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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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4. DISCUSSÃO<br />

Comparando as duas abor<strong>da</strong>gens <strong>da</strong> OVH, pelo flanco e pela linha média, pode afirmar-se<br />

que alguns aspectos entre si são significativamente diferentes. Contudo, as vantagens e<br />

desvantagens de ca<strong>da</strong> uma tornam difícil concluir qual delas é a mais indica<strong>da</strong>.<br />

Vários autores mostram preferência pela incisão <strong>no</strong> flanco, mencionando <strong>com</strong>o principal<br />

vantagem o risco reduzido de evisceração (Coe et al., 2006). De facto, neste estudo,<br />

embora tenha ocorrido deiscência de sutura numa <strong>da</strong>s gatas submeti<strong>da</strong>s a OVH pelo flanco,<br />

não houve evisceração. A pele foi <strong>no</strong>vamente sutura<strong>da</strong> e colocou-se um colar isabeli<strong>no</strong> <strong>no</strong><br />

animal, conseguindo evitar-se a repetição do acontecimento. Na abor<strong>da</strong>gem pela linha<br />

média, não se registou nenhum caso de deiscência de sutura, o que contrapõe Janssens &<br />

Janssens (1991), que referem que a aproximação pelo flanco tem me<strong>no</strong>r probabili<strong>da</strong>de de<br />

deiscência de sutura. Isto pode ser explicado pelo facto de ter sido colocado um colar<br />

isabeli<strong>no</strong> a todos os animais submetidos a OVH pela linha média, impossibilitando assim<br />

que conseguissem alcançar a feri<strong>da</strong> cirúrgica e remover a sutura. Na aproximação pelo<br />

flanco não foi necessário o uso de colar isabeli<strong>no</strong>, pois o local de incisão é de difícil acesso<br />

para o animal, pelo que a probabili<strong>da</strong>de de conseguir remover a sutura é reduzi<strong>da</strong>.<br />

O uso de colar isabeli<strong>no</strong> é um factor de grande importância, contribuindo para alterações<br />

<strong>com</strong>portamentais e aumento do stress pós-operatório (Vãisãnen et al., 2007). Alguns<br />

veterinários, adeptos <strong>da</strong> OVH pela linha média, não utilizam o colar isabeli<strong>no</strong>, pois<br />

consideram a sutura intradérmica contínua suficiente para evitar que o animal a consiga<br />

remover (Coe et al., 2006). No entanto, não é garantido que a gata não o consiga fazer e, se<br />

o conseguir, a probabili<strong>da</strong>de de evisceração será eleva<strong>da</strong>. Por esse motivo e para evitar<br />

outras <strong>com</strong>plicações na incisão cirúrgica provoca<strong>da</strong>s, por exemplo, pelo lamber excessivo,<br />

na AZP, to<strong>da</strong>s as gatas submeti<strong>da</strong>s a OVH pela linha média usaram colar isabeli<strong>no</strong> <strong>no</strong> pós-<br />

operatório. Como resultado, do total de gatas sujeitas a este procedimento cirúrgico, 5<br />

apresentaram um acor<strong>da</strong>r muito agitado e assustado.<br />

Na tentativa de <strong>com</strong>parar ambas as abor<strong>da</strong>gens cirúrgicas <strong>no</strong> que diz respeito à dor pós-<br />

operatória, fez-se um registo do <strong>com</strong>portamento do animal uma hora após a cirurgia. Um<br />

<strong>com</strong>portamento associado a dor inclui imobili<strong>da</strong>de, inquietação e vocalização. Verificou-se<br />

maior agitação nas gatas <strong>com</strong> abor<strong>da</strong>gem pela linha média. No entanto, <strong>com</strong>o já referido,<br />

provavelmente esteve relaciona<strong>da</strong> <strong>com</strong> a presença do colar isabeli<strong>no</strong>. Das gatas submeti<strong>da</strong>s<br />

a OVH pelo flanco, duas apresentaram-se imóveis, <strong>com</strong> vocalizações e <strong>com</strong> fraca resposta<br />

à presença de uma pessoa. À palpação do local <strong>da</strong> incisão, a maioria apresentou sinais de<br />

dor, embora na OVH pela linha média tenha sido possível avaliar apenas um animal. Grint,<br />

Murison, Coe & Waterman-Pearson (2005) verificaram que gatas submeti<strong>da</strong>s a OVH pelo<br />

flanco apresentam um pós-operatório mais doloroso. Embora Burrow, Wawra, Pinchbeck,<br />

Senior & Dung<strong>da</strong>le (2006) refiram que a diferença entre ambas é pouco significativa,<br />

consideram ser maior na abor<strong>da</strong>gem lateral devido à diferença na sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pele e<br />

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