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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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- Posso lhe garantir que não será difícil. Você vai conseguir! Você os con<br />

quistou pelo carinho, e amigos não <strong>de</strong>vem ser abandonados. Vá - pediu o méd<br />

ico.<br />

Pedro levantou-se, <strong>de</strong>spediu-se do doutor Édio com um aperto <strong>de</strong> mão e and<br />

ou pelos corredores sentindo o coração bater acelerado. Encontrou com en<br />

fermeiros, com o<br />

pessoal da limpeza. Cumprimentaram-no com afeto.<br />

- Pedro, que bom que veio! As crianças sentem sua falta!<br />

- Alegro-me por vê-lo! Alexandre com certeza está orgulhoso do pai que tem -<br />

falou a assistente social ao vê-lo.<br />

- Você acha que meu filho vê o que faço? - perguntou Pedro.<br />

- Bem... não sei! O doutor Édio acha que sim. Se Alê o vir ou ficar sabendo<br />

que está visitando seus amiguinhos, ficará com certeza feliz - a moça tentou<br />

explicar.<br />

Pedro, emocionado, entrou na enfermaria em que seu filho estivera por tanta<br />

s vezes e por tanto tempo.<br />

- Bom dia, garotada! - cumprimentou Pedro falando em tom alto.<br />

- Ora, é o cara <strong>de</strong> melão! Bom dia, amigo voluntário! - respon<strong>de</strong>u César.<br />

Quase todos os internos o conheciam e os abraços foram apertados.<br />

- Pedro, escute! Fiz uma rima para você - disse Rodrigo. - Pedrão, você co<br />

meu carvão, por isso ficou negro como tição! Desculpa pelo carvão, mas não<br />

achei outra<br />

palavra para rimar.<br />

Risadas. Pedro se apresentou aos outros, recitou algumas estrofes que não<br />

rimaram, e os garotos riram. Tocaram guitarra e cantaram; outras crianças<br />

vieram, acomodaram-se<br />

no quarto e participaram das brinca<strong>de</strong>iras. Pedro ajudou-os a se alimentar<br />

no horário do almoço. Meio-dia, Pedro <strong>de</strong>spediu-se prometendo voltar todos<br />

os dias pela<br />

manhã. Pedro foi embora tranquilo, gostou <strong>de</strong> estar novamente com as crianç<br />

as. Seu filho não estava mais doente e sofrendo, mas os filhos <strong>de</strong> outros e<br />

stavam.<br />

- Vou voltar! - Pedro afirmou <strong>de</strong>cidido.<br />

- Por que não pensei nisso antes? -expressou Josias, falando alto. - Esse<br />

meu amigo com certeza não terá mais vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> morrer, ocupando seu temp<br />

o nesse maravilhoso<br />

trabalho voluntário. E espero que ele não arrume mais confusões.<br />

Pedro contou entusiasmado para Wal<strong>de</strong>mar o encontro com os garotos.<br />

- Foi bom revê-los! Vou voltar todas as manhãs. Nesse horário, tem poucos<br />

voluntários. Acordo cedo, vou ao hospital, <strong>de</strong>pois venho para cá, à noite a<br />

rrumo a casa<br />

e lavo as roupas.

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