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Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

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28<br />

AGROINDÚSTRIA<br />

transporte e eliminando problemas sanitários. “A<br />

tecnologia fresh cut permite maior aproveitamento<br />

da produção e agrega valor às frutas”, afirma.<br />

O professor, no entanto, observa que falta uma<br />

legislação sanitária sobre produtos minimamente<br />

processados, que, em sua opinião, deve abranger<br />

produção, colheita, preparo, manipulação,<br />

embalagem e transporte ao mercado e exposição<br />

em balcões para a venda.<br />

REDUÇÃO DE PERDAS<br />

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados<br />

(Abras), Sussumu Honda, acredita que<br />

o consumo de frutas minimamente processadas<br />

pode ajudar a reduzir as perdas de frutas. “O Brasil<br />

produz um volume muito grande de frutas, mas<br />

perde muito também. Assim, nesse modelo, quando<br />

você tem operações adequadas, evita-se perdas”,<br />

observa. Na opinião de Honda, o consumo<br />

de frutas minimamente processadas é uma tendência<br />

mundial. “Atende aos requisitos de praticidade e<br />

de racionalização de tempo”, afirma e acrescenta<br />

que o mercado americano é gigantesco. “Lá, o consumidor<br />

tem um bom poder aquisitivo e pode pagar pelo<br />

produto, que tem valor agregado.” Lembra que nos<br />

aeroportos americanos, as frutas minimamente processadas<br />

estão à disposição, para consumo imediato.<br />

“Atende ao apelo de alimento mais saudável e substitui<br />

os fast-foods e outros alimentos processados.”<br />

Processamento mínimo deve seguir<br />

normas rigorosas de higiene e<br />

tecnologia apropriada, para garantir<br />

qualidade e seguridade no consumo.<br />

Ele lembra que nos Estados Unidos, a tecnologia<br />

de frutas minimamente processadas está bastante<br />

avançada. “No caso de maçã, que se oxida rapidamente,<br />

já há tecnologia para impedir o processo”,<br />

conta. Segundo Honda, os supermercados brasileiros<br />

começam a oferecer frutas preparadas - melão,<br />

mamão, melancia, uva, abacaxi, além de salada e<br />

até uma mix de frutas - prontas para consumo. “Nos<br />

grandes centros urbanos do País, isso já começa a<br />

se apresentar como tendência”, diz e lembra que<br />

há outra opção, com menor valor agregado, ideal<br />

para frutas grandes, que são cortadas pela metade,<br />

para atender às famílias menores, o que é uma forma<br />

de evitar o desperdício. O presidente da Abras,<br />

porém, observa que o processamento mínimo requer<br />

EMBRAPA CTAA<br />

uma manipulação cuidadosa. “O produto<br />

é fresco, pronto para consumo e<br />

tem vida de prateleira bastante curta.<br />

Além de cuidado na manipulação e no<br />

ambiente onde se faz o processamento,<br />

a questão de higiene e seguridade é<br />

fundamental”, afirma.<br />

REALIDADE<br />

O consumo de frutas minimamente processadas<br />

não é mais uma tendência futura, mas uma realidade<br />

visível nas gôndolas dos supermercados,<br />

onde as áreas destinadas a esses itens estão cada<br />

vez maiores. A diversificação de produtos é grande,<br />

o volume de produção tem aumentado e o preço<br />

está baixando, analisa Freire Junior, da Embrapa<br />

Agroindústria de Alimentos. Em sua opinião, as frutas<br />

minimamente processadas apresentam a conveniência<br />

de não requerer qualquer preparação significativa<br />

por parte do consumidor, em termos de<br />

seleção, limpeza, lavagem ou cortes. “Além disto, o<br />

valor agregado ao produto, pelo processamento,<br />

aumenta a competitividade e propicia meios alternativos<br />

para a comercialização. O sucesso deste empreendimento<br />

depende do uso de matérias-primas de<br />

alta qualidade, manuseadas e processadas em condições<br />

adequadas de higiene”, explica o pesquisador.<br />

Freire Junior afirma que, atualmente, o consumidor<br />

tem à sua disposição uma boa variedade de<br />

frutas minimamente processadas, tais como abacaxi,<br />

melão, kiwi, melancia, manga, além de salada de<br />

frutas. São vários os tipos de apresentação, em pedaços<br />

pequenos ou em pedaços maiores, de acordo<br />

com as frutas, já prontos para consumo. As frutas<br />

selecionadas são previamente higienizadas,<br />

descascadas, pré-cortadas, embaladas em bandejas<br />

transparentes PET (polietileno tereftalato) e armazenadas<br />

sob refrigeração.<br />

“A proposta é atender à demanda da mulher<br />

moderna que cada vez mais está trabalhando fora”,<br />

afirma. E cita, como principais vantagens do consumo,<br />

a conveniência, a praticidade e a seguridade.<br />

Pesquisador<br />

Murilo Freire,<br />

tecnologia<br />

mantém gosto<br />

original da fruta.

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