Pedro Bandeira A Droga da Obediência
Pedro Bandeira A Droga da Obediência
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abrindo caminho com brutali<strong>da</strong>de.<br />
Quando chegaram na 15 de Novembro, estava acontecendo uma confusão<br />
dos diabos. Correria pra todo lado, parecia até...<br />
- Um assalto! -gritou alguém. -Estão assaltando o banco!<br />
- O banco? Que banco?<br />
- Aquele lá!<br />
- São muitos?<br />
- Não sei, mas parece que prenderam um deles. Veja!<br />
De dentro do banco vinha uma balbúrdia <strong>da</strong>na<strong>da</strong>. Os guar<strong>da</strong>s de<br />
segurança do banco tentavam dominar o tal assaltante, que se debatia e gritava:<br />
- Podem me prender! Ah, ah, ah, não há cadeia que me segure! Eu sou o<br />
perigoso Zé <strong>da</strong> Silva! Procurado no país inteiro! Sou Zé <strong>da</strong> Silva!<br />
Alertados pelo alarma do banco, vários carros <strong>da</strong> polícia chegaram com as<br />
sirenes abertas.<br />
No primeiro deles, o assaltante Zé <strong>da</strong> Silva foi levado aos pescoções.<br />
No último, três gran<strong>da</strong>lhões foram presos também, pois haviam sido<br />
encontrados com armas na mão, correndo em plena rua 15 de Novembro.<br />
***<br />
Naquela manhã, num matagal em Taboão <strong>da</strong> Serra, a moleca<strong>da</strong> encontrou<br />
o cadáver de um menino, meio mergulhado num córrego imundo.<br />
O cadáver estava picado de balas.