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Estudo comparativo da ovariohisterectomia felina com incisao no ...

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Por vezes, a presença de um ovário acessório pode ser a causa desta síndrome (Johnston,<br />

2001).<br />

O diagnóstico baseia-se essencialmente na apresentação de sinais clínicos, que nas gatas<br />

<strong>no</strong>rmalmente estão associados a alterações <strong>com</strong>portamentais, apresentando um<br />

<strong>com</strong>portamento típico de cio, <strong>com</strong> lordose, movimentos giratórios, vocalizações e atracção<br />

dos machos (Stone, 2003).<br />

Enquanto a citologia vaginal é muito útil para o diagnóstico em cadelas, em gatas é mais<br />

difícil de interpretar. Também o doseamento <strong>da</strong>s concentrações basais hormonais é pouco<br />

usado por poder não ser representativo. As concentrações plasmáticas de estrogénio não<br />

são constantemente eleva<strong>da</strong>s durante o estro e, para além disso, <strong>com</strong>o na gata a ovulação<br />

é induzi<strong>da</strong>, as concentrações de progesterona só se encontram eleva<strong>da</strong>s em caso de cópula<br />

(Burrow, 2005). Uma alternativa consiste em administrar hCG 1 a 3 dias após os sinais de<br />

cio. As concentrações de progesterona plasmática devem ser medi<strong>da</strong>s antes <strong>da</strong><br />

administração de hCG e 7 dias depois. Quando existe síndrome do ovário remanescente, as<br />

concentrações plasmáticas de progesterona, 7 dias após a administração de hCG, devem<br />

ser significativamente mais eleva<strong>da</strong>s (Burrow, 2005).<br />

O tratamento <strong>da</strong> síndrome do ovário remanescente requer uma laparotomia exploratória,<br />

através <strong>da</strong> linha média, <strong>com</strong> identificação e remoção do tecido ovárico remanescente<br />

(Stone, 2003). É essencial examinar ambos os pedículos ováricos de modo a encontrar<br />

possível tecido ovárico remanescente ou a presença de um ovário acessório (Johnston,<br />

2001). Este procedimento deve ser efectuado idealmente durante o estro (Fingland, 1998;<br />

White, 1998). Mesmo que seja difícil encontrar o ovário remanescente, a vascularização do<br />

pedículo ovárico do lado funcional encontra-se, <strong>no</strong>rmalmente, aumenta<strong>da</strong>. O pedículo deve<br />

ser, então, pinçado e ligado, seguido <strong>da</strong> remoção <strong>da</strong> totali<strong>da</strong>de do tecido. Todo o tecido<br />

removido deve ser sujeito a exame histopatológico (Stone, 2003).<br />

Esta <strong>com</strong>plicação pode ser evita<strong>da</strong> se, durante a cirurgia, realizar-se um contacto digital<br />

constante <strong>com</strong> o ovário enquanto se colocam as pinças hemostáticas <strong>no</strong> pedículo ovárico<br />

(Fingland, 1998).<br />

3.5.3. Ligação do uréter<br />

A ligação acidental do uréter pode ocorrer durante a sutura do corpo uteri<strong>no</strong> ou dos<br />

pedículos ováricos. Esta <strong>com</strong>plicação pode causar hidronefrose e aumentar a predisposição<br />

para pielonefrite. Para prevenir que ocorra, deve ligar-se os pedículos ováricos o mais<br />

próximo possível do ovário (Fingland, 1998). Para além disso, é fun<strong>da</strong>mental identificar-se<br />

os cor<strong>no</strong>s e o corpo do útero antes de se proceder à sua ligação e isolar os vasos uteri<strong>no</strong>s,<br />

que devem ser ligados delica<strong>da</strong>mente (Stone, 2003). Como é mais provável ocorrer a<br />

ligação acidental do uréter quando a bexiga está distendi<strong>da</strong>, pois o trígo<strong>no</strong> e a junção<br />

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