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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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2.2. Ovariohisterectomia pré-púbere<br />

A gonadectomia precoce é defini<strong>da</strong> <strong>com</strong>o sendo a castração ou<br />

<strong>ovariohisterectomia</strong>/ovariectomia antes <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de, ou seja entre as 6 e as 14 semanas.<br />

Na última déca<strong>da</strong> tem-se debatido bastante acerca dos seus efeitos <strong>no</strong> crescimento, <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de obesi<strong>da</strong>de e na saúde dos animais (Kustritz, 2010). Em gatas, a i<strong>da</strong>de<br />

em que se atinge a maturi<strong>da</strong>de sexual e, portanto, a altura do primeiro estro, é variável, mas<br />

<strong>no</strong>rmalmente é entre os 8 e os 10 meses de i<strong>da</strong>de. É aconselhável esterilizá-las antes de<br />

atingirem essa i<strong>da</strong>de, pelo que <strong>no</strong>rmalmente é re<strong>com</strong>en<strong>da</strong>do fazê-lo por volta dos 6 meses.<br />

Há autores que consideram desvantajoso fazê-lo antes <strong>da</strong>s 20 semanas, embora outros<br />

considerem seguro realizá-lo entre as 6 e as 24 semanas (Joyce & Yates, 2011).<br />

A grande vantagem <strong>da</strong> gonadectomia antes <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de está <strong>no</strong> controlo <strong>da</strong> população<br />

animal. Animais esterilizados são mais facilmente adoptados (Howe, 1999a).<br />

Os veterinários que não concor<strong>da</strong>m em esterilizar os animais antes <strong>da</strong>s 20 semanas,<br />

consideram que a esterilização precoce aumenta o risco de <strong>com</strong>plicações anestésicas e<br />

cirúrgicas (Murray et al., 2008). Há ain<strong>da</strong> autores que partilham <strong>da</strong> mesma opinião e que<br />

acreditam que esterilizar nessa i<strong>da</strong>de aumenta o risco de desenvolvimento de afecção do<br />

tracto urinário distal feli<strong>no</strong> (FLUTD, Feline Lower Urinary Tract Disease), embora estudos<br />

recentes tenham documentado que há falta de correlação entre a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> esterilização e a<br />

incidência desta afecção (Joyce & Yates, 2011). Howe et al. (2000) num estudo em que<br />

a<strong>com</strong>panharam, durante 3 a<strong>no</strong>s, o progresso de gatos submetidos a gonadectomia,<br />

verificaram que o grupo de gatos sujeitos a gonadectomia a partir dos 6 meses apresentou<br />

maior incidência de FLUTD. No entanto, esta incidência parece não estar relaciona<strong>da</strong> <strong>com</strong> a<br />

i<strong>da</strong>de, podendo dever-se a alterações ambientais ou à dieta dos animais (Howe et al., 2000).<br />

Alguns autores consideram que a gonadectomia precoce apresenta um risco cirúrgico<br />

aumentado, pelo que animais pediátricos podem mais facilmente apresentar hipotermia,<br />

hipoglicémia e hemorragia (Fossum, 2008). No entanto, Aronsohn & Faggella (1993),<br />

consideram que se existir um cui<strong>da</strong>do especial <strong>com</strong> os pacientes pediátricos, a<br />

gonadectomia precoce é um procedimento de baixo risco. É, assim, re<strong>com</strong>en<strong>da</strong><strong>da</strong> uma<br />

avaliação pré-anestésica <strong>com</strong>pleta, <strong>com</strong> um ambiente pré-operatório e pós-operatório<br />

quente e calmo, a mínima manipulação dos pacientes, um controlo meticuloso de<br />

hemorragias durante a cirurgia e uma manipulação cui<strong>da</strong>dosa dos tecidos (Aronsohn &<br />

Faggella, 1993). De modo a prevenir a hipotermia, a cirurgia deve ser realiza<strong>da</strong> sobre uma<br />

superfície quente e os líquidos usados para a preparação cirúrgica do animal devem ser<br />

aquecidos e à base de água e não de álcool. É, também, fun<strong>da</strong>mental reduzir-se o tempo de<br />

anestesia e de cirurgia, de forma a minimizar a per<strong>da</strong> de calor, e administrarem-se fluidos<br />

intrave<strong>no</strong>sos aquecidos (Kustritz, 2010). Os gatos pediátricos têm maior tendência para a<br />

ocorrência de hipoglicémia, pois apresentam me<strong>no</strong>s reservas de glicogénio e os<br />

mecanismos hepáticos são mais lentos. Para a sua prevenção, o jejum pré-cirúrgico não<br />

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