tecnologias emergentes para beneficiamento do ... - Esalq - USP
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Em um momento de estagnação da pesca marinha, a piscicultura assume a<br />
alimentação de pessoas que viviam da pesca. A COABA, juntamente com<br />
SEBRAE, Banco <strong>do</strong> Nordeste e universidades, vem colocan<strong>do</strong> 1200 kg de tilápias<br />
por semana nas feiras livres <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> da Bahia: o mesmo <strong>para</strong> a Cooperativa<br />
<strong>do</strong>s aquicultores cearenses que produzem cerca de 600 kg/dia, ou ainda em Santa<br />
Catarina onde se regiatra o uso da tilápia na merenda escolar.<br />
Este potencial piscícola da tilápia <strong>para</strong> pequenos cria<strong>do</strong>res se deve ao fato<br />
desta espécie ser resistente ao manuseio e transporte, de arraçoamento fácil e<br />
econômico, crescimento rápi<strong>do</strong> e resistente a baixas concentrações de oxigênio<br />
dissolvi<strong>do</strong>, além de apresentar a carne de sabor aprecia<strong>do</strong> e com poucos<br />
espinhos.<br />
Figuras 2 - Tanques e barco. Tanques de 4 m 3 podem produzir cerca de<br />
3000 espécimens, se partirmos de 120 tanques chegamos a aproximadamente<br />
150 mil peixes e safras de 80 t, não há entre safra na piscicultura.<br />
Entretanto, o avanço da piscicultura, com exploração de novas espécies,<br />
utilizan<strong>do</strong> técnicas mais apropriadas de manejo e criação e despesca, deve ser<br />
complementa<strong>do</strong> com o aproveitamento racional <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong> após o abate (Madrid,<br />
2000)<br />
“Produzir não é o problema e sim o escoamento da produção; o negócio<br />
não é gostar de criar e sim gostar de vender”. ( Castagnolli, 2002)<br />
É necessário que o país aprenda a “vender melhor o seu peixe” no senti<strong>do</strong><br />
próprio da expressão, a partir de campanhas promocionais <strong>para</strong> o merca<strong>do</strong><br />
nacional (Medeiros et al, 2000). Neste cenário, a industrialização é o elo de<br />
ligação entre a produção primária e o merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r. (Madrid, 2000)<br />
Ao se imaginar um produto beneficia<strong>do</strong> de pesca<strong>do</strong> <strong>para</strong> ser bem recebi<strong>do</strong><br />
pelo consumi<strong>do</strong>r, o desafio está em superar os desacertos ocorri<strong>do</strong>s no passa<strong>do</strong><br />
com o pesca<strong>do</strong> marinho comercializa<strong>do</strong> in natura, vencer o baixo consumo e o<br />
estigma de que o brasileiro não come peixe porque é “raro e caro”. ( Oetterer,