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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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A administração de um analgésico antes de estimular a dor, é muito importante. Uma<br />

prevenção inadequa<strong>da</strong> <strong>da</strong> dor pode levar ao aumento <strong>da</strong> sua percepção e duração (Tacke,<br />

2008).<br />

Embora seja extremamente difícil reconhecer que um gato está <strong>com</strong> dores, o pós-operatório<br />

é sem dúvi<strong>da</strong> doloroso. A maior parte dos veterinários concor<strong>da</strong> que um gato submetido a<br />

cirurgia necessita de analgésicos, <strong>no</strong> entanto, muitos evitam a sua administração<br />

(Robertson, 2008). Este facto deve-se não só à dificul<strong>da</strong>de em avaliar a dor na espécie<br />

<strong>felina</strong>, mas também à possibili<strong>da</strong>de de efeitos adversos. Lascelles & Waterman (1997)<br />

consideram que deve haver uma atitude liberal <strong>no</strong> uso de analgésicos, por ser difícil definir<br />

<strong>com</strong> certeza que o gato se encontra <strong>com</strong> dor. Gatos <strong>com</strong> dor <strong>no</strong>rmalmente apresentam-se<br />

deprimidos, tentam evitar o contacto <strong>com</strong> huma<strong>no</strong>s e sentam-se imóveis ou deitados sobre o<br />

ester<strong>no</strong>, evitando o decúbito lateral. Podem apresentar-se mais agressivos e não deixam ser<br />

manipulados (Lascelles & Waterman, 1997).<br />

Os agentes usados para o alívio <strong>da</strong> dor são os opiáceos, anestésicos locais, AINES e<br />

agonistas dos adre<strong>no</strong>receptores α2 (Lascelles & Waterman, 1997).<br />

Apesar <strong>da</strong> relutância <strong>no</strong> uso de opiáceos, actualmente consideram-se seguros em gatos, por<br />

permitirem um bom efeito analgésico. Ansah, Vainio, Hellsten & Raekallio (2002)<br />

consideram que o butorfa<strong>no</strong>l permite uma analgesia efectiva em gatos, prevenindo a<br />

inquietação pós-operatória. Normalmente, quando não são <strong>com</strong>binados, produzem um efeito<br />

calmante e o gato frequentemente apresenta um <strong>com</strong>portamento tranquilo e aparenta estar<br />

satisfeito. No entanto, se forem usados em <strong>com</strong>binação <strong>com</strong> outros agentes <strong>com</strong> efeito<br />

anestésico, potenciam esse efeito (Lascelles & Waterman, 1997).<br />

Os AINES são excelentes analgésicos em dores agu<strong>da</strong>s, podendo <strong>da</strong>r mais de 24h de<br />

analgesia. No entanto, é necessário especial cui<strong>da</strong>do na utilização destas agentes<br />

(Robertson, 2008). A maior parte dos AINES são muito tóxicos, especialmente em gatos,<br />

que são incapazes de conjugar e eliminar adequa<strong>da</strong>mente estes agentes (Lascelles &<br />

Waterman, 1997).<br />

Steagall et al. (2009) concluíram <strong>no</strong> seu estudo que o uso de um opiáceo (bupre<strong>no</strong>rfina) em<br />

<strong>com</strong>binação <strong>com</strong> um AINES (carprofe<strong>no</strong>) tem um melhor efeito analgésico pós-operatório do<br />

que a utilização de qualquer um dos dois agentes, usados isola<strong>da</strong>mente. <strong>Estudo</strong>s têm<br />

demonstrado que a utilização de apenas um analgésico pode não ser suficiente para o<br />

tratamento <strong>da</strong> dor agu<strong>da</strong> pós-operatória (Slingsby & Waterman-Pearson, 1998).<br />

Dependendo do tipo de dor, o uso <strong>da</strong> <strong>com</strong>binação de dois analgésicos pode não ter um<br />

efeito benéfico maior. Se a OVH for realiza<strong>da</strong> por um veterinário experiente e,<br />

consequentemente, a cirurgia for mais rápi<strong>da</strong> e me<strong>no</strong>s traumática, a dor pós-operatória pode<br />

não ser suficiente para justificar o uso de dois agentes <strong>com</strong> efeito analgésico (Steagall et al.,<br />

2009).<br />

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