18.04.2013 Views

Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

3.5.6. Obesi<strong>da</strong>de<br />

Como já foi referido nesta dissertação, a obesi<strong>da</strong>de é uma <strong>da</strong>s sequelas mais <strong>com</strong>uns <strong>da</strong><br />

OVH. Baixos níveis de estradiol após <strong>ovariohisterectomia</strong> podem levar a uma deposição<br />

excessiva de gordura e, consequentemente, aumento do peso (Fingland, 1998). No entanto,<br />

pode prevenir-se este aumento, se os animais submetidos a gonadectomia apresentarem<br />

uma alimentação adequa<strong>da</strong> e exercício físico regular (Fossum, 2008).<br />

3.6. OVH pelo flanco versus OVH pela linha média<br />

Embora não haja nenhum procedimento cirúrgico padrão, <strong>no</strong>s EUA é <strong>com</strong>um realizar-se<br />

OVH pela linha média (McGrath et al., 2004). Por outro lado, <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> Unido quase a<br />

totali<strong>da</strong>de dos veterinários prefere recorrer à aproximação pelo flanco, em gatas (Hickman et<br />

al., 1995).<br />

Muitos autores consideram a incisão lateral mais vantajosa, pois referem ser mais benéfica<br />

para o animal. Uma <strong>da</strong>s principais vantagens diz respeito ao risco de evisceração dos<br />

órgãos abdominais, que na incisão lateral é muito reduzido (Coe et al., 2006). O local de<br />

incisão é de difícil acesso para a gata, pelo que se torna difícil para o animal conseguir<br />

lamber ou remover a sutura. No entanto, mesmo que isso aconteça, a possibili<strong>da</strong>de de<br />

evisceração é quase nula, devido à força <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de. Para além disso, nesta técnica,<br />

quando se suturam os pla<strong>no</strong>s inter<strong>no</strong>s, os músculos oblíquos abdominais sobrepõem-se,<br />

contribuindo para a manutenção <strong>da</strong> integri<strong>da</strong>de <strong>da</strong> parede abdominal (McGrath et al. 2004).<br />

No caso <strong>da</strong> aproximação pela linha média, se houver deiscência <strong>da</strong> sutura, a possibili<strong>da</strong>de<br />

de evisceração é mais eleva<strong>da</strong>. Por este motivo, a maioria dos veterinários aconselha o uso<br />

de colar isabeli<strong>no</strong>, para evitar que o animal atinja a sutura. Vãisãnen et al. (2007) afirmam<br />

que embora muitos factores contribuam para alterações <strong>com</strong>portamentais pós-operatórias, o<br />

uso de colar isabeli<strong>no</strong> é um factor de grande relevância, pois torna o pós-operatório mais<br />

stressante. Muitos veterinários, que preferem a abor<strong>da</strong>gem pela linha média, recorrem ao<br />

uso de sutura intradérmica contínua, para evitar o uso de colar isabeli<strong>no</strong>. Desta forma,<br />

dificilmente o animal conseguirá remover a sutura (Coe et al., 2006).<br />

O trauma cirúrgico é também um factor importante. Na OVH lateral, se não houver qualquer<br />

<strong>com</strong>plicação durante a cirurgia, a incisão é mais pequena que a efectua<strong>da</strong> na linha média,<br />

pelo que a cicatrização é mais rápi<strong>da</strong> e o tempo de recuperação mais curto. Estas<br />

vantagens estão em conformi<strong>da</strong>de <strong>com</strong> o ponto acima referido, pois a rápi<strong>da</strong> cicatrização<br />

diminui o risco de deiscência <strong>da</strong> sutura. No entanto, materiais de sutura moder<strong>no</strong>s e<br />

técnicas cirúrgicas mais avança<strong>da</strong>s permitem a diminuição <strong>da</strong> deiscência de sutura (Coe et<br />

al., 2006).<br />

Outra grande vantagem <strong>da</strong> utilização <strong>da</strong> incisão lateral é a possibili<strong>da</strong>de de observação do<br />

local <strong>da</strong> incisão, <strong>no</strong> pós-cirúrgico, sem manipulação do animal, permitindo assim um melhor<br />

a<strong>com</strong>panhamento <strong>da</strong> recuperação do paciente (McGrath et al, 2004). Esta abor<strong>da</strong>gem é,<br />

37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!