A emergência do feminismo de Estado em Portugal

B – levar a cabo projectos de acção, projectos legislativos e outros
trabalhos que conduzam aos objectivos expostos (…)
(…)
- modificação do Direito da Família – proposta entregue ao
Ministério da Justiça
- política relativa à maternidade e 1ª infância (mãe solteira, planeamento
da maternidade, aborto, licença de parto de 90 dias, equipamentos
de apoio à infância)
- projectos no âmbito da educação e da formação profissional das
mulheres adultas
- informação às mulheres sobre os seus direitos e responsabilidades,
nomeadamente através dos meios de comunicação
- projecto de sensibilização de estudantes à opressão das mulheres
(em colaboração com o serviço cívico)
- apoio técnico, legislativo e outras, a iniciativas das bases trazidas
à Comissão, nomeadamente através das ONG.
(doc. de arquivo 0022.038)
Foi para fazer face a esta intensidade e diversidade de trabalho que, em
meados de 1975, foram contratadas para trabalhos eventuais mais duas técnicas:
Leonor Beleza e Maria João Seixas (doc. de arquivo 0023.038).
5.1. Abrir canais para o exterior
Numa estratégia clara de captar o apoio e colaboração de agentes diversificados
na promoção dos objectivos da Comissão, em toda a primeira metade
de 1975, encetou-se um trabalho de estabelecimento de contactos e reuniões
com diferentes tipos de agentes: mulheres jornalistas, mulheres deputadas na
Assembleia Constituinte, divulgação do trabalho da Comissão através da
redacção e distribuição de um Boletim, e de consciencialização de novos públicos,
como foi, por exemplo, o caso dos estágios do Serviço Cívico.
A abertura da Comissão ao exterior era nesta altura fundamental, não só
no sentido de robustecer o seu trabalho, mas também de começar a exercer
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