16.04.2013 Views

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

elo outro lado, pegue um ônibus e vá para casa. Não precisa <strong>de</strong>volver a cam<br />

iseta. Vamos<br />

<strong>de</strong>ixar este carro em algum estacionamento. O patrão pediu para lhe dizer p<br />

ara esquecer isso tudo. Não <strong>de</strong>ve contar a ninguém.<br />

- Nunca iria trair alguém que me ajudou. Já esqueci. Obrigado, moços!<br />

No local indicado, Pedro pegou a sacola, saiu do carro e fez tudo o que lhe<br />

foi recomendado e foi para o bar, pois iria trabalhar até que Wal<strong>de</strong>mar fecha<br />

sse o estabelecimento.<br />

"Tomara que dê certo e que Noêmia possa ver mais vezes o Robertinho. Ma<br />

s que pena, eles não me mataram!", pensou Pedro suspirando.<br />

Ele não sabia se ficava <strong>de</strong>cepcionado e triste por não ter morrido ou alegre<br />

por ter ajudado um garoto doente.<br />

Josias, que acompanhava seu protegido, ficou apreensivo com seus planos.<br />

Sabia que o pai <strong>de</strong> Leo e o patrão <strong>de</strong> Noêmia eram bandidos que não hesit<br />

avam em matar. Quando<br />

Pedro foi pedir ajuda ao pai <strong>de</strong> Leo, o sujeito não quis se envolver direta<br />

mente. Como estava fragilizado com a doença do filho, comoveu-se ao saber<br />

que outro garoto<br />

também sentia a falta da mãe. A genitora <strong>de</strong> Leo havia <strong>de</strong>sencarnado, e a a<br />

tual esposa <strong>de</strong> seu pai não ligava muito para ele. Achou que aquele homem<br />

que lhe pareceu<br />

maluco podia tentar ajudar o garoto.<br />

Mandou então seus homens roubarem um carro com vidros escuros na cida<strong>de</strong> v<br />

izinha e irem para o hospital e levar Pedro para conversar com o dono do<br />

bor<strong>de</strong>l. Ele, o<br />

pai do garoto enfermo, também não conhecia o chefe supremo do crime na cid<br />

a<strong>de</strong>. Sabia que ele existia e muito se falava <strong>de</strong>le, até que era negro. E H.<br />

Y.O. era uma<br />

senha conhecida somente por alguns dos subchefes locais. Com certeza, o<br />

dono do bor<strong>de</strong>l não iria comentar esse episódio com ninguém. O chefe supr<br />

emo, como era chamado,<br />

não iria saber, mas se soubesse, com certeza não daria importância, pois o p<br />

edido era insignificante. Se algo <strong>de</strong>sse errado, eles matariam<br />

Pedro. Quando o grupo foi ao encontro, o pai <strong>de</strong> Leo arrepen<strong>de</strong>u-se por col<br />

ocar alguém em perigo. Mas como não ajudar um amigo do filho? Ele fazia t<br />

udo o que podia<br />

por Leo. Ficou aliviado quando seus homens informaram que <strong>de</strong>ra certo.<br />

Quando chegaram ao bor<strong>de</strong>l, Josias viu que lá estavam muitos <strong>de</strong>sencarnados<br />

que observavam Pedro curiosos. Eles nada fizeram. Josias viu que todos q<br />

ue ali estavam,<br />

vestindo ou não corpo carnal, tinham a aura <strong>de</strong> cores carregadas pelos víci<br />

os e que alguns eram assassinos. Ninguém viu Josias, somente conseguiriam

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!