17.04.2013 Views

Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

Revista Frutas e derivados - Edição 05 - Ibraf

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FOTOS NICEBERRY<br />

safra, quando os preços caem, elas ficam mais acessíveis<br />

também às classes B, C e D”, observa. Ele<br />

lembra que a amora é a que apresenta maior produção<br />

e preço mais reduzido, principalmente no<br />

pico da safra. Segundo Zanardi, as frutas finas são<br />

muito sensíveis, apresentando bastante dificuldade<br />

de manuseio. Isso faz que o preço do mirtilo, por<br />

exemplo, seja muito alto, tornando praticamente<br />

impossível consumi-lo fresco. No geral, essa fruta<br />

é comercializada congelada, sob a forma de polpa<br />

ou utilizada no preparo de doces e geléias.<br />

Outra fruta difícil de ser comercializada fresca,<br />

na opinião de Zanardi, é a framboesa. “É muito sensível<br />

para ser comercializada fresca, exige cuidados<br />

na colheita e na pós-colheita, além de uma estrutura<br />

muito boa de armazenagem e refrigeração”, explica.<br />

Já a pitaya, embora seja uma fruta nova no<br />

mercado, tem tido o consumo aumentado aos poucos,<br />

mas os preços ainda estão elevados. “Se aumentar<br />

a produção, a tendência é o preço cair e o<br />

consumo ampliar”, analisa. Enquanto isso, para a<br />

physalis, a demanda é reprimida, por ser uma fruta<br />

pouco divulgada e pouco conhecida. “A venda é<br />

quase irrisória. O consumo tem aumentado, porém<br />

de forma insignificante.”<br />

EXCLUSIVO<br />

A empresa Irmãos Benassi é distribuidora de frutas<br />

finas para o Brasil da italiana Italbras, com sede<br />

em Vacaria/RS. São Paulo responde pelo maior consumo<br />

dessas frutas, por uma questão de logística.<br />

Na safra, a empresa recebe remessas de frutas diariamente.<br />

Agora, porém, com a colheita chegando<br />

ao fim, o recebimento ocorre apenas duas vezes<br />

por semana. Para Zanardi, a forma de tornar<br />

essas frutas acessíveis ao consumidor brasileiro é<br />

reduzir o valor agregado, o que ele considera difícil,<br />

por causa do alto custo de produção e da alta<br />

exigência em mão-de-obra. “Daí a preferência por<br />

congelar a fruta”, observa. “Um quilo de framboe-<br />

sa vale mais do que o quilo de filé mignon”, compara,<br />

lembrando que, atualmente, na Ceasa, o quilo<br />

chega a R$ 35,00, o mesmo vale para a physalis.<br />

Enquanto isso, o preço do quilo da amora é R$<br />

30,00, atualmente, e, na safra, R$ 10,00; e da<br />

pitaya, R$ 10,00.<br />

Há algumas frutas, porém, as quais o Brasil importa<br />

praticamente toda a necessidade de consumo.<br />

É o caso da cereja e da pêra, porque o clima<br />

não favorece o cultivo. Zanardi afirma que há testes<br />

em andamento, mas ainda não foram encontradas<br />

variedades que se adaptem ao nosso clima, até<br />

porque muitas delas precisam de muito frio. O Brasil<br />

produz uma ou outra variedade de pêra, mas, para<br />

atender à demanda, importa a fruta dos Estados<br />

Unidos, Chile, Espanha, Argentina, Itália e Portugal.<br />

“É uma fruta produzida e importada em escala,<br />

portanto, de preço barato”, diz Zanardi.<br />

INCENTIVO<br />

Há três anos, a Nice Berry, empresa do Grupo<br />

Hathor, está incentivando o cultivo de frutas finas<br />

no Brasil. Possui pomares de physalis, blue berry<br />

(mirtilo), framboesa e amora nos municípios<br />

catarinenses de Itá e Bom Retiro, e nas cidades argentinas<br />

de Santa Isabel e Concórdia. Segundo Débora<br />

Schäfer, responsável pela área de Marketing<br />

de empresa, os 22 hectares cultivados no País com<br />

frutas finas produzem 60 toneladas, sendo a maior<br />

produção de amora e framboesa, cuja colheita se<br />

concentra de outubro a janeiro, com exceção do<br />

physalis, que produz o ano todo, cerca de 17 toneladas.<br />

Na Argentina, onde a produção é maior,<br />

90% da colheita é exportada para os Estados<br />

Unidos e a Europa. Débora diz que o maior mercado<br />

de frutas finas é São Paulo, mas a idéia é trabalhar<br />

o Brasil como um todo. “O consumidor brasileiro<br />

aprecia frutas e acreditamos que a divulgação<br />

das propriedades e do sabor das frutas finas vai<br />

aumentar a demanda e, ao mesmo tempo, baixar<br />

Physalis e mirtilo têm<br />

alto valor agregado e<br />

são acessíveis apenas<br />

aos consumidores de<br />

maior poder aquisitivo.<br />

15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!