Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf
Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf
Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
MUDAS DE MORANGO<br />
EM CÂMARA FRIA<br />
As mudas de morango da cultivar Camarosa, uma das mais plantadas no País e a mais<br />
importante no Rio Grande do Sul, produzem mais quando vernalizadas em câmara fria. A<br />
vernalização, técnica que consiste em colocar as mudas em câmara fria durante uma fase de<br />
seu crescimento, fez com que a produtividade fosse de 1,07 kg por planta por ano, o<br />
equivalente a 117% superior em relação a muda sem vernalização. As mudas oriundas do<br />
Chile, também usadas para comparação, tiveram produção semelhante a muda nacional<br />
vernalizada. “Os resultados da pesquisa tornam competitivas as mudas produzidas no Brasil,<br />
sendo possível reduzir a importação e oferecer uma alternativa de renda aos produtores<br />
nacionais”, afirma Roberto Pedroso de Oliveira, da Embrapa Clima Temperado, Pelotas/RS,<br />
coordenador do estudo. Para se ter uma idéia do mercado, mais de 80% das mudas de<br />
morango utilizadas no Rio Grande do Sul, provêm do Chile e da Argentina. O pesquisador<br />
explica que “a vernalização das mudas foi feita por 24 dias em câmara fria, sob condições de<br />
temperatura de 4±1oC e umidade relativa de 94±2%”.<br />
A produção e a qualidade dos frutos do morangueiro estão diretamente relacionadas ao<br />
número de horas de frio que as mudas recebem no viveiro. Em sua maioria, as mudas<br />
produzidas no País não atingem o padrão de certificação, apresentando produtividade inferior<br />
às importadas dos Estados Unidos, do Chile e da Argentina. O experimento foi realizado<br />
no sítio Simon, município de Pelotas/RS, utilizando sistema de produção sob túneis com Produtor de mudas Pedro Signorini tes-<br />
mudas de morango da cultivar Camarosa, produzidas em viveiro da região de Pelotas. Para tou e aprovou a tecnologia desenvolvida.<br />
a vernalização, as folhas foram removidas, mantendo-se as raízes intactas, sendo realizado<br />
um tratamento preventivo com fungicida tiofanato metil. Em seguida, as mudas foram dispostas em câmara fria no interior de sacos<br />
plásticos transparentes de 0,<strong>05</strong> mm de espessura, contendo 20 plantas cada. O transplantio das mudas foi realizado de acordo com<br />
as técnicas de produção em uso no País. Mais informações sobre a pesquisa com Roberto Pedroso de Oliveira, email:<br />
rpedroso@cpact.embrapa.br, telefone (53) 3275-8100.<br />
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○<br />
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO/INCAPER<br />
ABACAXI VITÓRIA<br />
PARA ENFRENTAR FUSARIOSE<br />
Resistência a fusariose é a principal característica do abacaxi Vitória, nova cultivar lançada<br />
pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – Incaper -,<br />
em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. A doença, causada<br />
pelo fungo Fusarium subglutinans f.sp. ananás, é o problema fitossanitário que mais<br />
ataca a cultura. A nova cultivar, com folhas sem espinhos, é destinada ao consumo in<br />
natura e à agroindústria. Seus frutos têm polpa branca, boa suculência, eixo central de<br />
tamanho reduzido e elevado teor de açúcares (média de 15,8 °Brix). Outras características<br />
favoráveis para produção são a cor amarela da casca, o formato cilíndrico e o<br />
peso dos frutos, em torno de 1,5 kg. De acordo com as instituições, o abacaxi Vitória<br />
é 30% mais produtivo, dispensa o uso de fungicidas para controle da doença, possibilitando<br />
a redução do impacto ambiental e dos custos de produção. Apresenta, tam-<br />
Vitória chega ao mercado depois de<br />
bém, maior resistência ao transporte e ao pós-colheita. As recomendações técnicas<br />
uma década de pesquisa.<br />
de cultivo são as mesmas usadas para as cultivares Pérola e Smooth Cayenne.<br />
O Programa de Melhoramento Genético do Abacaxizeiro da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical começou em 1984. Os<br />
híbridos gerados passaram por avaliações e seleção em diferentes regiões produtoras. Deles, três híbridos foram introduzidos nas<br />
fazendas experimentais do Incaper, onde, nos últimos 10 anos, realizou-se a seleção, que originou o Vitória. Para outras informações<br />
e locais de aquisição de mudas, contatar Aureliano Nogueira da Costa, na coordenação do Programa Estadual de Fruticultura do<br />
Incaper, telefone (27)3137-9887, email: aureliano@incaper.es.gov.br.<br />
EMBRAPA CPACT<br />
13