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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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Uma analgesia eficiente pode ser obti<strong>da</strong> através <strong>da</strong> aplicação de anestésicos locais, que<br />

actuam bloqueando a transmissão dos impulsos nervosos. A administração pode ser<br />

intrave<strong>no</strong>sa, quando é feita em pequenas doses. No entanto, estes anestésicos são<br />

potentes convulsionantes, podendo induzir uma depressão acentua<strong>da</strong> do miocárdio e<br />

arritmias cardíacas, quando administrados por esta via (Lascelles & Waterman, 1997).<br />

3.2. OVH <strong>com</strong> incisão pela linha média<br />

3.2.1. Preparação do paciente<br />

É fun<strong>da</strong>mental proceder-se à tricotomia do abdómen ventral, <strong>da</strong> cartilagem xifóide até à<br />

púbis, para que a área do local de incisão seja visível. Para além disso, o pêlo ao redor<br />

dessa incisão deve ser rapado (cerca de 20 cm de ca<strong>da</strong> lado <strong>da</strong> incisão) permitindo uma<br />

área prepara<strong>da</strong> extensa o suficiente para a<strong>com</strong>o<strong>da</strong>r a extensão <strong>da</strong> incisão e evitar a<br />

contaminação inadverti<strong>da</strong> <strong>da</strong> feri<strong>da</strong> (Fossum, 2008).<br />

Antes <strong>da</strong> OVH, o conteúdo <strong>da</strong> bexiga deve ser esvaziado, por <strong>com</strong>pressão manual <strong>da</strong><br />

mesma (Fingland, 1998).<br />

3.2.2. Procedimento cirúrgico<br />

Em cadelas, a incisão é feita imediatamente cau<strong>da</strong>l ao umbigo <strong>no</strong> terço cranial do abdómen<br />

cau<strong>da</strong>l, facilitando a sutura dos pedículos ováricos. Em gatas, <strong>com</strong>o o corpo uteri<strong>no</strong><br />

encontra-se mais cau<strong>da</strong>lmente, a incisão é feita <strong>no</strong> terço médio do abdómen cau<strong>da</strong>l, de<br />

modo a permitir uma exposição adequa<strong>da</strong> do corpo do útero, facilitando assim a sua sutura<br />

(Fingland, 1998).<br />

É feita uma incisão de 4 a 8 cm na pele e <strong>no</strong> tecido subcutâneo até ser possível observar a<br />

linha alba. Com uma pinça Cushing sem dentes segura-se firmemente a linha alba,<br />

tracciona-se para o exterior e faz-se uma incisão <strong>com</strong> a lâmina de bisturi, de modo a abrir a<br />

cavi<strong>da</strong>de abdominal. Com uma tesoura de Mayo, estende-se a linha de incisão cranial e<br />

cau<strong>da</strong>lmente. O <strong>com</strong>primento <strong>da</strong> incisão deve ser suficiente para permitir a exposição dos<br />

ovários e <strong>da</strong> <strong>com</strong>unicação entre o corpo do útero e o cérvix, de modo a facilitar a colocação<br />

<strong>da</strong>s ligaduras (Fossum, 2008). Se o útero estiver aumentado de tamanho, pode ser<br />

necessário aumentar a incisão (Fingland, 1998). Com uma pinça segura-se a parede<br />

abdominal esquer<strong>da</strong>, juntamente <strong>com</strong> o músculo recto do abdómen, e faz-se deslizar o<br />

gancho de ovariectomia (Covault ou S<strong>no</strong>ok) para o interior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de abdominal, <strong>com</strong> o<br />

gancho virado lateralmente e a 2-3 cm cau<strong>da</strong>l ao rim (Fossum, 2008). Em animais<br />

pediátricos o uso do gancho de ovariectomia deve ser evitado (Kustritz, 2010). Para ser<br />

possível agarrar o cor<strong>no</strong> uteri<strong>no</strong>, o ligamento largo ou o ligamento redondo, gira-se o gancho<br />

medialmente e eleva-se gentilmente para o exterior <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de abdominal. É importante<br />

seguir o cor<strong>no</strong> uteri<strong>no</strong> até à sua bifurcação ou até ao ovário para a sua confirmação<br />

anatómica. Por vezes é difícil localizar o útero <strong>com</strong> a aju<strong>da</strong> do gancho (Fossum, 2008).<br />

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