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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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Afastaram as mesas e Oscar e Jiló foram ensinar Pedro a lutar para <strong>de</strong>pois b<br />

rigar com Teo.<br />

- Afaste o corpo! Seja rápido!<br />

- Proteja-se com o braço!<br />

- Ataque com os punhos fechados!<br />

Riram.<br />

- Mais alguns treinos e você estará pronto para brigar com o Teo. Com certe<br />

za, levará uma surra, mas baterá também - incentivou Jiló.<br />

- Não sei o que faço - disse Teo, na outra noite. - O cara quer me <strong>de</strong>spejar d<br />

o apartamento.<br />

Pedro quis saber o que acontecia e achou a solução.<br />

- Teo, se você tem os recibos que pagou, o proprietário não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spejá-l<br />

o. Mas se ele não o quer como inquilino por que não muda? Aqui perto, logo<br />

na rua <strong>de</strong> baixo,<br />

estão alugando apartamentos bem mais baratos e melhor do que esse em que<br />

você mora. Se quiser posso ser seu fiador.<br />

- Teo quer lhe bater e você se oferece para ajudá-lo? perguntou Jiló estranh<br />

ando.<br />

- Uma coisa não tem nada haver com a outra. Se pelo menos Teo quisesse m<br />

e matar!<br />

E Pedro no outro dia foi com Teo acertar sua mudança. Esqueceram a briga<br />

, mas continuou a treinar com eles. Tornaram-se amigos. Contavam todos o<br />

s problemas para<br />

Pedro, que tentava ajudá-los.<br />

"Quem diria que um bando aparentemente <strong>de</strong> <strong>de</strong>socupados, motoqueiros que s<br />

e vestem <strong>de</strong> preto, tivessem tantos problemas e dificulda<strong>de</strong>s!", pensou Pe<br />

dro.<br />

Wal<strong>de</strong>mar telefonava quase todos os dias, querendo saber do bar, se tudo es<br />

tava bem. Pedro pagava as contas, fazia as compras, <strong>de</strong>positava dinheiro no<br />

banco.<br />

Wal<strong>de</strong>mar <strong>de</strong>morou mais do que previra e quando retornou, agra<strong>de</strong>ceu aos<br />

empregados e informou:<br />

- Vou voltar para minha cida<strong>de</strong>!<br />

- Sua mãe piorou? - indagou-lhe Pedro preocupado.<br />

- Não, mamãe está melhor. Quando cheguei lá, ela estava internada num h<br />

ospital, melhorou ao me ver. Minha mãezinha me disse que sua doença é p<br />

reocupação comigo por<br />

saber que estou só numa cida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e perigosa. Minha irmã que mora com<br />

ela vai se casar e minha família me quer por perto. Vou ven<strong>de</strong>r o bar e vol<br />

tar para lá.<br />

- Você reviu todos os amigos? - perguntou Pedro.<br />

- Cida<strong>de</strong> pequena todos se vêem - respon<strong>de</strong>u Wal<strong>de</strong>mar. - Faz cinco anos que

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