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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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Pedro, sua filha está doente, tem <strong>de</strong> ir ao hospital, on<strong>de</strong> faz um tratamento.<br />

- Rins? - indagou Pedro.<br />

Veio à sua mente Alexandre lhe dizendo:<br />

"Papai, Aline está bem? E seus rins? Esses órgãos <strong>de</strong>la são frágeis!"<br />

Pedro sentou-se, sentiu um arrepio, olhou-os esperando a resposta.<br />

- Sim, papai, meus rins estão doentes. Tive problemas na gravi<strong>de</strong>z e tenho<br />

<strong>de</strong> fazer hemodiálise. Meus rins não estão funcionando como <strong>de</strong>veriam.<br />

- Como não percebi?! Meu Deus! - exclamou Pedro com lágrimas nos olhos<br />

.<br />

Sentiu-se péssimo, egoísta. Enquanto estava querendo morrer, a filha sofri<br />

a e ele nem percebeu. Ela não estava gorda, estava inchada. A mocinha sent<br />

ou-se ao seu<br />

lado.<br />

- Perdoe-me, meu bem! - exclamou ele e chorou.- Achei que tudo estava b<br />

em com você.<br />

- Papai, perdoe-me. Achei que o senhor já estava sofrendo <strong>de</strong>mais, pois fo<br />

ram tantas coisas <strong>de</strong> uma vez. A <strong>de</strong>sencarnação <strong>de</strong> Alexandre, mamãe indo em<br />

bora, eu grávida.<br />

Não quis preocupá-lo mais ainda.<br />

Pedro quis saber <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>talhes. Aline explicou. Já no começo da grav<br />

i<strong>de</strong>z sentiu-se mal, foi a médicos e fez tratamentos. Quando terminou <strong>de</strong> fal<br />

ar, ficaram<br />

uns segundos em silêncio. Pedro pensou e achou uma solução. Falou com en<br />

tusiasmo:<br />

- Minha filha, vou levar todos os seus exames para o doutor Édio ver. Não é<br />

a especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le, mas é um ótimo profissional!<br />

No outro dia, Pedro foi ver o doutor Édio e, sem ro<strong>de</strong>io, falou:<br />

- São exames da minha filha. Por favor, doutor Édio, dê uma olhada e me a<br />

conselhe. O que <strong>de</strong>vemos fazer?<br />

Doutor Édio olhou as radiografias, os exames e opinou:<br />

- Sua filha necessita <strong>de</strong> um transplante. Terá <strong>de</strong> se increver e ficar na fila.<br />

- Ela já se inscreveu. Não é preciso morrer para doar um dos rins não é? -<br />

perguntou Pedro esperançoso.<br />

- Sim, uma pessoa viva po<strong>de</strong> doar um dos seus rins para outra - respon<strong>de</strong>u o<br />

médico.<br />

- Então está <strong>de</strong>cidido! Vou doar um dos meus!<br />

Doutor Édio riu e explicou:<br />

- Não é assim tão fácil. Você, sendo o pai, tem uma boa chance <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r ser<br />

o doador. Mas precisa ser compatível para fazer essa doação.<br />

- E nem adianta fazer promessa, não é? Se eu for, isso já está <strong>de</strong>cidido. Q<br />

uero ser o doador! Também a vonta<strong>de</strong> não interfere. Tenho <strong>de</strong> fazer os exame<br />

s!

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