18.04.2013 Views

HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...

HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...

HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

fazendo-as enxergar as coisas como o autor viu, por meio de suas palavras que,<br />

num toque de magia, tudo transformam ” 1 .<br />

O objetivo do educador, ao apresentar e apreciar poemas na escola<br />

primária, é procurar tornar a criança antes de tudo, amante da poesia. Não<br />

deve se exaltar na leitura do verso, analisar palavra por palavra como se fosse o<br />

último encontro com aquele poema. Seria a obra de arte feita para ser vista e<br />

apreciada apenas uma vez ? Não. Logo, a poesia, como arte, deve ter seu<br />

lugar comum na vida diária da classe.<br />

E a criança, não vai ler poemas ? Alguns educadores defendem que<br />

nos primeiros anos, não. Ela poderá ler depois de muito convívio com o poema,<br />

ou, então, quando dominar as habilidades de interpretação da leitura, quando a<br />

mecânica não lhe prejudicar a compreensão. Somente depois a criança lerá,<br />

após ouvir a leitura do professor para que o imite.<br />

E é por isso que o poema está presente nos livros básicos. A criança<br />

precisa aprender a ler poemas, oralmente, pela imitação do professor. Sem<br />

incentivos ou guias, a criança carrega a poesia na alma, inconscientemente,<br />

mas nunca terá sido despertada para o estudo e amor pela poesia.<br />

Numa pesquisa realizada no Brasil na década passada, observou-se<br />

que as crianças de quatro a cinco anos de idade passam um terço do seu tempo<br />

brincando do “ faz de conta ”, chamando a atenção alguns aspectos deste tipo<br />

de brincadeira, que são a concentração e o envolvimento que as crianças<br />

demonstram nesta sua participação, com grande eficiência na comunicação,<br />

dentro de contextos imaginários armados.<br />

Para se estudar a fantasia das crianças, torna-se necessário, em<br />

contrapartida, entender-se também a realidade de vida das mesmas e seus<br />

anseios pessoais já despertos ou latentes.<br />

Venturelli 2 afirma que a inocência da criança vem em forma de<br />

manual poético, por onde o mundo se entremostra, como se fosse pela primeira<br />

vez. E então o menino - e poeta - vê o mundo, vive o mundo, ama o mundo, ou<br />

seja, nas três partes que integram essa estética sem premeditações, onde tudo<br />

é mercado.<br />

______________<br />

1. Iêda Dias da SILVA, Jornal Revista da Poesia, Ano II, nº 5<br />

2. Introdução à Arte de Ser Menino, Jornal da Fundação Cultural de Curitiba, no. 1, 1997<br />

102

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!