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O sentimentalismo (1871).preview.pdf

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312<br />

N'aquelle momento os espíritos dos dois amantes uniram-se<br />

n'um êxtase sublime.<br />

— Vou dar a meu pae a feliz nova... — disse, vencendo<br />

o enlevo em que estava, a D. Mathilde.— É como resuscilal-o...<br />

— É preciso não lhe dar de repente um grande abalo<br />

— observou, solicito, o doutor.<br />

— Eu não tenho força para lhe esconder a verdade! —<br />

exclamou a cândida menina, que se não podia<br />

paciência.— A alegria é tanta no meu coração,<br />

ter de im-<br />

que não a<br />

posso conter. Venha, Luiz... dr. Luiz de Mello; venha comigo...<br />

Tem mais animo do que eu. Vem também, minha<br />

Carlota.<br />

Apezar de entrarem cautelosamente no quarto do enfermo,<br />

este despertou como em sobresallo, ao ouvir os passos<br />

das duas senhoras e do dr. Luiz de Mello.<br />

— Mathilde — disse elle — o que ha?... Diz-me a ver-<br />

dade inteira, filha... que eu para tudo estou já prepa-<br />

rado.<br />

A Soledade levantou-se para deixar o logar a D. Mathilde.<br />

A D. Carlota e o Luiz de Mello aproximaram-se também do<br />

doente.<br />

— Deus protege os desgraçados, meu pae. Tenhamos<br />

confiança n'elle—disse a D. Mathilde.— Diga-me: como<br />

— Muito afflicto... — respondeu elle.— Não posso já<br />

se sente agora?<br />

com o peso d'estas angustias, que me opprimem. Este coração<br />

parece que me estala no peito.<br />

— Vamos. Tranquillise-se, sr. Carlos do Arnal — disse<br />

o doutor.— Essa agitação de espirito aggrava a cada instante<br />

os seus padecimentos.<br />

— Bem o sinto. Mas que quer, Luiz de Mello? Como<br />

hei de eu ler força para ver... perdida a honra, depois de<br />

sessenta annos de vida pura?<br />

— São exaggerados esses seus receios. Um amigo, tal-<br />

vez.,. — ia observando a D. Carlota,<br />

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