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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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Aten<strong>de</strong>u.<br />

- Sim, senhora, vou amanhã cedo. Obrigado!<br />

Wal<strong>de</strong>mar parara <strong>de</strong> trabalhar e ficou ao lado tentando, curioso, escutar e pe<br />

nsou:<br />

"O que será que o pessoal do hospital quer <strong>de</strong> Pedro?"<br />

- A assistente social da ala infantil do hospital pediu para eu ir lá que o<br />

doutor Édio quer falar comigo. Vou amanhã cedo, às oito horas. O que será qu<br />

e eles querem?<br />

- falou Pedro preocupado a Wal<strong>de</strong>mar.<br />

- Não <strong>de</strong>ve ser nada importante - opinou Wal<strong>de</strong>mar. - Talvez você tenha <strong>de</strong><br />

assinar algum documento, ou ficou lá algum objeto <strong>de</strong> Alexandre e eles que<br />

rem <strong>de</strong>volver.<br />

- Deve ser isso - concordou Pedro mais aliviado. - Realmente, lá ficaram obj<br />

etos do meu filho, como a guitarra, os jogos, os brinquedos, que doei para o<br />

hospital.<br />

- Às vezes, para fazer essas doações é preciso assinar papéis - concluiu Wal<br />

<strong>de</strong>mar.<br />

- Não queria voltar ao hospital. Com certeza, vou ficar muito triste! - excla<br />

mou Pedro.<br />

- Seu filho não está mais lá, mas os amiguinhos <strong>de</strong>le estão. Vá amanhã e re<br />

solva <strong>de</strong> uma vez.<br />

- Vou sim. Todos os que trabalham lá são pessoas boas, sempre nos trataram<br />

bem, me <strong>de</strong>ixavam entrar fora do horário <strong>de</strong> visita.<br />

No outro dia, Pedro foi, e Josias o acompanhou.<br />

Na portaria, pediram para que fosse à sala do doutor Édio. Pedro, ansioso,<br />

esperou-o na sala ao lado. Lembrou-se das vezes que ali aguardou o médico<br />

para saber do<br />

seu filho. Quis tanto ouvir que seu menino se curaria, mas em cada encontr<br />

o diminuíam as esperanças.<br />

A porta se abriu e doutor Édio o recebeu com um sorriso <strong>de</strong> boas-vindas.<br />

- Pedro, entra! Como está?<br />

- Bem, obrigado, e o senhor? Mandou me chamar? Algo para assinar? Os obje<br />

tos <strong>de</strong> Alexandre, doei-os e...<br />

- Pedro - interrompeu o médico -, estou bem, obrigado. E o nosso trabalho<br />

aqui está como sempre. Necessitamos <strong>de</strong> voluntários! Nossas crianças precis<br />

am ser alegradas.<br />

Por que não voltou mais? Sentimos sua falta.<br />

- Doutor Édio, vinha aqui pelo meu filho e...<br />

- Quero lhe pedir para voltar a nos visitar. Os garotos têm perguntado por v<br />

ocê. Vá vê-los!<br />

- Acho que não sou capaz! E difícil entrar no quarto dos garotos e não ver<br />

Alexandre - expressou Pedro comovido.

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