Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf
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acondicionamento e transporte de<br />
quaisquer mercadorias destinadas<br />
ao comércio internacional.<br />
A nova norma estabelecerá critérios<br />
de rastreabilidade, emissão de<br />
certificados, exportação, inspeção<br />
e fiscalização, e medidas fitossanitárias<br />
cabíveis para essas embalagens<br />
e os suportes de madeira.<br />
A madeira deverá, por exemplo,<br />
estar livre de insetos vivos e sem<br />
sinal de infestação de pragas. A<br />
responsabilidade de cumprimento<br />
das regras recairá sobre a empresa<br />
exportadora e importadora, que<br />
deve estar em concordância com as<br />
regras da Instrução Normativa.<br />
A certificação será necessária para<br />
embalagens e suportes de madeira<br />
em bruto - aqueles que não sofreram<br />
processamento, nem foram<br />
submetidos a tratamento -,<br />
que inclui caixas, engradados,<br />
paletes, madeira de estiva, lastros<br />
e calços. Estão isentos das exigências<br />
de certificação, as embalagens<br />
e os suportes de madeira industrializados,<br />
processados ou que,<br />
no processo de fabricação, tenham<br />
sido submetidos ao calor, colagem<br />
ou pressão, a exemplo de compensados<br />
e aglomerados de partículas,<br />
fibras orientadas ou folhas com espessura<br />
de 6 mm ou menos.<br />
Para mais informações, consulte a<br />
Portaria de nº 7, publicada na edição<br />
de 17/01/07 no Diário Oficial da<br />
União, disponível no site da Imprensa<br />
Nacional, no endereço eletrônico<br />
www.in.gov.br.<br />
Castanhas do Rio Grande<br />
do Norte Acessam o<br />
Mercado Externo<br />
Exportação para Europa e preços<br />
de venda melhores, com aumen-<br />
to da rentabilidade do negócio são<br />
os resultados das ações, promovidas<br />
pelo Sebrae, há três anos,<br />
para fortalecer e desenvolver a<br />
cultura empreendedora entre os<br />
produtores de castanha de caju,<br />
organizados em 11 municípios do<br />
Rio Grande do Norte. No ano<br />
passado, foi criado um projeto<br />
para promover a ocupação e o aumento<br />
das vendas das castanhas<br />
de forma competitiva e sustentável,<br />
fundamentadas na cultura de<br />
cooperação. Desde então, foram<br />
construídas e revitalizadas dezenas<br />
de indústrias que, juntas, são responsáveis<br />
por quase 20% da produção<br />
de castanhas de caju de<br />
todo o Brasil.<br />
Nos períodos de safra, entre os<br />
meses de outubro e janeiro, as indústrias<br />
chegam a empregar 280<br />
famílias, beneficiando 600 pessoas<br />
diretamente e 3 mil indiretamente.<br />
De acordo com o gestor<br />
do projeto no Estado, Lecy Carlos<br />
Gadelha Júnior, em 2006, as<br />
minifábricas produziram 90 toneladas<br />
de castanhas de caju, das<br />
quais 75 foram enviadas para Itália<br />
e Alemanha e 15 toneladas foram<br />
vendidas para o mercado interno.<br />
Além disso, os produtores aumentaram<br />
o preço do quilo das castanhas<br />
de R$ 0,70 para R$ 1,10,<br />
melhorando sua rentabilidade.<br />
Com a implantação das unidades<br />
familiares nas minifábricas e acompanhamento<br />
do Sebrae, os produtores<br />
se organizaram, investiram<br />
em embalagens novas e mais<br />
modernas, reduziram a sua<br />
dependência sobre os atravessadores<br />
na comercialização<br />
e aumentaram a oferta para os<br />
mercados interno e externo da<br />
castanha e dos subprodutos do<br />
caju, inclusive o orgânico.<br />
Fazenda de Goiaba<br />
Conquista Certificação<br />
Rainforest Alliance<br />
O Sítio São Nicolau, da empresa Val<br />
<strong>Frutas</strong>, produtora e processadora de<br />
goiaba de Vista Alegre do Alto/SP, foi<br />
a primeira fazenda de goiaba do<br />
mundo a receber autorização para<br />
utilizar o selo Rainforest Alliance<br />
Certified em seus produtos.<br />
Roberto Rossi, supervisor de<br />
Marketing da empresa, explica que<br />
“este é um selo reconhecido internacionalmente<br />
e, no intuito da<br />
melhoria contínua de suas práticas<br />
agrícolas, a Val <strong>Frutas</strong> encontrou<br />
nesta certificação os requisitos<br />
ideais para a promoção da<br />
agricultura sustentável”. A<br />
certificação garante que a empresa<br />
respeita o meio ambiente, os<br />
trabalhadores e a região onde está<br />
inserida. Para conquistar a<br />
certificação, a propriedade se<br />
comprometeu com as regras da<br />
Rede de Agricultura Sustentável,<br />
rede internacional de organizações<br />
sem fins lucrativos, que estabelece,<br />
entre outras normas, a conservação<br />
dos rios, dos solos e do<br />
meio ambiente. Além disso, as propriedades<br />
devem garantir que os trabalhadores<br />
e suas famílias sejam respeitados,<br />
recebendo um salário digno<br />
e tendo acesso à saúde e à educação.<br />
Para o Imaflora, organização<br />
sem fins lucrativos,responsável pelo<br />
processo de certificação Rainforest<br />
Alliance no Brasil, a conquista da Val<br />
<strong>Frutas</strong> representa o primeiro passo<br />
para a ampliação do segmmento de<br />
certificação para frutas. Além da<br />
goiaba, outros cultivos possuem o<br />
selo Rainforest Alliance, como<br />
café, banana, laranja e flores, em<br />
diversos países da América Latina<br />
e mais recentemente na África.<br />
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