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Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

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16<br />

FRUTAS FRESCAS<br />

os preços, tornando-as mais acessíveis”, observa.<br />

“Já existe uma demanda, embora pequena. Temos<br />

realizado ações promocionais, que incluem<br />

degustação nos pontos-de-vendas, anúncios em<br />

revista e folders.”<br />

As frutas finas exigem cuidados na<br />

colheita, e estrutura de armazenagem<br />

e refrigeração.<br />

Débora aponta uma demanda mundial crescente<br />

por mirtilo. Ela conta que a Argentina deve produzir<br />

140 toneladas este ano. Outra fruta com<br />

bom potencial de mercado é a framboesa, muito<br />

procurada pelo sabor e pela cor. “Grandes empresas<br />

a têm utilizado para enriquecer outros alimentos,<br />

principalmente sobremesas e lácteos”, afirma<br />

e acrescenta que a demanda por amora também<br />

vai aumentar bastante. “A oferta está crescendo e o<br />

preço está ficando mais acessível para as empresas<br />

industrializarem os produtos.”<br />

A venda da produção da Nice Berry no Brasil é<br />

feita por meio de distribuidores nas Ceasas e no<br />

Ceagesp, em São Paulo, principalmente. A empresa<br />

vende as frutas in natura, em embalagens de 125<br />

gramas, e também congeladas (IQF), visando à produção<br />

de geléias, iogurtes, tortas e sucos. Conhecido<br />

como fonte da juventude, pelo seu poder<br />

antioxidante, além de propriedades nutricionais, o<br />

blue berry (mirtilo) é comercializado em embalagens<br />

de 125 gramas, por cerca de R$ 8,00. “O<br />

ROBERTO PEDROSO DE OLIVEIRA/EMBRAPA CLIMA TEMPERADO<br />

mirtilo exige muita mão-de-obra porque os frutos<br />

têm de ser colhidos com bastante cuidado, para<br />

não se romperem, vão direto na embalagem com<br />

gelo no fundo.” Segundo Débora, no ano passado,<br />

foram colhidas seis toneladas da fruta. “A idéia é<br />

dobrar a produção de mirtilo este ano”, planeja e<br />

acrescenta que os pomares são novos e a planta<br />

entra no seu pico de produção a partir do quinto<br />

ano, produzindo até 15 anos.<br />

A embalagem de amora é comercializada<br />

por R$ 4,00. “Além de maior produtividade, comparada<br />

a outras frutas finas, é mais fácil de conduzir.”<br />

A framboesa é vendida por R$ 7,00 a embalagem<br />

de 125 gramas, o mesmo preço da sofisticada<br />

physalis, de sabor único e incomparável, que une o<br />

ácido e o adocicado, e é apreciada pelos grandes<br />

chefs da cozinha internacional. “Tem sido muito utilizada<br />

na decoração de pratos e na elaboração de<br />

bombons”, diz Débora. Também, é consumida na<br />

forma de doces, sucos, sorvetes, geléias ou como<br />

acompanhamento de vinhos. Originária da Amazônia<br />

e dos Andes, possui alto teor de vitaminas A,<br />

C, fósforo e ferro, licopeno e betacaroteno, que<br />

tem efeito antioxidante. De olho no mercado internacional,<br />

a produção já está em fase de<br />

certificação. “A idéia é ter o EurepGap para exportar<br />

para o mercado europeu”, diz Débora. Por enquanto,<br />

o foco da empresa é consolidar o mercado<br />

interno. “Apenas quando a oferta for maior do que<br />

a demanda, passaremos a exportar.” Embora não<br />

seja orgânica, a produção não utiliza agrotóxicos.<br />

“Como as frutas são colhidas direto na embalagem,<br />

que vai para o processo de refrigeração, o consumidor<br />

tem à sua disposição uma fruta de excelente<br />

qualidade”, diz.<br />

POTENCIAL<br />

O Programa Estadual de Fruticultura do Rio<br />

Grande do Sul tem estimulado o cultivo de frutas<br />

finas. Na região, as mais importantes são morango,<br />

amora e framboesa, mas já começam a despontar<br />

espécies como physalis e mirtilo. Mercado existe,<br />

há o interesse de compradores estrangeiros, mas<br />

ainda não há uma estrutura de logística no aeroporto,<br />

segundo o coordenador do programa, Paulo<br />

Lipp João. “Falta estrutura de câmara fria para o<br />

embarque dessas frutas congeladas via aérea. O aeroporto<br />

não está preparado para essa finalidade”,<br />

afirma João. Ele acrescenta que, por essa razão, o<br />

fruticultor tem de preparar a carga e levar na hora<br />

País já dominou tecnologia para produção<br />

e comercialização do delicado morango.

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