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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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verificou-se que a diferença dos tempos cirúrgicos totais, entre as duas abor<strong>da</strong>gens, não foi<br />

significativa.<br />

Ao analisar os tempos parciais <strong>da</strong>s cirurgias, verificou-se que a única fase <strong>da</strong> cirurgia em<br />

que não houve diferenças significativas <strong>no</strong> tempo de duração, corresponde à sutura do<br />

corpo uteri<strong>no</strong> e remoção <strong>da</strong> totali<strong>da</strong>de do útero e ovários (T4). Nas restantes fases<br />

cirúrgicas, a aproximação pelo flanco foi significativamente mais rápi<strong>da</strong>, principalmente na<br />

abertura (T1) e encerramento <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de abdominal (T5). Estes resultados contrapõem os<br />

de Coe et al. (2006), que referem que na aproximação pelo flanco é necessário mais tempo<br />

para entrar na cavi<strong>da</strong>de peritoneal, por considerarem mais fácil identificar e incidir sobre a<br />

linha alba, <strong>com</strong>parativamente <strong>com</strong> o músculo oblíquo exter<strong>no</strong> e inter<strong>no</strong>. Neste estudo, o<br />

único factor que atrasou ligeiramente a entra<strong>da</strong> na cavi<strong>da</strong>de peritoneal, na aproximação pelo<br />

flanco, foi a hemorragia muscular, regista<strong>da</strong> em 3 cirurgias. Relativamente à procura e<br />

exteriorização do útero (T2), os resultados coincidem <strong>com</strong> os de Coe et al. (2006), pelo que<br />

o tempo necessário para encontrar o útero foi maior na abor<strong>da</strong>gem pela linha média.<br />

McGrath et al. (2004) consideram que se a incisão <strong>no</strong> flanco estiver correctamente<br />

localiza<strong>da</strong>, o cor<strong>no</strong> uteri<strong>no</strong> deve situar-se exactamente por baixo desta. Esse parece ser o<br />

motivo de ter sido mais rápido encontrar o útero na abor<strong>da</strong>gem pelo flanco. Na sutura e<br />

seccionamento dos pedículos ováricos (T3), também a abor<strong>da</strong>gem pelo flanco foi<br />

significativamente mais rápi<strong>da</strong>. No entanto, é mais difícil exteriorizar e ligar os pedículos <strong>com</strong><br />

a incisão <strong>no</strong> flanco do que pela linha média, principalmente o direito (Coe et al., 2006).<br />

A <strong>com</strong>paração dos tempos parciais <strong>da</strong>s cirurgias realiza<strong>da</strong>s pelos MV mais experientes<br />

permitiu aumentar a significância entre as duas abor<strong>da</strong>gens cirúrgicas. Embora a amostra<br />

seja mais pequena, os resultados foram semelhantes aos obtidos <strong>com</strong> a totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

cirurgias, mas <strong>com</strong> uma diferença na duração de ca<strong>da</strong> fase cirúrgica mais significativa.<br />

Relativamente aos tempos parciais <strong>da</strong>s cirurgias executa<strong>da</strong>s pelos MV me<strong>no</strong>s experientes,<br />

verificou-se que apenas T5 apresentou uma diferença significativa, <strong>com</strong> a técnica lateral<br />

mais rápi<strong>da</strong>. Este facto deve-se, provavelmente, ao tamanho <strong>da</strong> incisão, que foi mais curto<br />

na abor<strong>da</strong>gem lateral. Esta é outra vantagem <strong>da</strong> OVH pelo flanco, pois uma incisão mais<br />

pequena permite uma cicatrização mais rápi<strong>da</strong> e, consequentemente, um tempo de<br />

recuperação mais curto (Pagliosa e Alves, 2004). No estudo de Coe et al. (2006), o tamanho<br />

inicial <strong>da</strong> incisão foi o mesmo para to<strong>da</strong>s as cirurgias. No entanto, nalgumas, principalmente<br />

nas OVH pela linha média, foi necessário aumentar o tamanho <strong>da</strong> incisão cirúrgica. No final,<br />

a diferença entre ambas foi significativa, <strong>com</strong> o tamanho médio de incisão mais peque<strong>no</strong> na<br />

aproximação pelo flanco (Coe et al., 2006). No presente estudo, o tamanho inicial <strong>da</strong>s<br />

incisões não foi o mesmo que o final, pois também algumas tiveram de ser aumenta<strong>da</strong>s. Isto<br />

ocorreu principalmente em T2, nas cirurgias em que foi difícil encontrar o útero.<br />

O tamanho <strong>da</strong> incisão também sofre a influência <strong>da</strong> experiencia do cirurgião, principalmente<br />

na OVH pelo flanco. Uma incisão bem localiza<strong>da</strong> e um cirurgião que tenha um conhecimento<br />

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