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O sentimentalismo (1871).preview.pdf

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3i5<br />

do velho advogado Carlos do Arnal era completa. Durante<br />

essa festa só duas pessoas sentiam o coração opprimido pela<br />

tristeza; apezar do muito que queriam aos noivos, e dos<br />

votos sinceros que faziam pela sua felicidade. Eram D. Car-<br />

lota de Sousa e Soledade.<br />

A D. Carlota tinha saudades de D. António d'Almada.<br />

Parecia-lhe incompleta a festa sem a presença d'aquelle<br />

que, pela sua grandeza d'alma, a sua generosidade e a sua<br />

dedicação sublime, havia salvado um homem honrado da<br />

desolação e da morte, para lhe dar a felicidade reslituindo-<br />

Ihe a honra: d'aquelle a quem o Luiz de Mello e Mathilde<br />

deviam a ventura ineíTavel de que estavam gozando.<br />

Não se escondia nenhum outro sentimento no intimo do<br />

coração da D. Carlota? Quem sabe?— EUa própria o não<br />

poderia dizer.<br />

A Soledade tinha o lucto no coração; mas escondia a pró-<br />

pria dôr, para que ella não perturbasse a alegria da sua<br />

protectora, da sua querida Mathilde. Dias antes lera n'um<br />

jornal a noticia de ter morrido no Brazil o Silvestre Palmar.<br />

FIM.<br />

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