16.04.2013 Views

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

jantar. Estava alegre.<br />

Mas quando retornou, viu-os preocupados e tentou animá-los.<br />

- Luzia, não quero me intrometer em sua vida, mas não fique triste com ess<br />

a separação. Talvez vocês possam conversar e se enten<strong>de</strong>r.<br />

- Já <strong>de</strong>veria ter me separado - explicou Luzia. - Essa minha segunda união<br />

foi um fracasso! Estou preocupada, com medo <strong>de</strong> que João venha atrás <strong>de</strong> n<br />

ós. Prometeu bater<br />

em Zé Carlos.<br />

- Pois eu acho que ele não virá aqui - opinou Pedro. - Vocês fiquem aqui<br />

comigo o tempo que for necessário e espero que estejam bem acomodados. Va<br />

mos fazer o jantar!<br />

Todos ajudaram e o jantar ficou pronto. Luzia fez uma sopa <strong>de</strong> legumes par<br />

a Aline. Jantaram. Pedro em era o único entusiasmado, riu e brincou. Tinh<br />

am acabado <strong>de</strong> jantar<br />

quando escutaram João gritando na rua.<br />

- Venha cá, seu moleque medroso! Escon<strong>de</strong>-se atrás <strong>de</strong> ulheres? Venha cá e<br />

me enfrente, se for homem!<br />

Zé Carlos se levantou. Luzia e Aline o seguraram.<br />

- Por favor, Zé Carlos, você me prometeu! Pelo nosso filho! Não enfrente es<br />

se doido! - rogou Aline nervosa.<br />

- Ora, que petulância! - exclamou Pedro. - Ninguém vem à minha porta e gri<br />

ta assim!<br />

Saiu sem que os três percebessem, fechou a porta com a chave pelo lado <strong>de</strong><br />

fora e colocou a chave no bolso. Abriu o portão e encarou João.<br />

- Pare <strong>de</strong> gritar, aqui ninguém é surdo!<br />

- Aquele moleque mandou-o sozinho para <strong>de</strong>fendê-lo? - falou João rindo cin<br />

icamente.<br />

- Vim porque quis. Esta casa é minha e não gosto <strong>de</strong> gritaria no meu portão<br />

. Vá embora! - or<strong>de</strong>nou Pedro.<br />

- Não vou, não antes <strong>de</strong> dar uma surra na minha mulher e outra no filho <strong>de</strong><br />

la - João respon<strong>de</strong>u em tom <strong>de</strong> <strong>de</strong>boboche.<br />

- Não vai bater em ninguém! - afirmou Pedro.<br />

- Quem irá me impedir? - perguntou João <strong>de</strong>safiando.<br />

- Eu!<br />

- Quer apanhar também, negrão?<br />

- Não. Vou querer lhe bater se não for embora - respon<strong>de</strong>u Pedro.<br />

- Ah, o negro bonzinho quer apanhar no lugar do genro. Que seja!<br />

Fez que ia embora e virou-se rápido num ato traiçoeiro e esmurrou o ar, por<br />

que Pedro, atento, <strong>de</strong>sviou-se.<br />

- Papai, cuidado! Entre por favor! - gritou pedindo Aline.<br />

- Abra a porta, senhor Pedro, ele quer brigar comigo, vou aí. Por favor, entr<br />

e! - rogou Zé Carlos.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!