17.04.2013 Views

Regulamentação da Comercialização de Alimentos em Escolas no

Regulamentação da Comercialização de Alimentos em Escolas no

Regulamentação da Comercialização de Alimentos em Escolas no

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Anexo F – Portaria n.º 02/2004, <strong>de</strong> 1.º <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2004 7<br />

Disciplina o consumo <strong>de</strong> alimentos nas escolas públicas e particulares <strong>no</strong> Município do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

O Dr. SIRO DARLAN DE OLIVEIRA, Exmo. Sr. Dr. Juiz <strong>de</strong> Direito Titular <strong>da</strong> 1.ª Vara <strong>da</strong> Infância e <strong>da</strong><br />

Juventu<strong>de</strong> <strong>da</strong> Comarca <strong>da</strong> Capital, <strong>no</strong> uso <strong>de</strong> suas atribuições legais, e<br />

CONSIDERANDO que a Convenção sobre os Direitos <strong>da</strong> Criança e do Adolescente, adota<strong>da</strong> pela Resolução<br />

n.º L. 44 (XLIV) <strong>da</strong> Ass<strong>em</strong>bléia Geral <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s, <strong>em</strong> 20 <strong>de</strong> <strong>no</strong>v<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1989 e ratifica<strong>da</strong> pelo Brasil<br />

<strong>em</strong> 20 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990, disciplina que os Estados Partes adotarão medi<strong>da</strong>s apropria<strong>da</strong>s a fim <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r os<br />

pais e outras pessoas responsáveis pela criança a tornar efetivo esse direito e, caso necessário, proporcionarão<br />

assistência material e programas <strong>de</strong> apoio, especialmente e <strong>no</strong> que diz respeito à NUTRIÇÃO.<br />

CONSIDERANDO que o art. 227 <strong>da</strong> Constituição Fe<strong>de</strong>ral regulamenta<strong>da</strong> pela Lei n.º 8.069/90 (Estatuto <strong>da</strong><br />

Criança e do Adolescente) dispõe que é <strong>de</strong>ver <strong>da</strong> família, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e do Estado assegurar à criança e ao<br />

adolescente, com absoluta priori<strong>da</strong><strong>de</strong>, o direito à saú<strong>de</strong> e à alimentação.<br />

CONSIDERANDO que o artigo 7.º do ECA estabelece que a criança e o adolescente têm direito à<br />

proteção à vi<strong>da</strong> e à saú<strong>de</strong>, mediante a efetivação <strong>de</strong> políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sadio e harmonioso, <strong>em</strong> condições dignas <strong>de</strong> existência.<br />

CONSIDERANDO que o Decreto Municipal n.º 21.217, <strong>de</strong> 1.º <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2002, proíbe <strong>no</strong> âmbito <strong>da</strong>s<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s escolares <strong>da</strong> re<strong>de</strong> Municipal <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> a confeccionar, distribuir e consumir os produtos que nele<br />

são relacionados.<br />

CONSIDERANDO que a Lei Estadual n.º1.942, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1991, proíbe o comércio <strong>de</strong> confeitos<br />

que contenham açúcar ou qualquer tipo <strong>de</strong> adoçante <strong>em</strong> sua fórmula, por ven<strong>de</strong>dores ambulantes, a uma<br />

distância mínima <strong>de</strong> duzentos metros <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as escolas que mantenham cursos <strong>de</strong> 1.º grau.<br />

CONSIDERANDO que o Código <strong>de</strong> Defesa do Consumidor (art. 8.º ao 10 <strong>da</strong> Lei Fe<strong>de</strong>ral n.º 8. 068/90)<br />

disciplina que os produtos e serviços colocados <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> consumo não acarretarão riscos à saú<strong>de</strong> ou<br />

segurança dos consumidores, exceto os consi<strong>de</strong>rados <strong>no</strong>rmais e previsíveis <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> sua natureza e<br />

fruição, obrigando-se os fornecedores, <strong>em</strong> qualquer hipótese, a <strong>da</strong>r as informações necessárias e a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s<br />

a seu respeito.<br />

CONSIDERANDO que o mesmo diploma legal, <strong>no</strong> inciso I do art. 6.º, assegura que é um direito básico do<br />

consumidor a proteção <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e segurança contra os riscos provocados por práticas <strong>no</strong> fornecimento<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços consi<strong>de</strong>rados perigosos ou <strong>no</strong>civos.<br />

CONSIDERANDO que é crime <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> comunicar à autori<strong>da</strong><strong>de</strong> competente e aos consumidores a<br />

<strong>no</strong>civi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou periculosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos cujo conhecimento seja posterior à sua colocação <strong>no</strong> mercado,<br />

assim como fazer ou promover publici<strong>da</strong><strong>de</strong> que sabe ou <strong>de</strong>veria saber ser capaz <strong>de</strong> induzir o consumidor a se<br />

comportar <strong>de</strong> forma prejudicial ou perigosa a sua saú<strong>de</strong> ou segurança (art. 64 e 68 <strong>da</strong> Lei n.º 8.078/90).<br />

CONSIDERANDO que o Código <strong>de</strong> Defesa do Consumidor consi<strong>de</strong>ra como circunstância agravante o crime<br />

cometido contra me<strong>no</strong>res <strong>de</strong> 18 (<strong>de</strong>zoito) ou maiores <strong>de</strong> 60 (sessenta) a<strong>no</strong>s ( art. 76, IV, “b”).<br />

CONSIDERANDO que o Juízo <strong>da</strong> 1.ª VIJ foi <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente orientado pelo conhecimento técnico do Instituto<br />

<strong>de</strong> Nutrição Annes Dias <strong>da</strong> Secretaria Municipal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro e pelo Conselho Regional <strong>de</strong><br />

Nutricionistas – 4.ª Região, que prepararam uma lista <strong>de</strong> alimentos cuja ven<strong>da</strong> nas cantinas <strong>da</strong>s escolas<br />

públicas e priva<strong>da</strong>s do Município do Rio <strong>de</strong> Janeiro está proibi<strong>da</strong>, <strong>em</strong> razão <strong>de</strong> causar malefícios à saú<strong>de</strong> e<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento sadio e harmonioso <strong>da</strong> criança e do adolescente, na medi<strong>da</strong> <strong>em</strong> que contribu<strong>em</strong> para<br />

7 Este texto não substitui a publicação oficial.<br />

[ ]<br />

43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!