16.04.2013 Views

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ulda<strong>de</strong>s e você, meu irmão, pagou nosso aluguel, fez compras para nós ...<br />

quando viemos acertar<br />

com você, não quis receber. Nunca esquecemos o que nos fez. Retribuímos,<br />

meu irmão. Vou respon<strong>de</strong>r a você agora como nos disse: "Irmão é para iss<br />

o! Para ajudar quando<br />

o outro necessita".<br />

Nilza emocionou-se, enxugou algumas lágrimas. Abraçaram-se.<br />

- Está bem, Nilza, não falaremos mais sobre isso. Quando fazemos algo co<br />

m amor, um obrigado basta! Minha irmã, você não precisa mais me trazer c<br />

omida. Vou ajudar<br />

Wal<strong>de</strong>mar e comerei por lá.<br />

- Por quê? - perguntou Nilza.<br />

Ele inventou uma <strong>de</strong>sculpa para que a irmã não se sacrificasse para lhe tr<br />

azer o almoço. Mas, naquele momento, teve uma idéia: po<strong>de</strong>ria quitar a dív<br />

ida com Wal<strong>de</strong>mar<br />

trabalhando para ele.<br />

- Vou tentar pagar o que <strong>de</strong>vo a ele com trabalho e lá me ocuparei e me distra<br />

irei.<br />

- Que bom vê-lo disposto! - exclamou Nilza.<br />

- Nilza - falou Pedro -, perguntei à cabeleireira e à costureira <strong>de</strong> Mônica e<br />

também ao verdureeiro quanto lhes <strong>de</strong>via e tive uma surpresa, eles me afirma<br />

ram que ela<br />

os pagava. Fiquei sem enten<strong>de</strong>r. Como Mônica os pagou se não lhe <strong>de</strong>i dinh<br />

eiro?<br />

- Pedro - falou Nilza pausadamente procurando uma maneira <strong>de</strong> explicar se<br />

m ferir o irmão. - Mônica estava tendo um caso com Arnaldo havia algum t<br />

empo.<br />

Ele dava dinheiro a ela para as suas <strong>de</strong>spesas pessoais.<br />

- Eu <strong>de</strong>vo dinheiro a ele! - exclamou Pedro.<br />

- Não <strong>de</strong>ve não! Que absurdo! - indignou-se Nilza. - Mônica era a mãe <strong>de</strong> A<br />

lê e sabia que com o filho doente vocês estavam tendo muitos gastos. Ela,<br />

como mãe, <strong>de</strong>veria<br />

economizar. Se gastou com cabeleireiro, costureira, <strong>de</strong>veria ser mesmo co<br />

m o dinheiro <strong>de</strong> Arnaldo. Por favor, não pense em lhe pagar. Não quero vo<br />

cê conversando com<br />

ele.<br />

Pedro sorriu. A irmã tinha razão.<br />

- Vou esquecê-los! Prometo!<br />

Nilza foi embora tranqüila com a promessa <strong>de</strong>le.<br />

"Com a minha morte, nossas duas casas ficarão para Mônica e Aline e, aí, A<br />

rnaldo terá <strong>de</strong> volta o dinheiro que <strong>de</strong>u para Mônica enquanto ela estava co<br />

migo", pensou.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!