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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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or. E com essas juras que estou preocupado, sinhô. Juraram se amar para se<br />

mpre e se o pai<br />

<strong>de</strong>la os separar, impedir <strong>de</strong> ficarem juntos, eles se matam.<br />

"Meu Deus!", exclamei apavorado.<br />

Fiquei muito aborrecido e preocupado e contei à minha esposa. Até tentamo<br />

s achar um modo <strong>de</strong> ajudá-los.<br />

"E se ajudássemos os dois a fugir?" perguntou Nana.<br />

"Para on<strong>de</strong>?", indaguei. "O pai <strong>de</strong>la, que tem fama <strong>de</strong> rancoroso e cruel, os<br />

acharia e os mataria. Depois, não temos dinheiro para mandá-los para longe.<br />

E como tirar<br />

Margarida da casa <strong>de</strong>la?<br />

Conversamos com Alexandre e percebemos que nosso filho estava muito en<br />

amorado. Tentamos, então, persuadi-lo a esquecer. Não obtivemos sucess<br />

o. Tivemos medo pelo<br />

nosso filho e pelo que po<strong>de</strong>ria acontecer com os dois apaixonados.<br />

O pai <strong>de</strong>la acabou <strong>de</strong>scobrindo, trancou-a <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa, apressou seu ca<br />

samento, marcando a data, e agiu com violência. Mandou seus homens, jagu<br />

nços, esperarem Alexandre<br />

e Pedro e atacá-los no caminho, quando voltassem da cida<strong>de</strong> para o sítio.<br />

Eram cinco homens fortes; os dois até que se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram, mas ficaram muit<br />

os machucados.<br />

Nana chorou muito ao ver os dois chegarem ao sítio muito feridos. Além d<br />

isso, todo o dinheiro que receberam com a venda dos produtos foi roubado<br />

. Compreendi que<br />

meu filho sofria mais moralmente do que pelos ferimentos. Alexandre estava<br />

<strong>de</strong>sesperado por não conseguir mais ver a sua amada e por saber que logo e<br />

la se casaria<br />

com outro.<br />

Como todos os enamorados, acharam um modo <strong>de</strong> se comunicarem. Uma empr<br />

egada <strong>de</strong> confiança <strong>de</strong> Margarida trouxe para Alexandre uma carta <strong>de</strong> am<br />

or em que ela se <strong>de</strong>spedia<br />

<strong>de</strong>le.<br />

Tentei consolar Alexandre, ajudá-lo para que não sofresse tanto.<br />

"Papai",<strong>de</strong>clarou Alexandre, "amo Margarida. Acho que sempre a amei e ama<br />

rei pela eternida<strong>de</strong>."<br />

"Filho", argumentei, "você é jovem, e essa paixão, tão natural na sua ida<strong>de</strong><br />

, passará como chuva forte <strong>de</strong> verão. Você a esquecerá e logo estará amando<br />

outra."<br />

"Nunca!", afirmou Alexandre convicto. "Somente irei amá-la. Papai, nosso<br />

amor é lindo! Nascemos um para o outro! Margarida é meiga, bela e penso n<br />

ela em todos os<br />

momentos em que estou acordado e, quando durmo, sonho que estamos junto

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