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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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amigos da fábrica,<br />

são pobres. Vou me organizar e pagar a todos. Mônica ia à cabeleireira, d<br />

evo ir lá e perguntar à dona Marina quanto lhe <strong>de</strong>vo. Com certeza, estamos<br />

<strong>de</strong>vendo também<br />

à dona Célia, a costureira, e ao japonês que ven<strong>de</strong> verduras. Para o Wal<strong>de</strong>m<br />

ar, da mercearia, sei que <strong>de</strong>vo, mas não sei ao certo quanto. Ele sempre fo<br />

i muito bondoso<br />

conosco.<br />

"Já que tenho <strong>de</strong> pagar essas dívidas antes <strong>de</strong> morrer, é melhor fazer logo",<br />

pensou <strong>de</strong>cidido.<br />

Foi à cabeleireira e dona Marina lhe informou:<br />

- Senhor Pedro, Mônica sempre me pagou, não me <strong>de</strong>ve nada.<br />

Escutou a mesma coisa da costureira e do verdureiro. Encabulou-se:<br />

Como Mônica conseguiu dinheiro para pagar essas três pessoas?"<br />

Ficou quieto <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa, sentiu a solidão, fez e refez contas: o que re<br />

ceberia e o que pagaria. Resolveu pagar todos os ex-companheiros <strong>de</strong> trabalh<br />

o e algumas<br />

prestações para Benedito, o barbeiro, que lhe emprestara dinheiro a juros raz<br />

oáveis.<br />

Foi dormir cedo e acordou <strong>de</strong> manhãzinha. Arrumou toda a casa, queria que<br />

a filha visse tudo arrumado. E ela veio como prometera. Abraçaram-se.<br />

- Como está, paizinho?<br />

- Bem, filha, não se preocupe. E você?<br />

Respon<strong>de</strong>u que estava bem. Contou <strong>de</strong> sua ida ao médico, o que ele lhe receit<br />

ou, que teve <strong>de</strong>sejos etc.<br />

- Filha, e sua mãe, como está? - Pedro quis saber.<br />

- Está triste com a morte do Alê, mas está bem.<br />

- Você sabia <strong>de</strong>sse romance? Que sua mãe namorava Arnaldo?<br />

- Quando soube - respon<strong>de</strong>u Aline -, havia tempo que eles estavam juntos.<br />

Eles se gostam muito. Mamãe me pediu para não lhe falar nada e que lhe co<br />

ntaria assim que<br />

Alê melhorasse ou morresse. O senhor também não gostava mais <strong>de</strong>la, não é<br />

? Sofreu por isso?<br />

Pedro pensou: "Não senti ser traído, não <strong>de</strong>pois da perda <strong>de</strong> Alexandre..<br />

Sorriu para a filha, que o olhava com carinho.<br />

- Não, filha, não sofri por isso. Quero que Mônica seja feliz.<br />

- O senhor lhe dará a separação? - perguntou Aline.<br />

- Sim, claro. Só que <strong>de</strong>vemos esperar um pouquinho, logo Mônica estará liv<br />

re para casar com Arnaldo.<br />

"É melhor esperarmos um pouco. Morro e assim ela fica viúva e não necessit<br />

aremos nos separar judicialmente. Essas separações dão um trabalhão e são<br />

tão caras!",

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