM<br />

ARNAL<strong>DO</strong> MENDES NUNES JÚNIOR, não é nada boa, ferindo de morte a moral da<br />

Instituição, e para traduzirmos o que queremos dizer, vejamos o que diz o Professor Dr. Hely<br />

Lopes Meirelles, em seu livro DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO a respeito da<br />

moralidade:<br />

“ A moralidade administrativa constitui, hoje em dia, pressuposto de validade de<br />

todo ato da administração pública – diz Hauriou, (...) desenvolvendo sua doutrina, explica o<br />

mesmo autor que o agente administrativo, como ser humano dotado da capacidade de atuar,


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0069 -<br />

deve necessariamente, distinguir o bem do mal, o honesto do desonesto. E ao atuar, não poderá<br />

desprezar o elemento ético de sua conduta, assim não terá que decidir somente entre o legal e o<br />

ilegal, o justo do injusto, o conveniente do inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas<br />

também entre o honesto e o desonesto. Por considerações de Direito e de moral, o ato<br />

administrativo não terá que obedecer somente à lei jurídica, mas também à lei ética da própria<br />

Instituição, porque nem tudo que é legal é honesto como já proclamava os romanos ‘non omne<br />

quod licet honestum est’. A moral comum, remata Hauriou, é imposta ao homem para sua<br />

conduta externa; a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna,<br />

segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação: o bem comum.<br />

Argumento 2 (Defensor)<br />

A sinopse factual e o mérito têm seu curso a seguir:<br />

VISA A PRESENTE INVESTIGAÇÃO ADMINISTRATIVA CAÇAR CULPA<br />

E SE ATRIBUIR PRÁTICA DE FALTA DISCIPLINAR A <strong>DO</strong>IS INOCENTES POLICIAIS<br />

<strong>MILITAR</strong>ES, como é o caso dos defendentes, aqui nominados, lastreados em denúncia de um<br />

perigoso marginal, elemento de alta periculosidade com envolvimento em crime de assalto a<br />

Banco e Carro-Forte, Porte ilegal de Arma, Formação de Quadrilha e tráfico de droga;<br />

Elemento desprovido, fincado na análise de seu antecedente e formação moral, onde<br />

detectado resta foco de má personalidade, de qualquer credibilidade, TORNAN<strong>DO</strong>-O CAPAZ<br />

DE CRIAR FATO CAÍ<strong>DO</strong> EM SEUS SENTI<strong>DO</strong>S, QUE INEXISTIRAM, com o fito de<br />

prejudicar pessoas inocentes, como insemina o presente processo disciplinar;<br />

E, assim, vem o denunciante, tido como suposta vítima, o qual alcunha-se, no<br />

submundo do crime, de SIMÕES ou ALEMÃO, dando razão a toda uma folclórica e<br />

inexistente informação de comportamento delituoso, recepcionando toda uma semente doentia,<br />

até porque não nutre qualquer simpatia pelos denunciados, e diz que foi vítima de crime de<br />

extorsão, e que seus agressores foram os Soldados PMMA Luís Carlos Gomes e Arnaldo<br />

Mendes Nunes Júnior, conforme resenha a apontada pela peça administrativa;<br />

E neste comentário, inteiramente ilhado, náufrago em ilha distante de qualquer<br />

socorro, e assim pudesse obter êxito em salvar-se, boceja, diz, em grande oceano da mais pura<br />

e sólida inverdade, que por volta de pouco mais das 23:00 horas, conforme se depreende da<br />

peça de flagrante, que:<br />

Fazemos aqui tal alocação deste primeiro foco de inverdade, infiltrado na peça<br />

de flagrante, para melhor fazermos comparação com os outros bocejados em compartimentos<br />

outros dos autos, para que possamos, de logo, sem dificuldade alguma, detectarmos com<br />

precisão que tal fato nunca existiu, que tudo não passa de armação, criação do falso para<br />

prejudicar duas pessoas inocentes, como é o caso de LUÍS CARLOS GOMES e ARNAL<strong>DO</strong><br />

MENDES NUNES JÚNIOR.<br />

CONTRA ARGUMENTO 2 : (Conselho de Disciplina)


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0070 -<br />

Um outro aspecto alegado pelo Defensor foi de procurar desmoralizar através de<br />

ofensas morais, a pessoa da vítima Simões Albertino de Moura como sendo “UM PERIGOSO<br />

MARGINAL, ELEMENTO DE ALTA PERICULOSIDADE COM ENVOLVIMENTO EM<br />

CRIME DE ASSALTO A BANCO E CARRO-FORTE, PORTE ILEGAL DE ARMA,<br />

FORMAÇÃO DE QUADRILHA E TRÁFICO DE DROGA”; é preciso que esclareçamos a<br />

respeito das declarações do nobre defensor que além de não podermos provar nada a respeito<br />

da conduta pregressa do Sr. Simões, por não ser este objeto da presente investigação e ainda de<br />

competência deste Conselho, cabe ao Estado Garantir proteção a todos, independentemente da<br />

pessoa ser transgressora da lei ou não; e ainda que o mesmo fosse o “pior dos indivíduos”,<br />

ainda assim teria garantias por parte do Estado, de não sofrer nenhum constrangimento ou<br />

agressão; E se caso fosse o “pior dos indivíduos”, e sofresse alguma agressão, teria o Estado o<br />

direito e o dever de responsabilizar o agressor.<br />

Argumento 3 (Defensor)<br />

Até porque não se acredita, em hipótese alguma, que quem perfilha a verdade,<br />

não pestaneja, não se contradiz, não se auto desmente. As informações dadas ao caso são<br />

perenes, seguras e cristalinas como água que não se mistura ao óleo, comporta-se sempre,<br />

eternamente fiel ao fato, nunca os distorcendo, tornando-o clandestino;<br />

No primeiro momento da versão dada ao caso disse que;<br />

“QUE, hoje por volta das 23:00 horas estava próximo da casa de sua namorada<br />

no Maiobão, quando recebeu um telefonema de José Hilton de quem compra confecções para<br />

revender;”<br />

Aqui, Egrégia Comissão Processante, já se apalpa o primeiro foco de mentira,<br />

com a devida vênia, embrenhado no contexto informativo do elemento SIMÕES ou<br />

ALEMÃO, por saber, via testemunho da pessoa que diz namorar não residir no Maiobão, e<br />

sim no Coroadinho;<br />

Vejamos o depoimento da namorada do meliante epitetado de SIMÕES e, ou,<br />

ALEMÃO, prestado a essa conceituada Comissão Processante, fazendo emergir a farsa do seu<br />

testemunho, que impregna o depoimento deste elemento pernicioso à sociedade:<br />

“; respondeu que no dia do fato encontrava-se em companhia do Sr. Simões no<br />

bairro do Maiobão, que estavam na casa de uma amiga sua, por volta das 23:00,<br />

O foco divergencial reside em informar o elemento SIMÕES que a casa, que<br />

sequer sabe que estava, até porque informa, em sua narrativa, que se encontrava próximo da<br />

residência de sua namorada, é de sua namorada, e esta, em seu relato, desmentindo-o, informa<br />

que a casa não é sua e sim de uma amiga e que não se encontrava próximo e sim na casa.<br />

É inacreditável Senhor Presidente e demais Membros desta respeitável Comissão<br />

Processante, que uma pessoa não saiba dizer, esclarecer, se encontrava próximo, fora da casa,<br />

ou dentro da casa. Aqui deixo meu registro de cautela e bastante cuidado;<br />

Depois engendrando dar uma roupagem ao nu, mascaramento do falso,<br />

desalinhavando o mesmo, informa que ao receber um telefonema que aponta ser de José<br />

Hilton, que nega não tê-lo feito e que informa este que quem fez foi o acusado Luís Carlos<br />

Gomes, e destinando-se ao local onde Zé Hilton possui uma Borracharia, próximo à farmácia


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0071 -<br />

Extrafarma, bairro do Maiobão, em companhia sua NAMORADA, a jovem Mary Lucy Araújo<br />

Oliveira, aqui deságua forte tempestade de inverdade, golpe à verdade, narrou:<br />

“... e quando lá chegou, viu José Hilton ser agredido a socos e pontapés por dois<br />

homens que posteriormente a vítima veio a saber tratar-se dos conduzidos Arnaldo Mendes<br />

Nunes Júnior e Luís Carlos Gomes;”<br />

Acercando-se minudentemente de todas as cautelas para se saber do que narrou<br />

o elemento SIMÕES ou ALEMÃO traduz, reflete a expressão da verdade, o que não é da<br />

natureza desse agente nocivo à sociedade, o Senhor Presidente, desta enobrecida Comissão<br />

Processante, buscou testemunhos de pessoas que pudessem verossimilar tal fato, ou seja,<br />

pessoas que se encontravam junto à pessoa do denunciante, e que, portanto de corpo presente,<br />

viram e ouviram o desenrolar dos fatos, tais como a jovem que se diz namorada do<br />

denunciante, JOSÉ HILTON, O BORRACHEIRO, etc., mas que não para surpresa, porque<br />

sabemos que mente, o narrado não se confirmou e todo o castelo de farsa se desmoronou.<br />

Senão vejamos:<br />

O relato da namorada de SIMÕES ou ALEMÃO, a jovem Mary Lucy Araújo<br />

Oliveira, que se encontrava, dentro do veículo táxi, a distância de menos de 05(CINCO)<br />

metros do local, que pela proximidade dava até para escutar o que conversavam, desmentiu<br />

com o emprego de todas as letras o quadro apresentado pelo seu namorado, que chama de<br />

SENHOR SIMÕES, DIZEN<strong>DO</strong> QUE:<br />

“que após descer do veículo Simões falou diretamente com José Hilton, não<br />

tendo a testemunha visualizado os acusados, que neste momento baixou a cabeça para mexer<br />

em seu celular e quando levantou a cabeça novamente já viu Simões e José Hilton<br />

conversando e os acusados chegando e José Hilton apresentou os acusados a Simões,” (grifo<br />

do defensor)<br />

E continua:<br />

“respondeu que parecia meio agitado, mas pela distância que se encontrava dele<br />

não dava para perceber se este estava com algum sinal de espancamento.”<br />

Prova-se a contundência e a dimensão da farsa empregada pelo elemento<br />

SIMÕES ou ALEMÃO ao criar e dirigir às pessoas dos denunciados acusação de ilícito em<br />

duas esferas do direito(administrativo e penal), pois caso fosse VERDADE a declinação de ter<br />

visto JOSÉ HILTON ser espancado pelos policiais, de certo, até porque não haveria razão para<br />

negar, ou omitir tal fato, que relataria aos membros desta respeitável Comissão Processante o<br />

que viu ou ouviu;<br />

Tanto é verdade que não ocorreu o apontado fato, de ter sido José Hilton<br />

violentamente espancado pelos acusados, que caso mesmo não tivesse visto a sua namorada a<br />

agressão, e a mesma tivesse ocorrido, decerto que o elemento SIMÕES ou ALEMÃO, que se<br />

passa nas bocas de fumo por policial, informar-lhe-ia e detalhava com minudência, até porque<br />

depois do fato, que é inverídico, mas que diz ter acontecido, SIMÕES ou ALEMÃO por vários<br />

momentos contatou com sua namorada;<br />

JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA, mesmo com sacrifício de sua liberdade,<br />

mas com o emprego de lisura à verdade, não confabulando com falcatrua e farsa de SIMÕES


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0072 -<br />

ou ALEMÃO, que criou falso fato para prejudicar os denunciados, como está ocorrendo, mas<br />

que a justiça vingará, aflora sempre, desmentiu severamente o relato contra a sua pessoa, e<br />

assim se manifestou, isto no depoimento prestado no dia 18 de outubro de 2005, isto porque<br />

outro ocorreu no dia 14 de novembro de 2005:<br />

No primeiro, sede de rechaço as inverdades introduzidas no ventre do processo<br />

administrativo, isto no tocante à informação de quem fizera ligação telefônica à pessoa de<br />

SIMÕES ou ALEMÃO, assim se manteve:<br />

“Que a testemunha observou quando o SD PM Luís Carlos ligou do aparelho<br />

telefônico celular que portava, para o Sr. Simões, agradecendo à testemunha pelo<br />

fornecimento do número do telefone acenando positivamente como se tivesse dado certo o<br />

contato com Simões;”<br />

Portanto, assim, resta inteiramente vingada a verdade de que quem fizera não foi<br />

José Hilton Barbosa da Silva e sim LUÍS CARLOS GOMES;<br />

Toda falsa versão dada ao caso pelo meliante SIMÕES ou ALEMÃO é<br />

inteiramente desfeita quando em confronto com a verdade de outros testemunhos. Nada se<br />

sustenta no que relata e assim ocorre porque a mentira não prospera diante da verdade;<br />

Trilhando ainda no comparativo das versões dadas ao caso pelo meliante<br />

SIMÕES ou ALEMÃO, com outras versões, JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA<br />

congratulando-se com a verdade, mais uma vez desmente a versão de SIMÕES, e deixa<br />

transbordar a verdade no que tange jamais ter sido agredido a socos pelos denunciados. O que<br />

veremos agora:<br />

Declaração dada no dia 18 DE OUTUBRO DE 2005:<br />

“Que observou ainda quando Sr. Simões desceu do carro e cumprimentou o SD<br />

PM Luís Carlos com um aperto de mão, em frente à borracharia;”<br />

Será Egrégia Comissão Processante que quem se encontra sob saraivada de<br />

bofetes, tapas e pontapés, terá toda a tranqüilidade e calma para perceber, notar aperto de<br />

mãos? Obviamente que não.<br />

Será que entre as versões dadas ao caso, entre SIMÕES ou ALEMÃO, a sua<br />

namorada MARY LUCY ARAÚJO OLIVEIRA e JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA, a<br />

verdade está somente na versão do meliante SIMÕES ou ALEMÃO, os outros dois, aqui<br />

referido, MENTEM? É inacreditável e somente em mente de pessoas que nutrem a maldade, a<br />

perversão, querer prejudicar outras pessoas, acreditam.<br />

“Que em seguida, após observar que o SD PM Luis Carlos e o Simões se<br />

conheciam retornou para o bar e voltou a ingerir bebida alcoólica”;<br />

Em seu segundo depoimento prestado perante a Comissão Processante,<br />

vislumbrado no dia 14 DE NOVEMBRO DE 2005, quase um mês após, JOSÉ HILTON<br />

BARBOSA DA SILVA, perene, convicto do implemento da verdade, seguro, sem fincar ao<br />

presente caso qualquer contradição, até porque não há motivo para faltar com a verdade, assim<br />

se reportou;<br />

“respondeu que observou o momento da chegada de Simões onde este<br />

cumprimentou (grifo nosso) a pessoa do acusado Luís Carlos com um aperto de mão e uma


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0073 -<br />

leve batida no ombro, tendo se retirado após observar que Simões provavelmente conhecia<br />

(grifo nosso), tendo a testemunha se retirado para o interior do bar;”<br />

“Perguntado a testemunha se nega ter sido agredido pelos acusados conforme<br />

afirmou Simões em seu depoimento, respondeu que nega pois não aconteceu agressão por<br />

parte dos acusados à sua pessoa;”<br />

Percebendo SIMÕES ou ALEMÃO, que a mentira engendrada, a todo instante,<br />

caia por terra, não vingava. A inverdade não possui consistência, não tem vida própria, não<br />

dura, desmancha-se diante do real, da verdade, e sequioso de inventar mais ainda a título de<br />

prejudicar os denunciados, passa a criar, possui mente fértil para mentir, situações outras<br />

inexistentes, que de logo, pelas testemunhas, foram totalmente destruídas, tais farsa no tocante<br />

de que os policiais, antes de lhe agredirem, como desejou fazer vingar como verdade, mas que<br />

não conseguiu, ingressaram na residência de José Hilton Barbosa da Silva, apreenderam<br />

drogas, espancaram covardemente sua esposa e subtraíram a importância de R$ 600,00<br />

(Seiscentos) reais;<br />

JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA e sua esposa MARIA ANTÔNIA<br />

NUNES FERREIRA assim se comportaram:<br />

A primeira testemunha JOSÉ HILTON BARBOSA DA SILVA:<br />

“Perguntado a testemunha se chegou a informar a Simões de que os acusados<br />

haviam ido horas antes do fato que originou o presente Conselho, dizendo ao mesmo que os<br />

acusados haviam batido em sua esposa e obrigara a dar a quantia de R$ 600,00 (seiscentos<br />

reais) alegando que haviam apreendido droga no interior de sua residência, respondeu que isso<br />

não aconteceu, que não falou nada com Simões a esse respeito;”<br />

Que caso queira creditar pontos de verdade a presente versão, ou seja, que tal<br />

fato aconteceu, que as duas testemunhas faltam com a verdade, ainda sim, Nobre Presidente<br />

deste Egrégio Conselho de Disciplina, como explicar, ao momento da prisão, perpetrada pelo<br />

Tenente QOPM no local, os acusados não terem sido encontrado trazendo consigo drogas<br />

(substância entorpecente) e nem dinheiro, até porque pelo que se sabe, não se deslocaram para<br />

outro local e tiveram as suas armas apreendidas e portas cédulas. Onde estaria a droga e o<br />

dinheiro? Obviamente que acusação mais uma vez, como todas as outras, não procede, tudo é<br />

fruto de invenção e armação do elemento SIMÕES ou ALEMÃO, para prejudicar, como de<br />

fato está ocorrendo, nas pessoas dos dois policiais militares;<br />

Não foi encontrada droga e nem dinheiro em poder dos acusados, portanto assim outro<br />

entendimento não prospera que não seja quanto à nítida e segura certeza de ser falsa a<br />

acusação à pessoa dos dois policiais militares. Tudo não passa da mais pura imaginação fértil<br />

ou doentia de alguém para acusar dois inocentes policiais de algo não ocorrido;<br />

E mais;<br />

“Perguntado a testemunha se chegou a informar a Simões que estaria negando a<br />

verdade do fato que originou o presente Conselho por medo de represálias por parte dos<br />

acusados, respondeu que não, que nunca falou isso a Simões;” sublinhamento do defensor


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0074 -<br />

“Perguntado a testemunha se chegou a receber ameaças de pessoas que se<br />

diziam ser policiais determinando que ele deixasse de fazer acusações aos policiais que<br />

figuram como acusados, pois morreria, respondeu que não, que nunca informou isso a Simões<br />

e que nunca foi ninguém a sua casa se passando por policiais com tal intensão.”<br />

IDEM<br />

MARIA ANTÔNIA NUNES FERREIRA, em depoimento prestado à Comissão<br />

Processante, no dia 23 DE NOVEMBRO DE 2005, informou, por sua vez, que:<br />

“Perguntado a Testemunha se já conhecia a pessoa dos acusados, respondeu que<br />

não, que os viu no momento desta inquirição pela primeira vez;”<br />

“Perguntado a Testemunha se no dia do fato ou no dia anterior ao fato, recebeu<br />

visita de alguém em sua residência, ameaçando-a ou solicitando certa quantia em dinheiro, ou<br />

ainda agredindo-a sob alegação de ter sido encontrada droga em sua residência, respondeu que<br />

não, que isto não ocorreu;”<br />

“Perguntado a Testemunha se foi agredida alguma vez por parte de algum dos<br />

acusados ou ainda por parte de alguma outra pessoa sob alegação de que havia sido encontrada<br />

droga em sua residência, respondeu que tal fato não aconteceu em nenhum momento;”<br />

“Perguntado a Testemunha se presenciou em sua residência algum dos acusados<br />

solicitando dinheiro por ocasião do envolvimento de seu marido com tráfico de drogas,<br />

respondeu que não;”<br />

Portanto assim ilustres membros deste conceituado Conselho de Disciplina, vêse<br />

que todo falso empenho do elemento SIMÕES ALBERTINO DE MOURA em atribuir aos<br />

acusados ocorrência de fato inexistente, não brotou, foi copiosamente desmentido, desfeita e<br />

inteiramente destruída toda farsa introduzida em seu inverídico depoimento, tal no tocante de<br />

tentar iludir esse Conselho com o fito de prejudicar os denunciados, acusando-os de invasão,<br />

subtração de numerário e apreensão de droga e espancamento de uma inocente mulher. Tudo<br />

não passa da mais absurda e incrédula MENTIRA;<br />

Mas que tem ainda outros depoimentos fincados nos autos que testificam que a<br />

acusação de Simões Albertino de Moura dirigida aos policiais militares, aqui denunciados, não<br />

existiu, é falsa e que por crivo de justiça será completamente alijada destes anais. Senão<br />

vejamos:<br />

A testemunha ISÁIAS SOUSA <strong>DO</strong>S SANTOS, concitado a se manifestar sobre<br />

o fato que SIMÕES ALBERTINO DE MOURA teve conhecimento, porque criou, datado do<br />

dia 24 de novembro de 2005, focalizou o seguinte:<br />

“Perguntado a Testemunha se chegou a observar alguma agressão por parte dos<br />

acusados a José Hilton e Simões, respondeu que no momento em que permaneceu no local não<br />

presenciou e que em seguida teve que sair para retirar um pneu de um carro que estava furado<br />

próximo a Paço do Lumiar;”<br />

Uma outra versão que cai ao sabor da farsa, do mundo da fantasia,<br />

comportamento de mente doentia, eis que não teve qualquer apoio, sustentação de uma<br />

única versão, para que pudesse vir em socorro da escabrosa versão parida por SIMÕES


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0075 -<br />

ALBERTINO DE MOURA, fica por conta do que informou à Nobre Comissão Processante,<br />

falseando a verdade, quanto ter os acusados, quando presentes no veículo táxi, com destino ao<br />

bairro do Coroadinho, tecido-lhes ameaça de morte, pois para combater tamanha inverdade,<br />

repugnante farsa, buscamos as falas, via depoimento, o testemunho de sua própria namorada, a<br />

jovem MARY LUCY ARAÚJO OLIVEIRA que o desmentiu sem pestanejar. Vejamos:<br />

“Perguntado a Testemunha se em algum momento do trajeto até sua residência<br />

os acusados chegaram a ameaçá-la ou ao Sr. Simões, respondeu que não;”<br />

“Se no interior do veículo no trajeto até sua residência, se os acusados chegaram<br />

apontar armas para a testemunha ou para o Sr. Simões, respondeu que não;”<br />

Aqui, chega-se a verossímil certeza que a versão dada por Simões Albertino de<br />

Moura ao fato é PROFUNDAMENTE MENTIROSA, e, conquanto tendenciosa. Visa, tão<br />

somente, incutir o falso para prejudicar dois inocentes policiais militares, como está por<br />

ocorrer;<br />

Será que são verdadeiras as duas versões diferentes dadas ao mesmo fato?<br />

Acredito piamente que não.<br />

Será que uma das duas versões diferentes apresentadas reflete a verdade? SIM<br />

Qual das duas? Obviamente, pela lógica, em razão da versão dada ao presente<br />

caso por SIMÕES ou ALEMÃO, por nenhum instante se sustentar, ser desmentidas a todo<br />

instante, a verdade resta suflagrada na versão da senhora Mary Lucy Araújo Oliveira, sua<br />

namorada e os outros testemunhos.<br />

Outro desaforo com a verdade fica por conta, agora não mais da ameaça de<br />

morte, que acusou ter sofrido, quando a bem da mais cristalina verdade, nem se precisa tanto,<br />

restou por demais provado tudo não passou de uma ardil e mirabolante trama, para ferir de<br />

injustiça os denunciados, mas quando desejar incutir na convicção dos senhores membros<br />

dessa escorreita Corte Processante quando SIMÕES ou ALEMÃO focar não conhecer, sequer<br />

ter visto uma única vez, à exceção do dia que fomenta sua insincera acusação, denunciando<br />

LUÍS CARLOS GOMES, tanto é que para isso, desmenti-lo mais uma vez, colocamos,<br />

repetindo o depoimento de José Hilton Barbosa da Silva e outros, para corroborar com a<br />

verdade, vejamos:<br />

José Hilton Barbosa da Silva assim se posicionou:<br />

“..., respondeu que somente observou momento da chegada de Simões onde este<br />

cumprimentou a pessoa do acusado Sd PM Luís Carlos com um aperto de mão e uma leve<br />

batida no ombro, tendo se retirado após observar que Simões provavelmente o conhecia, tendo<br />

a testemunha se retirado para o interior do bar;”<br />

A testemunha IRENE DA SILVA NUNES, perante a Comissão, sujeito ao<br />

devido processo legal, disse:<br />

“...; acrescenta ainda a testemunha que às vezes e que viu o Sr. Simões na praça<br />

da alimentação, mas precisamente na barraca ao lado da sua, observou o acusado e o Sr.<br />

Simões conversando em pé próximo ao estacionamento;”


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0076 -<br />

“ que 04 (quatro) vezes, sendo que as 02 (duas) primeiras vezes, viu o acusado<br />

Sd PM Luís Carlos conversando com o Sr. Simões, na terceira vez quando o irmão do<br />

acusado, por nome Tadeu, indicou a testemunha o Sr. Simões e da última vez no Fórum de<br />

Paço do Lumiar, ocasião que observou o Sr. Simões;”<br />

Vê-se assim de notar tratar-se de dois testemunhos de pessoas diferentes que<br />

tinham conhecimento do relacionamento de amizade entre SIMÕES ou ALEMÃO e o Soldado<br />

PMMA Luís Carlos Gomes, mas que ainda também se tem um terceiro depoimento que<br />

engrossa esta verossímil certeza e solidifica que SIMÕES ou ALEMÃO mente, mais uma vez,<br />

já é parte de seu depoimento, para prejudicar os denunciados;<br />

Chega agora para testemunhar sobre conhecer ou não SIMÕES ou ALEMÃO a<br />

pessoa do Soldado PMMA Luís Carlos Gomes, HERBERTH ROBERTO SERRA, que assim<br />

explicitou os fatos:<br />

“que conheceu o acusado SD PM LUÍS CARLOS há cerca de 08 (oito) meses<br />

quando foi até a oficina mecânica de motocicletas em que trabalha, acompanhado do cidadão<br />

conhecido por Simões;”<br />

Diz ainda:<br />

“que teve contato com o acusado o SD PM LUÍS CARLOS, quando este foi em<br />

sua loja em companhia de Simões a fim de trocar o óleo de uma motocicleta vermelha twister<br />

que estava em poder de Simões e após o acusado ter saído da prisão, ocasião em que procurou<br />

a testemunha em sua loja solicitando que testemunhasse a seu favor no processo crime que<br />

responde no Fórum de Paço do Lumiar;”<br />

Continuando a testemunha HERBERTH ROBERTO SERRA, seu depoimento<br />

por demais esclarecedor, evacuando, assim, toda a farsa de que SIMÕES ou ALEMÃO não<br />

conhecia o acusado SD PMMA LUÍS CARLOS, diz mais:<br />

“respondeu que aproximadamente umas 03(três) vezes, sendo que após o<br />

primeiro contato em dezembro de 2004, o mesmo foi até a loja em companhia do acusado Sd<br />

PM Luís Carlos...”<br />

E para provar, inegavelmente, que Simões conhecia e tinha relacionamento de<br />

amizade com o SD PMMA Luís Carlos Gomes e que o SD PMMA NERVAL mentiu perante<br />

essa enobrecida Comissão Processante, tendo inclusive esse policial militar (NERVAL) tendo<br />

total participação na armação da prisão da testemunha JOSÉ HILTON BARBOSA DA<br />

SILVA, no entabulado flagrante forjado, pois foi quem ligou para o um determinado moto<br />

taxista para adquirir droga e dizer que foi junto à citada testemunha, TEN<strong>DO</strong> INCLUSIVE<br />

UM <strong>DO</strong>S MEMBROS DESTA ESCORREITA COMISSÃO PARTICIPA<strong>DO</strong> DESTE<br />

EPISÓDIO, O QUE GERA SUSPEIÇÃO, E QUE SERÁ OBJETO, CASO SE TORNE<br />

NECESSÁRIO NA JUSTIÇA COMUM, MAS QUE AQUI FICA SEU REGISTRO,<br />

DECLAROU QUE:<br />

“que somente ficou sabendo que seu nome era simões, na quarta vez por<br />

intermédio do SD PM NERVAL em uma situação onde a vítima parou seu carro de marca<br />

chevrolet, vectra 04 portas de cor cinza, aproximadamente 250m de distânte da loja, tendo<br />

descido do referido veículo somente o SD PM NERVAL para agradecer a testemunha e ao


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0077 -<br />

proprietário da loja por ter conseguido um advogado, que fora o DR. SÉRGIO ROBERTO,<br />

para trabalhar na causa do seu filho, em que se envolveu em um determinado crime;”<br />

Faz-se destaque à presente transcrição para uma melhor lisura à verdade dos fatos e uma<br />

melhor percepção da presente por quem mereça olhar;<br />

Um outro tópico de bastante relevância e que cabe aqui tecer seu registro fica<br />

por conta da escabrosa inverdade, mais uma, gerada por SIMÕES ou ALEMÃO, desmentida<br />

categoricamente pelo Tenente QOPM LEAL quanto à abordagem do SD PMMA ARNAL<strong>DO</strong><br />

MENDES NUNES JÚNIOR, de acordo com que se transcreve abaixo:<br />

O fantasioso SIMÕES ALBERTINO DE MOURA, na versão dada ao caso, já<br />

perante a Comissão Processante, no terceiro momento, vez que não lembrou de tal detalhe, no<br />

fumegar da prisão dos denunciados, pelo Tenente QOPM LEAL, e que ao primeiro momento<br />

de depor perante o chamado inquérito administrativo (SINDICÂNCIA), e tal porque não<br />

existiu, o que não se estranha, assim balbuciou, referindo-se ter o Tenente LEAL proferido as<br />

textuais palavras:<br />

“..., momento que o Ten Leal apontando para o SD PM Arnaldo disse da<br />

seguinte forma: esse aqui eu já conheço, pois responde por crime de receptação de moto;”<br />

Já o Tenente QOPM LEAL , dando a sua versão ao caso, perante a Comissão,<br />

desmentiu-o, informando que não se dirigiu ao Soldado neste proceder;<br />

No contesto da lesão, onde informa a inidônea “vítima”, pessoa profundamente<br />

suspeita, pois nutre profundo interesse em prejudicar os denunciados, e que para isso não mede<br />

esforços algum, mente escandalosamente, ter sofrido, não há uma única prova, tal como<br />

testemunhal, pericial, que ateste ser originária de arma de fogo, muito menos as usadas pelos<br />

acusados, sob forma de coronhada;<br />

Tanto é verdade que tal acusação não procede em razão das armas, quando<br />

entregues ao Tenente QOPM LEAL, e em inspecionando as mesmas, em se tratando de um<br />

revólver e uma pistola, ambas não sofria qualquer impregnação de sangue de teor humano;<br />

“Perguntado a Testemunha se ao recolher as armas dos acusados observou se em<br />

alguma delas havia presença de sangue, respondeu que não recorda”;<br />

CONTRA ARGUMENTO 3 : (Conselho de Disciplina)<br />

Quanto às alegações do defensor sobre as declarações de JOSÉ HILTON<br />

BARBOSA DA SILVA, MARIA ANTÔNIA NUNES FERREIRA, HERBERTH ROBERTO<br />

SERRA, ISAÍAS SOUSA <strong>DO</strong>S SANTOS e IRENE DA SILVA NUNES, constantes do<br />

argumento nº 02, a respeito do que tange a pessoa do Acusado SD PM LUÍS CARLOS<br />

GOMES, este Conselho já procedeu no momento em que analisou as acusações, inserindo os<br />

argumentos devidamente apropriados para cada caso;<br />

Quanto à alegação do defensor do fato do 2º Ten QOPM Jorge ALMEIDA de<br />

Carvalho ter sido o condutor da prisão do Senhor José Hilton Barbosa da Silva, quando este já<br />

fazia parte do presente Processo, este Conselho verifica que tal fato não passa de uma<br />

coincidência, pois o referido oficial se encontrava de serviço de Coordenador de Policiamento<br />

de Área do 8º BPM, fato este que poderia ter acontecido com qualquer dos integrantes deste<br />

Conselho, bastava que estivesse de serviço na respectiva área, não tendo tal fato gerado


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0078 -<br />

qualquer suspeição até porque no atual processo o Senhor José Hilton Barbosa figura como<br />

suposta vítima ou ainda Testemunha.<br />

Argumento 4 (Defensor)<br />

Um outro processo de percepção de bastante valia fica por conta de QUEM É<br />

ATINGI<strong>DO</strong> VIOLENTAMENTE, VIA CORONHADA ORIGINADA DE UMA PISTOLA,<br />

QUE DETÉM CERTO PESO, OBVIAMENTE QUE NÃO SÓ SANGRARÁ BASTANTE,<br />

COMO SOFRERÁ UM CUIDA<strong>DO</strong> MÉDICO mais apurado a feito de atestar se houve ou não<br />

lesão craniana, e receber pontos na ferida aberta;<br />

Outro registro que é bom se fazer fica por conta de que quando SIMÕES ou<br />

ALEMÃO, conforme relata, QUE INGRESSOU NO CARRO SANGRAN<strong>DO</strong> BASTANTE,<br />

PERDIA MUITO SANGUE, o que escorria pelo seu corpo, a camisa toda ensangüentada que<br />

seria instrumento de prova, e para isto teria que ser enviada para o ICRIM, para que fosse<br />

submetida a exame de constatação de sangue de origem humana, e depois juntada aos autos do<br />

processo, tal não ocorreu, assento do veículo, onde se alojou para dirigir o mesmo, não<br />

repousou qualquer gota de sangue de teor humano, pingo que seja. É inacreditável! Não<br />

acham?<br />

Processante:<br />

Testemunho de MARCELO COSTA DAVID SANTOS, dado à Comissão<br />

“que observou o veículo e este não tinha mancha de sangue e que naquela<br />

ocasião o Sr. Simões comentou com a testemunha que já havia mandado limpar o sangue que<br />

havia derramado, não recordando a testemunha se o Sr. Simões informou que teria sido o<br />

painel ou no banco do referido veículo;”<br />

Alteração nossa.<br />

A testemunha LUIS CARLOS CAMPOS SILVA, cunhado de Simões Albertino<br />

de Moura, perante a Comissão Processante, elucidando de vez a verdade de que não houve<br />

agressão de arma de fogo, declarou:<br />

“Perguntado a Testemunha se pode explicar se no momento em que Simões<br />

chegou em casa pela manhã, o mesmo também lavou o carro, respondeu que não;”<br />

“Perguntado a Testemunha se no momento em que a testemunha visualizou a<br />

camisa manchada, onde a mancha se localizava, respondeu que foi na parte de trás da camisa<br />

escorrendo para frente;”<br />

Aqui tentou a nobre testemunha dar um jeitinho para ajudar o seu cunhado<br />

Simões Albertino de Moura ao focalizar que da mancha do sangue que escorria atrás da<br />

camisa, essa subia para os ombros e depois descia para os peitos. Isso é incrível! Mas tudo<br />

bem pelo menos não faltou com a verdade, quando apontou o local exato da lesão, na parte<br />

posterior da cabeça;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0079 -<br />

Em verdade, respeitável Comissão Processante, SIMÕES ou ALEMÃO jamais,<br />

em momento algum foi atingido com coronhada originada de arma de fogo, de pedaço de pau,<br />

pedra, murro, ou queda, o que ocorreu e os autos agasalham esta verdade, não existe resquício<br />

de dúvida, é que a lesão na cabeça de SIMÕES ou ALEMÃO, como bem apontou a<br />

localização o seu cunhado LUIS CARLOS CAMPOS SILVA, perante essa Comissão, na parte<br />

posterior (atrás) na cabeça, deveu-se a bater com a cabeça na parede quando empurrado pelo<br />

denunciado Luis Carlos Gomes. Senão vejamos:<br />

Mary Lucy Araújo Oliveira em corroborando com verdade, quanto à localização<br />

da lesão, assim se posicionou:<br />

“Perguntado a Testemunha se sabe onde foi a lesão ocorrida em Simões,<br />

respondeu que na cabeça, no lado direito na parte posterior,...”<br />

grifo do defensor<br />

Declarações do próprio Simões Albertino de Moura, embora diga que tenha<br />

sofrido coronhada, mas que assim se comporta para atingir de mentira, de inverdade e, assim,<br />

ver punir injustamente os denunciados:<br />

Perante a SINDICÂNCIA:<br />

“Que, logo em seguida, o Sd PM Arnaldo e o Sd PM Luis Carlos, sacaram de<br />

suas armas e jogaram o declarante na parede,...”<br />

Junto à COMISSÃO PROCESSANTE:<br />

“..., jogou o ofendido à parede apontando o referido armamento em direção ao<br />

seu rosto;<br />

Um outro ponto fundamental e imprescindível valia jurídica, que somos forçados<br />

a bater na tecla, para efeito de melhor se vê distribuir, e até mesmo como forma de provar que<br />

não houve agressão tipo coronhada, via arma de fogo, e, sim como dissemos e resta<br />

abundantemente provado nos autos, embora, aqui, se diga, sem inverter o ônus da prova, que<br />

cabe a quem alega, e tal não aconteceu, nada do que acusaram restou provado, tudo repousou<br />

na isolada e depauperada invenção, dada ao caso por Simões Albertino de Moura, fica por<br />

conta da completa invisibilidade do exame de corpo de delito, que em infração que deixa<br />

vestígio é de imprescindível necessidade;<br />

Portanto assim não se vê fincada prova de lesão e conquanto desnaturada a<br />

acusação viabilizada à pessoa dos acusados<br />

Artigo 158 do Digesto Adjetivo Penal:<br />

“Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de<br />

delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.”


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0080 -<br />

A jurisprudência é uníssona em todos os quatros cantos da Nação a esse tocante,<br />

relegando qualquer outra postura jurídica que não seja da exigência do exame de corpo de<br />

delito. Vejamos:<br />

“Prova – Matéria Criminal – Exame de Corpo de Delito – Ausência em infração<br />

que deixa vestígio – Lesões Corporais – Suprimento pretendido pela prova testemunhal –<br />

Fragilidade desta – Absolvição decretada – Inteligência dos Arts. 158 e 167 do Código de<br />

Processo Penal;”<br />

Para que a prova testemunhal possa contribuir-se em auto de corpo de delito<br />

indireto é de mister que seja precisa a descrição das lesões, sua caracterização e a natureza<br />

(TAMG – Rcrim 2108 – Bicas – Apte R.R.T. – Apda.: Justiça Pública – Rel. Agostinho de<br />

Oliveira – 2-6-71 – T 440:457).strica.<br />

A inexistência de exame pericial quando se cuida de delito que deixa vestígios,<br />

como o falso, não leva somente reconhecer a nulidade processual, mas implica ter-se como<br />

não provada a materialidade da infração” RT 580/316. No mesmo sentido, TACRSP:<br />

RJDTACRIM 27/155-6<br />

A imprescindibilidade era tão somente para trazer luz aos autos da certeza de<br />

que a lesão repousada na cabeça do elemento, SIMÕES ou ALEMÃO, derivou-se do impacto<br />

com a parede, quando jogado nesta;<br />

Os policiais denunciados negam peremptoriamente que atingiram a “vítima”<br />

Simões Albertino de Moura a golpe de arma de fogo, do tipo coronhada, confabulam, sim, que<br />

houvera empurrões, desentendimento;<br />

CONTRA ARGUMENTO 4 : (Conselho de Disciplina)<br />

Quanto à alegação do Defensor sobre a agressão cometida pelo Sd PM Arnaldo à<br />

vítima Simões, este alega que se fosse aplicada uma coronhada de pistola sangraria bastante e<br />

requereria cuidados médicos. A nosso ver é um simples engano por parte do Defensor, pois<br />

isso dependeria muito da quantidade de força aplicada na ação, à forma como fora aplicada e<br />

de outros aspectos que somente um estudo detalhado da física poderia quantificar, mas que<br />

não é objeto de estudo desse Conselho, o que interessa no momento é que a houve a lesão,<br />

tendo sido inclusive feito o exame de corpo de delito na Vítima Simões, conforme folha(s)<br />

923, e este atestou ação através de um instrumento contundente, exatamente como a coronha<br />

da Pistola usada pelo acusado Soldado PM Arnaldo.<br />

Quanto ao outro aspecto que o defensor aborda sobre a constatação do sangue<br />

pelo o fato de que a camisa ensangüentada deveria ter sido levada para que fosse instrumento<br />

de prova, concordamos em parte com o parecer do advogado; deveria sim, ter sido levado<br />

como instrumento complementar de prova, porém isto não invalida a existência da lesão, que<br />

de fato existiu, conforme consta no auto de exame de corpo de delito; quanto às manchas de<br />

sangue em nenhum momento ficou patenteado nos autos que houve manchas de sangue no<br />

veiculo, o que torna imprópria a manifestação do Conselho a respeito de tal fato;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0081 -<br />

Quanto às declarações prestadas pelo Sr. Luís Carlos Campos, tomadas pelo<br />

Defensor como argumento para alegar que não houve lesão provocada por uma coronhada de<br />

pistola aplicada pelo Acusado Sd PM Arnaldo, realmente observa-se uma incorreção da<br />

testemunha Luis Carlos Campos no momento de definir a mancha de sangue, o que não<br />

invalida a prova, pois, ela existiu. Seria pertinente a colocação do nobre defensor, sobre este<br />

aspecto se o Sr. Luís Carlos Campos Silva tivesse dito que não existiu alguma mancha, pois a<br />

forma de definir algo, todos sabem, é proporcional ao nível cultural de quem a está definindo.<br />

Verifica-se, ainda que o respeitável Defensor incorre em um engano quando<br />

tenta colocar que a lesão fora provocada pelo empurrão dado na vítima pelo Acusado Sd PM<br />

Luís Carlos Gomes, em uma tentativa de confundir este Conselho, porém os autos são claros,<br />

precisos e SOBRETU<strong>DO</strong> SOBERANOS, que em nenhum momento consta que o Sd PM L.<br />

Carlos empurrou a vítima na parede de modo que esta viesse a bater com a cabeça.<br />

A respeito da alegação provocada pelo Defensor de que tal lesão fora invenção<br />

da vítima este Conselho delibera que as peças do Conselho são auto-explicativas, pois além<br />

das provas testemunhais, fora feito o auto de exame de corpo de delito na vítima Simões,<br />

conforme folha(s) 923, bem como exames de classificação das armas pertencentes ao<br />

acusados, conforme folha(s) 925 a 928, prova inconteste de que a lesão fora provocada pela<br />

coronhada aplicada pelo Acusado Sd PM Arnaldo que utilizou a coronha de sua pistola<br />

conforme folha(s) 925 a 926, para provocar tal lesão.<br />

Argumento 5 (Defensor)<br />

Saltitando um pouco de lado, para chegarmos ao conteúdo do testemunho de<br />

apenas ouvir dizer, que de forma alguma pode se constituir na figura de testemunha, com a<br />

devida vênia, é ridículo o comportamento deste Tenente Coronel QOPM CARLOS<br />

AUGUSTO FURTA<strong>DO</strong> MOREIRA, chegamos a seguinte conclusão:<br />

Trata-se de testemunha suspeita, por nutrir ódio da pessoa do Soldado PMMA<br />

Arnaldo Mendes Nunes Júnior, por não ter esse assinado um documento para formalizar<br />

acusação contra um outro policial militar, que sabia o indigno Ten Coronel se encontrar o<br />

celular da mulher que aponta como sua noiva e que a viatura pública, da Polícia Militar fazia<br />

transporte pela cidade da mesma;<br />

Esse sim é que deveria estar sentado em sala de audiência para responder a<br />

Conselho de Indisciplina por expelir comportamento indecoroso e indigno, fazer uso de<br />

viatura oficial, consumindo combustível adquirido com recurso do povo, para deleitar sua<br />

noiva em gostoso e delicioso passeio pela cidade até sua residência. Aqui senhor presidente,<br />

sob pena de deixar de tomar medidas cabíveis de seu conhecimento, cair em prevaricação,<br />

deixar de praticar ato de ofício, que seja extraída cópia do depoimento do indigno Ten Coronel<br />

QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira, prestado a essa conceituada Comissão de Processo<br />

disciplinar e enviada a mesma à Promotoria Militar do nosso Estado, para que ali sejam<br />

tomadas as providências cabíveis que o caso requer. URGENTE;<br />

É ridículo o comportamento apregoado, neste tocante por esse oficial superior,<br />

devendo responder por seu crime, por seus atos;


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0082 -<br />

No que tange a imprestabilidade de sua viciada e tendenciosa acusação dirigida<br />

ao Soldado PMMA Arnaldo Mendes Nunes Júnior, diga-se, por não saber do fato, jamais<br />

poderá figurar como testemunha e ter alguma valia a sua dirigida acusação feita, até porque o<br />

citado policial não esta sendo julgado por saber quem tem telefone celular da mulher que usou<br />

o veículo da repartição policial indevidamente, mas com a permissão do citado oficial e nem<br />

por ter emprestado a motocicleta de sua propriedade, como narra, a terceiros, que depois se<br />

envolveu em crime de roubo. E que aqui se indaga onde está provada, patenteada a prova de<br />

participação do Soldado nestes ventos. É de se estranhar a atitude do Tenente Coronel e sua<br />

noiva;<br />

A acusação do tipo penal descrito no artigo 158, do Código Penal está mais para<br />

picadeiro circense do que para sala de audiência onde neste o ingresso é de pessoas<br />

equilibradas, sensatas, probas, cumpridoras de suas obrigações e devotas da verdade, pois se<br />

acreditar, dar guarida para tal versão, porque fato não se constituiu em acreditar no conto da<br />

carochinha;<br />

Não há vertência de qualquer atestação da apontada versão, até porque não<br />

existiu tal fato;<br />

Não há uma única pessoa que tenha ouvido os acusados, ou de alguém que tenha<br />

presenciado, conquanto ouvindo os acusados exigindo, sob violência, ou de qualquer outra<br />

forma, dinheiro do elemento SIMÕES ou ALEMÃO;<br />

Não há sequer evidência de prova patética, até porque o fato não aconteceu;<br />

Tudo se resume em uma falsa acusação dirigida pelo elemento SIMÕES ou<br />

ALEMÃO às pessoas dos denunciados;<br />

A palavra da vítima, conforme é de vistoso tratismo jurídico, como traduz<br />

renomados mestres em direito, em síntese, não se constitui prova em si mesma, não representa<br />

a verdadeira prova de acusação e nem pode, por si só, autorizar sentença condenatória;<br />

Isto na verdade de que tal fato tenha ocorrido. Por ser falso, nem se discute;<br />

Porque se caso tivesse ocorrido pelo menos à tentativa de crime de extorsão, por<br />

certo que a namorada de SIMÕES ou ALEMÃO, como José Hilton Barbosa da Silva, o<br />

borracheiro teriam escutado exigirem para si a importância indevida e sob ameaça, mas que<br />

nenhum declinou assim se comportarem;<br />

Uma outra reflexão que nos leva a ter certeza mais ainda de que não ocorreu o<br />

fato de exigir para si, mediante violência ou grave ameaça vantagem indevida, conforme<br />

circunscrito no estatuto penal repressor, é que estando os denunciados armados, porque<br />

esperariam na porta da casa de SIMÕES ou ALEMÃO o seu retorno com o dinheiro?<br />

Porque não penetrariam à residência, junto com SIMÕES ou ALEMÃO e, dali,<br />

rapidamente sairiam?<br />

Obviamente se assim não aconteceu é porque a acusação é falsa, não existiu o<br />

fato de exigência de vantagem indevida, mediante violência ou grave ameaça, com o bem<br />

pretendeu acentuar o elemento SIMÕES ou ALEMÃO;<br />

Se é que existiu tal fato porque não restou provado?


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0083 -<br />

A palavra da vítima, a verdadeira vítima, e não quem falsamente se intitula de<br />

tal, deve ser verossímil e uniforme, além de concordantes com outros indiciários. E não<br />

vinculadas à fantasia ou mesmo de outras más tendências:<br />

Irrefragável é, pois, que as declarações das vitimas hão de ser sempre equilatadas e aferidas<br />

com cuidado e apuro. E assim se posicionou Magalhães Noronha:<br />

“interessado (o ofendido) no pleito, porfiando por que sua acusação prevaleça, cônscio da<br />

responsabilidade que assumiu, podendo até acarretar-lhe processo criminal (denunciação<br />

caluniosa) – art. 339, CP, e, por outro lado, impelido pela indignação ou ódio e animado do<br />

intuito de vingança, suas declarações não merecem, em regra, a credibilidade do testemunho.”<br />

Neste inegável entender extraímos lição do mestre MONTESQUIEU de sua<br />

célebre obra conhecida como “O ESPÍRITO DAS LEIS:”<br />

“Convinhável e recomendável é, pois, o arquivamento de inquérito, ou mesmo<br />

rejeição de exordial acusatória que se ofereça para persecutio criminis in judicio, quando<br />

somente se tiver a palavra isolada e escteira da vítima, contraposta à do indigitado autor do<br />

crime.”<br />

RT 526/357 e 566/308 assim converge:<br />

“Se a versão da vítima ressumbrar vacilante, inverossímil, contraditória e<br />

tergiversante, não há de ser crida, esboroando-se o seu valor.”<br />

Assim para se alocar credibilidade na versão da vítima mister se faça ser<br />

coerente, coesa, harmônica, racional e lógica aquilatando-se do recato e da honestidade de sua<br />

reputação sem maculas e tisnas;<br />

Nesta vertente rica de entendimento quanto da não existência do fato apontado,<br />

no presente processo, conclui-se também perfeitamente pela não ocorrência de falta<br />

disciplinar;<br />

E assim por estar sobejamente demonstrado por riquíssimos enfoques e assentes<br />

jurisprudenciais, quanto não terem incidido os denunciados a qualquer espécie de gravame<br />

funcional, que viesse a atingir o decoro, o prestígio e os fins a que tem por finalidade a<br />

instituição militar seguir, com denodo e bravura, informamos que visa a presente peça, não por<br />

falta de provas quanto à ilicitude apontada no presente processo administrativo, por essa<br />

conceituada e respeitável Comissão Processante, mas pela inexistência da ilicitude apontada e<br />

conquanto a não ocorrência de travação de comportamento previsto no foco infracional<br />

calcado na portaria da presidência desta comissão, sendo a mesma falsa, digo a acusação ali<br />

visionada dirigida aos denunciados pelo elemento SIMÕES ou ALEMÃO, informar que não<br />

tem nada a punir, por ser de justiça, só justiça.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0084 -<br />

O defensor conclui sua defesa, argüindo o seguinte:<br />

“...Nesta vertente rica de entendimento quanto DA NÃO EXISTÊNCIA <strong>DO</strong><br />

FATO APONTA<strong>DO</strong>, no presente processo, conclui-se também perfeitamente pela não<br />

ocorrência de falta disciplinar”;<br />

E assim por estar sobejamente demonstrado por riquíssimos enfoques e assentes<br />

jurisprudenciais, quanto não terem INCIDI<strong>DO</strong> OS DENUNCIA<strong>DO</strong>S A QUALQUER<br />

ESPÉCIE DE GRAVAME FUNCIONAL, QUE VIESSE A ATINGIR O DECORO, O<br />

PRESTÍGIO E OS FINS A QUE TEM POR FINALIDADE A INSTITUIÇÃO <strong>MILITAR</strong><br />

SEGUIR, COM DENO<strong>DO</strong> E BRAVURA, INFORMAMOS QUE VISA A PRESENTE<br />

PEÇA, NÃO POR FALTA DE PROVAS QUANTO À ILICITUDE APONTADA NO<br />

PRESENTE PROCESSO administrativo, por essa conceituada e respeitável Comissão<br />

Processante, mas pela INEXISTÊNCIA DA ILICITUDE APONTADA E CONQUANTO A<br />

NÃO OCORRÊNCIA DE TRAVAÇÃO DE COMPORTAMENTO PREVISTO NO FOCO<br />

INFRACIONAL CALCA<strong>DO</strong> NA PORTARIA DA PRESIDÊNCIA DESTA COMISSÃO,<br />

sendo a mesma falsa, digo a acusação ali visionada dirigida aos denunciados pelo elemento<br />

SIMÕES ou ALEMÃO, informar que não tem nada a punir, por ser de justiça, só justiça...”<br />

CONTRA ARGUMENTO 5 : (Conselho de Disciplina)<br />

Diante do argumento nº 5 da defensoria, este Conselho é obrigado a somente se<br />

reportar ao que já analisou nas acusações, pois seria redundante, explicar novamente diante da<br />

clareza dos autos, de que o fato realmente existiu, tendo este Conselho analisado<br />

separadamente as acusações e sido, salvo melhor juízo, o mais justo e criterioso possível no<br />

momento de analisar separadamente a conduta dos acusados diante das acusações constantes<br />

na Portaria que originou o presente Processo Administrativo.<br />

Quanto ao argumento da defensoria de que a Testemunha Ten Cel QOPM é<br />

inválida, em virtude de nutrir ódio à pessoa do acusado Arnaldo, tal fato não ficou<br />

demonstrado no processo, pois em momento algum o Sr. Ten Cel Furtado, fez alguma<br />

manifestação de caráter pessoal sobre o Acusado Arnaldo, tendo inclusive deixado claro isso<br />

no início de seu depoimento, conforme se vê um pequeno trecho “ ... Perguntado a<br />

Testemunha como analisa a conduta profissional do acusado Sd PM Arnaldo, respondeu que<br />

COMO PESSOA NO CONVÍVIO PESSOAL SEMPRE SE MOSTROU UM CIDADÃO<br />

RESERVA<strong>DO</strong>, INTROSPECTIVO E ATÉ EDUCA<strong>DO</strong>, PORÉM NO ASPECTO<br />

PROFISSIONAL O ACUSA<strong>DO</strong> TEM DEMONSTRA<strong>DO</strong> SER INDIGNO DE SER UM<br />

POLICIAL MILITAr, em razão dos parâmetros que a Instituição Polícia Militar adota para a<br />

conduta ética...”;<br />

Este Conselho diante de tudo que foi exposto, não visualizou conteúdo<br />

suficiente, conforme foi apresentado nos autos que demonstrasse que os atos cometidos pelo


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0085 -<br />

acusado SOLDA<strong>DO</strong> PM Nº 137/94 – LUÍS CARLOS GOMES o incompatibilizaria com a<br />

função pública, portanto, este Conselho, conclui, por Insuficiência de Provas, diante do fato<br />

que originou este processo administrativo e ainda pela ausência de fatos que maculasse sua<br />

conduta no tempo em que serve na Instituição, que não são procedentes as acusações<br />

atribuídas ao mesmo, porém deve-se fazer uma ressalva de que o mesmo deveria ter acionado<br />

os meios legais para cobrar a referida dívida, caso ela existisse, e não exercer arbitrariamente<br />

suas próprias razões diante do fato, devendo por isso, responder por seus atos na justiça, e<br />

ainda disciplinarmente perante á Polícia Militar do maranhão.<br />

Quanto às acusações feitas ao Acusado Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo<br />

Mendes Nunes Júnior este Conselho após analisar detalhadamente os autos, não tem sombra<br />

de dúvidas que as acusações de agressão ao Sr. Simões Albertino de Moura são procedentes,<br />

bem como a existência da prática de atos que afetam a conduta ética da Instituição, tendo<br />

inclusive comprometido o seu aspecto moral devido aos fatos já mostrados no bojo do<br />

respectivo processo, este Conselho não ver outra, senão em concordar de que são procedentes<br />

e verídicas as acusações atribuídas ao Acusado Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes<br />

Nunes Júnior sobre a incidência nas alíneas “b” e “c”, do inciso I, do Artigo 2º da lei 3.700 de<br />

26 de novembro de 1975.<br />

3. CONCLUSÃO<br />

Este Conselho de Disciplina decide por UNANIMIDADE DE VOTOS que o<br />

Soldado PM nº 137/94 Luís Carlos Gomes NÃO É CULPA<strong>DO</strong> DAS ACUSAÇÕES QUE<br />

LHE FORAM IMPOSTAS;<br />

Este Conselho decide ainda, após análise detalhada do Processo, POR<br />

UNANIMIDADE DE VOTOS, de que SÃO PROCEDENTES AS ACUSAÇÕES feitas ao<br />

Soldado PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior do 9º BPM, por ter incidido nas<br />

alíneas “b” e “c”, do inciso I, do Artigo 2º da lei 3.700 de 26 de novembro de 1975, tendo,<br />

portanto, apresentado conduta irregular e conseqüentemente ferido a conduta ética e moral da<br />

Instituição.<br />

José Humberto Almeida Costa – Cap QOPM. Presidente do Conselho de<br />

Disciplina. Renato Abrantes Campos – 1º Ten QOPM. Interrogante e Relator. Jorge Almeida<br />

de Carvalho – 2º Ten QOPM. Escrivão.<br />

SOLUÇÃO DE CONSELHO DE DISCIPLINA<br />

Pelas peças constantes nos autos deste Conselho de Disciplina, mandado<br />

proceder por este Comando mediante a Portaria nº 011/2005-DP/3-CD, de 28 de setembro de<br />

2005, a que foi submetido o Sd. PM nº 503/94 – Arnaldo Mendes Nunes Júnior, do 9º BPM, e<br />

o Sd. PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes, do BME, acusados de estarem incapacitados de<br />

permanecerem nas fileiras da Polícia Militar do Estado do Maranhão.


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

Em conseqüência, resolvo:<br />

- 0086 -<br />

a) concordar, em parte, com o Relatório-Parecer emitido pelos membros do<br />

Conselho de Disciplina, que julgou procedente as acusações imputadas ao Sd. PM nº 503/94 –<br />

Arnaldo Mendes Nunes Júnior, do 9º BPM, e improcedentes as acusações imputadas ao Sd.<br />

PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes, do BME, por entender que este também é culpado das<br />

acusações que lhe foram impostas, tendo como supedâneo as provas carreadas apud acta, a<br />

partir das declarações prestadas, dos documentos acostados e das defesas apresentadas.<br />

Ficou amplamente demonstrada nos autos, através das provas inequívocas<br />

trazidas à colação, a materialidade dos fatos e a existência da autoria dos acusados em ilícito<br />

penal e ilícito administrativo, estabelecendo-se quando do rompimento, por parte desses, de<br />

cláusulas fundamentais do Estatuto dos Policiais Militares do Estado do Maranhão (Lei nº<br />

6.513, de 30/11/95), conforme se observa às fls. 115 a 118, fls. 119 a 122, fls. 148 a 155, fls.<br />

165 a 169, fls. 170 a 172, fls. 184 a 186, fls. 235 a 240 e fls. 278 a 281.<br />

Depreende-se dos autos que os acusados em tela extorquiram o Sr. Simões<br />

Albertino de Moura, pois ao serem abordados pelo 1º Ten. QOPM Antônio Mendes Leal<br />

Júnior, na frente da casa daquele, o qual perguntou aos acusados o que faziam naquele local,<br />

foi respondido pelo Sd. PM nº 137/94 – Luís Carlos Gomes, do BME, que estavam ali para<br />

cobrar uma dívida que o Sr. Simões Albertino de Moura mantinha com o mesmo, contudo tal<br />

dívida não ficou comprovada nos autos do Conselho de Disciplina, tendo, ainda, sido<br />

denunciados pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL pela prática do crime de extorsão<br />

qualificada (art. 158, §1º do CP), fls. 757 a 759, fatos estes que reforçam a versão apresentada<br />

pelo Sr. Simões Albertino de Moura, no que diz respeito ao ilícito praticado pelos acusados,<br />

dissipando-se, dessa forma, quaisquer dúvidas porventura existentes. Ademais, a extorsão é<br />

crime formal, ou de consumação antecipada, e que, assim, está consumado o crime,<br />

independentemente da obtenção ou não da vantagem indevida, quando a vítima se submete e<br />

pratica o ato, a omissão ou a permissão imposta pelo agente.<br />

Nessa linha de entendimento, tem-se pautado, de modo uníssono, a<br />

jurisprudência dos Tribunais Superiores. Senão vejamos:<br />

Súmula n. 96 do Superior Tribunal de Justiça: “O crime de extorsão consuma-se<br />

independentemente da obtenção da vantagem indevida”.<br />

STF: “A extorsão, em qualquer de suas modalidades (arts. 158 e 159 do CP de<br />

1940), é crime formal ou de ‘consumação antecipada’, integrando-se com a só ação, tolerância<br />

ou omissão imposta coativamente à vítima, ou com o seqüestro da pessoa para cujo resgate é<br />

exigida a vantagem ilícita” (RT 606/399).


(Continuação do Boletim Geral Nr 005<br />

de 06 de janeiro de 2006)<br />

- 0087 -<br />

TACRSP: “A extorsão é delito formal e não material. Cuida-se de crime cujo<br />

tipo penal descreve a conduta e o resultado, não exigindo sua produção” (JTACRIM 72/25).<br />

TACRSP: “A extorsão é crime formal, sendo irrelevante para sua consumação a<br />

obtenção de proveito econômico pelo agente, desde que sua conduta seja hábil ao<br />

constrangimento da vítima” (RJDTACRIM 27/149).<br />

TAPR: “Extorsão. (...) É considerado delito formal, que se consuma com a<br />

grave e injusta ameaça à obtenção de indevida vantagem econômica, tenha ou não, sido<br />

alcançada pelo agente” (RT 726/742).<br />

TARJ: “Extorsão é crime formal, de consumação antecipada, tendo o seu<br />

momento consumativo com a efetiva ação de constranger, pouco importando a obtenção da<br />

vantagem econômica almejada” (RT 712/460).<br />

São sustentáculos das Instituições Militares, os princípios da hierarquia e da<br />

disciplina, de modo que devem ser mantidos em todas as circunstâncias, entre policiais<br />

militares da ativa, da reserva remunerada e reformados, sendo o respeito a tais princípios a<br />

base das Corporações e com esse sentimento arraigado, sedimenta-se o caráter e o senso de<br />

respeito às Instituições, conscientizando-se cada policial militar das suas atribuições e do seu<br />

papel como cidadão.<br />

É de evidência solar que o sentimento do dever, da dignidade policial militar e o<br />

decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes da Policia Militar, conduta moral e<br />

profissional irrepreensíveis, conforme podemos observar nas obrigações e nos deveres dos<br />

policiais militares estabelecidos nos Capítulos I e II do Título II da Lei nº 6.513, de 30 de<br />

novembro de 1995 (Estatuto dos Policiais Militares da PMMA).<br />

b) remeter 01 (uma) via dos presentes autos ao Conselho Superior de Polícia,<br />

em virtude do que preceitua o § 2º, do art. 61, da Lei nº 6.513/95 (que dispõe sobre o Estatuto<br />

dos Policiais Militares da PMMA), alterado pela Lei nº 7.855, datada de 31 de janeiro de 2003;<br />

Disciplina;<br />

c) publicar em Boletim Geral o Relatório-Parecer e esta Solução de Conselho de<br />

d) determinar a Diretoria de Pessoal (DP/3), que informe ao acusado sobre o<br />

teor desta decisão;<br />

e) arquivar 01 (uma) via dos presentes Autos de Conselho de Disciplina na<br />

Diretoria de Pessoal (DP/3), para fins de controle.


- 0088 -<br />

(Continuação do Boletim Geral Nr 005 de 06 de janeiro de 2006)<br />

Quartel do Comando Geral em São Luís-MA, 03 de janeiro de 2006. WILLIAM<br />

ROMÃO – Cel QOPM. Comandante Geral<br />

CONFERE COM O ORIGINAL:<br />

4ª PARTE – JUSTIÇA E DISCIPLINA<br />

Sem alteração<br />

______________________________________________<br />

WILLIAME CERCILINO MOREIRA – MAJ QOPM<br />

Secretário Geral<br />

Resp. Int. p/ Ajudância Geral<br />

WILLIAM ROMÃO – Cel QOPM<br />

Comandante-Geral da PMMA<br />

O texto está fracionado conforme o Manual de Redação da Polícia Militar - Portaria n° 030, de 15 de agosto de 2005.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!