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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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Pedro viu a quantia marcada e opinou:<br />

- Eu não marquei o que lhe <strong>de</strong>vo, mas acho que mais.<br />

Wal<strong>de</strong>mar fez um gesto costumeiro, sacudiu os ombros. Ele fazia isso quando<br />

não queria falar.<br />

"Não faz mal, pago isso e mais o que acho que <strong>de</strong>vo", pensou Pedro.<br />

Vendo que Wal<strong>de</strong>mar continuava in<strong>de</strong>ciso, Pedro falou:<br />

- A que horas quer que eu venha para lhe ajudar? Se não se importar, começ<br />

o amanhã, porque tenho <strong>de</strong> ir logo mais para a fábrica.<br />

- Olá Pedro! Como está? Já se recuperou? - perguntou Nicão, um conhecido e<br />

freqüentador do local, que acabara <strong>de</strong> entrar no estabelecimento.<br />

- Estou bem, obrigado! - respon<strong>de</strong>u Pedro.<br />

- É forte mesmo! O filho morreu, a mulher que o traía o abandonou. Não pens<br />

a em fazer justiça? Afinal, todos enten<strong>de</strong>riam se você os castigasse, até os<br />

matasse. -<br />

comentou Nicão provocando com sorriso cínico.<br />

Pedro sorriu também. Ele pensava em morrer, mas nunca em matar. Se Nicão<br />

pu<strong>de</strong>sse matá-lo, provocaria uma briga, mas ele era do tipo que preferia f<br />

erir com a linguagem.<br />

- Nicão - respon<strong>de</strong>u Pedro tranquilo -, meu filho estava muito doente e sab<br />

íamos que não ia se curar e que faleceria. Mônica e eu não estávamos viven<br />

do bem e íamos<br />

nos separar. Não me sinto traído! Quero mais é que eles sejam felizes.<br />

Pedro <strong>de</strong>u as costas para o impru<strong>de</strong>nte fofoqueiro e falou para Wal<strong>de</strong>mar:<br />

- Como vê, não estou triste a ponto <strong>de</strong> incomodar seus fregueses nem aceita<br />

rei provocações. Posso vir?<br />

- Espero-o amanhã!<br />

Combinaram, Pedro começaria às 11 horas. Satisfeito, foi para casa para logo<br />

mais ir à fábrica.<br />

"Ninguém", pensou Pedro, "além do Nicão, falou comigo sobre a atitu<strong>de</strong> d<br />

e Mônica. Meus amigos e conhecidos tiveram bom senso. Não gosto <strong>de</strong> ment<br />

ir, mas foi melhor<br />

dizer que Mônica e eu já não nos dávamos bem. Acho que estávamos separa<br />

dos mesmo, eu que não percebi."<br />

Colocou o dinheiro em envelopes e escreveu o nome dos companheiros.<br />

Sentiu-se aliviado em po<strong>de</strong>r pagar-lhes.<br />

Foi para a fábrica.<br />

5 - RESOLVENDO O PROBLEMA DE ISAAC<br />

Pedro ao chegar olhou a fábrica, ambiente seu tão conhecido, não sabia dize<br />

r quantas vezes ali fora para trabalhar. Descobriu que amava o local e lhe

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