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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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Em gatas jovens, <strong>com</strong> i<strong>da</strong>de inferior a 12 semanas, esta técnica não é re<strong>com</strong>en<strong>da</strong><strong>da</strong>, pois o<br />

corpo uteri<strong>no</strong> dos animais jovens é relativamente curto, pelo que é mais difícil a exposição<br />

<strong>da</strong> sua bifurcação (McGrath et al., 2004). Nestes casos, é preferível fazer a aproximação<br />

pela linha média, pois oferece maior exposição <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong>de abdominal, reduz o risco de<br />

trauma acidental dos tecidos delicados do animal e permite uma boa intervenção em caso<br />

de <strong>com</strong>plicações intra-operatórias (Joyce & Yates, 2011).<br />

Também em animais obesos, em que há excesso de tecido adiposo em tor<strong>no</strong> dos ovários,<br />

torna-se difícil a sua localização e a sua exteriorização. Nestes casos, a abor<strong>da</strong>gem pela<br />

linha média torna-se mais fácil de executar (Minguez et al., 2005).<br />

3.3.3. Posicionamento e preparação do animal<br />

Quando a abor<strong>da</strong>gem é feita pelo flanco, o animal tem de ser posicionado em decúbito<br />

lateral esquerdo ou direito, dependendo <strong>da</strong> preferência do cirurgião. Alguns veterinários<br />

preferem a aproximação pelo lado direito, porque consideram que uma incisão nesse lado<br />

facilita o acesso ao ovário que se encontra mais cranial (ovário direito) e que, portanto, é<br />

mais difícil de aceder. Defendem ain<strong>da</strong> que se a abor<strong>da</strong>gem for feita pelo lado esquerdo, a<br />

localização do ovário direito encontra-se dificulta<strong>da</strong> por se encontrar recoberto pelo omento<br />

(Dorn citado por Minguez et al., 2005). Há autores que consideram a exteriorização do<br />

ovário esquerdo pelo lado direito mais fácil que a do ovário direito pelo lado esquerdo, pelo<br />

facto do ligamento ovárico esquerdo ser ligeiramente mais largo e flácido (Useche, 2006).<br />

No enta<strong>no</strong>, há autores que consideram que a abor<strong>da</strong>gem pelo lado esquerdo facilita a<br />

cirurgia <strong>no</strong> caso de o cirurgião ser destro, visto a mão dominante encontrar-se devi<strong>da</strong>mente<br />

posiciona<strong>da</strong> para a manipulação do ligamento suspensor do ovário (McGrath et al., 2004).<br />

Para além disso, o lado esquerdo encontra-se livre <strong>da</strong>s ansas do intesti<strong>no</strong> delgado (Useche,<br />

2006).<br />

Embora a maior parte dos veterinários que prefere a OVH pelo flanco, realizar a incisão em<br />

apenas um dos lados, há alguns que recorrem à aproximação bilateral pelo flanco,<br />

removendo apenas os ovários. Esta técnica permite uma melhor exposição dos mesmos, o<br />

que facilita a colocação mais profun<strong>da</strong> <strong>da</strong>s ligaduras <strong>no</strong>s pedículos ováricos, <strong>com</strong> incisões<br />

pequenas. No entanto, é necessário mu<strong>da</strong>r o decúbito do animal durante a cirurgia e voltar a<br />

prepará-lo. Por vezes, é difícil encontrar os ovários, assim <strong>com</strong>o, remover o útero, em caso<br />

de ser necessário (Janssens & Janssens, 1991).<br />

Os animais são então posicionados em decúbito lateral, preferencialmente <strong>com</strong> os membros<br />

posteriores em extensão, <strong>com</strong> a aju<strong>da</strong> de sacos de areia (McGrath et al., 2004).<br />

Na incisão pelo flanco a tricotomia é feita <strong>no</strong> lado <strong>da</strong> incisão, desde a última costela até à<br />

tuberosi<strong>da</strong>de ilíaca, <strong>no</strong> sentido craniocau<strong>da</strong>l, e do processo transverso <strong>da</strong>s vértebras<br />

lombares até ao rebordo do flanco, <strong>no</strong> sentido dorsoventral (Minguez et al., 2005).<br />

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