16.04.2013 Views

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Pedro olhou para o morro, que já não oferecia mais perigo. Estava só chuvis<br />

cando, e a água que <strong>de</strong>scia era pouca. Ele <strong>de</strong>sceu.<br />

- Que pena! Não morri! - exclamou aborrecido.<br />

Ninguém escutou. Lá embaixo, na rua, os bombeiros organizavam o atendime<br />

nto. Ofereceram um café quente a Pedro, que o tomou. O pessoal do resgat<br />

e tinha muito o que<br />

fazer ali, mas, como já não havia perigo, Pedro <strong>de</strong>cidiu ir embora. Esperou<br />

<strong>de</strong>z minutos no ponto do ônibus estava molhado e com frio. Fez o mesmo tra<br />

jeto, duas conduções.<br />

Chegou em casa tremendo <strong>de</strong><br />

frio. Tomou um banho quente.<br />

"Quem sabe se contraio uma gripe forte e morro <strong>de</strong> pneumonia!", suspirou e<br />

sperançoso.<br />

Cansado, foi dormir, e acordou no outro dia disposto. Fez café, lavou as ro<br />

upas e organizou a casa. A irmã lhe trouxe o almoço, e ele teve <strong>de</strong> comer po<br />

rque Nilza<br />

ficou perto observando-o. Quando ela foi embora, Pedro resolveu sair. Pego<br />

u o ônibus para o centro da cida<strong>de</strong>, para um local perigoso, on<strong>de</strong> vendiam d<br />

rogas e faziam<br />

muitos assaltos.<br />

Andou por ali na esperança <strong>de</strong> ser assaltado e morto. Observou os frequent<br />

adores daquela praça: jovens sujos, homens e mulheres com olhar <strong>de</strong> <strong>de</strong>sesp<br />

erança; uns fumavam,<br />

mas a maioria parecia embriagada e drogada. Caminhou <strong>de</strong>vagar.<br />

De repente, um senhor idoso foi assaltado na sua frente. Pedro interferiu, se<br />

gurando o ladrão.<br />

- Largue-me, senão eu o mato! - gritou o moço.<br />

Ele estava armado e apontou o revólver para Pedro.<br />

- Por favor, senhor, <strong>de</strong>ixe-o, ele po<strong>de</strong>rá matá-lo - pediu o senhor que estava<br />

sendo assaltado.<br />

Pedro segurou o assaltante com mais força.<br />

- Devolva o dinheiro para ele! - or<strong>de</strong>nou Pedro ao ladrão.<br />

O assaltante o encarou, viu <strong>de</strong>terminação no olhar <strong>de</strong> Pedro, soltou o revólv<br />

er e <strong>de</strong>volveu o dinheiro para o senhor idoso.<br />

Pedro, <strong>de</strong>cepcionado, não largou o moço. O senhor pegou rápido o dinheiro<br />

<strong>de</strong>volvido.<br />

- Era minha aposentadoria, o dinheiro que tenho para comprar alimentos e<br />

remédios. Obrigado, senhor, mas agora largue o moço.<br />

- Deixe-me ir - pediu o moço. - Não chame a polícia! Já <strong>de</strong>volvi o dinheiro.<br />

Largue-me! Também como esse senhor, preciso do dinheiro para comer e com<br />

prar remédios, por isso assalto.<br />

- Por que não trabalha, se é forte? - perguntou o senhor idoso.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!