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Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

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e utilizá-las, conjuntamente, com empresas do setor<br />

em projetos diferenciados e adequados a cada região.<br />

<strong>Frutas</strong> e Derivados - Quanto ao seguro rural,<br />

haverá alguma subvenção do Estado?<br />

João Sampaio - Já temos um projeto de 50%<br />

de subvenção ao prêmio do seguro rural no Estado<br />

de São Paulo. Começamos em 2003 com um<br />

projeto piloto e estamos no quarto ciclo agrícola.<br />

São 23 culturas envolvidas no projeto e grande parte<br />

delas é de frutas. É um projeto voltado para o<br />

pequeno produtor com renda bruta anual de até<br />

R$ 215 mil. Nele, o produtor faz o seguro junto a<br />

uma das seguradoras credenciadas. De posse da<br />

apólice, e dentro das especificações técnicas do<br />

projeto, ele pleiteia a subvenção. Se aprovada, em<br />

menos de um mês, ele recebe metade do valor<br />

que pagou do prêmio do seguro por intermédio<br />

do Banco Nossa Caixa. Este projeto é um sucesso,<br />

principalmente entre os fruticultores, por se tratar de<br />

culturas mais susceptíveis às intempéries climáticas.<br />

Nossos maiores beneficiados são produtores de uva,<br />

caqui e figo, nas regiões de Campinas. Queremos que<br />

produtores de todo o Estado participem. Para isso,<br />

basta procurar a Casa de Agricultura local e se informar<br />

mais detalhadamente sobre o projeto. É um instrumento<br />

de proteção à disposição do produtor. E mais:<br />

é um projeto pioneiro em todo o País.<br />

<strong>Frutas</strong> e Derivados - Sebrae-SP e <strong>Ibraf</strong> acabam<br />

de lançar o Projeto Fruta Paulista. Como analisa essa<br />

parceria para os fruticultores de São Paulo?<br />

João Sampaio - Este é o caminho para a fruticultura<br />

paulista: unir a cadeia produtiva desde o<br />

produtor até o consumidor, apostando na capacidade<br />

destas instituições de agregar valor aos produtos.<br />

A Secretaria não só apóia como é co-participante<br />

deste projeto. A Câmara Setorial de <strong>Frutas</strong><br />

participa de todo o processo. A nossa estrutura,<br />

enquanto instituição de pesquisa e assistência<br />

técnica, adaptadora de tecnologia, vai participar<br />

ativamente deste projeto, colaborando na<br />

certificação e normatização da produção até a mesa<br />

do consumidor, seja ele paulista, brasileiro ou dos<br />

países importadores.<br />

<strong>Frutas</strong> e Derivados - Em sua opinião, quais as<br />

maiores necessidades da fruticultura paulista?<br />

João Sampaio - O mercado consumidor é dinâmico<br />

e alcançar sucesso junto ao consumidor de-<br />

ENTREVISTA JOÃO SAMPAIO<br />

pende da capacidade de leitura destas mudanças e<br />

o poder de adaptação e incorporação de novas<br />

tecnologias. A fruticultura paulista passa pelos mesmos<br />

desafios que outros setores. A seleção e o<br />

processamento das frutas com embalagens apropriadas<br />

que dêem durabilidade e frescor às frutas,<br />

assim como o desenvolvimento de variedades agrícolas,<br />

cada vez mais condizentes com as demandas<br />

de consumo, são as principais necessidades da fruticultura<br />

paulista. A certificação, sanidade e adequação<br />

aos mercados são os grandes desafios.<br />

“Trabalhar a imagem da fruta<br />

paulista passa por certificação<br />

na produção, padronização dos<br />

processos, combinado com<br />

campanha de marketing.”<br />

<strong>Frutas</strong> e Derivados - Como a Secretaria pode<br />

contribuir para saná-las?<br />

João Sampaio - A Secretaria de Agricultura,<br />

como enumerado anteriormente, possui várias das<br />

ferramentas necessárias para que estas dificuldades<br />

possam ser superadas. A articulação dentro da cadeia<br />

produtiva é um dos caminhos e, para isto, a<br />

Câmara Setorial de <strong>Frutas</strong> é o foro adequado.<br />

<strong>Frutas</strong> e Derivados - Mesmo produzindo quase<br />

metade das frutas nacionais (47% do total nacional),<br />

e sendo exportador, São Paulo é pouco reconhecido<br />

como pólo de fruticultura. A Secretaria tem algum<br />

plano para reverter essa imagem?<br />

João Sampaio - A fruticultura paulista é das mais<br />

fortes do País. Com grande rentabilidade, é responsável<br />

por uma distribuição e ampliação de renda<br />

nos seus pólos de produção. Trabalhar a imagem<br />

da fruta paulista passa pela certificação na produção,<br />

padronização dos processos e da embalagem,<br />

combinado com uma campanha de marketing.<br />

O caminho já foi iniciado pelo Projeto Fruta Paulista,<br />

que é criar a marca e o selo do produto de<br />

São Paulo. Isto deve ser ampliado para que alcancemos<br />

maior visibilidade e consolidação da marca<br />

fruta paulista.<br />

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