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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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deve ser maior do que 3 ou 4 horas e devem ser alimentados pouco tempo após a cirurgia.<br />

Se a recuperação for demora<strong>da</strong> pode ser necessária a administração de dextrose, PO ou IV.<br />

(Aronsohn & Faggella, 1993; Kustritz, 2010).<br />

Os autores que consideram a gonadectomia precoce vantajosa, justificam-<strong>no</strong> pelo facto dos<br />

gatos mais jovens apresentarem me<strong>no</strong>r percentagem de gordura abdominal, facilitando o<br />

procedimento cirúrgico (Joyce & Yates, 2011). Em contraparti<strong>da</strong>, outros consideram o<br />

procedimento mais <strong>com</strong>plicado, visto ser mais difícil a manipulação dos tecidos (Fossum,<br />

2008). Para pacientes pediátricos, os tecidos devem ser manipulados cui<strong>da</strong>dosamente e a<br />

hemostase deve ser assegura<strong>da</strong> meticulosamente (Kustritz, 2010).<br />

Vários estudos demonstram que a i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> esterilização tem alguma importância nas<br />

alterações <strong>com</strong>portamentais e médicas. Spain, Scarlett & Houpt (2004) concluiram que os<br />

gatos esterilizados antes dos 5,5 meses apresentam uma me<strong>no</strong>r incidência de asma <strong>felina</strong> e<br />

gengivite. Para além disso, parece que os gatos submetidos a gonadectomia precoce<br />

tendem a apresentar me<strong>no</strong>r hiperactivi<strong>da</strong>de e tornam-se mais tímidos (Spain et al., 2004).<br />

Para gatos domésticos, a maior parte dos veterinários consideram que a esterilização deve<br />

ser feita após o pla<strong>no</strong> de vacinação, sendo portanto feita só a partir <strong>da</strong>s 12 semanas de<br />

i<strong>da</strong>de (Joyce & Yates, 2011). Realizá-la antes <strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de é muito vantajoso, mas muitos<br />

do<strong>no</strong>s têm dificul<strong>da</strong>de em identificar quando esta ocorre, podendo ocorrer gestações<br />

indeseja<strong>da</strong>s (Murray et al., 2008).<br />

A escolha <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de por parte dos veterinários está também dependente do número de a<strong>no</strong>s<br />

de prática. Murray et al. (2008) concluíram que há uma correlação negativa entre o número<br />

de a<strong>no</strong>s desde o início <strong>da</strong> prática veterinária e a aceitação <strong>da</strong> ideia de esterilização precoce,<br />

pelo que veterinários <strong>com</strong> me<strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s de prática aceitam mais facilmente a gonadectomia<br />

precoce. Isto pode dever-se ao facto de a i<strong>da</strong>de re<strong>com</strong>en<strong>da</strong><strong>da</strong> ter vindo a diminuir <strong>com</strong> os<br />

a<strong>no</strong>s, existir actualmente maior prática na execução de esterilizações precoces ou devido à<br />

relutância de veterinários mais antigos em mu<strong>da</strong>r a sua opinião sobre a i<strong>da</strong>de mínima<br />

apropria<strong>da</strong> para a cirurgia (Murray et al., 2008).<br />

2.3. Ovariectomia versus Ovariohisterectomia<br />

A <strong>ovariohisterectomia</strong> (OVH) é a gonadectomia de eleição <strong>no</strong>s EUA e <strong>no</strong> Rei<strong>no</strong> Unido,<br />

embora alguns países europeus prefiram a ovariectomia (OVE), removendo apenas os<br />

ovários (Tivers & Baines, 2010; Van Goethem, Schaefers-Okkens & Kirpensteijn, 2006). A<br />

remoção do útero é somente realiza<strong>da</strong> em caso de afecção uterina (Van Goethem et al.,<br />

2006).<br />

A maioria dos veterinários prefere a OVH, presumindo que a remoção do útero previne a<br />

ocorrência de afecções uterinas (Van Goethem et al., 2006). No entanto, estudos sugerem<br />

que é necessário progesterona para o desenvolvimento de endometrite ou piómetra (Okkens<br />

citado por Van Goethem et al., 2006). Dessa forma, se o tecido ovárico for removido na<br />

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