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"O CÉU PODE ESPERAR" Vera Lúcia M. de Carvalho Sinopse ...

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s. O senhor não po<strong>de</strong> imaginar como recordo os nossos encontros. Amei-a<br />

assim que a vi, meu<br />

coração disparou quando ela sorriu para mim. Pensei que estava sonhando q<br />

uando aceitou encontrar-se comigo.<br />

"Mas Margarida <strong>de</strong>spediu-se <strong>de</strong> você! Essa carta é clara! Se ela compreend<br />

eu que o melhor é vocês se separarem, você também <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r."<br />

"Essa é uma <strong>de</strong>spedida diferente! Ela disse que me ama e como eu, me amará<br />

pela eternida<strong>de</strong>."<br />

Eu tinha lido a carta. Era uma linda missiva <strong>de</strong> amor em que ela prometia a<br />

má-lo para sempre e no final uma frase que somente entendi mais tar<strong>de</strong>. "Al<br />

exandre, nos<br />

e encontramos no céu, aí então seremos felizes."<br />

"Eternida<strong>de</strong> é muito tempo. Esse amor passará. Sei que você está sofrendo. S<br />

ofrer por amor faz parte da vida. Você não é o primeiro nem será o último",<br />

tentei ainda<br />

convencê-lo.<br />

"Está bem meu pai, não se preocupe. O senhor <strong>de</strong>ve ter razão. Isso passará!"<br />

Alexandre pareceu mais resignado, e, embora triste com o sofrimento do meu<br />

filho, achei que ele acabaria por esquecê-la.<br />

- Mas Nana continuou muito preocupada e com medo <strong>de</strong> que nosso filho come<br />

tesse algum ato perigoso. Achou que ele po<strong>de</strong>ria ir à casa <strong>de</strong> Margarida e<br />

o pai <strong>de</strong>la mandar<br />

surrá-lo <strong>de</strong> novo. Pediu para Pedro vigiá-lo.<br />

Mas a tragédia aconteceu. Perto do sítio em que morávamos, na fazenda vi<br />

zinha, havia um rio caudaloso e, num ponto entre montanhas, formava-se u<br />

m pequeno lago, com<br />

águas profundas, on<strong>de</strong> muitos homens da região costumavam pescar. Alexandre<br />

disse que ia pescar para se distrair e Pedro foi junto. Mas seu vigia est<br />

ava interessado<br />

numa mulher que morava ali perto e resolveu, incentivado por Alexandre, vis<br />

itá-la enquanto ele pescava. Depois da visita, Pedro voltou ao local on<strong>de</strong> e<br />

staria meu<br />

filho. Viu somente a canoa no meio das águas. Gritou por ele mas ninguém<br />

respon<strong>de</strong>u.<br />

Apavorado, gritou <strong>de</strong>sesperado e logo aproximaram-se algumas pessoas qu<br />

e trabalhavam por perto. Um menino informou que vira Alexandre entrar<br />

na canoa com uma pedra<br />

enorme e percebeu também que ele tinha uma corda.<br />

"Meu Deus!", exclamou Pedro. "Ele trouxe mesmo uma corda, disse que que<br />

ria amarrar a canoa na outra margem. O que será que esse menino fez?<br />

Quis pular na água, mas não sabia nadar e alguém teve o bom senso <strong>de</strong> segu

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