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Regulamentação da Comercialização de Alimentos em Escolas no

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Por conseqüência, os responsáveis por esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, tanto nas práticas educativas quanto <strong>no</strong> programa <strong>de</strong><br />

alimentação <strong>da</strong> escola e na cantina <strong>de</strong>v<strong>em</strong> atuar como protagonistas <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> alimentação saudável.<br />

Nesta perspectiva, a OMS recomen<strong>da</strong> que as escolas promovam a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> física, restrinjam o consumo<br />

<strong>de</strong> alimentos caloricamente <strong>de</strong>nsos e pobres <strong>em</strong> micronutrientes, limit<strong>em</strong> a exposição <strong>da</strong>s crianças às<br />

intensas práticas <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>sses produtos, forneçam informações para promover escolhas saudáveis<br />

para o consumo alimentar e resgat<strong>em</strong> as dietas tradicionais saudáveis, valorizando a dimensão cultural que a<br />

alimentação t<strong>em</strong> (WHO/FAO, 2003).<br />

Outras iniciativas <strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> (como por ex<strong>em</strong>plo, o fomento à amamentação e o controle do<br />

tabagismo) têm mostrado que melhores resultados são obtidos quando se consegue combinar três vertentes<br />

<strong>de</strong> atuação: incentivo, proteção e apoio. As medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> incentivo difun<strong>de</strong>m informação e motivam os indivíduos<br />

para a adoção <strong>de</strong> práticas saudáveis. As medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> apoio tornam mais factíveis a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e indivíduos b<strong>em</strong> informados e motivados a práticas saudáveis. As medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> proteção impe<strong>de</strong>m que<br />

coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e indivíduos fiqu<strong>em</strong> expostos a fatores e situações que estimul<strong>em</strong> práticas não saudáveis.<br />

A seguir estão comenta<strong>da</strong>s ações <strong>de</strong>stas três vertentes que têm sido registra<strong>da</strong>s na literatura internacional<br />

como experiências exitosas <strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> alimentação saudável <strong>no</strong> ambiente escolar (NESTLÉ, 2002;<br />

BROWNELL & HORGEN, 2004).<br />

Ações <strong>de</strong> incentivo<br />

A vertente <strong>de</strong> incentivo engloba ações educativas <strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> alimentação saudável inseri<strong>da</strong>s <strong>no</strong> projeto<br />

pe<strong>da</strong>gógico, tendo como referência o eixo transversal dos parâmetros curriculares sobre saú<strong>de</strong>, isto é,<br />

consi<strong>de</strong>rando que este t<strong>em</strong>a po<strong>de</strong> ser abor<strong>da</strong>do por diferentes disciplinas do currículo. Tradicionalmente,<br />

a abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> sobre alimentação fica restrita às disciplinas <strong>de</strong> Ciências e/ou Biologia. É fun<strong>da</strong>mental que esta<br />

seja incluí<strong>da</strong> também <strong>no</strong> conteúdo <strong>da</strong>s outras disciplinas, sendo resgata<strong>da</strong>s suas dimensões histórica e cultural.<br />

O t<strong>em</strong>a mídia e consumo, incluindo consumo alimentar, merece <strong>de</strong>staque <strong>no</strong> processo educativo para a<br />

ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

Para que as ações <strong>de</strong> incentivo dirigi<strong>da</strong>s à alimentação saudável sejam melhor estrutura<strong>da</strong>s na escola, é<br />

fun<strong>da</strong>mental investir <strong>em</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e instrumentos que subsidi<strong>em</strong> o educador (professor, profissional <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>) na abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> <strong>de</strong>ste t<strong>em</strong>a.<br />

Ações <strong>de</strong> apoio<br />

Na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>, esta vertente compreen<strong>de</strong> ações que garantam a oferta <strong>de</strong> água potável <strong>em</strong> diversos<br />

pontos <strong>da</strong> escola e a oferta <strong>de</strong> alimentos saudáveis a preços acessíveis, seja por meio do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

um programa <strong>de</strong> alimentação escolar, seja pela reorganização <strong>da</strong> cantina.<br />

A seguir estão apresenta<strong>da</strong>s algumas sugestões que visam contribuir para que as cantinas escolares se torn<strong>em</strong><br />

um espaço <strong>de</strong> promoção <strong>da</strong> alimentação saudável:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

Busque oferecer preparações confecciona<strong>da</strong>s com alimentos ricos <strong>em</strong> micronutrientes e fibras<br />

(ex.: frutas, verduras e legumes, pão integral), com <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> energética baixa ou intermediária,<br />

com teores <strong>de</strong> lipí<strong>de</strong>os e <strong>de</strong> gordura satura<strong>da</strong> não superiores a 30% e 10%, respectivamente,<br />

do Valor Energético Total <strong>da</strong> preparação.<br />

Observe, <strong>no</strong> elenco <strong>de</strong> produtos e preparações citados a seguir, alguns ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> alimentos<br />

que aten<strong>de</strong>m aos critérios acima. Ofereça na cantina aqueles que for<strong>em</strong> mais viáveis para a reali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua escola: (a) bebi<strong>da</strong>s – sucos naturais <strong>de</strong> fruta, leite (<strong>de</strong> preferência s<strong>em</strong>i<strong>de</strong>snatado) e <strong>de</strong>rivados<br />

(bebi<strong>da</strong>s lácteas, iogurte), leite com frutas, bebi<strong>da</strong>s à base <strong>de</strong> soja, água <strong>de</strong> coco, etc.; (b) preparações<br />

e alimentos salgados –sala<strong>da</strong>s cruas, pães <strong>de</strong> legumes e verduras (ex.: <strong>de</strong> abóbora, beterraba, ce<strong>no</strong>ura,<br />

etc.), salgados <strong>de</strong> for<strong>no</strong>, bolos salgados e sanduíches com recheios <strong>de</strong> frutas (ex.: abacaxi, banana),<br />

legumes (ex.: ce<strong>no</strong>ura, berinjela, beterraba, tomate, pimentão, pepi<strong>no</strong>, cebola, etc.) e verduras (ex.:<br />

alface, espinafre, alho poró, chicória, rúcula, etc.), frutas secas, carne magra (ex.: frango ou peru<br />

s<strong>em</strong> pele, carne assa<strong>da</strong>), queijos, <strong>de</strong> preferência magros, etc. e (c) preparações e alimentos doces –<br />

frutas in natura, frutas secas, sala<strong>da</strong> <strong>de</strong> frutas, pães e bolos <strong>de</strong> leite, <strong>de</strong> frutas e/ou legumes (ex.: <strong>de</strong><br />

ce<strong>no</strong>ura coberto com maçã, laranja, banana, frutas varia<strong>da</strong>s, maracujá, beterraba, etc.), doces <strong>de</strong> frutas<br />

e legumes (ex.: <strong>de</strong> abóbora, banana, goiaba, maçã com maracujá, etc.).<br />

Diminua a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> açúcar nas preparações doces.<br />

[ ]<br />

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