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USP/ESALQ/LAN-1444
TECNOLOGIAS EMERGENTES PARA PROCESSAMENTO DO PESCADO
1- INTRODUÇÃO
Dr a Marília Oetterer
Nunca houve um momento tão propício, como o que estamos vivendo, para
investimentos na atividade de industrialização do pescado cultivado no Brasil.
O Programa de Apoio ao Desenvolvimento da produção de tilápias,
camarões marinhos e moluscos, regulamentado pela resolução 2752 de 29 de
junho de 2000, do Banco Central, apresentou um orçamento da ordem de 50
milhões de reais. São mais de 300 projetos dentro do Programa Avança Brasil. O
Programa lança mão de diretrizes estratégicas a fim de consolidar a estabilidade
econômica com crescimento sustentável, gerando empregos e oportunidades de
renda, visando ocupação de espaços no mercado intero e externo. (Madrid, 2000).
Resumindo, pretende re estruturar a cadeia produtiva do pescado. Já temos
respostas, pois houve, em 2002, a exportação de U$ 155 milhões em camarões
provenientes do Ceará, Rio grande do Norte e Bahia
Em 2002, foi criado o Ministério/Secretaria da Pesca e Aqüicultura, ainda
embrionário, que equipara o Brasil a países como a Escócia que tem o seu
Ministry of Agriculture, Fisheries and Food. Tantos anos à deriva, inúmeros
desacertos, ausência de políticas públicas para o setor pesqueiro acabaram por
sugerir a criação do tal ministério, chegando com a grande responsabilidade de
reorganizar a pesca e apoiar o bom desenvolvimento que vem apresentando a
aqüicultura. Temos à frente o Dr José Fritsch, catarinense, ex professor
universitário, formado em Ciências Sócias e filho de aquicultores. Verbas serão
mobilizadas do BNDES e do PRONAF.
As facilidades ao cultivo de pescado no Brasil vão desde a água disponível
para cultivo, particularmente em tanque-rede, que demanda grande quantidade de