Pedro Bandeira A Droga da Obediência
Pedro Bandeira A Droga da Obediência
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- Sabemos disso. Sabemos que o senhor fugiu porque estava contra o uso<br />
<strong>da</strong> droga, certamente. Mas precisamos do senhor para saber onde estão os<br />
estu<strong>da</strong>ntes desaparecidos.<br />
- Devem estar lá na Pain Control...<br />
Nesse momento, a porta <strong>da</strong> sala se abriu e o detetive Rubens entrou:<br />
- Pain Control? O que é isso?<br />
***<br />
- Não se assustem - acalmou o detetive Rubens, fechando a porta. - Ouvi<br />
tudo lá de fora. Ouvi também quando você disse que há policiais envolvidos<br />
com os seqüestras, garoto. Mas eu não sou um deles. Também estou<br />
desconfiado de que há cúmplices dos bandidos dentro <strong>da</strong> própria polícia. Mas<br />
ain<strong>da</strong> há policiais honestos, meus amigos. Fiquem tranqüilos. Vamos pegar a<br />
quadrilha inteira!<br />
- Há um policial gordo, careca... - começou Calú a informar.<br />
- O Andrade?<br />
- Esse. Disseram para não confiar nele. O detetive cocou o queixo:<br />
- Andrade, hein? Eu bem que estava desconfiado! Bom, se Andrade é um<br />
dos bandidos, to<strong>da</strong> a cautela é pouco. Preciso tirar vocês dois <strong>da</strong>qui. Vamos sair<br />
num camburão. Tenho amigos em outra delegacia. Vou usar os policiais de lá<br />
para estourar a tal Pain Control e libertar os garotos. Venham comigo!<br />
Rubens tirou um par de algemas <strong>da</strong> cintura:<br />
- Desculpe, garoto. Seu nome é Calú, não é? Desculpe, mas é melhor eu<br />
levar você algemado também. Assim ninguém vai desconfiar quando eu colocar<br />
os dois dentro do camburão.<br />
- Está bem - concordou Calú. Delica<strong>da</strong>mente, o detetive Rubens algemou o<br />
rapaz.<br />
Os três saíram pelo corredor. O detetive Rubens foi empurrando os dois<br />
“prisioneiros”, exatamente como costumam fazer os policiais.<br />
Enquanto o velho elevador descia para a garagem, o detetive Rubens tirou<br />
um chaveiro do bolso e ficou brincando com ele. O chaveiro fazia um<br />
barulhinho ritmado, irritante...<br />
***<br />
Na garagem <strong>da</strong> delegacia, o detetive Rubens fez Calú e o bioquímico<br />
Caspérides entrarem num camburão, e fechou a porta, trancando-os no lugar<br />
destinado aos prisioneiros.